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terça-feira, 12 de agosto de 2025

Salmos 128

Fonte: Imagesearchman

 📖 Salmos 128 – A Bênção da Obediência e o Fruto da Fidelidade a Deus


📝 Introdução


O Salmos 128 é uma canção de sabedoria e encorajamento que revela a beleza e a recompensa de uma vida vivida em temor e obediência ao Senhor. Nele, o salmista descreve que a verdadeira felicidade não vem de riquezas passageiras, mas da paz, prosperidade e harmonia que fluem de um relacionamento íntimo com Deus. Este salmo mostra que o temor do Senhor transforma não apenas a vida pessoal, mas também o lar, a família e a comunidade, espalhando bênçãos que se estendem por gerações. Ao meditarmos neste texto, somos convidados a alinhar nossos passos à vontade divina, confiando que a obediência abre as portas para um futuro cheio de esperança e plenitude.


Salmos 128:1

"Cântico dos degraus: Bem-aventurado todo aquele que teme ao SENHOR, e anda em seus caminhos."

Este versículo inicia destacando que a verdadeira felicidade e bem-aventurança não estão nas circunstâncias externas, mas no temor ao Senhor e na obediência aos Seus caminhos. “Temer ao Senhor” aqui não significa medo paralisante, mas respeito profundo, reverência e amor que conduzem a uma vida de santidade. O salmista já deixa claro desde o início que essa postura de vida é o alicerce de todas as bênçãos descritas no restante do Salmo.

Além disso, o texto associa temor a Deus com ação prática: “anda em seus caminhos”. Ou seja, não basta apenas dizer que respeita e crê, mas é necessário seguir as orientações divinas no dia a dia. Este versículo nos lembra que a fé verdadeira é visível através das atitudes, e que a obediência a Deus é a estrada que leva à verdadeira paz e prosperidade.

Salmos 128:2

"Porque comerás do trabalho de tuas mãos; tu serás bem-aventurado, e bem lhe sucederá ."

Aqui o salmista apresenta a primeira consequência prática de temer ao Senhor e andar em Seus caminhos: desfrutar do fruto do próprio trabalho. Isso é uma promessa de satisfação e realização pessoal — não apenas de ter o necessário, mas de experimentar alegria e paz ao ver o resultado do esforço. O trabalho, nesse contexto, deixa de ser um peso e se torna um meio pelo qual Deus manifesta Sua provisão.

A expressão “serás bem-aventurado, e bem te sucederá” reforça que a bênção divina não é apenas material, mas também emocional e espiritual. É viver com a consciência tranquila, com o coração em paz e com prosperidade que não depende apenas de circunstâncias externas. O versículo nos ensina que a verdadeira prosperidade é fruto de uma vida justa e alinhada com os princípios de Deus.

Salmos 128:3

"Tua mulher será como a videira frutífera, ao lado de tua casa; e teus filhos como plantas de oliveira ao redor de tua mesa."

Neste versículo, o salmista amplia a visão da bênção, mostrando que ela não se limita ao indivíduo, mas transborda para a família. A esposa é comparada a uma videira frutífera — símbolo de alegria, vitalidade e abundância — indicando que a harmonia e a prosperidade dentro do lar refletem a presença de Deus. A imagem sugere também estabilidade, já que a videira, quando bem cuidada, produz frutos por muitos anos.

Os filhos são comparados a plantas de oliveira, conhecidas por sua longevidade e valor. Essa metáfora traz a ideia de crescimento saudável, força e continuidade. Reunidos “ao redor da mesa”, simbolizam comunhão, amor e segurança familiar. O versículo revela que o temor ao Senhor gera um ambiente de paz e prosperidade onde a família floresce unida.

Salmos 128:4

"Eis que assim é bendito o homem que teme ao SENHOR."

Este versículo funciona como uma confirmação e um selo da mensagem anterior: todas as bênçãos descritas — prosperidade no trabalho, alegria no lar, harmonia na família — são resultado direto do temor ao Senhor. O salmista usa a palavra “assim” para reforçar que esse é o padrão, a maneira como Deus age com aqueles que O reverenciam e obedecem.

O texto também lembra que a bênção não é algo aleatório, mas consequência de uma vida direcionada por princípios divinos. O “homem que teme ao Senhor” não é apenas aquele que diz crer, mas aquele que vive diariamente em alinhamento com a vontade de Deus. É uma promessa que transmite segurança: viver no temor do Senhor é trilhar um caminho de bênçãos duradouras e verdadeiras.

Salmos 128:5

"O SENHOR te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém todos os dias de tua vida."

Aqui, a bênção de Deus se amplia do ambiente familiar para a comunidade e a nação. “O SENHOR te abençoará desde Sião” aponta para o centro da adoração e presença divina em Israel, simbolizando que a prosperidade e a paz vêm diretamente da comunhão com Deus. É uma promessa de cuidado constante, vinda da fonte mais elevada: o próprio Senhor.

A frase “verás o bem de Jerusalém todos os dias de tua vida” transmite a ideia de estabilidade, segurança e alegria contínua. O salmista mostra que o temor ao Senhor não traz benefícios apenas para o indivíduo e sua casa, mas também contribui para a paz e o bem-estar coletivo. Assim, a vida do justo se torna parte da construção de uma sociedade fortalecida pela presença de Deus.

Salmos 128:6

"E verás os filhos de teus filhos, e a paz sobre Israel."

O salmo encerra com uma imagem de longevidade, legado e plenitude. “Verás os filhos de teus filhos” indica uma vida longa, suficiente para testemunhar o crescimento e a prosperidade das próximas gerações. É o retrato de uma herança não apenas material, mas espiritual, onde os valores e a fé são transmitidos e preservados ao longo do tempo.

A bênção final, “a paz sobre Israel”, amplia novamente a perspectiva: a felicidade pessoal e familiar se completa quando há harmonia no povo e na nação. Essa paz não é apenas ausência de conflitos, mas a presença ativa da justiça, segurança e favor divino. Assim, o salmista conclui mostrando que o temor ao Senhor gera frutos que ultrapassam a vida individual, alcançando gerações e toda a comunidade.


