quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Ester 1

 

Fonte: Imagesearchman

INTRODUÇÃO

Título. O livro recebeu o nome de seu personagem principal, Ester. É um nome persa e significava estrela. Seu nome hebraico era Hadassa, murta (veja 2:7)

Data e Autoria. Temos quase certeza que o livro escrito após 465 A.C, pois menciona-se o reinado de Xerxes (486 a 465 A.C) no tempo passado (10:2). Mas o autor demonstra ter conhecimento muito intimo dos acontecimentos desse reinado e do mobiliário do palácio de Susã (que foi destruído pelo fogo em cerca de 435 A.C) para que se date o livro após o período de Artaxerxes 1 (464-424 A.C). Embora Josefo achasse que Mordecai escrevera o livro, parece que 10:2, 3 exclui tal possibilidade. Não obstante, o autor devia ser um Judeu morando na Persia (2:23; 9:20; 10:2). Palavras e nomes em puro persa aparecem no livro, e seu estilo hebraico assemelhasse muito com o de Esdras, Neemias e Crônicas.

Historicidade e Propósito. Apesar das objeções que se tem levantado contra a historicidade do livro, ele nos dá uma narrativa perfeitamente acreditável dos acontecimentos que poderiam ter acontecido durante o reinado de Xerxes. A declaração relativa à extensão do domínio de Xerxes (1:1; 8:9) concorda com  as declarações de Heródoto (Histories, 3,97, 98; 7.9) e não se aplica a nenhum outro rei persa. A grande festa do terceiro ano do reinado de Xerxes (Et.1:3) harmoniza-se com a data fornecida por Heródoto (7.8) para o planejamento da expedição do rei persa contra a Grécia. A descrição do seu palácio (Et. 1:16) tem sido confirmada por descobrimentos arqueológicos.

A nova esposa que foi tomada no seu sétimo ano (2:16) encaixa-se na descrição que Heródoto faz do renovado interesse que ele manifestou em seu harém depois da desastrosa campanha grega (9.108, 109).

A Festa do Purim, que foi mencionada em II Macabeus 15:36 como sendo festejada já há cerca de 160 A.C., dificilmente poderia ter sido instituída sem nenhum motivo. A explicação mais lógica é que foi instituída em comemoração dos acontecimentos descrito neste livro. Os judeus sempre aceitaram o Livro de Ester como canônico. Quando voltamos nossa atenção para o propósito do livro, surge imediatamente a questão relativa ao por que de todas as referências à oração, adoração, Jerusalém, o templo e o nome de Deus terem sido omitidas, com exceção de algumas insinuações sobre oração e providência (Et. 4:14; 4:16; 9:31). Alguns têm conjeturado que era perigoso demais adorar Jeová abertamente naquele tempo e por isso todas as referencias a Ele foram cuidadosamente excluídas do livro. Mas isto forma uma opinião debilitada sobre a inspiração das Escrituras. Parece melhor concluir que “considerando que estes judeus já não se encontravam na linha teocrática, por assim fazer, o nome de Deus da Aliança não foi associado com eles. O livro de Ester, então, serve ao propósito de mostrar como a Providencia Divina governa todas as coisas; mesmo estando em uma terra distante, o povo de Deus continua em Suas mãos. Mas, uma vez que esse povo se encontra em uma terra distante, e não na terra da Promessa. Seu nome não foi mencionado”(Edward J. Young, Na Introduction to the Old Testament, pág. 349).

Antecedentes Históricos. Desde 722 A.C., os israelitas das tribos do norte foram transplantados, em cativeiro, para “as cidades dos medos” além de outros lugares (II Reis 17:6). Além disso, depois da conquista da Babilônia por Ciro em 539 A.C., alguns dos judeus que foram transportados por Nabucodonosor para a Babilônia provavelmente dirigiram-se para o leste na direção de Susã  e outras cidades da MedoPérsia, como fez Mordecai (Et. 2:5, 6). Mas dos milhões de judeus que foram dispersos por todo o Oriente Próximo,  somente cerca 50.000 escolhidos retornaram à Terra Prometida com Zorobabel e Jesua em 536 A.C (Ed. 2: 64-67).

De acordo com Esdras 6:15, o segundo templo foi terminado em 515 A.C., no sexto ano dde Dario I. Foi exatamente trinta e dois anos depois que Xerxes, o filho de Dario I, “deu um banquete, a todos os seus príncipes e seus servos”(Et. 1:3). Os acontecimentos deste livro cobrem um período de dez anos, desde a grande festa de Xerxes (483 A.C) até a Festa do Purim (473 A.C.). Dezesseis anos depois da primeira festa Festa do Purim, Esdras dirigiu sua expedição de volta a Jerusalém (Ed. 7:9). Assim, os acontecimentos deste livro se encaixam entre o sexto e o sétimo capítulos do Livro de Esdras.

