Mostrando postagens com marcador Temor do Senhor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Temor do Senhor. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Salmos 34

Fonte: Imagesearchmam

Salmos 34 - "Deus Cuida dos Que o Buscam: A Vitória dos Que Confiam no Senhor"

Introdução

O Salmo 34 é uma declaração poderosa de louvor e confiança em Deus, escrita por Davi em um dos momentos mais difíceis de sua vida. Mesmo cercado por perigos, ele escolheu exaltar ao Senhor e testemunhar Sua fidelidade. Este capítulo nos convida a experimentar, pessoalmente, a bondade de Deus — não apenas ouvindo falar, mas provando da Sua graça no dia a dia.

Neste Salmo, aprendemos que o Senhor está perto dos quebrantados, livra os aflitos e guarda com zelo os que O temem. Ele não promete ausência de lutas, mas garante Sua presença constante e o livramento que vem do alto. É um convite à adoração sincera, à humildade e à confiança inabalável naquele que nunca falha.

✝ Salmos 34:1

"Salmo de Davi, quando ele mudou seu comportamento perante Abimeleque, que o expulsou, e ele foi embora: Louvarei ao SENHOR em todo tempo; haverá louvor a ele continuamente em minha boca."

Davi inicia este salmo com uma decisão clara e poderosa: “Louvarei ao SENHOR em todo tempo”. Não importa se os tempos são bons ou difíceis, ele escolhe louvar. Isso nos ensina que o louvor não depende das circunstâncias, mas de uma postura de fé. Davi havia acabado de sair de uma situação delicada com Abimeleque, onde precisou agir com astúcia para salvar sua vida. Mesmo assim, sua primeira atitude foi agradecer e engrandecer o Senhor.

A continuação do versículo — “haverá louvor a ele continuamente em minha boca” — revela uma vida marcada pela adoração constante. O louvor aqui não é apenas um cântico, mas uma confissão diária de quem Deus é. Davi está nos mostrando que, mesmo em tempos de crise, podemos encontrar motivos para exaltar ao Senhor. Louvar continuamente é declarar, com palavras e atitudes, que Deus é digno, independente do que enfrentamos.

✝ Salmos 34:2

"Minha alma se orgulhará no SENHOR; os humildes ouvirão, e se alegrarão."

Neste versículo, Davi revela o centro da sua alegria e segurança: “Minha alma se orgulhará no SENHOR”. Em vez de se gloriar em suas vitórias, estratégias ou posição, ele declara que sua alma encontra satisfação e honra apenas em Deus. Esse tipo de orgulho não é vaidade, mas uma exaltação humilde, que reconhece o Senhor como fonte de tudo o que é bom.

Davi também mostra o impacto que essa atitude tem sobre os outros: “os humildes ouvirão, e se alegrarão”. Isso nos ensina que quando alguém vive uma fé genuína, isso inspira e fortalece os corações quebrantados. Os humildes — aqueles que dependem de Deus — se alegram ao ouvir testemunhos de livramento, provisão e fidelidade. É como se Davi dissesse: “Se Deus fez comigo, Ele também pode fazer com você!”

✝ Salmos 34:3

"Engrandecei ao SENHOR comigo, e juntos exaltemos o seu nome."

Davi agora convida todos ao seu redor a participar da adoração: “Engrandecei ao SENHOR comigo”. Ele entende que o louvor é ainda mais poderoso quando é coletivo. Adorar a Deus em comunidade fortalece a fé, cria unidade e manifesta a presença do Senhor de forma viva. Davi não quer guardar para si a experiência com Deus — ele quer que todos vejam e celebrem juntos o que o Senhor tem feito.

A segunda parte — “e juntos exaltemos o seu nome” — reforça a importância da comunhão espiritual. Exaltar o nome de Deus significa reconhecê-Lo como o mais alto, como Aquele que está acima de todas as coisas. Esse chamado de Davi é atual: em tempos de individualismo e correria, somos lembrados de que há poder quando nos reunimos para engrandecer o nome do Senhor em unidade de espírito.

✝ Salmos 34:4

"Busquei ao SENHOR. Ele me respondeu, e me livrou de todos os meus temores."

Davi compartilha uma experiência pessoal e transformadora: “Busquei ao SENHOR. Ele me respondeu”. Aqui está o coração da fé: buscar a Deus com sinceridade, confiar que Ele ouve, e descansar na certeza de que Ele responde. Essa busca não é passiva, mas ativa — é oração, é clamor, é entrega. E Deus, fiel como é, não ignora quem o busca de coração.

A resposta de Deus vai além das palavras: “e me livrou de todos os meus temores”. Davi não fala apenas de livramento externo, mas interno. O Senhor removeu os medos que o atormentavam. Isso nos ensina que Deus não apenas muda situações ao nosso redor, mas também transforma o nosso interior, trazendo paz em meio ao caos. Ele é o Deus que acalma a tempestade e o coração.

✝ Salmos 34:5

"Os que olham para ele ficam visivelmente alegres, e seus rostos não são envergonhados."

“Os que olham para ele ficam visivelmente alegres” — que imagem linda! Olhar para o Senhor é voltar os olhos do coração para a Sua presença, para a Sua graça, para quem Ele é. E quem faz isso não fica igual. A alegria nasce naturalmente, porque contemplar a Deus é encontrar esperança, consolo e força. A luz de Deus reflete no rosto daqueles que confiam Nele.

A segunda parte do versículo — “e seus rostos não são envergonhados” — é uma promessa poderosa. A vergonha, na Bíblia, muitas vezes está ligada à frustração, à derrota ou à exposição do erro. Mas Davi afirma: quem confia no Senhor não será envergonhado. Deus honra os que O buscam com sinceridade, e Ele nunca abandona os que colocam Nele a sua esperança. Olhar para Deus é garantia de dignidade restaurada e alegria verdadeira.

✝ Salmos 34:6

"Este miserável clamou, e o SENHOR ouviu; e ele o salvou de todas as suas angústias."

“Este miserável clamou, e o SENHOR ouviu” — Davi se reconhece como alguém necessitado, humilde, sem méritos próprios. Ele não tenta parecer forte ou digno diante de Deus. Pelo contrário, ele se apresenta como está: quebrantado. Isso nos ensina que Deus não rejeita o coração humilde. Quando clamamos com sinceridade, Ele nos ouve — não por causa de quem somos, mas por causa de quem Ele é.

