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Fonte: Imagesearchman |
✝ 2 Crônicas 36:1
"Então o povo da terra tomou a Jeoacaz filho de Josias, e fizeram-lhe rei em lugar de seu pai em Jerusalém."
O Reinado de Jeoacaz, Rei de Judá
✝ 2 Crônicas 36:2
"De vinte e três anos era Jeoacaz quando começou a reinar, e três meses reinou em Jerusalém."
2. Tinha Jeoacaz vinte e três anos, sendo mais jovem que Jeoaquim, seu sucessor (v. 5). Mas embora tenha ele feito "o que era mau" (II Reis 23:32), o povo da terra, os cidadãos livres (II Cr. 36:1), aparentemente tinham mais esperanças nele do que em seu irmão mais velho. Reinou três meses, ou até que Neco teve oportunidade de substituí-lo (cons. 35:20, 21).
✝ 2 Crônicas 36:3
"E o rei do Egito o tirou de Jerusalém, e condenou a terra em cem talentos de prata e um de ouro."
3. Neco impôs uma indenização de cem talentos de prata e um de ouro (cons. 25:6; 27:5), cerca de US$ 220.000 mais US$ 35.000 (cons. I Cr. 19:6, observação).
✝ 2 Crônicas 36:4
"E o rei do Egito constituiu o seu irmão Eliaquim como rei sobre Judá e Jerusalém, e mudou-lhe o nome em Jeoaquim; e Neco tomou o seu irmão Jeoacaz, e o levou ao Egito."
4. E lhe mudou o nome de Eliaquim, Deus levanta, para Jeoaquim, Jeová (Yahweh) levanta, demonstrando a boa vontade que Neco tinha em tolerar a religião dos judeus. De modo significativo este controle que o rei tinha sobre o nome do rei era prova do controle que tinha sobre sua pessoa (veja comentário sobre 6:6). Ao irmão Jeoacaz tomou Nem, e o levou para o Egito, onde veio a falecer (II Reis 23 : 34; cons. Jr. 22:10).
O Reinado de Jeoaquim, Rei de Judá
✝ 2 Crônicas 36:5
"Quando começou a reinar Jeoaquim era de vinte e cinco anos, e reinou onze anos em Jerusalém: e fez o que era mau aos olhos do SENHOR seu Deus."
5. Jeoaquim . . , reinou onze anos, 608-598 A.C., e fez ele o que era mau. Ele impôs à terra tributo que devia ser pago a Faraó (II Reis 23:35), enquanto ele mesmo vivia no luxo (Jr. 22:14, 15); perverteu a justiça e oprimiu os pobres (Jr. 22:13, 17); e perseguiu os profetas que o reprovaram (cons. II Cr. 35:8, 16, abaixo; Jr. 26:21-24; 32:36).
✝ 2 Crônicas 36:6
"E subiu contra ele Nabucodonosor rei da Babilônia, e acorrentado com correntes o levou à Babilônia."
6. Subiu, pois, contra ele Nabucodonosor (mais corretamente, Nabucodonosor, II Reis 24:1, texto hebraico). Na primavera de 605, os babilônios obtiveram uma vitória decisiva contra Neco em Carquemis (veja comentário sobre 35:20; Jr. 46:2). Os egípcios, como resultado, foram expulsos até suas próprias fronteiras; e a Palestina ficou nas mãos de Nabucodonosor (II Reis 24:7). O conquistador amarrou Jeoaquim com duas cadeias de bronze, para o levar prisioneiro, embora a ameaça pareça ter sido suficiente, sem que houvesse necessidade de levá-lo fisicamente a Babilônia.
✝ 2 Crônicas 36:7
"Também levou Nabucodonosor à Babilônia dos utensílios da casa do SENHOR, e os pôs no seu templo em Babilônia."
7. Também alguns dos utensílios do templo levou Nabucodonosor para a Babilônia, e também um primeiro grupo de prisioneiros selecionados como reféns, inclusive Daniel (cons. Dn. 1:1-3). Com isto começou o exílio babilônico que durou setenta anos, 605-536 A.C. (Jr. 29:10). A autenticidade desta campanha na Palestina em 605, antigamente desacreditada por críticos incrédulos do V.T., foi extraordinariamente confirmada pela publicação, em 1956, de duas tabuinhas babilônicas do reinado de Nabucodonosor. Nelas Nabucodonosor declara que conquistou "toda a terra dos hati" (o Crescente Fértil ocidental incluindo a Palestina) no verão de 605 e que
"cobrou pesado tributo dos hati para a Babilônia" (cons. J.B. Payne, "The Uneasy Conscience of Modern Liberal Exegesis", Bulletin of the Evangelical Theological Society, 1:1, Inverno de 1958, 14-18).