COMENTÁRIO

I. Vasti Dovorciada 1:1-22

Ester 1

No último dia de uma festa de sete dias em Susã, no palácio, o rei Xerxes mandou chamar a rainha Vesti a fim de que exibisse a sua beleza diante dos nobres embriagados. Sua recusa provocou a ira do rei e ele aceitou o conselho de Memucã, um dos conselheiros do rei, divorciando-se dela por decreto público. Este castigo, diziam, serviria de advertência a que respeitassem seus maridos.

I. Nos dias de Assuero. Este não poderia ser nenhum outro além de Xerxes (486-465 A.C.; cons. Ed. 4:6), o filho de Dario I, que tentou conquistar a Grecia em 481 A.C. Falhou completamente em seu objetivo devido a uma derrota esmagadora em Salamina (480 A.C) e Platéia (479 A.C). O Assuero que reinou desde a Índia até à Etiópia. A fim de evitar qualquer possível confusão com o pai de Dario, o medo, que tinha o mesmo nome (Dn. 9:1), o autor aponta o vasto território correspondente a província de Punjab no atual Paquistão Ocidental, a região a oeste do Rio Indus, até o qual os exércitos Alexandre chegaram em suas conquistas. Heródoto nos conta que tanto a Índia como a Etiópia forma dominadas por Xerxes (3.97, 98; 7:9). Sobre cento e vinte e sete províncias. Isto se tem confundido com as vinte as vinte satrapias relacionadas por Heródoto para Dario I (3:89-94) e os cento e vinte Sátrapas designados por Dario, o medo (Dn. 6:1). A palavra províncias (no heb. Medina) refere-se a unidades governamentais menores do império, tais como a província de Judá (Ne. 1:3), enquanto que Heródoto se referia às unidades maiores, tais como  a quinta satrapia, que incluía toda a Fenícia, Palestina, Síria e Chipre. Mas o Livro de Daniel não falava dessas unidades territoriais, pois simplesmente declara que Dario, o medo, achou por bem “constituir sobre o reino a cento e vinte sátrapas” (Dn. 6:1, cons. John C. Witchomb.  Darius the Mede, págs 31-33)

A Rainha Vasti Afronta o Rei

✝ Ester 1:1

"E aconteceu nos dias de Assuero (o Assuero que reinou desde a Índia até Cuxe sobre cento e vinte e sete províncias),"

✝ Ester 1:2

"Que naqueles dias, quando o rei Assuero se sentou sobre o trono de seu reino, na fortaleza de Susã,"

2. Na cidadela de Susã. Susã (ou Susa) era uma das principais capitais do Império Persa, sendo as outras Ecbatana (Ed. 6:1-2) e Persépolis. Daniel foi, certa vez, transportado em visão para esta cidade (Ed. 8:2); e, mais tarde, Neemias serviu ali como mordomo de 

Artaxerxes (Ne. 1:1, 2:1).

✝ Ester 1:3

"No terceiro ano de seu reinado, ele fez um banquete a todos seus príncipes e a seus servos, tendo diante dele o exército de Pérsia e da Média, os maiorais e os governadores das províncias,"

3. No terceiro ano do seu reinado, deu um banquete. Esta festa (literalmente, uma festa báquica) aconteceu no ano de 483/482 A.C. e certamente foi aquela mencionada por Heródoto (7-8) na qual Xerxes fez planos para a grande invasão da Grécia. O escol da Pérsia e Média, e os nobres e príncipes. No tempo de Ciro, a Média era mencionada antes da Pérsia (Dn. 6:8), mas agora a Pérsia estava em destaque na monarquia dualista. O escol representa os governadores militares, enquanto que os nobres e príncipes são os governadores civis. 

✝ Ester 1:4

"Para mostrar as riquezas da glória de seu reino, e o esplendor de sua majestosa grandeza, por muitos dias: cento e oitenta dias."

4, 5. Durante os 180 dias, Xerxes discutiu planos de guerra com seus subordinados e os assombrou com a opulência e a grandeza de sua corte. Depois disto, realizou-se uma festa de sete dias (vs. 3 e 5 provavelmente se referem à mesma festa) para todo o povo que se achava na cidadela de Susã, inclusive os líderes das diversas províncias que tinham vindo para o planejamento de 180 dias (Keil, in loco). No pátio do jardim do palácio real. O terreno ou parque que rodeava o palácio. 

✝ Ester 1:5

"E acabados aqueles dias, o rei fez um banquete a todo o povo que se achava na fortaleza de Susã, desde o maior até o menor, durante sete dias, no pátio do jardim do palácio real."

✝ Ester 1:6

"As cortinas eram de linho branco e azul celeste, amarradas com cordões de linho fino e púrpura, argolas de prata e colunas de mármore; os leitos eram de ouro e de prata, sobre um piso de pórfiro , mármore, madrepérola e pedras preciosas."