Resumo do Salmos 128


O Salmos 128 apresenta um retrato da verdadeira felicidade segundo a perspectiva bíblica: ela nasce do temor ao Senhor e da obediência aos Seus caminhos. O salmo começa afirmando que o homem que teme a Deus será bem-aventurado e desfrutará do fruto do próprio trabalho. Essa bênção se estende à família, simbolizada pela esposa como uma videira frutífera e pelos filhos como plantas de oliveira ao redor da mesa, representando harmonia, crescimento e estabilidade.

A promessa se expande do lar para a comunidade, garantindo prosperidade, paz e a presença constante de Deus desde Sião. O salmo conclui com uma visão de longevidade e legado — ver os filhos dos filhos — e com o desejo da paz sobre Israel. Essa passagem nos lembra que a vida fundamentada no temor ao Senhor gera frutos duradouros, abençoando não apenas o indivíduo, mas também sua família e toda a sociedade.


📚  Referências


BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1995.

BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Editora Vida, 2001.

SPURGEON, Charles Haddon. O Tesouro de Davi: Comentário dos Salmos. São Paulo: Editora Fiel, 2015.

KIDNER, Derek. Salmos 73–150: Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova, 2012.

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sábado, 9 de agosto de 2025

Salmos 125

Fonte: Imagesearchman


📖 Salmos 125 — A Segurança dos que Confiam no Senhor


📝 Introdução


O Salmo 125 é uma canção de peregrinação que transmite uma mensagem poderosa sobre a estabilidade e a proteção divina para aqueles que colocam sua confiança em Deus. Assim como o monte Sião permanece firme e inabalável, o salmista compara a vida do justo à solidez dessa montanha, mostrando que a fé verdadeira traz segurança, mesmo em meio às adversidades.

Este salmo reforça que a proteção do Senhor envolve Seu povo, guardando-os de todo mal, e que a justiça de Deus prevalece sobre a maldade. É um convite para permanecermos firmes na confiança no Senhor, pois Ele cuida de nós de forma constante e imutável, conduzindo-nos no caminho da paz.

✝ Salmos 125:1

"Os que confiam no SENHOR são como o monte de Sião, que não se abala, e permanece para sempre."

Este versículo começa estabelecendo uma verdade inabalável: quem deposita sua confiança no Senhor alcança uma firmeza espiritual comparada ao monte Sião, conhecido por sua estabilidade e permanência. Assim como uma montanha não se move com o vento ou as tempestades, aquele que confia plenamente em Deus não é abalado pelas circunstâncias da vida.

A comparação também nos lembra que a fé verdadeira não é algo temporário, mas constante. Confiar no Senhor significa ter uma base sólida, que sustenta em tempos bons e ruins. É uma segurança que não vem das condições ao nosso redor, mas da presença de Deus que permanece para sempre, nos dando estabilidade e paz.

✝ Salmos 125:2

"Assim como montanhas estão ao redor de Jerusalém, assim também o SENHOR está ao redor de seu povo, desde agora para sempre."

Aqui, o salmista amplia a imagem de proteção, lembrando que Jerusalém é cercada por montanhas que funcionam como uma barreira natural. Da mesma forma, o Senhor envolve Seu povo por todos os lados, oferecendo segurança total. É uma proteção que não se limita ao físico, mas alcança o espiritual e o emocional, blindando contra ataques do inimigo.

O detalhe mais precioso é a expressão “desde agora para sempre”. Isso nos garante que o cuidado de Deus não tem prazo de validade. Sua presença protetora é constante, ininterrupta e eterna. Quem confia no Senhor vive sob essa cobertura divina, que não depende da força humana, mas do amor e da fidelidade do próprio Deus.

✝ Salmos 125:3

"Porque o cetro da maldade não repousará sobre a sorte dos justos, para que os justos não estendam suas mãos à perversidade."

O salmista nos lembra que Deus não permitirá que o “cetro da maldade” — símbolo do domínio ou governo do ímpio — permaneça sobre a herança destinada aos justos. Isso significa que a opressão e a injustiça não terão o controle final sobre o povo de Deus. Ainda que haja momentos de pressão ou perseguição, o reinado do mal é temporário e Deus intervém no tempo certo.

A segunda parte do versículo revela o cuidado de Deus com o coração dos justos: Ele impede que situações prolongadas de opressão os levem à tentação de agir com perversidade. É um ato de amor e preservação espiritual, pois o Senhor conhece nossas limitações e nos guarda para que não sejamos corrompidos pelo mal.

✝ Salmos 125:4

"SENHOR, trata bem aos bons, e aos corretos em seus corações."

Neste versículo, o salmista eleva uma oração simples, mas profunda, pedindo que Deus derrame Sua bondade sobre aqueles que vivem com integridade e mantêm um coração reto diante d’Ele. É um lembrete de que a verdadeira justiça não é apenas exterior, mas começa no interior — nas intenções, nos pensamentos e na sinceridade da alma.

Essa súplica também reforça que Deus é justo e recompensa os que O buscam de forma honesta. Ele não se esquece das obras de amor, da fidelidade e da retidão. Quando o coração está alinhado com os princípios divinos, a bondade do Senhor se manifesta como provisão, proteção e paz em todas as áreas da vida.

✝ Salmos 125:5

"Mas aos que se dirigem a seus caminhos tortuosos, o SENHOR os mandará embora junto com os que praticam perversidade. Paz seja sobre Israel."

O salmista encerra o salmo com um alerta e uma promessa. Aos que escolhem caminhos tortuosos — ou seja, que se desviam da verdade e se inclinam para a injustiça — Deus os destinará ao mesmo fim dos que praticam abertamente a perversidade. Isso mostra que não é apenas a maldade visível que afasta de Deus, mas também as escolhas sutis e contínuas que desviam do caminho reto.

Por outro lado, o versículo termina com um desejo de bênção: “Paz seja sobre Israel”. A paz, aqui, não é apenas ausência de conflitos, mas a plenitude que vem da presença de Deus. É o estado de segurança, harmonia e descanso espiritual que Ele concede ao Seu povo fiel. Assim, o salmo conclui equilibrando advertência e esperança — um chamado à fidelidade que resulta em paz duradoura.