✝ 2 Crônicas 36:8
"Os demais dos feitos de Jeoaquim, e as abominações que fez, e o que nele se achou, eis que estão escritos no livro dos reis de Israel e de Judá: e reinou em seu lugar Joaquim seu filho."
8. Quanto aos mais atos de Jeoaquim. Depois de servir Nabucodonosor por três anos (até 602), ele se rebelou (II Reis 24:1, 2), mas morreu antes que recebesse todo o seu castigo.
O Reinado de Joaquim, Rei de Judá
✝ 2 Crônicas 36:9
"De oito anos era Joaquim quando começou a reinar, e reinou três meses e dez dias em Jerusalém: e fez o que era mau aos olhos do SENHOR."
9. Tinha Joaquim dezoito anos de acordo com outros manuscritos, e não "oito anos" (cons. II Reis 24:8; e reinou três meses e dez dias, de dezembro de 598 até 16 de março de 597, de acordo com os novos textos de Nabucodonosor (v. 7, observação).
✝ 2 Crônicas 36:10
"Na primavera do ano, o rei Nabucodonosor mandou que o trouxessem à Babilônia, juntamente com os utensílos preciosos da casa do SENHOR; e constituiu o seu irmão Zedequias como rei sobre Judá e Jerusalém."
10. Mandou o rei Nabucodonosor levá-lo a Babilônia em 597 A.C., junto com um segundo grupo de deportados, que incluíram Ezequiel e 10.000 dos mais importantes elementos da sociedade judia (cons. II Reis 24:10-16). E estabeleceu a Zedequias, seu irmão (tio, II Reis 24: 17), rei.
O Reinado de Zedequias, Rei de Judá
✝ 2 Crônicas 36:11
"De vinte e um anos era Zedequias quando começou a reinar, e onze anos reinou em Jerusalém."
✝ 2 Crônicas 36:12
"E fez o que era mau aos olhos do SENHOR seu Deus, e não se humilhou diante do profeta Jeremias, que lhe falava da parte do SENHOR."
12. Não se humilhou perante o profeta Jeremias. A princípio Zedequias ignorou as mensagens de Jeremias (Jr. 34:1-10), depois o procurou (Jr. 21) e, finalmente, rogou que lhe ajudasse (Jr. 37), mas nunca se submeteu às suas exigências. Zedequias foi um homem fraco e maleável aos esquemas dos nobres manhosos que file foram deixados
(Jr. 38:5).
✝ 2 Crônicas 36:13
"Rebelou-se também contra Nabucodonosor, ao qual havia jurado por Deus; e endureceu sua cerviz, e obstinou seu coração, para não voltar-se ao SENHOR o Deus de Israel."
13. Rebelou-se . . . contra . . . Nabucodonosor, diante da instigação de Hofra (588-567A.C.), Faraó da Vigésima Sexta Dinastia do Egito (cons. Ez. 17:15; Jr. 37:5). Que o tinha ajuramentado. Zedequias fora feito vassalo de Nabucodonosor por meio de juramento; assina sua deslealdade anulou-o (Ez. 17:13-19).
✝ 2 Crônicas 36:14
"E também todos os príncipes dos sacerdotes, e o povo, aumentaram a transgressão, seguindo todas as abominações das nações, e contaminando a casa do SENHOR, a qual ele havia santificado em Jerusalém."
A Queda de Jerusalém
✝ 2 Crônicas 36:15
"E o SENHOR o Deus de seus pais enviou a eles por meio de seus mensageiros, enviando insistentemente: porque ele tinha misericórdia de seu povo, e de sua habitação."
✝ 2 Crônicas 36:16
"Mas eles faziam escárnio dos mensageiros de Deus, e menosprezavam suas palavras, ridicularizando-se de seus profetas, até que subiu o furor do SENHOR contra seu povo, de maneira que não havia remédio."
✝ 2 Crônicas 36:17
"Pelo qual trouxe contra eles ao rei dos caldeus, que matou à espada seus rapazes na casa de seu santuário, sem perdoar jovem, nem virgem, nem velho, nem decrépito; todos os entregou em suas mãos."