E o resultado desse clamor é maravilhoso: “e ele o salvou de todas as suas angústias”. Não foi de uma só angústia, mas de todas. Isso mostra o cuidado completo e pessoal de Deus. Ele não apenas ouve, Ele age. O Senhor se importa com cada detalhe da nossa dor e intervém com Seu poder restaurador. Davi está dizendo: “Se Ele fez isso por mim, também pode fazer por você.”

✝ Salmos 34:7

"O anjo do SENHOR fica ao redor daqueles que o temem, e os livra."

“O anjo do SENHOR fica ao redor daqueles que o temem” — essa é uma promessa que nos envolve com segurança. Davi revela que aqueles que têmem a Deus, ou seja, que O respeitam, O reverenciam e vivem em obediência a Ele, não estão sozinhos. O "anjo do SENHOR" representa a presença ativa de Deus, vigilante e constante, como um escudo invisível que cerca os que Lhe pertencem.

“e os livra” — essa proteção não é apenas simbólica, mas prática. Deus intervém em favor dos que O amam, trazendo livramento real, muitas vezes sem que percebamos. Pode ser de acidentes, armadilhas espirituais, medos internos ou até mesmo decisões erradas. Davi nos lembra que quem anda com o Senhor nunca está desprotegido — há uma guarda celestial ao seu redor.

✝ Salmos 34:8

"Experimentai, e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado é o homem que confia nele."

“Experimentai, e vede que o SENHOR é bom” — esse convite é pessoal e direto. Davi não está apenas dizendo que Deus é bom; ele está chamando cada um de nós a provar dessa bondade. É como alguém que já saboreou algo maravilhoso e agora encoraja outros: “Não fique só ouvindo sobre Deus. Venha e experimente você mesmo!” A fé cristã é vivencial, não teórica. É possível sentir, viver e comprovar a bondade do Senhor em cada detalhe da vida.

“Bem-aventurado é o homem que confia nele” — confiar em Deus é a chave da verdadeira felicidade. “Bem-aventurado” significa abençoado, feliz, completo. Não se trata de uma alegria superficial, mas de uma satisfação profunda e duradoura que nasce da confiança no caráter fiel e amoroso de Deus. Davi nos assegura: quem confia no Senhor jamais se arrepende.

✝ Salmos 34:9

"Temei ao SENHOR vós, os seus santos; porque nada falta para aqueles que o temem."

“Temei ao SENHOR vós, os seus santos” — aqui, Davi fala diretamente aos que pertencem a Deus, chamando-os de santos, ou seja, separados para o Senhor. O temor do Senhor não é medo paralisante, mas reverência profunda, respeito que gera obediência e adoração. Temê-Lo é reconhecê-Lo como soberano em todas as coisas, e viver com o coração sensível à Sua vontade.

A segunda parte do versículo completa a promessa: “porque nada falta para aqueles que o temem”. Essa é uma garantia de provisão divina. Deus cuida com zelo daqueles que O colocam em primeiro lugar. Isso não significa ausência de desafios, mas a certeza de que tudo o que é necessário — paz, força, direção, sustento — será suprido no tempo certo. O temor do Senhor abre as portas da abundância que vem do céu.

✝ Salmos 34:10

"Os filhos dos leões passam necessidades e têm fome; mas os que buscam ao SENHOR não têm falta de bem algum."

“Os filhos dos leões passam necessidades e têm fome” — Davi usa aqui uma imagem forte: até mesmo os leões, símbolos de força e domínio na natureza, e seus filhotes, podem enfrentar escassez. Isso mostra que, no mundo natural, até os mais poderosos estão sujeitos à falta. Força, habilidade ou posição não garantem provisão duradoura.

Mas ele contrasta essa realidade com uma promessa maravilhosa: “mas os que buscam ao SENHOR não têm falta de bem algum”. Buscar ao Senhor é colocar Deus em primeiro lugar, confiar n’Ele, depender de Sua direção e provisão. E Davi assegura que, para esses, o bem não faltará. Isso não significa luxo ou excesso, mas a certeza de que Deus suprirá tudo o que é necessário para a vida e a piedade. É a segurança de que, na presença do Pai, há plenitude.

✝ Salmos 34:11

"Vinde, filhos, ouvi a mim; eu vos ensinarei o temor ao SENHOR."

“Vinde, filhos, ouvi a mim” — Davi agora assume o papel de mestre espiritual, como um pai amoroso que chama seus filhos para perto. Ele quer ensinar algo essencial, algo que aprendeu na prática da vida com Deus. Esse convite é cheio de carinho, mas também de urgência: é como se dissesse, “parem tudo por um momento e escutem, isso é valioso demais para ser ignorado”.

“Eu vos ensinarei o temor ao SENHOR” — aqui está o coração da sabedoria bíblica. O temor ao Senhor é o fundamento da vida reta, da paz e da sabedoria. Davi, que viveu altos e baixos, perseguições e livramentos, sabe o quanto é importante reverenciar a Deus de forma sincera. E ele não guarda esse conhecimento só para si — ele quer repassar, formar outros que andem no mesmo caminho. Esse versículo nos desafia a sermos também aprendizes e mestres: aprender do Senhor e ensinar aos outros com humildade.

✝ Salmos 34:12

"Quem é o homem que deseja vida, que ama viver por muitos dias, para ver o bem?"

“Quem é o homem que deseja vida, que ama viver por muitos dias, para ver o bem?” — Davi faz uma pergunta que toca o desejo mais profundo do ser humano: viver uma vida longa, com propósito e cheia de coisas boas. Ele não está falando apenas de sobrevivência, mas de uma vida que vale a pena ser vivida — uma vida com paz, bênçãos e alegria verdadeira.

Esse versículo é como um convite à reflexão: “Você quer viver bem? Quer ter dias bons e significativos?” Se a resposta for sim (e para todos nós, geralmente é), então Davi vai mostrar o caminho a seguir nos versículos seguintes. Aqui, ele está preparando o coração dos ouvintes para um ensino prático e transformador, que mostra que uma vida abençoada começa com atitudes corretas diante de Deus e das pessoas.

✝ Salmos 34:13

"Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falar falsidade."

“Guarda a tua língua do mal” — Davi inicia sua instrução tratando da fala, um dos maiores reflexos do que está no coração. Ele nos alerta sobre o poder destrutivo das palavras e nos convida a controlar o que dizemos. Falar o mal inclui fofocas, críticas injustas, palavras ofensivas ou qualquer tipo de comunicação que cause dano. O temor do Senhor começa por uma boca que escolhe abençoar, não ferir.