6. O significado de algumas destas palavras é obscuro. Cortinas em azul e branco (as cores reais; cons. 8:15) pendiam de colunas de mármore por meio de argolas de prata. Também, havia divãs de ouro e prata (cons. 7:8) sobre o assoalho coberto de pedras de valias cores. Este notavelmente belo palácio foi queimado até os alicerces no final do reinado de Artaxerxes, o filho de Xerxes, em cerca de 435 A.C. (A.T. Olmstead, The History of the Persian Empire, pág. 352). 

✝ Ester 1:7

"E dava-se de beber em taças de ouro, e as taças eram diferentes umas das outras; e havia muito vinho real, conforme a generosidade do rei."

7, 8. Vasos de ouro...de várias espécies. Grande variedade de vasos para se beber era um luxo persa. Graças à generosidade do rei. (Cons. I Reis 10:13). Bebiam sem constrangimento, como estava prescrito. Geralmente o rei exigia que seus convivas bebessem uma certa quantidade, mas agora eles podiam beber tanto ou tão pouco quanto quisessem. 

✝ Ester 1:8

"E de acordo com a lei, a bebida era sem restrições; porque assim o rei tinha mandado a todos os oficiais de sua casa; que fizessem conforme a vontade de cada um."

✝ Ester 1:9

"Também a rainha Vasti fez banquete para as mulheres, na casa real do rei Assuero."

9-12. No último dia da festa, orei embriagado (Jz. 16: 25; II Sm. 13:28) enviou seus sete camareiros (ou eunucos; cons. Et. 1:12,15), que eram o seu meio de comunicação com o harém, para buscarem Vasti. As rainhas persas costumavam comer à mesa do rei, mas nem sempre nos grandes banquetes. Temendo por sua dignidade no meio de tal grupo embriagado (Heródoto, 5.18), ela recusou-se terminantemente a obedecer as ordens. 

✝ Ester 1:10

"No sétimo dia, quando o coração do rei estava alegre do vinho, mandou a Meumã, Bizta, Harbona, Bigtá, Abagta, Zetar, e Carcas, sete eunucos que serviam diante do rei Assuero,"

✝ Ester 1:11

"Que trouxessem à rainha Vasti com a coroa real diante do rei, para mostrar aos povos e aos príncipes sua beleza; pois ela tinha linda aparência."

✝ Ester 1:12

"Porém a rainha Vasti recusou vir à ordem do rei por meio dos eunucos; por isso o rei se enfureceu muito, e sua ira se acendeu nele."

✝ Ester 1:13

"Então o rei perguntou aos sábios que entendiam dos tempos (porque assim era o costume do rei para com todos os que sabiam a lei e o direito;"

13,14. Os sábios que entendiam dos tempos . . . os sete príncipes. Talvez o sete fosse um número sagrado na Pérsia (cons. 1:10, 2:9; Ed. 7:14). Esses sábios talvez fossem astrólogos ou legisladores. Era nessas famílias de líderes que os reis persas tomavam suas esposas (Heródoto, 3.84). 

✝ Ester 1:14

"E os mais próximos dele eram Carsena, Setar, Adamata, Társis, Meres, Marsena, e Memucã, sete príncipes da Pérsia e da Média, que viam o rosto do rei, e se sentavam nas posições principais do reino)"

✝ Ester 1:15

"O que se devia fazer segundo a lei com a rainha Vasti, por não ter cumprido a ordem do rei Assuero por meio dos eunucos."

✝ Ester 1:16

"Então Memucã disse na presença do rei e dos príncipes: A rainha Vasti pecou não somente contra o rei, mas também contra todos os príncipes, e contra todos os povos que há em todas as províncias do rei Assuero."

16-20. Memucã, um dos sete príncipes (v. 14), aproveitou a oportunidade para transformar um negócio público em uma crise nacional, sem dúvida por causa de algum antigo conflito entre a rainha e os príncipes. As esposas dos cidadãos comuns desobedeceriam a seus maridos (v. 17), e as esposas dos sete príncipes poderiam "hoje mesmo" (v. 18) exigir igualdade de direitos para apoiar a rainha. E não se revogue (v. 19). Cons. 8:8; Dn. 6:9. Sem dúvida não queriam que Vasti retornasse ao poder e os punisse por terem dado tal conselho! 

✝ Ester 1:17

"Pois o que a rainha fez será notícia a todas as mulheres, de modo que desprezarão seus maridos em seus olhos, quando lhes for dito: O rei Assuero mandou trazer diante de si à rainha Vasti, porém ela não veio."

✝ Ester 1:18

"Então neste dia as princesas da Pérsia e da Média dirão o mesmo a todos os príncipes do rei, quando ouvirem o que a rainha fez; e assim haverá muito desprezo e indignação."