Resumo do Salmos 125


O Salmo 125 apresenta uma mensagem de confiança e segurança em Deus, comparando aqueles que n’Ele confiam ao monte Sião, firme e inabalável. O texto descreve o Senhor como uma proteção constante, que envolve Seu povo assim como as montanhas cercam Jerusalém, garantindo que a maldade não domine para sempre sobre os justos.

O salmista também expressa uma oração para que Deus trate com bondade os que têm um coração íntegro, enquanto adverte que os que escolhem caminhos tortuosos terão o mesmo destino dos perversos. O salmo se encerra com uma declaração de paz sobre Israel, reforçando que a fidelidade a Deus conduz à segurança e à tranquilidade espiritual.


Referências


BÍBLIA. Português. Almeida Revista e Corrigida. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009. Salmos 125.

BÍBLIA. Português. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2011. Salmos 125.

STOTT, John. A mensagem dos Salmos. São Paulo: ABU Editora, 2014.

BOICE, James Montgomery. Salmos: volume 3 – Salmos 107 a 150. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2005.

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quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Salmos 122

 

Fonte: Imagesearchman

✨ Salmos 122 - "A Alegria de Estar na Casa do Senhor: Um Cântico de Unidade e Paz"



📝 Introdução


O Salmo 122 é um dos Cânticos de Romagem, tradicionalmente entoado pelos peregrinos ao subirem a Jerusalém para adorar no templo do Senhor. Davi expressa neste salmo a profunda alegria de estar na presença de Deus e o amor pela cidade santa, que simboliza a comunhão, a justiça e a paz.

Mais do que uma declaração de felicidade pessoal, este salmo é um convite à coletividade, à intercessão e à busca da paz para todos que amam o Senhor. Ao refletirmos sobre essas palavras, somos chamados a valorizar a comunhão com os irmãos, a importância da adoração em comunidade e a oração constante pela paz nas nossas cidades e na nossa nação.

✝ Salmos 122:1

"Cântico dos degraus, de Davi: Alegro-me com os que me dizem: Vamos à casa do SENHOR."

Este versículo é uma expressão de alegria e expectativa espiritual. Davi revela o quanto seu coração se enche de júbilo ao ouvir o convite para ir à casa do Senhor. Ir ao templo não era um mero dever religioso — era motivo de celebração, pois representava estar mais perto de Deus, em comunhão com o povo, num lugar de oração, adoração e reverência.

A expressão "com os que me dizem" também ressalta o valor da comunidade de fé. Há um poder transformador quando estamos cercados de pessoas que compartilham do mesmo propósito espiritual, nos incentivando a buscar mais de Deus. Essa atitude nos inspira a manter o fogo aceso da fé e valorizar cada oportunidade de estarmos na presença do Senhor.

✝ Salmos 122:2

"Nossos pés estão adentro de tuas portas, ó Jerusalém."

Este versículo marca a chegada triunfante dos fiéis à cidade santa. A expressão “nossos pés” comunica não só a presença física, mas também a realização de um desejo profundo: estar no lugar consagrado ao Senhor. Para os peregrinos, entrar pelas portas de Jerusalém era como cruzar o limiar entre o comum e o sagrado — um momento de reverência e vitória espiritual.

Jerusalém simboliza a morada de Deus, o centro da adoração e da justiça. Estar dentro de suas portas é estar em um lugar de refúgio, identidade e propósito. Para nós hoje, espiritualmente, é um chamado a vivermos com a consciência de que fomos chamados para estar dentro dos propósitos de Deus, habitando em Sua presença com gratidão e devoção.

✝ Salmos 122:3

"Jerusalém está edificada como uma cidade bem unida;"

Aqui Davi elogia a estrutura e a harmonia de Jerusalém, descrevendo-a como uma cidade bem edificada e unida. Isso vai além da arquitetura física — aponta para a unidade espiritual, social e política que caracterizava a cidade do povo de Deus. Era um lugar de coesão, onde as tribos se reuniam com um só coração para adorar ao Senhor.

Essa imagem também traz um ensino para os nossos dias: a verdadeira adoração acontece quando há união entre os irmãos. Uma comunidade firme, alinhada no propósito de servir a Deus, torna-se um reflexo vivo do Reino dos Céus. Assim como Jerusalém era símbolo de estabilidade e comunhão, somos chamados a edificar nossas vidas e relacionamentos sobre os mesmos pilares de unidade, fé e propósito divino.

✝ Salmos 122:4

"Para onde as tribos sobem, as tribos do SENHOR, como testemunho de Israel, para agradecerem ao nome do SENHOR."

Este versículo ressalta a unidade do povo de Deus em adoração. As “tribos do SENHOR” representam todas as famílias de Israel, que peregrinavam juntas até Jerusalém em obediência à lei e como expressão pública de fé. A subida à cidade santa era mais que um ritual — era um testemunho vivo da aliança com Deus e da gratidão que brotava no coração do povo.

A frase “para agradecerem ao nome do SENHOR” revela o verdadeiro motivo dessa jornada: reconhecer a bondade de Deus e render-Lhe louvor. Isso nos lembra que nossa vida de fé também deve ser marcada por gratidão constante e testemunho visível da nossa confiança no Senhor. A adoração coletiva fortalece a identidade espiritual e reforça nossa missão como povo separado para glorificar o nome do Altíssimo.

✝ Salmos 122:5

"Porque ali estão as cadeiras do julgamento; as cadeiras da casa de Davi."

Neste versículo, Davi destaca que Jerusalém não era apenas um centro religioso, mas também o centro da justiça e da autoridade em Israel. As "cadeiras do julgamento" representam os tribunais, os lugares onde as causas do povo eram julgadas com equidade. E ao mencionar “a casa de Davi”, ele reforça a legitimidade do governo ali estabelecido, baseado na aliança divina com o rei e seu povo.

A presença do julgamento em Jerusalém aponta para a importância de uma liderança justa e temente a Deus. Onde há justiça, há paz; e onde há paz, há espaço para a verdadeira adoração. Esse versículo nos ensina que a presença de Deus deve também refletir-se nas estruturas sociais — com decisões corretas, líderes íntegros e uma comunidade comprometida com a verdade.

✝ Salmos 122:6

"Orai pela paz de Jerusalém; prosperem os que te amam."