“e os teus lábios de falar falsidade” — aqui Davi reforça que a verdade deve ser nossa linguagem. A mentira — mesmo que pequena — fere a comunhão com Deus e com os outros. A vida abundante que buscamos passa pela integridade no falar. Quando usamos nossos lábios com sabedoria, nos afastamos do mal e atraímos a paz. Falar com verdade e bondade é um sinal de maturidade espiritual.

✝ Salmos 34:14

"Desvia-te do mal, e faze o bem; busca a paz, e segue-a."

“Desvia-te do mal, e faze o bem” — Davi continua seu ensinamento com um chamado claro à escolha consciente. Não basta evitar o mal, é preciso também tomar a decisão ativa de fazer o bem. Desviar-se do mal exige vigilância e arrependimento; fazer o bem exige intencionalidade e compromisso. Essa dupla atitude revela o coração de quem realmente teme ao Senhor — alguém que não vive de forma neutra, mas que escolhe diariamente andar nos caminhos de Deus.

“Busca a paz, e segue-a” — paz aqui não é apenas ausência de conflitos, mas harmonia com Deus, consigo mesmo e com os outros. Davi nos convida a ser agentes da paz, e não apenas receptores dela. “Seguir a paz” é um esforço contínuo — ela precisa ser buscada com perseverança, mesmo quando não é fácil. Esse versículo nos ensina que a vida abençoada e cheia de dias bons passa pela prática constante da bondade e da reconciliação.

✝ Salmos 34:15

"Os olhos do SENHOR estão sobre os justos, e seus ouvidos atentos ao seu clamor."

“Os olhos do SENHOR estão sobre os justos” — essa é uma imagem linda e cheia de segurança. Davi está dizendo que Deus vê, acompanha e guarda atentamente aqueles que escolhem viver com integridade e temor. Não são os “perfeitos”, mas os justos — os que buscam viver segundo a vontade de Deus. Os olhos do Senhor não estão distraídos ou distantes; eles estão atentos, como um pai que vigia com amor os passos do filho.

“e seus ouvidos atentos ao seu clamor” — Deus não apenas vê, Ele também ouve. Quando os justos clamam, Ele está com os ouvidos inclinados, pronto para ouvir e responder. Isso reforça a intimidade que o Senhor deseja ter com Seu povo. Em tempos de dor, injustiça ou angústia, podemos ter certeza: o Senhor não é indiferente. Ele ouve com atenção e age com compaixão.

✝ Salmos 34:16

"A face do SENHOR está contra aqueles que fazem o mal, para tirar da terra a memória deles."

“A face do SENHOR está contra aqueles que fazem o mal” — essa é uma declaração séria e cheia de autoridade. Se os olhos e ouvidos de Deus estão voltados para os justos, Sua face — símbolo de atenção e juízo — está contra os que praticam o mal. Isso mostra que Deus não é indiferente à maldade no mundo. Ele é justo, santo e se opõe diretamente à injustiça, à violência, à mentira e à rebelião.

“para tirar da terra a memória deles” — aqui vemos que o fim dos que insistem em viver contra Deus é o esquecimento e a ruína. Essa expressão não fala apenas de morte física, mas de um apagamento da influência, da posteridade e da relevância. Deus não permite que o mal triunfe para sempre. É uma advertência clara: longe do Senhor, toda aparente grandeza se dissolve. A única vida que permanece é a que é vivida em temor e verdade diante de Deus.

✝ Salmos 34:17

"Os justos clamam, e o SENHOR os ouve. Ele os livra de todas as suas angústias."

“Os justos clamam, e o SENHOR os ouve” — Davi reafirma que Deus é um Pai presente e atento. Os justos não são aqueles que nunca erram, mas os que vivem com sinceridade diante de Deus, buscando a retidão. Quando eles clamam — ou seja, quando oram com o coração quebrantado e dependente — o Senhor ouve. Não há oração sincera que fique sem resposta. Deus não está longe nem indiferente; Ele está próximo e acessível.

“Ele os livra de todas as suas angústias” — essa é uma das promessas mais lindas do Salmo. O livramento de Deus é completo. Não é apenas um consolo momentâneo, mas uma ação real: Ele tira o peso, a ansiedade, o medo e até as circunstâncias opressoras. “Todas” as angústias quer dizer que não há dor tão pequena que Deus ignore, nem crise tão grande que Ele não possa resolver. O coração que clama com fé sempre encontrará socorro no tempo certo.

✝ Salmos 34:18

"O SENHOR está perto daqueles que estão com o coração partido, e salva os aflitos de espírito."

“O SENHOR está perto daqueles que estão com o coração partido” — essa é uma das verdades mais reconfortantes da Palavra de Deus. O Senhor não se afasta de quem sofre, pelo contrário, Ele se aproxima ainda mais. Um coração partido pode ser resultado de perdas, decepções, fracassos ou arrependimento sincero. E é exatamente nesse estado que Deus se revela com ternura, trazendo consolo e renovação. Ele não despreza quem chora — Ele acolhe, cura e fortalece.

“e salva os aflitos de espírito” — Deus não apenas conforta, Ele salva. A aflição espiritual pode vir da culpa, do desespero, do medo ou da solidão. Mas o Senhor é especialista em resgatar o interior do ser humano. Ele entra na alma abatida e traz vida nova. Davi está testemunhando que, quando tudo parece perdido, Deus se torna ainda mais presente e atuante. O quebrantamento sincero atrai a graça do Altíssimo.

✝ Salmos 34:19

"Muitas são as adversidades do justo, mas o SENHOR o livra de todas elas."

“Muitas são as adversidades do justo” — Davi não esconde a realidade: mesmo quem anda com Deus enfrenta lutas. Ser justo não é um passe livre para uma vida sem problemas, mas é a certeza de que mesmo no meio do fogo, Deus está presente. As adversidades vêm em várias formas — doenças, perdas, perseguições, crises — mas elas não significam ausência de Deus, e sim a oportunidade de experimentar Sua fidelidade.

“mas o SENHOR o livra de todas elas” — essa é a promessa que sustenta o coração do justo: o livramento do Senhor é completo. Não é que o justo escapará das lutas, mas sim que em todas elas Deus agirá. Às vezes Ele remove a causa do sofrimento; outras vezes, fortalece o coração para suportar e vencer. O importante é que o fim da história está nas mãos de Deus, e Ele é um Deus que salva, cuida e honra os que n’Ele confiam.