✝ Ester 1:19

"Se for do agrado do rei, seja feito de sua parte um mandamento real, e escreva-se nas leis da Pérsia e da Média, e que não se possa revogar: que Vasti nunca mais venha diante do rei Assuero; e o reino dela seja dado a outra que seja melhor que ela."

✝ Ester 1:20

"E quando o mandamento que o rei ordenar for ouvido em todo o seu reino (ainda que seja grande), todas as mulheres darão honra a seus maridos, desde o maior até o menor."

✝ Ester 1:21

"E esta palavra foi do agrado dos olhos do rei e dos príncipes, e o rei fez conforme o que Memucã havia dito;"

21, 22. Enviou cartas a todas as províncias do rei . . . segundo o seu modo de escrever. O Império Persa gabava-se de possuir um eficiente sistema postal, mas a comunicação era complicada pela multiplicidade de línguas faladas por todo o império. Que cada homem fosse senhor em sua casa, e que se falasse a língua do seu povo. O significado aqui é um tanto obscuro, mas presumivelmente "o governo do marido em sua casa devia ser demonstrado pelo fato de só se falara lihgua nativa do chefe da casa na família" (Keil; cons. Ne. 13:23). A menção deste ponto no decreto dá a idéia de que os fatos relativos à Vasti também foram mencionados. 

✝ Ester 1:22

"Então enviou cartas a todas a províncias do rei, a cada província segundo sua escrita, e a cada povo segundo sua língua, que todo homem fosse senhor em sua casa, e falasse isto conforme a língua de cada povo."

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quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Neemias 13

 

Fonte: Imagesearchman

VI. Reformas Finais de Neemias. 13:1-30.

Neemias 13

O clímax das reformas do dia da dedicação chegou com a separação dos israelitas da multidão mista. Durante a longa ausência de Neemias de Judá, muitos abusos se infiltraram na vida da nação, tais como a aliança de Eliasibe com Tobias, o povo deixando de sustentar os levitas, a violação do sábado e os casamentos com pagãos. Mas com a ajuda de Deus, Neemias valentemente purificou a nação desses abusos, e estabeleceu novamente as devidas observâncias religiosas.

As Últimas Reformas Realizadas por Neemias

✝ Neemias 13:1

"Naquele dia se leu no livro de Moisés perante os ouvidos do povo, e foi achado nele escrito que os amonitas e os moabitas eternamente não podiam entrar na congregação de Deus;"

1-3. Naquele dia. Presumivelmente no mesmo dia de 12: 44, e portanto o dia da dedicação. Os amonitas e os moabitas. Separação das nações pagãs foi o primeiro ponto enfatizado na aliança que o povo fizera antes (10:30). Os descendentes dos casamentos mistos com essas duas nações foram excluídos da congregação de Israel até a décima geração. Foi necessário que os judeus se lembrassem dessa lei, pois Tobias era amonita (2:19) e ele já forjara fortes alianças com destacadas famílias judias por meio do casamento (6:18; cons, 13:4-9). Assalariaram contra eles a Balaão. Fora um rei moabita que pagara a Balaão para amaldiçoar Israel (Nm. 22:2-6). Todo elemento misto (v. 3). Cons. Êx. 12: 38. Os descendentes dos casamentos mistos com egípcios e edomitas tinham permissão de participar plenamente da comunhão com Israel depois da terceira geração (Dt. 23:7, 8). 

✝ Neemias 13:2

"Porque não saíram ao encontro dos filhos de Israel com pão e água; em vez disso, contrataram a Balaão contra eles, para os amaldiçoar; ainda que nosso Deus tornou a maldição em bênção."

✝ Neemias 13:3

"Sucedeu, pois, que, quando eles ouviram esta lei, separaram de Israel toda mistura."

✝ Neemias 13:4

"E antes disto, Eliasibe, o sacerdote, sendo superintendente da câmara da casa de nosso Deus, tinha se aparentado com Tobias,"

4-9. Antes disto. Veja observações sobre 12:27; 12:44. Eliasibe, sacerdote, ... se tinham aparentado com Tobias. A palavra aparentado significa parente chegado (Rute 2:20) e se refere literalmente a um laço de família existente entre os dois através de Mesulão, um sacerdote (Ne. 6:18; cons. 3:30). Durante a ausência de Neemias, Eliasibe cedera para Tobias uma câmara ponde no átrio do templo (vs. 5, 7-9), onde os dízimos e as ofertas da nação eram armazenados (12:44). Ali Tobias tinha um quarto mobiliado (v. 8), ou talvez um apartamento (observe o plural no v. 9), sempre que visitava Jerusalém. Mas quando isto aconteceu não estive em Jerusalém (v. 6). No ano de 432 A.C., depois de governar Judá por doze anos (5:14; cons. 2:6). Neemias retomara para junto do Rei Artaxerxes. Rei da Babilônia. Uma vez que a maioria dos judeus ainda se encontrava na Babilônia, e o próprio rei talvez se encontrasse lá naquela ocasião, Neemias usa o título mais restrito (veja observação sobre Ed. 6:22). Ao cabo de certo tempo. Neemias devia ter ficado ausente por diversos anos, pois os abusos que encontrou quando de sua volta, tiveram tempo de se espalhar por toda Judá (Ne. 13:10,15, 23). Considerando que Artaxerxes morreu em 423 A.C., Neemias deve ter retornado a Jerusalém em cerca de 425 A.C. É muito possível que Malaquias estivesse profetizando durante esse tempo (compare 13:12 com Mal. 3:8-10)