Este é um chamado direto à oração intercessora. Davi exorta o povo a orar pela paz de Jerusalém, reconhecendo que a paz da cidade santa é essencial para o bem-estar de todos. Jerusalém, como símbolo da presença de Deus e da unidade do povo, deve ser constantemente coberta por orações, para que continue sendo um lugar de segurança, adoração e justiça.

Além disso, há uma promessa: “prosperem os que te amam.” O amor por Jerusalém — e, espiritualmente, o amor pela obra de Deus e por Sua casa — atrai bênçãos. Esse versículo nos convida a sermos participantes ativos na preservação da paz, tanto orando quanto contribuindo com atitudes de amor e compromisso com a comunhão dos santos. Quem ama a presença de Deus e cuida de Sua casa, encontra verdadeira prosperidade — não apenas material, mas espiritual e emocional.

✝ Salmos 122:7

"Paz haja em teus muros, e prosperidade em tuas fortalezas."

Este versículo é uma oração poética e poderosa, desejando que a paz reine dentro dos muros de Jerusalém e que haja prosperidade em seus lugares fortificados. Os “muros” simbolizam proteção, segurança e estabilidade — e é justamente isso que Davi pede ao Senhor: que a cidade santa esteja resguardada contra o caos e a guerra. Já as “fortalezas” representam os centros de poder e defesa, que também devem florescer com justiça e provisão.

Em sentido espiritual e prático, essa oração é válida para nossos lares, igrejas e até para nossa nação: que a paz não esteja apenas nas palavras, mas também estruturada em nossas bases, nos nossos relacionamentos, decisões e atitudes. E que a prosperidade — como fruto da obediência e da presença de Deus — seja constante em todos os aspectos da vida daqueles que buscam ao Senhor com sinceridade.

✝ Salmos 122:8

"Por meus irmãos e amigos, assim falarei: Paz haja em ti."

Neste versículo, Davi expressa sua motivação pessoal para orar pela paz de Jerusalém: o amor pelos irmãos e amigos. A cidade não era apenas um símbolo espiritual, mas o lar de pessoas queridas, uma comunidade viva que ele desejava ver em segurança, harmonia e bem-estar. A paz de Jerusalém significava também a paz dos relacionamentos, das famílias, da convivência entre os justos.

Essa fala nos inspira a cultivar o mesmo espírito: interceder não apenas por nós, mas por todos ao nosso redor. Orar pela paz da cidade, da igreja, da vizinhança, é uma forma de amar concretamente nossos irmãos e amigos. Onde há paz, há espaço para comunhão verdadeira e crescimento mútuo. Que nossas palavras e orações estejam sempre voltadas para promover essa paz que começa no coração e se espalha ao nosso redor.

✝ Salmos 122:9

"Pela Casa do SENHOR nosso Deus, buscarei o bem para ti."

Este versículo conclui o salmo com um compromisso firme: o desejo e a ação de buscar o bem para Jerusalém, motivados pela reverência à Casa do Senhor. A “Casa do SENHOR” representa o coração da vida espiritual e comunitária, o centro onde Deus habita e onde Seu povo se encontra.

Davi mostra que o cuidado pela cidade e seu povo não é apenas um sentimento, mas uma missão ativa, fundamentada no amor a Deus e à Sua obra. Buscar o bem para a cidade significa promover a paz, a justiça, a prosperidade e a comunhão entre os seus habitantes. Para nós, isso é um chamado para sermos agentes de transformação na nossa própria “Jerusalém” — seja ela a nossa igreja, comunidade ou família — buscando sempre o melhor para aqueles que amam a Deus.


Resumo do Salmos 122


O Salmo 122 é um cântico de alegria e gratidão, escrito por Davi, que celebra a bênção de ir à casa do Senhor em Jerusalém. Ele expressa o prazer de estar em comunhão com outros fiéis e de participar da adoração na cidade santa, símbolo da presença de Deus e da unidade do povo de Israel.

O salmo destaca Jerusalém como uma cidade fortificada, bem unida, onde as tribos sobem para agradecer e prestar testemunho ao nome do Senhor. Jerusalém também é reconhecida como o centro da justiça, onde as cadeiras do julgamento da casa de Davi garantem liderança justa e temente a Deus.

Davi exorta o povo a orar pela paz da cidade, enfatizando que a prosperidade acompanha aqueles que amam Jerusalém. A oração pela paz se estende aos muros e fortalezas, símbolo da segurança e estabilidade da comunidade. Motivado pelo amor aos irmãos e amigos, o salmista compromete-se a buscar o bem da cidade, sempre em reverência à Casa do Senhor.

Em suma, o Salmo 122 nos convida a valorizar a comunhão, a adoração coletiva, a justiça e a paz, e a sermos intercessores ativos pelo bem-estar das comunidades onde Deus habita.


Referências


BÍBLIA. Almeida Revista e Atualizada. Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.

BRAGA, Luís Alonso. Comentário Bíblico de Almeida. Vol. 3. São Paulo: Editora Hagnos, 2010.

MOTTA, M. A. M. Estudo dos Salmos: Uma abordagem teológica. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

WALTKE, Bruce K.; YOUNG, James. An Introduction to Biblical Hebrew Syntax. Winona Lake: Eisenbrauns, 1999. (Para aprofundamento em estrutura e linguagem bíblica)

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segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Salmos 120

Fonte: Imagesearchman


🕊 Salmos 120 - Clamor por Paz em Meio à Aflição



📖 Introdução 


O Salmo 120 marca o início de uma nova seção nos Salmos, conhecida como os "Cânticos de Degraus" ou "Cânticos de Peregrinação" (Salmos 120–134). Esses salmos eram entoados pelos israelitas enquanto subiam em direção a Jerusalém para as festas religiosas, como a Páscoa, o Pentecostes e os Tabernáculos.

Neste primeiro cântico, o salmista expressa sua angústia diante de um ambiente cheio de mentiras, calúnias e conflitos. Ele clama a Deus por livramento e anseia por paz em meio à guerra verbal e espiritual ao seu redor. O Salmo nos ensina que, quando nos encontramos em meio a falsidades e opressões, o caminho mais seguro é clamar ao Senhor, que ouve e responde com fidelidade.