✝ Salmos 34:19

"Muitas são as adversidades do justo, mas o SENHOR o livra de todas elas."

Davi nos ensina que seguir a Deus não nos isenta das tribulações, mas nos garante companhia fiel em cada uma delas. “Muitas são as adversidades do justo” — essa frase destrói a ideia de que a fé elimina os problemas. Na verdade, ela nos prepara para enfrentá-los com coragem, porque sabemos que não estamos sozinhos.

“Mas o SENHOR o livra de todas elas” — essa segunda parte é a luz que brilha no meio da tempestade. Deus não falha. Seu livramento pode vir de forma imediata ou gradual, visível ou silenciosa — mas Ele sempre age. O justo não é poupado da batalha, mas é sustentado por Aquele que nunca perde uma guerra.

✝ Salmos 34:20

"Ele guarda todos os seus ossos; nenhum deles é quebrado."

“Ele guarda todos os seus ossos” — essa é uma imagem de cuidado absoluto. Davi está dizendo que Deus não apenas livra o justo das adversidades, mas cuida dele em cada detalhe, até o que está “por dentro”. Os ossos representam a estrutura, o sustento do corpo — e aqui simbolizam a preservação completa do justo. Nada escapa ao olhar protetor do Senhor. Ele vela por tudo, mesmo aquilo que os olhos humanos não veem.

“nenhum deles é quebrado” — esse trecho também tem um cumprimento profético direto na vida de Jesus. No evangelho de João (19:36), é citado que, ao morrer na cruz, nenhum dos ossos de Cristo foi quebrado — cumprindo exatamente essa promessa. Isso mostra que o cuidado de Deus é tão perfeito que cumpre até os mínimos detalhes. Para o justo, essa promessa traz consolo: Deus protege nossa estrutura emocional, espiritual e física com zelo.

✝ Salmos 34:21

"O mal matará o perverso, e os que odeiam o justo serão condenados."

“O mal matará o perverso” — Davi mostra que o fim do perverso não é resultado apenas do juízo de Deus, mas também consequência do próprio caminho que escolheu. O mal é como uma armadilha que ele mesmo constrói e, no fim, o destrói. É uma advertência forte: viver na perversidade leva à ruína certa. Quem cultiva o mal, colhe morte — seja física, espiritual ou emocional.

“e os que odeiam o justo serão condenados” — aqui vemos que Deus é defensor dos que O seguem. Aqueles que odeiam e perseguem os justos não passarão despercebidos diante dEle. A justiça do Senhor é imparcial e firme. Ele vê o sofrimento dos Seus e, no tempo certo, traz julgamento contra aqueles que os oprimem. Isso traz alívio para o justo: não precisamos revidar ou nos vingar, pois o Senhor é o Juiz que cuida de cada causa.

✝ Salmos 34:22

"O SENHOR resgata a alma de seus servos, e todos os que nele confiam não receberão condenação."

“O SENHOR resgata a alma de seus servos” — Davi termina o salmo reafirmando que Deus não abandona os que o servem. O termo “resgata” aqui traz a ideia de libertar, comprar de volta, proteger. Ou seja, mesmo quando os servos do Senhor se veem cercados por lutas ou erros, o Senhor age com misericórdia e os salva do abismo. A alma, que representa o centro da vida, é guardada e restaurada por Ele.

“e todos os que nele confiam não receberão condenação” — essa é uma das promessas mais profundas da Palavra: os que confiam verdadeiramente no Senhor são livres da culpa, do peso do pecado e da condenação eterna. Isso antecipa a mensagem do evangelho — de que a fé em Deus é o caminho para a salvação. Davi está dizendo que viver confiando em Deus não é só segurança nesta vida, mas garantia de eternidade ao lado dEle.

Resumo do Salmos 34

O Salmo 34 é uma poderosa expressão de louvor, gratidão e confiança em Deus, escrita por Davi em um momento de livramento. Após escapar da morte ao fingir-se de louco diante do rei Abimeleque, Davi entoa este salmo como um testemunho da fidelidade do Senhor.

Ele começa exaltando a Deus por Seu livramento, convidando outros a se unirem em adoração. Davi declara que buscou ao Senhor e foi atendido, livrado dos seus medos e angústias. Ele afirma que Deus está perto dos que têm o coração quebrantado e promete que, embora os justos enfrentem muitas dificuldades, o Senhor os livra de todas elas.

O salmo também contrasta o destino dos justos com o dos ímpios: enquanto os que temem a Deus recebem proteção, direção e salvação, os que praticam o mal colhem condenação e ruína. Davi termina com uma promessa encorajadora: todos os que confiam no Senhor não serão condenados, pois Ele resgata a alma dos Seus servos.

Este salmo é um convite à adoração constante, à busca sincera por Deus e à certeza de que, mesmo em meio às lutas, o Senhor cuida, protege e salva.

Referências

SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL. Bíblia Sagrada: Almeida Revista e Atualizada. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009. Salmos 34.


BÍBLIA ONLINE. Salmos 34. Disponível em: https://www.bibliaonline.com.br/. Acesso em: 09 abr. 2025.

CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo: Salmos. São Paulo: Hagnos, 2001. v. 3. Comentário sobre Salmos 34.

SILVA, João Marcos da. A justiça e o livramento divino no Salmo 34: uma análise teológica e pastoral. Revista Teológica Brasileira, v. 24, n. 2, p. 78–93, jul./dez. 2016.

Bíblia de estudos

https://play.google.com/store/apps/details?id=biblia.de.estudos.gratis


domingo, 16 de fevereiro de 2025

JÓ 28

Fonte: Imagesearchman

Jó 28 - A Sabedoria que Vem de Deus

Introdução:

No capítulo 28 de Jó, encontramos um dos discursos mais profundos sobre a verdadeira sabedoria. Jó descreve como o ser humano é capaz de explorar a terra, extrair riquezas escondidas e descobrir tesouros preciosos. No entanto, ele reconhece que, apesar de toda essa capacidade, a sabedoria verdadeira não pode ser encontrada por meios humanos, nem comprada com ouro ou pedras preciosas.