✝ Neemias 13:5

"E tinha lhe preparado uma câmara grande, na qual antes se guardavam as ofertas de alimentos, o incenso, os vasos, os dízimos de grão, de vinho e de azeite, que estava ordenado dar aos levitas, aos cantores, e aos porteiros; como também a oferta alçada para os sacerdotes."

✝ Neemias 13:6

"Porém enquanto tudo isto acontecia ,eu não estava em Jerusalém; porque no ano trinta e dois de Artaxerxes rei da Babilônia, eu vim ao rei; mas ao fim de alguns dias obtive permissão para me ausentar do rei."

✝ Neemias 13:7

"E vim a Jerusalém, e entendi o mal que Eliasibe tinha feito por Tobias, preparando-lhe uma câmara nos pátios da casa de Deus."

✝ Neemias 13:8

"E isso me desagradou muito; por isso lancei todas as coisas da casa de Tobias para fora da câmara;"

✝ Neemias 13:9

"E mandei purificar as câmaras, e trouxe de volta os utensílios da casa de Deus, com as ofertas de alimento, e o incenso."

✝ Neemias 13:10

"Também entendi que as porções dos Levitas não estavam sendo dadas a eles ; e que os levitas e cantores que faziam o serviço haviam fugido cada um para seu campo."

10-14. Tinham fugido cada um para o seu campo. Apesar do juramento de 10:35-39 (cons. 12:47), os levitas (e presumivelmente muitos sacerdotes também) ficaram privados do sustento a que tinham direito (I Co. 9:8-14). Por causa disto tiveram de abandonar suas obrigações no templo a fim de ganharem seu sustento nas fazendas (Ne. 12:29). Então contendi com os magistrados (v. 11). Em obrigação dos chefes das comunidades verificar se os dízimos, etc., estavam sendo regularmente levados ao templo (cons. 17, 25). Ajuntei os levitas . . , e os restituí aos seus postos. Isto é, os levitas foram trazidos de suas aldeias e colocados novamente no cumprimento dos seus deveres. 

✝ Neemias 13:11

"Então repreendi aos oficiais, e disse: Por que a casa de Deus está abandonada? Porém eu os juntei, e os restaurei em seu posto."

✝ Neemias 13:12

"Então todo Judá trouxe o dízimo do grão, do suco de uva e do azeite, aos depósitos."

✝ Neemias 13:13

"E pus por tesoureiros sobre os depósitos ao sacerdote Selemias e ao escriba Zadoque, e dos Levitas, a Pedaías; e próximo a eles Hanã filho de Zacur, filho de Matanias; pois eram considerados fiéis, e assim foram encarregados de distribuírem a seus irmãos."

✝ Neemias 13:14

"Por isto, meu Deus, lembra-te de mim, ó Deus, e não risques minhas bondades que eu fiz na casa de meu Deus, e em seus serviços."

✝ Neemias 13:15

"Naqueles dias vi em Judá alguns que pisavam em lagares no sábado, e que traziam feixes, e carregavam asnos, como também vinho, uvas, figos, e todo tipo de carga, que traziam a Jerusalém no dia de sábado; e os adverti quanto ao dia em que vendiam alimentos."

15-18. Enquanto visitava os distritos mais afastados de Judá, Neemias encontrou homens conspurcando o sábado com preparativos intensos para as vendas durante a próxima semana em Jerusalém (Amós 8:5). Esperou que levassem seus produtos a Jerusalém para vender, e então protestou contra eles. Pior do que isso eram os mercadores de Tiro que vendiam peixe seco e outros produtos para os judeus na província e em Jerusalém no dia do sábado, levando os judeus a violarem o juramento que tinham feito (Ne. 10:31a). Acaso não mor vossos pais assim? (v. 18). Sem dúvida Neemias tinha em mente a explícita advertência de Jr. 17:21-27, que não fora considerada, levando toda a nação ao desastre. 

✝ Neemias 13:16

"Também tírios estavam nela que traziam peixe e toda mercadoria, e vendiam no sábado aos filhos de Judá, e em Jerusalém."

✝ Neemias 13:17

"Assim repreendi aos nobres de Judá, e disse-lhes: Que mal é este que fazeis, profanando o dia de sábado?"