É um convite a confiar em Deus mesmo quando somos cercados por ambientes tóxicos e destrutivos — porque é dEle que vem nosso socorro e nossa verdadeira paz.

✝ Salmos 120:1

"Cântico dos degraus: Em minha angústia clamei ao SENHOR, e ele me respondeu."

🕊 Reflexão:

Este versículo expressa um testemunho de fé e experiência com Deus. O salmista não apenas fala de sua dor, mas também da resposta divina. Ele mostra que, mesmo em meio à aflição, o Senhor está atento ao clamor sincero dos que O buscam. O “cântico dos degraus” sugere uma jornada — não apenas geográfica até Jerusalém, mas espiritual, onde cada passo é marcado por confiança em Deus.

Nos momentos de angústia, não guarde o sofrimento para si. Clame ao Senhor com fé, como o salmista fez. Ele ouve! O mesmo Deus que respondeu no passado continua respondendo hoje. A tua oração pode ser o primeiro passo para a tua vitória.

✝ Salmos 120:2

"Ó SENHOR, livra minha alma dos lábios mentirosos, da língua enganadora."

🕊 Reflexão:

O salmista reconhece o poder destrutivo da mentira e da falsidade. Palavras falsas podem ferir mais que espadas, criar divisões, gerar injustiças e até destruir vidas. Aqui, ele não pede apenas proteção externa, mas libertação interior — “livra minha alma” — mostrando que a opressão causada pelas mentiras atinge o mais profundo do seu ser.

Quando fores alvo de calúnias, ou viveres em ambientes cheios de falsidade, não te desesperes nem pagues com a mesma moeda. Entrega tua causa ao Senhor, clama por livramento. Ele é justo e cuida daqueles que confiam nEle. Que tua boca fale a verdade e teu coração permaneça firme na integridade.

✝ Salmos 120:3

"O que ele te dará, e o que ele fará contigo, ó língua enganadora?"

🕊 Reflexão:

Este versículo traz uma pergunta retórica carregada de indignação e expectativa de justiça. O salmista se dirige diretamente à língua enganadora — símbolo da falsidade e da maldade verbal — e questiona: O que Deus fará contigo?

É um momento de transição no salmo, que aponta para a certeza de que haverá retribuição divina. A justiça de Deus é inevitável, e ela não falhará diante daqueles que destroem com palavras.

Essa pergunta serve como um alerta e um consolo. Alerta para quem usa a mentira como arma — pois haverá julgamento. E consolo para os que sofrem com calúnias e falsidade — porque Deus vê e agirá no tempo certo. Não precisamos nos vingar, apenas confiar.

✝ Salmos 120:4

"Flechas afiadas de um guerreiro, com brasas de zimbro."

🕊 Reflexão:

Aqui o salmista descreve o castigo reservado para os lábios mentirosos e a língua enganadora (v.2–3). Ele compara esse juízo a flechas afiadas de um guerreiro, rápidas e precisas, e a brasas de zimbro, uma madeira que queima intensamente e por muito tempo. A justiça de Deus não é superficial — ela atinge profundamente e com poder duradouro. Isso mostra que a mentira, embora possa parecer impune por um tempo, enfrentará o julgamento severo do Senhor.

✝ Salmos 120:5

"Ai de mim, que peregrino em Meseque, e habito nas tendas de Quedar!"

🕊 Reflexão:

O salmista expressa aqui sua angústia por viver entre povos hostis e distantes dos valores de Deus. Meseque era uma região distante, associada a povos bárbaros e violentos, enquanto Quedar representava tribos nômades árabes conhecidas por sua guerra e inimizade. Esses nomes simbolizam ambientes espiritualmente tóxicos — lugares de conflito, falsidade e opressão. O salmista se sente como um estrangeiro, alguém fora de lugar por viver entre pessoas que não compartilham de sua fé e busca pela paz.

Muitas vezes, nós também nos sentimos deslocados neste mundo, como estrangeiros em meio à corrupção, mentira e ódio. Mas essa sensação de “não pertencimento” confirma que nossa verdadeira pátria está em Deus. Persevere na fé mesmo que tudo ao redor pareça contrário. Você não está só — Deus caminha contigo.

✝ Salmos 120:6

"Minha alma morou tempo demais com os que odeiam a paz."

🕊 Reflexão:

Aqui, o salmista desabafa o peso de viver em meio a pessoas que rejeitam a paz — que preferem o conflito, a intriga, a violência e a mentira. Sua alma está cansada, como quem diz: “Já suportei demais.” Esse é o lamento de quem ama a justiça, mas se vê rodeado por hostilidade constante. Essa convivência prolongada com pessoas de coração duro gera angústia e um forte desejo de libertação.

Talvez você também se sinta exausto por viver ou trabalhar em ambientes de conflito e falsidade. Mas saiba que Deus vê o teu coração e ouve o teu clamor. Continue buscando a paz, mesmo quando estiver entre os que a rejeitam. Você é luz — e onde há luz, a escuridão não pode prevalecer.

✝ Salmos 120:7

"Eu sou da paz; mas quando falo, eles entram em guerra."

🕊 Reflexão:

Este versículo expressa o coração de alguém que ama a paz, mas vive cercado por pessoas que reagem com hostilidade até mesmo às suas palavras. O salmista se apresenta como um pacificador, alguém que busca reconciliação e verdade — mas que, mesmo assim, enfrenta oposição. Isso revela a natureza de um mundo corrompido, onde muitas vezes a justiça é combatida, e a verdade incomoda. A rejeição que ele enfrenta mostra que nem sempre o mundo aceitará a luz, mesmo quando ela for proclamada com amor.

Se você vive com o coração voltado para a paz e, mesmo assim, enfrenta conflitos, não se desanime. Jesus também foi rejeitado, embora fosse o Príncipe da Paz. Continue sendo um instrumento de conciliação, verdade e amor, mesmo que os outros escolham a guerra. O teu testemunho tem poder — e Deus é contigo.