Ele questiona: "Onde se encontra a sabedoria?" e conclui que apenas Deus conhece o seu caminho. A verdadeira sabedoria não está nos bens materiais ou na inteligência humana, mas no temor do Senhor e no afastamento do mal. Esse capítulo nos ensina que, por mais que busquemos conhecimento e riquezas, somente em Deus encontramos a verdadeira compreensão da vida.

✝ Jó 28:1

"Certamente há minas para a prata, e o ouro lugar onde o derretem."

Jó inicia este capítulo destacando a habilidade humana de explorar a terra em busca de riquezas. Ele menciona as minas de prata e os locais onde o ouro é refinado, mostrando como o homem aprendeu a extrair e purificar metais preciosos. Isso simboliza a inteligência e o esforço humano em descobrir e obter aquilo que tem valor.

No entanto, essa introdução também prepara o terreno para um contraste maior: se o homem é tão hábil em encontrar tesouros ocultos na terra, por que não consegue encontrar a verdadeira sabedoria? Esse versículo nos faz refletir sobre como muitas vezes dedicamos nossa vida à busca de riquezas materiais, mas deixamos de lado aquilo que tem valor eterno – a sabedoria que vem de Deus.

✝ Jó 28:2

"O ferro é tirado do solo, e da pedra se funde o cobre."

Jó continua descrevendo a capacidade humana de extrair e transformar os recursos da terra. Ele menciona o ferro, que é retirado do solo, e o cobre, que é extraído da pedra e fundido. Esses metais eram essenciais na antiguidade para a fabricação de ferramentas, armas e utensílios, demonstrando como o homem domina a natureza para seu benefício.

Essa afirmação reforça a ideia de que, apesar de toda a habilidade do ser humano em trabalhar com os elementos da terra, há algo que ele não pode alcançar por si só: a verdadeira sabedoria. Assim como os metais precisam ser extraídos e refinados, a sabedoria precisa ser buscada com dedicação, mas só pode ser encontrada plenamente em Deus.

✝ Jó 28:3

"O homem põe fim às trevas, e investiga em toda extremidade, as pedras que estão na escuridão e nas mais sombrias trevas."

Jó destaca a engenhosidade do ser humano ao explorar as profundezas da terra. O homem desafia as trevas ao cavar minas e buscar pedras preciosas em lugares ocultos e sombrios. Ele ilumina o que antes estava escondido, demonstrando sua capacidade de superar desafios físicos e tecnológicos para obter riquezas.

Essa imagem serve como um contraste poderoso: se o homem é capaz de trazer luz às profundezas da terra para encontrar tesouros materiais, por que não consegue encontrar a verdadeira sabedoria? Jó nos leva a refletir que a sabedoria não está enterrada na criação, nem pode ser descoberta por meio do esforço humano. Ela vem somente de Deus e é encontrada por aqueles que O temem e seguem Seus caminhos.

✝ Jó 28:4

"Abre um poço onde não há morador, lugares esquecidos por quem passa a pé; pendurados longe da humanidade, vão de um lado para o outro."

Aqui, Jó descreve a coragem e o esforço do homem ao explorar lugares inóspitos e isolados em busca de riquezas. Ele cava poços em áreas desabitadas, locais que ninguém costuma frequentar, e desce por cordas a grandes profundezas, longe da presença humana. Essa cena retrata a determinação do ser humano em alcançar seus objetivos, mesmo em condições extremas.

No entanto, essa busca incansável por recursos materiais contrasta com a dificuldade de encontrar a verdadeira sabedoria. O homem se arrisca para obter ouro e pedras preciosas, mas não pode alcançar a sabedoria apenas pelo seu esforço. Jó nos lembra que a sabedoria não está escondida na terra, mas em Deus, e somente Ele pode revelá-la aos que O buscam.

✝ Jó 28:5

"Da terra o pão procede, e por debaixo ela é transformada como que pelo fogo."

Jó nos faz olhar para a terra sob dois aspectos contrastantes: na superfície, ela produz o pão, sustentando a vida; porém, em suas profundezas, há uma transformação intensa, como se fosse pelo fogo. Essa imagem pode representar a atividade vulcânica ou os processos subterrâneos que tornam possível a extração de metais e pedras preciosas.

Essa dualidade nos ensina que, enquanto o homem trabalha a terra para obter sustento, há mistérios profundos que ele não pode controlar. Assim como a riqueza escondida nas entranhas da terra exige esforço para ser descoberta, a verdadeira sabedoria não é superficial. Ela não pode ser simplesmente cultivada ou extraída pelo homem, mas precisa ser buscada em Deus, que é a única fonte de entendimento verdadeiro.

✝ Jó 28:6

"Suas pedras são o lugar da safira, e contém pó de ouro."

Jó continua descrevendo as riquezas ocultas na terra, mencionando as safiras e o pó de ouro. Esses elementos simbolizam tesouros de grande valor, encontrados apenas por aqueles que se esforçam para extraí-los das profundezas. Isso reforça a capacidade do homem de explorar e transformar os recursos naturais para seu benefício.

No entanto, esse versículo também nos leva a uma reflexão mais profunda: se o homem consegue encontrar pedras preciosas e ouro escondidos na terra, por que não consegue encontrar a sabedoria com a mesma facilidade? Jó nos lembra que a verdadeira riqueza não está nos bens materiais, mas no temor do Senhor. A sabedoria, assim como esses tesouros ocultos, precisa ser buscada com diligência, mas só pode ser encontrada em Deus.

✝ Jó 28:7

"A ave de rapina não conhece essa vereda; os olhos do falcão não a viram."

Jó começa a enfatizar a raridade e inacessibilidade da verdadeira sabedoria. Ele usa a figura das aves de rapina, conhecidas por sua visão aguçada e habilidade de detectar presas a grandes distâncias, para ilustrar que há caminhos que nem mesmo elas conseguem enxergar. Isso sugere que a sabedoria não pode ser encontrada apenas pela observação ou pelo intelecto humano.

Essa metáfora nos ensina que a sabedoria de Deus está além da compreensão natural. Nem mesmo as criaturas mais perspicazes da criação conseguem encontrá-la por conta própria. Isso nos leva a refletir que, para alcançar a verdadeira sabedoria, não basta ter inteligência ou experiência — é necessário buscar a Deus, pois somente Ele pode revelá-la.

✝ Jó 28:8

"Os filhotes de animais ferozes nunca a pisaram, nem o feroz leão passou por ela."