✝ Neemias 13:18

"Por acaso não fizeram assim vossos pais, e nosso Deus trouxe todo este mal sobre nós e sobre esta cidade? Porém vós acrescentais ainda mais ira sobre Israel profanando o sábado."

✝ Neemias 13:19

"Sucedeu pois, que quando ia escurecendo às portas de Jerusalém antes do sábado, disse que eu mandei que se fechassem as portas, e mandei que não as abrissem até depois do sábado; e pus às portas alguns de meus servos, para que carga nenhuma entrasse no dia de sábado."

19-22. Ao pôr do sol, exatamente antes de começar o sábado, Neemias ordenou que as portas principais fossem fechadas. Presumivelmente durante o dia do sábado o povo tinha permissão de entrar e sair da cidade, mas a guarda do próprio Neemias (4:23) ficou de prontidão junto às portas para não permitir a entrada dos mercadores. Lançarei mão sobre vós (v. 21). Quando eles se opuseram a esta medida armando barracas do lado de fora da cidade, ele acabou com esta profanação do sábado ameaçando com medidas violentas (cons. v. 25). Depois de passada a crise, parece que ele substituiu a guarda especial pelos levitas (v. 22), que guardavam as portas e santificavam o sábado como dia santo acima dos dias comuns. 

✝ Neemias 13:20

"Assim os comerciantes e vendedores de toda mercadoria passaram a noite fora de Jerusalém uma ou duas vezes."

✝ Neemias 13:21

"Por isso eu lhes adverti, dizendo: Por que vos passais a noite diante do muro? Se o fizerdes outra vez, agirei com violência contra vós. Desde então não vieram no sábado."

✝ Neemias 13:22

"Também disse aos levitas que se purificassem, e viessem a guardar as portas, para santificar o dia de sábado. Nisto também, meu Deus, lembra-te de mim, e perdoa-me segundo a grandeza de tua bondade."

✝ Neemias 13:23

"Vi também naqueles dias judeus que tinham se casado com mulheres de asdoditas, amonitas, e moabitas,"

23-27. Viajando até as fronteiras da província de Judá, Neemias descobriu judeus que há muito tinham se casado com mulheres das nações vizinhas, especialmente com asdoditas (uma cidade na Filístia), amonitas e moabitas. Isto, apesar das reformas que foram iniciadas por Esdras cerca de trinta anos antes, e apesar de decisões mais recentes de 10:30 e 13:1-3. Os filhos dessas uniões nem sabiam falar o hebraico puro. Neemias, reagindo à situação com o zelo que lhe era característico, discutiu com eles, chegando até a espancá-los (Dt. 25:2), arrancandolhes os cabelos (Is. 50:6) e fê-los jurar por Deus que não se casariam mais com estrangeiros. À luz de Ed. 10:19, provavelmente também insistiu que tais alianças não santificadas fossem dissolvidas. Embora aparentemente rudes, tais medidas eram absolutamente necessárias conforme a história veio comprovar. O triste caso de Salomão (cons. Ne. 12:45) pode ser aplicado a esta altura. Embora fosse único entre os reis (II Cr. 1:12; I Reis 3:12) e amado de Deus (II Sm. 12:24), esposas estrangeiras comprovaram-se ser o motivo de sua queda (I Reis 11:1-8), 

✝ Neemias 13:24

"E seus filhos a metade falavam asdodita, e não sabiam falar judaico, mas sim a língua de outros povos."

✝ Neemias 13:25

"Por isso eu os repreendi, e os amaldiçoei, e espanquei alguns deles, e arranquei-lhes os cabelos, e os fiz jurar por Deus, dizendo: Não dareis vossas filhas a seus filhos, e não tomareis de suas filhas, nem para vossos filhos, nem para vós."

✝ Neemias 13:26

"Por acaso não pecou nisto Salomão, rei de Israel? Ainda que entre muitas nações não houve rei semelhante a ele, que era amado pelo seu Deus, e Deus o tinha posto por rei sobre todo Israel, contudo as mulheres estrangeiras o fizeram pecar."

✝ Neemias 13:27

"E aceitaríamos ouvir de vós, para fazerdes todo este mal tão grande de transgredir contra nosso Deus, casando-se com mulheres estrangeiras?"

✝ Neemias 13:28

"E um dos filhos de Joiada, filho de Eliasibe o sumo sacerdote era genro de Sambalate o horonita; por isso eu o afugentei de mim."