Resumo do Salmos 120


O Salmo 120 é o primeiro dos “Cânticos de Degraus” ou “Cânticos de Peregrinação” (Salmos 120 a 134), entoados pelos israelitas durante suas subidas a Jerusalém. Nele, o salmista expressa a dor de viver cercado por falsidade, violência e opressão. Seu clamor começa com uma experiência pessoal: ele clama ao Senhor em meio à angústia, e Deus o responde (v.1).

O foco principal está no sofrimento causado pelas mentiras e calúnias (v.2-3) e nas consequências da língua enganadora, comparada a flechas afiadas e brasas ardentes (v.4). Ele lamenta viver como um estrangeiro em Meseque e Quedar — símbolos de povos bárbaros e hostis à paz (v.5-6). Por fim, ele declara com tristeza que, embora seja um homem de paz, sua busca pela verdade e justiça gera confronto entre aqueles que rejeitam a paz (v.7).

Esse salmo é um grito de quem vive em meio ao caos, mas mantém a esperança no Senhor. É um retrato da tensão entre os que amam a paz e os que a odeiam — uma realidade que ainda ecoa nos nossos dias.


Referências


BÍBLIA. Português. Almeida Revista e Corrigida. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009. Salmos 120:1–7.

RYRIE, Charles Caldwell. Ryrie Study Bible. Moody Publishers, 2008.

STOTT, John. A Mensagem dos Salmos. São Paulo: ABU Editora, 2016.

BOICE, James Montgomery. Salmos: Volume 3 (107–150). São Paulo: Cultura Cristã, 2005.

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terça-feira, 3 de junho de 2025

Salmos 85

Fonte: Imagesearchman

Salmos 85 -“Restauração e Avivamento: O Clamor por um Novo Tempo”


Introdução


O Salmos 85 é uma oração profunda de um povo que reconhece a bondade e a misericórdia de Deus no passado, mas que clama por restauração no presente. Provavelmente escrito após o retorno do exílio, este salmo reflete a esperança de uma nação que viu a mão de Deus agindo em favor deles, mas que, naquele momento, se via cercada por desafios, angústias e incertezas.

Ele começa reconhecendo como Deus foi generoso, perdoando os pecados e restaurando a sorte de Israel. Mas logo se transforma em um clamor fervoroso, pedindo que Deus novamente derrame sua misericórdia, perdoe as transgressões e traga avivamento espiritual e prosperidade à nação.

O Salmos 85 também revela uma mensagem extremamente atual: quando um povo se volta sinceramente a Deus, buscando-o de todo o coração, Deus responde com paz, restauração e justiça. É uma poderosa lembrança de que, assim como no passado, Deus continua disposto a ouvir, perdoar e restaurar aqueles que confiam Nele.

✝ Salmos 85:1

"Salmo para o regente, dos filhos de Coré: SENHOR, tu tens sido favorável a tua terra; fizeste voltar Jacó do cativeiro."

🔥 Reflexão 

O salmista começa reconhecendo algo poderoso: “SENHOR, tu tens sido favorável à tua terra”. Isso demonstra gratidão e memória viva dos atos de Deus no passado. O povo sabia que Deus havia olhado com bondade para eles, libertando-os, restaurando sua terra e trazendo esperança após tempos difíceis. A expressão “fizeste voltar Jacó do cativeiro” aponta para uma intervenção direta de Deus, tirando seu povo da opressão e devolvendo-lhes dignidade, liberdade e vida.

Aqui há uma grande lição: é essencial que, mesmo em meio aos desafios, nunca esqueçamos o que Deus já fez por nós. Lembrar dos livramentos, das bênçãos e das portas que Ele abriu renova nossa fé e nos dá força para enfrentar as lutas atuais. Deus é aquele que muda cativeiros, restaura vidas e transforma situações que aos olhos humanos parecem impossíveis.

✝ Salmos 85:2

"Tu perdoaste a perversidade de teu povo; encobriste todos os pecados deles. (Selá)"

🔥 Reflexão 

O salmista continua exaltando a misericórdia de Deus: “Tu perdoaste a perversidade de teu povo; encobriste todos os pecados deles.” Isso revela um Deus que não apenas liberta fisicamente, mas também oferece perdão espiritual. A palavra “perversidade” representa as más escolhas, rebeldias e pecados do povo. Mesmo assim, Deus, em sua infinita graça, decidiu perdoar e cobrir seus erros.

O termo “Selá” é um convite para pausa, reflexão e adoração. É como se o salmista dissesse: “Pare um instante e medite profundamente no que foi dito.” Isso nos leva a entender que o perdão de Deus não é algo comum ou rotineiro, mas sim uma dádiva extraordinária. Ele escolhe apagar os nossos erros quando há arrependimento sincero.

A mensagem aqui é clara: nenhum pecado é grande demais que Deus não possa perdoar. Quando há confissão e arrependimento, a misericórdia do Senhor cobre e restaura completamente.

✝ Salmos 85:3

"Tiraste toda a tua irritação; tu te desviaste do ardor de tua ira."

🔥 Reflexão 

O salmista reconhece que Deus não apenas perdoou, mas também retirou sua ira. Ele diz: “Tiraste toda a tua irritação; tu te desviaste do ardor de tua ira.” Isso significa que, mesmo sendo justo e santo, Deus escolheu suspender o juízo, desviando sua indignação que era consequência dos pecados do povo.

Este versículo revela um equilíbrio perfeito entre justiça e misericórdia. Deus é justo, sim, e se ira contra o pecado, mas quando há arrependimento genuíno, Ele se afasta da punição e se aproxima com amor e restauração. Isso demonstra o coração paternal de Deus, que prefere restaurar a destruir, levantar a derrubar, abraçar a afastar.

✝ Salmos 85:4

"Restaura-nos, ó Deus de nossa salvação; e elimina tua ira de sobre nós."

🔥 Reflexão 

Neste versículo, o salmista faz um clamor direto e urgente: “Restaura-nos, ó Deus de nossa salvação.” Mesmo reconhecendo que Deus já havia perdoado e retirado sua ira, o povo percebe que ainda há necessidade de uma restauração mais profunda, não apenas física, mas também espiritual e emocional. É o pedido de quem entende que, sem Deus, não há esperança, não há direção e não há salvação verdadeira. Eles reconhecem que somente Deus tem o poder de curar a terra, restaurar as famílias e trazer de volta a alegria da presença divina.