Neste versículo, Jó continua a ilustrar a inacessibilidade da sabedoria divina, afirmando que até os animais mais ferozes, como os filhotes de animais selvagens e o leão, jamais pisaram neste caminho. Esses animais, conhecidos por sua força e destreza, são incapazes de alcançar a sabedoria que é profundamente escondida.

A imagem do leão, símbolo de poder e domínio, nos mostra que nem mesmo a força bruta ou a coragem mais imensa são suficientes para alcançar a verdadeira sabedoria. Isso reforça a ideia de que a sabedoria não é algo que podemos conquistar por nossa própria capacidade ou poder, mas algo que deve ser revelado por Deus. É um bem precioso e raro, acessível apenas àqueles que buscam com humildade e reverência ao Senhor.

✝ Jó 28:9

"O homem põe sua mão no rochedo, e revolve os montes desde a raiz."

Jó descreve o esforço do homem para explorar a terra, afirmando que ele é capaz de colocar a mão no rochedo e até mesmo remover as raízes dos montes. Isso reflete o trabalho árduo e a engenhosidade humana em conquistar e transformar a natureza. O homem, com sua força e inteligência, consegue mover grandes pedras e alterar a estrutura da terra, demonstrando sua habilidade em dominar o ambiente ao seu redor.

Entretanto, esse versículo também serve para destacar o contraste entre o poder humano sobre o físico e a limitação diante do conhecimento e sabedoria divinos. O homem pode mexer com a terra, mas a verdadeira sabedoria não está nas coisas materiais, mas em Deus, que nos ensina o que é além do entendimento humano.

✝ Jó 28:10

"Cortou canais pelas rochas, e seus olhos veem tudo o que é precioso."

Jó descreve o homem como alguém capaz de realizar feitos extraordinários, como cortar canais através das rochas, abrindo caminho em lugares aparentemente intransponíveis. Ele também menciona que seus olhos conseguem enxergar tudo o que é precioso, simbolizando a capacidade humana de descobrir e aproveitar riquezas ocultas. A imagem de cortar canais nas rochas sugere um esforço contínuo e inteligente, capaz de transformar até os terrenos mais difíceis em fontes de recursos.

Contudo, essa capacidade de explorar a terra e encontrar tesouros materiais nos lembra que, apesar de todo esse poder, há algo que o homem não pode alcançar sozinho: a verdadeira sabedoria. Como a terra guarda riquezas materiais, a sabedoria também é algo oculto, mas não pode ser alcançada pela força ou pela visão humana. Ela só é revelada por Deus, que é a fonte de todo entendimento.

✝ Jó 28:11

"Ele tapa os rios desde suas nascentes, e faz o oculto sair para a luz."

Neste versículo, Jó continua a destacar o poder do homem, dizendo que ele é capaz de bloquear os rios desde suas nascentes e fazer o oculto sair para a luz. Isso simboliza a habilidade humana de controlar a natureza e trazer à tona o que estava escondido. O homem pode desviar o curso das águas e revelar o que estava oculto sob a superfície, seja nas profundezas da terra ou nos mistérios da criação.

Porém, esse versículo também nos desafia a refletir sobre a verdadeira sabedoria. O homem pode controlar e descobrir muitos aspectos do mundo natural, mas a sabedoria divina é algo que só pode ser revelado por Deus. Assim como ele faz o oculto sair para a luz, Deus é quem revela a sabedoria aos que buscam a verdade em Seu temor e reverência. A verdadeira compreensão não vem da capacidade humana de manipular a natureza, mas da revelação divina.

✝ Jó 28:12

"Porém onde se achará a sabedoria? E onde está o lugar da inteligência?"

Jó, após descrever as incríveis realizações do homem ao explorar e dominar a terra, faz uma pergunta fundamental: "Onde se achará a sabedoria? E onde está o lugar da inteligência?" Ele reconhece que, por mais que o homem seja capaz de conquistar e controlar o mundo ao seu redor, existe uma busca ainda mais profunda e desafiadora — a busca pela sabedoria verdadeira.

Essa pergunta nos leva a refletir sobre a diferença entre conhecimento e sabedoria. O conhecimento pode ser adquirido e manipulado, mas a sabedoria verdadeira, aquela que orienta a vida e traz compreensão plena, não pode ser encontrada apenas através de esforço humano. Ela é algo que transcende a capacidade intelectual e técnica, algo que deve ser revelado por Deus, pois Ele é a fonte da verdadeira sabedoria. A resposta a essa pergunta se encontra em Deus, que é o único que pode nos conceder o entendimento verdadeiro.

✝ Jó 28:13

"O ser humano não conhece o valor dela, nem ela é achada na terra dos viventes."

Jó afirma que o ser humano não conhece o valor da sabedoria, e que ela não pode ser encontrada entre os vivos na terra. Mesmo com toda a capacidade humana de explorar o mundo e descobrir riquezas materiais, a verdadeira sabedoria é algo que está além do alcance do ser humano, e seu valor não pode ser plenamente compreendido pelas pessoas.

Essa afirmação nos ensina que a sabedoria divina não é algo que pode ser adquirido através do esforço ou do entendimento humano. Ela é uma dádiva que transcende o que podemos alcançar ou compreender sozinhos. A sabedoria que vem de Deus não pode ser comprada, dominada ou alcançada por meios terrenos. Somente aqueles que buscam a Deus com humildade podem obter essa sabedoria, que vai além do conhecimento material e temporal, direcionando nossas vidas para o que é eterno e verdadeiro.

✝ Jó 28:14

"O abismo diz: Não está em mim; E o mar diz: Nem comigo."

Jó usa o abismo e o mar como metáforas para enfatizar a inacessibilidade da sabedoria. Quando o abismo e o mar afirmam que a sabedoria não está neles, eles estão reconhecendo sua incapacidade de conter algo tão precioso e profundo. Embora esses elementos naturais sejam vastos e aparentemente insondáveis, eles não são suficientes para abrigar a verdadeira sabedoria.

Essa declaração nos ensina que, por mais profundos e misteriosos que sejam os recursos da terra, a sabedoria que buscamos não está nas riquezas materiais, nem nos lugares mais remotos e desconhecidos. Ela não pode ser encontrada nas profundezas do abismo ou nas vastas águas do mar. A verdadeira sabedoria está além do alcance dos tesouros terrenos e só pode ser encontrada em Deus, que é a fonte e o Criador de todo entendimento.

✝ Jó 28:15

"Nem por ouro fino se pode comprar, nem se pesar em troca de prata."