28, 29. Um dos filhos de Joiada . . . era genro de Sambalá. Sabemos de 12:22, 23 que Joanã era o filho mais velho de Joiada e o pai de Jadua. Joanã aparece nos papiros elefantinos como sumo sacerdote em 408 A.C. Portanto, aquele que se casou com a filha de Sambalá deve ter sido um irmão mais moço de Joanã, Este fato é importante, porque mostra que Joanã tinha, nesta ocasião, idade suficiente para ter filhos, dos quais Jadua era o mais velho, Veja observação sobre 12:22. Pelo que o afugentei de mim . . . pois contaminaram o sacerdócio. Este pecado mereceu menção especial, pois foi cometido contra os maiores privilégios. Casando-se com a filha de um estrangeiro, este filho do sumo sacerdote Joiada, descaradamente, desafiou a aliança de santidade de Deus com o sacerdócio araônico (Lv. 21:6-8, 14, 15), e assim mereceu amplamente o banimento da nação. Josefo (Antiq. 7, 8) fala de um certo Manassés, irmão do sumo sacerdote Jadua, nos dias de Alexandre, o Grande, que se casou com a filha de Sambalá. Quando as autoridades judias o excluíram do sacerdócio, Sambalá instalou-lhe um novo templo e um novo culto no Monte Gerizim, na Samaria. É verdade que tal templo rival foi mais tarde instalado (cons. Jo. 4:20), mas Josefo confundiu os fatos tentando ligar esse acontecimento com o episódio registrado em Ne. 13:28. 

✝ Neemias 13:29

"Lembra-te deles, meu Deus, pois contaminam o sacerdócio, como também o pacto do sacerdócio e dos levitas."

✝ Neemias 13:30

"Assim eu os limpei de todo estrangeiro, e ordenei as responsabilidades dos sacerdotes e dos levitas, cada um em sua obra;"

30, 31. Neemias resume suas grandes contribuições para o bemestar de sua nação. Negativamente, estrangeiros foram removidos das posições de honra em Israel; e positivamente, os sacerdotes e levitas foram reinstalados em suas devidas ocupações, e as diversas ofertas para o templo foram recomeçadas. Lembra-te de mim, Deus meu, para o meu bem. Cons. 5:19; 13:14, 22. Esta oração foi maravilhosamente respondida pelo Senhor, pois as memórias de Neemias formam parte permanente da Palavra de Deus. 

✝ Neemias 13:31

"Como também para as ofertas de lenha em tempos determinados, e para as primícias. Lembra-te de mim, meu Deus, para o bem."

Bíblia de estudos

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terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Neemias 12

Fonte: Imagesearchman

A Lista dos Sacerdotes e dos Levitas

✝ Neemias 12:1

"Estes são os sacerdotes e Levitas que subiram com Zorobabel filho de Sealtiel, e com Jesua: Seraías, Jeremias, Esdras,"

Neemias 12

12:1-9. Temos aqui os nomes de vinte e dois sacerdotes e oito levitas que voltaram com Zorobabel. Uma vez que quinze desses sacerdotes são mencionados entre aqueles que selaram a aliança no tempo de Neemias, temos de concluir que eles selaram a aliança em nome de suas famílias (10:3-9). Em Esdras 2:36-39, só quatro famílias sacerdotais são nomeadas como tendo voltado com Zorobabel. 

✝ Neemias 12:2

"Amarias, Maluque, Hatus,"

✝ Neemias 12:3

"Secanias, Reum, Meremote,"

✝ Neemias 12:4

"Ido, Ginetoi, Abias,"

✝ Neemias 12:5

"Miamim, Maadias, Bilga,"

✝ Neemias 12:6

"Semaías, e Joiaribe, Jedaías,"

✝ Neemias 12:7

"Salu, Amoque, Hilquias, Jedaías. Estes eram os chefes dos sacerdotes e seus irmãos nos dias de Jesua."

✝ Neemias 12:8

"E os levitas foram:Jesua, Binui, Cadmiel, Serebias, Judá, e Matanias: este e seus irmãos eram responsáveis pelas ações de graças."

✝ Neemias 12:9

"E Bacbuquias e Uni, seus irmãos, em frente deles em suas responsabilidades."

✝ Neemias 12:10

"E Jesua gerou a Joiaquim, e Joiaquim gerou a Eliasibe e Eliasibe gerou a Joiada,"

10,11. Uma genealogia dos sumo sacerdotes pós-exílicos foi apresentada aqui para fornecer uma cronologia comparativa. Assim, 12:1-9 relaciona sacerdotes e levitas do tempo de Jesua, enquanto que 12:12-26 relaciona os sacerdotes e levitas do tempo de seus sucessores nosso sacerdócio. Jônatas é o mesmo Joanã dos versículos 22, 23. Quanto a comentários sobre Jadua, veja o versículo 22. 

✝ Neemias 12:11

"E Joiada gerou a Jônatas, e Jônatas gerou a Jadua."

✝ Neemias 12:12

"E nos dias de Joiaquim os sacerdotes chefes das famílias foram: de Seraías, Meraías; de Jeremias, Hananias;"

12-21. Os filhos dos sacerdotes relacionados nos versículos 1-7, que viveram no tempo de Joiaquim, sucessor de Josué. De Ido, Zacarias. Este é o famoso profeta (Ed. 5:1). 