O salmista também diz: “E elimina tua ira de sobre nós”, mostrando que, embora o perdão já tenha começado, eles ainda sentem as consequências dos seus erros passados. Isso reflete uma grande lição para nós: às vezes, mesmo após recebermos o perdão de Deus, precisamos caminhar por um processo de cura e restauração. Esse versículo nos ensina a não desistir de clamar, buscar e depender de Deus para sermos completamente renovados, tanto por dentro quanto por fora. É um lembrete de que Deus é, acima de tudo, o Deus da salvação e da restauração.

✝ Salmos 85:5

"Ficarás tu irritado contra nós para sempre? Continuarás tua ira de geração em geração?"

🔥 Reflexão 

O salmista, em tom de súplica e angústia, questiona: “Ficarás tu irritado contra nós para sempre?” Esse questionamento revela o temor de que a ira de Deus pudesse ser permanente. É como se o povo sentisse o peso dos próprios pecados e temesse que as consequências se prolongassem indefinidamente. Esse versículo expressa o clamor sincero de quem reconhece suas falhas, mas não quer permanecer distante de Deus. Eles desejam ardentemente experimentar novamente a alegria da comunhão com o Senhor.

Ao perguntar: “Continuarás tua ira de geração em geração?”, o salmista demonstra preocupação não apenas com sua própria geração, mas também com seus descendentes. É um apelo para que Deus quebre esse ciclo e traga misericórdia. Aqui aprendemos que, quando nos colocamos diante de Deus em oração, não intercedemos apenas por nós, mas também pelas gerações futuras. É um reconhecimento de que apenas a misericórdia de Deus pode transformar uma história marcada por erros em um testemunho de restauração e bênçãos

✝ Salmos 85:6

"Não voltarás tu a nos reviver, para que teu povo se alegre em ti?"

🔥 Reflexão 

O salmista, em tom de súplica e angústia, questiona: “Ficarás tu irritado contra nós para sempre?” Esse questionamento revela o temor de que a ira de Deus pudesse ser permanente. É como se o povo sentisse o peso dos próprios pecados e temesse que as consequências se prolongassem indefinidamente. Esse versículo expressa o clamor sincero de quem reconhece suas falhas, mas não quer permanecer distante de Deus. Eles desejam ardentemente experimentar novamente a alegria da comunhão com o Senhor.

Esse verso nos ensina que só há alegria plena e verdadeira em Deus. A pergunta feita pelo salmista não é de dúvida, mas de esperança — quase um apelo amoroso, como quem sabe que Deus é capaz e deseja fazer isso. Assim como eles, também devemos orar pedindo que Deus nos reviva, nos desperte espiritualmente, trazendo de volta a paixão pela Sua presença, pela Sua Palavra e pelo Seu Reino. Quando Deus nos vivifica, tudo muda — a tristeza dá lugar à alegria e o desânimo se transforma em força renovada.

✝ Salmos 85:7

"Mostra-nos tua bondade, SENHOR, e dá para nós tua salvação."

🔥 Reflexão 

O salmista continua seu clamor dizendo: “Mostra-nos tua bondade, SENHOR.” Esse pedido demonstra uma total dependência de Deus. Eles reconhecem que é a bondade do Senhor que sustenta, renova e transforma. É como se o povo dissesse: “Senhor, nós sabemos que tu és bom, mas queremos experimentar novamente essa bondade em nossa realidade, em nossas vidas, de forma visível e palpável.” Esse desejo revela a consciência de que, sem a graça e o favor de Deus, não há como caminhar, prosperar ou encontrar paz verdadeira.

O salmo também diz: “E dá para nós tua salvação.” Aqui, a palavra “salvação” não se refere apenas à libertação física, mas também à restauração espiritual, emocional e social. É um clamor por um socorro completo, que só Deus pode oferecer. Eles não pedem riquezas ou conquistas; pedem aquilo que é mais valioso: a salvação, a presença salvadora de Deus, que traz paz, segurança e vida plena. Isso nos ensina que, acima de qualquer coisa, devemos buscar a face de Deus e confiar na Sua bondade para nos sustentar e nos renovar todos os dias.

✝ Salmos 85:8

"Escutarei o que o Deus, o SENHOR, falar, pois ele falará de paz ao seu povo, e aos seus santos, contanto que não voltem à loucura."

🔥 Reflexão 

Neste versículo, o salmista assume uma postura de quem está disposto a ouvir atentamente a voz de Deus: “Escutarei o que o Deus, o SENHOR, falar.” Isso nos mostra que, além de clamar e pedir, é fundamental ter um coração sensível e disposto a ouvir a direção do Senhor. E qual é a promessa? Deus falará “de paz ao seu povo e aos seus santos”. A paz aqui não é apenas a ausência de guerra ou problemas, mas uma paz completa — espiritual, emocional e até material — que só Deus pode oferecer àqueles que vivem em comunhão com Ele.

Porém, há uma condição clara no final do versículo: “contanto que não voltem à loucura.” Isso significa que o povo precisava se afastar do pecado, da rebeldia e dos caminhos tortuosos. O amor de Deus é constante, mas a manifestação da paz, da bênção e da restauração depende da disposição do povo em permanecer no caminho da obediência. Esta é uma poderosa lição para nós hoje: Deus está sempre disposto a falar, guiar e abençoar, mas cabe a nós decidir não retornar às práticas que nos afastam da Sua presença.

✝ Salmos 85:9

"Certamente sua salvação está perto daqueles que o temem, para que a glória habite em nossa terra."

🔥Reflexão 

O salmista declara com convicção: “Certamente sua salvação está perto daqueles que o temem.” Isso mostra que a salvação, o livramento e a presença de Deus não estão distantes, mas bem próximos daqueles que vivem com reverência, respeito e amor ao Senhor. Temer a Deus não significa ter medo, mas sim honrá-lo, respeitá-lo e viver segundo Seus princípios. Quando existe esse temor genuíno, Deus se aproxima, cuida, protege e derrama sua salvação sobre a vida do Seu povo.