Jó afirma que a verdadeira sabedoria não pode ser comprada com ouro fino nem trocada por prata, o que destaca seu valor incomparável. Embora o ouro e a prata sejam considerados riquezas máximas, eles não têm o poder de adquirir a sabedoria divina. Isso nos lembra que a sabedoria de Deus é algo que transcende qualquer bem material e não pode ser adquirida por meios humanos.

Esse versículo nos desafia a refletir sobre nossas prioridades. Muitas vezes, dedicamos nossa vida à busca por riquezas materiais, mas a sabedoria verdadeira, que orienta nossa vida de maneira plena, não pode ser comprada. Ela está disponível para todos que buscam em Deus, pois Ele é o único que pode nos conceder essa sabedoria, que é mais preciosa do que qualquer tesouro terreno.

✝ Jó 28:16

"Não pode ser avaliada com ouro de Ofir, nem com ônix precioso, nem com safira."

Jó continua a exaltar o valor inestimável da sabedoria, afirmando que ela não pode ser comparada nem mesmo com o ouro mais puro de Ofir, o ônix precioso ou a safira, pedras raras e altamente valorizadas na época. Esses tesouros eram símbolos de riqueza e luxo, mas, mesmo os mais preciosos entre os bens materiais, não chegam perto do valor da sabedoria verdadeira.

Isso nos ensina que a sabedoria de Deus é algo que não pode ser mensurado ou comprado, independentemente das riquezas ou dos bens terrenos que possamos ter. Ela está além do que qualquer tesouro do mundo poderia oferecer, e sua importância é incomparável. A verdadeira sabedoria, portanto, não se encontra em posses materiais, mas em uma relação profunda com Deus, que é a fonte de todo entendimento.

✝ Jó 28:17

"Não se pode comparar com ela o ouro, nem o cristal; nem se pode trocar por joia de ouro fino."

Jó continua a ilustrar a supremacia da sabedoria divina, afirmando que ela não pode ser comparada com o ouro ou o cristal, nem trocada por joias de ouro fino. O ouro e o cristal, sendo considerados materiais de grande valor e beleza, representam as riquezas mais cobiçadas. No entanto, a sabedoria que vem de Deus é infinitamente mais preciosa e não pode ser avaliada de acordo com os padrões materiais.

Esse versículo reforça a ideia de que a verdadeira sabedoria não está à venda e não pode ser adquirida com riqueza ou bens materiais. Ela é incomparável e sua importância vai muito além das coisas terrenas. Isso nos desafia a refletir sobre nossas prioridades e a perceber que a sabedoria divina, que guia nossas escolhas e dá sentido à vida, é um tesouro muito mais valioso do que qualquer possuição material.

✝ Jó 28:18

"De coral nem de quartzo não se fará menção; porque o preço da sabedoria é melhor que o de rubis."

Jó afirma que até o coral e o quartzo, que são materiais valorizados por sua beleza e raridade, não são dignos de comparação com a sabedoria, pois seu preço é superior ao dos rubis, uma das pedras preciosas mais caras da antiguidade. Isso destaca ainda mais o valor incomparável da sabedoria divina, que não pode ser mensurada em termos materiais.

Essa comparação nos ensina que a sabedoria não pode ser comprada com riquezas, não importa o quão preciosas sejam as coisas terrenas. Ela é um tesouro espiritual, superior a qualquer bem material que possamos desejar. O versículo nos desafia a refletir sobre o que realmente é valioso em nossas vidas e a buscar a sabedoria que vem de Deus, que é infinita e eterna, muito além dos tesouros passageiros da terra.

✝ Jó 28:19

"O topázio de Cuxe não se pode comparar com ela; nem pode ser avaliada com o puro ouro fino."

Jó destaca que o topázio de Cuxe, uma pedra preciosa considerada de grande valor, e o ouro puro não se comparam à sabedoria divina. Embora esses materiais sejam altamente valorizados, nenhum deles tem o valor ou a importância da verdadeira sabedoria que vem de Deus.

Esse versículo reforça o conceito de que a sabedoria divina é incomparável e imensurável. Por mais preciosos que sejam os bens materiais, a sabedoria que Deus oferece é algo que transcende qualquer riqueza ou tesouro terreno. Isso nos ensina que, ao invés de buscarmos apenas riquezas materiais, devemos priorizar a sabedoria de Deus, que nos guia, orienta e nos proporciona uma vida cheia de entendimento e propósito eterno.

✝ Jó 28:20

"De onde, pois, vem a sabedoria? E onde está o lugar da inteligência?"

Jó retorna à questão fundamental que permeia este capítulo: "De onde vem a sabedoria? E onde está o lugar da inteligência?" Ele desafia o entendimento humano, perguntando sobre a origem da sabedoria, que é algo além do alcance das conquistas materiais ou intelectuais. Mesmo após descrever as riquezas da terra e a engenhosidade humana, Jó nos lembra que a verdadeira sabedoria não está disponível para ser descoberta ou possuída como um tesouro terreno.

Essas perguntas nos levam a refletir sobre a sabedoria divina como algo transcendental, que não pode ser acessado pelas forças humanas ou pela busca material. A sabedoria verdadeira vem de Deus, que é a fonte de todo entendimento e conhecimento. Somente Ele pode nos revelar a sabedoria que guia nossas vidas para um propósito eterno.

✝ Jó 28:21

"Porque encoberta está aos olhos de todo vivente, e é oculta a toda ave do céu."

A sabedoria é descrita como algo inacessível à humanidade comum, estando oculta tanto dos seres humanos quanto das aves do céu, que possuem uma visão ampla da terra. Isso destaca a profundidade e o mistério da verdadeira sabedoria, que não pode ser encontrada apenas pela observação ou pelo intelecto humano.

Essa passagem reforça a ideia de que a sabedoria não é adquirida por meios naturais, mas sim por uma busca espiritual e pela revelação divina. Mesmo as criaturas que sobrevoam os céus e enxergam vastas paisagens não conseguem descobrir seu paradeiro, pois ela está além do alcance da criação terrena.

✝ Jó 28:22

"O perdição e a morte dizem: Com nossos ouvidos ouvimos sua fama."

A perdição e a morte simbolizam os domínios do desconhecido e do fim da existência humana. Elas testemunham que apenas ouviram falar da sabedoria, mas não a possuem. Isso sugere que nem mesmo na morte o ser humano encontra a verdadeira compreensão dos mistérios divinos.