C. O Exílio. 36:17-23.
As Crônicas São essencialmente um livro de encorajamento. Os capítulos sobre os monarcas de Judá registram grandes triunfos, vindicações da fé dos homem em Deus, mesmo no meio da geral deterioração da nação. Então, tendo demonstrado que Deus pode expulsar o Seu povo por causa de sua desobediência e que realmente o fará (36:17-21, fazendo um pequeno paralelo com II Reis 25), o cronista prossegue insinuando que das ruínas se levantará uma terra rejuvenescida, um Templo reconsagrado descrevendo a imutável salvação de Deus e um povo aperfeiçoado e portanto restaurado (II Cr. 36:22, 23, fazendo paralelo com Ed. 1:1-3a). Pois o Exílio não foi uma derrota permanente, mas, essencialmente, um triunfo da providência divina. A história é um processo, não de desintegração, mas de peneiramento e seleção. Quando o refugo é removido, surge o remanescente fiel (cons. comentário sobre 10:9; 11:3). "Que suba, e o Senhor seu Deus seja com ele!" (II Cr. 36:23).
✝ 2 Crônicas 36:18
"Também todos os vasos da casa de Deus, grandes e pequenos, os tesouros da casa do SENHOR, e os tesouros do rei e de seus príncipes, tudo o levou à Babilônia."
✝ 2 Crônicas 36:19
"E queimaram a casa de Deus, e romperam o muro de Jerusalém, e consumiram ao fogo todos seus palácios, e destruíram todos os seus objetos valiosos."
✝ 2 Crônicas 36:20
"Os que restaram da espada foram passados à Babilônia; e foram servos dele e de seus filhos, até que veio o reino dos persas;"
20. Os que escaparam da espada. II Crônicas omite, como irrelevante para o destino final de Judá, qualquer referência ao reajuntamento de Gedalias e a fuga do remanescente para o Egito (II Reis 25:22-27); à pequena e quarta deportação de 582 A.C. (Jr. 52:30); e aos "mais pobres da terra" que ficaram espalhados pela Palestina (II Reis 25:12). A arqueologia tem comprovado o total despovoamento de Judá nesse período. A esses levou ele para Babilônia, onde se tornaram seus servos. Depois de certo desânimo inicial (Sl. 137) e trabalho escravo (Is. 14:2, 3), alguns judeus alcançaram certo status e favor (cons. II Reis 25:27-30). Os que eram mundanos tornaram-se indiferentes e se desviaram (cons. Ez. 33:31, 32), mas os piedosos amadureceram espiritualmente (cons. Dn. 1:8; Et. 4:14-16; Ne. 1: 4).
✝ 2 Crônicas 36:21
"Para que se cumprisse a palavra do SENHOR pela boca de Jeremias, até que a terra houvesse aproveitado os seus descansos sabáticos; pois durante todo o tempo de sua ruina ela descansou, até que os setenta anos fossem cumpridos."
21. Para que se cumprisse a palavra do Senhor, até que a terra se agradasse dos seus sábados . . . repousou . . . setenta anos (cons. v. 7, observação), presumivelmente compensando um meio milênio de anos sabáticos negligenciados (Gustav Oehler, Theology of the Old Testament, pág. 343; cons. Lv. 25:1-7; 26:34).
✝ 2 Crônicas 36:22
"Mas ao primeiro ano de Ciro rei dos persas, para que se cumprisse a palavra do SENHOR por boca de Jeremias, o SENHOR induziu o espírito de Ciro rei dos persas, o qual fez apregoar por todo seu reino, e também por escrito, dizendo:"
22. Em 538 A.C. Ciro, rei da Pérsia venceu Nabonidus e seu filho Belsazar, os últimos monarcas babilônios nativos (Dn. 5). Sua política de conciliação e restauração religiosa para os exilados recebeu inteira confirmação arqueológica devido as inscrições do próprio Ciro. (Sobre a correspondência deste material com Ed. 1:1-3a, veja Introdução, Autoria).
✝ 2 Crônicas 36:23
"Assim diz Ciro rei dos persas: o SENHOR, o Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou que lhe edifique casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem houver de vós de todo seu povo, o SENHOR seu Deus seja com o tal, e suba."
23. O Senhor (Jeová) . . . me deu todos os reinos da terra. Tal linguagem diplomática (cons. 35:21, observação) nada significava para Ciro; suas palavras a uma audiência de babilônios foram: "Marduque, rei dos deuses (principal divindade da Babilônia, mas não da Pérsia!) ... designou(me) para governar sobre todas as terras". Mas Cito foi realmente um instrumento da providência divina (Is. 44:28 - 45:5).
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