O propósito dessa salvação é revelado na parte final do versículo: “para que a glória habite em nossa terra.” Isso significa que, quando há um povo que teme e busca a Deus, Sua glória se manifesta de forma visível, trazendo paz, prosperidade, unidade, cura e transformação. A presença gloriosa de Deus não fica restrita ao templo ou aos momentos de adoração, mas se estende por toda a terra, mudando a realidade de famílias, cidades e nações. É um convite para buscarmos essa presença gloriosa que transforma tudo ao nosso redor.

✝ Salmos 85:10

"A bondade e a verdade se encontrarão; a justiça e a paz se beijarão."

🔥Reflexão 

Este versículo traz uma das imagens mais lindas e profundas das Escrituras: “A bondade e a verdade se encontrarão; a justiça e a paz se beijarão.” Isso significa que, na manifestação da presença de Deus, não há conflito entre misericórdia e verdade, nem entre justiça e paz. Tudo se alinha de forma perfeita. A bondade representa o amor, a misericórdia e o perdão de Deus. A verdade revela sua fidelidade, santidade e justiça. Quando Deus age, essas qualidades que, aos olhos humanos, poderiam parecer opostas, se encontram em perfeita harmonia.

Da mesma forma, “a justiça e a paz se beijarão” expressa uma união íntima e inseparável. Isso nos mostra que a verdadeira paz não existe sem justiça, e a justiça de Deus não vem para destruir, mas para restaurar e trazer paz. Onde Deus reina, há equilíbrio entre correção, amor, restauração e bênção. Essa é uma mensagem poderosa para nossos dias: quando buscamos a Deus e vivemos segundo seus princípios, Ele estabelece sobre nós uma ordem celestial, onde o amor, a verdade, a justiça e a paz caminham juntos, transformando tudo ao nosso redor.

✝ Salmos 85:11

"A verdade brotará da terra, e a justiça olhará desde os céus."

🔥Reflexão

O salmista declara algo maravilhoso e profético: “A verdade brotará da terra.” Isso significa que, quando o povo se volta para Deus, quando há arrependimento e transformação, a verdade começa a surgir, florescer e crescer no meio das pessoas. É como se a terra, antes seca e marcada pelo pecado, agora produzisse frutos de justiça, sinceridade, integridade e fidelidade. Esse brotar da verdade simboliza uma sociedade restaurada, onde os valores divinos voltam a ser vividos no dia a dia.

E complementa dizendo: “A justiça olhará desde os céus.” Aqui, vemos Deus, o justo juiz, olhando com aprovação, cuidado e proteção sobre aqueles que andam em sua verdade. É como se os céus e a terra entrassem em perfeita conexão: a verdade sobe da terra e a justiça desce dos céus. Isso nos mostra que, quando há compromisso com a verdade e com Deus, o favor, a proteção e a presença do Senhor se manifestam de forma visível. O céu responde à terra, e a terra reflete a glória do céu.

✝ Salmos 85:12

"E o SENHOR também dará o bem; e a nossa terra dará o seu fruto."

🔥Reflexão

O salmista declara com fé e convicção: “E o SENHOR também dará o bem.” Isso revela que quando há alinhamento entre o céu e a terra — quando o povo vive em verdade, justiça e temor a Deus — o Senhor libera bênçãos sobre a vida deles. O “bem” aqui não é apenas espiritual, mas também material, emocional e social. Deus cuida dos detalhes, supre as necessidades e derrama favor sobre aqueles que andam em seus caminhos. O bem de Deus é completo, perfeito e transforma qualquer cenário de escassez em abundância.

E o versículo conclui: “E a nossa terra dará o seu fruto.” Isso mostra que, quando Deus libera sua bênção, até a natureza responde. A terra volta a produzir, os negócios prosperam, as famílias são restauradas, os projetos avançam e tudo começa a frutificar. É um ciclo de bênção: Deus libera o bem dos céus e a terra responde com frutos. Essa é uma promessa viva para todos que decidem viver debaixo da vontade de Deus, caminhando em verdade, justiça e amor.

✝ Salmos 85:13

"A justiça irá adiante dele, e ele nos porá no caminho de seus passos."

🔥Reflexão

O salmista encerra este salmo com uma declaração poderosa: “A justiça irá adiante dele.” Isso significa que onde Deus passa, sua justiça vai à frente, preparando o caminho. Deus não age de forma desordenada ou injusta. Sua presença traz ordem, retidão e restauração. Quando a justiça de Deus se manifesta, o mal recua, a opressão é desfeita e o que estava torto é endireitado. É como se Deus, andando à frente, limpasse o caminho e trouxesse proteção, direção e segurança para o seu povo.

E ele conclui dizendo: “E ele nos porá no caminho de seus passos.” Isso revela um Deus que não apenas age por nós, mas também nos convida a andar junto com Ele, no caminho que Ele trilha. Seguir os passos de Deus é viver em obediência, em retidão e em comunhão diária com Ele. É a garantia de que, se seguirmos sua direção, nunca estaremos perdidos, pois Ele nos conduz por caminhos de paz, justiça e vida abundante. Essa é a grande promessa final deste salmo: um Deus que guia, protege e leva seu povo em segurança pelos seus caminhos.


Resumo do Salmos 85


O Salmo 85 é uma oração profunda de gratidão, arrependimento e esperança. Ele começa reconhecendo que Deus, em sua bondade, já havia restaurado o povo no passado, perdoando seus pecados e retirando sua ira. No entanto, o salmista clama novamente por restauração, pedindo que Deus reviva seu povo, renove sua misericórdia e traga paz e salvação.

O centro do salmo revela uma linda promessa: quando o povo se volta para Deus, a bondade e a verdade se encontram, e a justiça e a paz se beijam. Isso mostra que, na presença de Deus, tudo se alinha — amor, verdade, correção e bênção caminham juntos. O salmo encerra com a convicção de que, se o povo seguir os passos de Deus, sua justiça irá adiante, preparando o caminho, e a terra responderá, dando frutos e prosperidade.


Referências


SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL. Bíblia Sagrada. Almeida Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009.

BEACON, F. F. Bruce et al. Comentário Bíblico Beacon – Volume 3: Salmos a Cânticos. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento Interpretado: Salmos - Vol. 3. 1. ed. São Paulo: Hagnos, 2004.

RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse. 1. ed. São Paulo: Vida, 2005.

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