Esse versículo reforça a ideia de que a sabedoria transcende a experiência humana, incluindo a vida e a morte. Ela não pode ser plenamente compreendida por aqueles que passaram pela destruição, pois sua verdadeira fonte está em Deus, que a concede conforme Sua vontade.

✝ Jó 28:23

"Deus entende o caminho dela, e ele conhece seu lugar."

Este versículo afirma que somente Deus conhece o verdadeiro caminho da sabedoria e onde ela se encontra. Enquanto os homens, os animais e até mesmo a morte não conseguem alcançá-la, Deus a entende perfeitamente, pois Ele é sua própria fonte.

Isso nos ensina que a verdadeira sabedoria não pode ser descoberta apenas pelo esforço humano, mas é revelada por Deus àqueles que O buscam. Somente Ele tem pleno conhecimento de todas as coisas e pode guiar o ser humano no caminho da verdadeira compreensão e discernimento.

✝ Jó 28:24

"Porque ele enxerga até os confins da terra, e vê tudo o que há debaixo de céus."

Deus possui uma visão completa e ilimitada de toda a criação. Ele não apenas vê os confins da terra, mas também tudo o que acontece debaixo dos céus, nada estando oculto aos Seus olhos. Esse versículo enfatiza a onisciência divina, mostrando que Ele conhece todas as coisas, visíveis e invisíveis.

Essa verdade reforça que a sabedoria pertence a Deus, pois Ele tem uma perspectiva absoluta sobre tudo. Enquanto os homens possuem conhecimento limitado, Deus vê além do tempo e do espaço, compreendendo plenamente os caminhos da vida e os propósitos que governam o universo.

✝ Jó 28:25

"Quando ele deu peso ao vento, e estabeleceu medida para as águas;"

Este versículo destaca o poder de Deus na criação, mostrando que Ele estabeleceu ordem e equilíbrio na natureza. O vento, embora invisível, tem peso aos olhos de Deus, e as águas seguem medidas determinadas por Ele. Isso revela que nada ocorre ao acaso, pois tudo foi planejado com precisão divina.

Essa afirmação reforça que Deus não apenas criou, mas também governa todas as coisas com sabedoria. Se Ele regula até os elementos naturais com exatidão, quanto mais pode guiar a vida humana e revelar o verdadeiro caminho da sabedoria àqueles que O buscam.

✝ Jó 28:26

"Quando ele fez lei para a chuva, e caminho para o relâmpago dos trovões,"

Este versículo enfatiza que Deus estabeleceu leis e ordem para os fenômenos naturais, como a chuva e os relâmpagos. Nada acontece por acaso; cada detalhe da criação segue um propósito definido por Ele. A chuva cai em seu tempo determinado, e os trovões seguem um caminho traçado pelo Criador.

Isso reforça a ideia central do capítulo: se Deus tem controle absoluto sobre os elementos da natureza, muito mais Ele tem sobre a sabedoria. Assim como a chuva e os relâmpagos obedecem às Suas leis, a verdadeira sabedoria só pode ser encontrada Nele e por meio Dele.

✝ Jó 28:27

"Então ele a viu, e relatou; preparou-a, e também a examinou."

Aqui, o texto mostra que Deus não apenas possui a sabedoria, mas também a revelou e a ordenou conforme Seu propósito. Ele a viu, ou seja, a compreendeu plenamente; relatou, significando que a tornou conhecida; preparou-a, dando-lhe uma forma definida; e examinou-a, garantindo sua perfeição.

Isso reforça que a sabedoria é divina em sua origem e propósito. Não se trata de algo que o homem pode conquistar por si só, mas de um conhecimento profundo que vem de Deus e que Ele compartilha com aqueles que O buscam com humildade e temor.

✝ Jó 28:28

"E disse ao homem: Eis que o temor ao Senhor é a sabedoria, e o desviar-se do mal é a inteligência."

Este versículo conclui o capítulo afirmando que a verdadeira sabedoria não está na busca pelo conhecimento humano, mas no temor ao Senhor. Temer a Deus não significa ter medo Dele, mas sim respeitá-Lo, reconhecer Sua soberania e seguir Seus caminhos. Esse temor leva à obediência, que é a essência da sabedoria.

Além disso, a inteligência verdadeira não está apenas na acumulação de informações, mas em se afastar do mal. O discernimento espiritual não vem de grandes feitos intelectuais, mas de um coração que busca viver conforme os princípios divinos. Esse é o maior ensinamento sobre a sabedoria: ela começa com Deus e se manifesta em uma vida reta diante Dele.

Resumo Capitulo 28 de Jó

O capítulo 28 de Jó é um discurso poético sobre a busca pela verdadeira sabedoria. Ele começa descrevendo como os seres humanos exploram a terra em busca de riquezas, como ouro e prata, cavando minas e descobrindo tesouros ocultos (vs. 1-11). No entanto, apesar de toda essa habilidade em encontrar recursos valiosos, a verdadeira sabedoria não pode ser extraída da terra nem comprada com ouro ou joias preciosas (vs. 12-19).

Em seguida, Jó afirma que a sabedoria não é encontrada no mundo dos vivos nem na morte; apenas Deus conhece seu caminho e seu lugar (vs. 20-27). Ele criou e ordenou todas as forças da natureza, estabelecendo leis para o vento, a chuva e os relâmpagos, mostrando Seu domínio absoluto sobre a criação. No final, Jó revela a chave para alcançar a sabedoria: "O temor ao Senhor é a sabedoria, e o desviar-se do mal é a inteligência" (v. 28). Isso ensina que a verdadeira compreensão vem de uma vida de reverência e obediência a Deus, e não apenas do conhecimento humano.

Referências:

BÍBLIA. Jó 28. In: Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. 5. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2020.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry: Antigo Testamento. São Paulo: Hagnos, 2010.

SILVA, Antonio José da. Sabedoria e temor de Deus no livro de Jó. Revista Teológica Brasileira, v. 45, n. 1, p. 67-89, 2018.

SCHÖKEL, Luis Alonso. A literatura sapiencial na Bíblia. São Paulo: Loyola, 2002.

Bíblia de estudos

https://play.google.com/store/apps/details?id=biblia.de.estudos.gratis

Salmos 88

  Fonte: Imagesearchman Salmos 88 - Quando a Alma Grita na Escuridão — Uma Reflexão sobre o Salmo 88 Introdução O Salmo 88 é um clamor vin...

Popular Posts