✝ Neemias 12:13

"De Esdras, Mesulão; de Amarias, Joanã;"

✝ Neemias 12:14

"De Maluqui, Jônatas; de Sebanias, José;"

✝ Neemias 12:15

"De Harim, Adna; de Meraiote, Helcai;"

✝ Neemias 12:16

"De Ido, Zacarias; de Ginetom, Mesulão;"

✝ Neemias 12:17

"De Abias, Zicri; de Miniamim, e de Moadias, Piltai;"

✝ Neemias 12:18

"De Bilga, Samua; de Semaías, Jônatas;"

✝ Neemias 12:19

"De Joiaribe, Matenai; de Jedaías, Uzi;"

✝ Neemias 12:20

"De Salai, Calai; de Amoque, Éber;"

✝ Neemias 12:21

"De Hilquias, Hasabias; de Jedaías, Natanael."

✝ Neemias 12:22

"Os Levitas nos dias de Eliasibe, de Joiada, e de Joanã e Jadua, foram escritos por chefes de famílias; como também os sacerdotes, até o reinado de Dario o persa."

22. Nos dias de Eliasibe, ... Joiada, Joanã e Joiada . . . até ao reinado de Dario, o persa. Tem-se freqüentemente presumido que este Jadua era o sumo sacerdote que viveu no tempo de Alexandre, o Grande (Jos. Antiq. 11. 8. 4), e que Dario, o persa, foi Dario III (335-331 A.C.). Mas mesmo se Josefo está certo ao declarar que Jadua foi sumo sacerdote no tempo de Alexandre (e ele está longe de ser digno de confiança quanto à cronologia deste período), continuamos com as possibilidades distintas de que houveram dois sumo sacerdotes chamados Jadua, ou de que o Jadua de Ne. 12:11, 22 viveu até cerca de 100 anos (o sumo sacerdote Joiada morreu com 130 anos; lI Cr. 24:15). 

É bastante provável que Neemias conhecesse Jadua quando jovem, talvez já sumo sacerdote. São duas as linhas evidenciais que apóiam tal ponto de vista. Primeira, o sumo sacerdote Eliasibe deveria ter mais de noventa anos quando fez aliança com Tobias (Ne. 13:4-9), depois da partida de Neemias para a Babilônia em 432 A.C., pois seu avô Jesua, foi sumo sacerdote em 536 A.C. (Ed. 3:2). Portanto, em 432 A.C., Joiada poderia estar com quase setenta anos, Joanã (Jônatas) com mais de quarenta e Jadua, vinte. Segunda, Neemias expulsou de Jerusalém um dos filhos de Joiada por ter se casado com uma estrangeira (Ne. 13:28), demonstrando assim que Joanã, o filho mais velho de Joiada, poderia estar casado há muito tempo para ter um filho de vinte anos de idade, Jadua.

Eliasibe alcançou idade tão avançada que as quatro gerações contemporâneas de sua família de sumo sacerdotes são mencionadas juntas no versículo 22. Isto tem o apoio do fato que "em cada uma das outras listas do mesmo capítulo, só se menciona os dias de um único sumo sacerdote e no final da lista, v. 26, declara-se expressamente que os levitas (anteriormente registrados) foram chefes nos dias de Joiaquim, Esdras e Neemias" (Keil, pág, 147).

Além disso, é importante que se observe que a data posterior mencionada no livro é do sumo sacerdócio de Joanã (v. 23). O fato de

Joiada, o pai de Joanã, não reter seu sumo sacerdócio até o quarto século A.C. tem sido comprovado pelos papiros elefantinos, os quais mencionam Joanã como o sumo sacerdote em 408 A.C. Portanto Neemias, que deveria ter vivido (talvez não como governador) até cerca de 400 A.C., e que até mesmo poderia ter visto Jadua como sumo sacerdote em algum período depois de 408 A.C., poderia muito bem ter escrito tudo que se encontra neste capítulo e neste livro. À luz dessas considerações, podemos concluir que Dario, o persa era quase com certeza, não Dario III (335-331 A.C.), mas antes Dario II (423-404 A.C.). O versículo nos conta que os levitas foram registrados durante a vida de Eliasibe; enquanto que os sacerdotes foram registrados depois da morte de Eliasibe, nos dias de Dario, o persa (423-404 A.C. Veja RD. Wilson, ISBE, II, 1084). 

✝ Neemias 12:23

"Os filhos de Levi, chefes de famílias, foram escritos no livro das crônicas até os dias de Joanã, filho de Eliasibe."

✝ Neemias 12:24

"E os chefes dos Levitas foram:Hasabias, Serebias, e Jesua filho de Cadmiel, e seus irmãos em frente deles, para louvarem e darem graças, conforme o mandamento de Davi, homem de Deus, cada um com sua responsabilidade."

✝ Neemias 12:25

"Matanias, e Bacbuquias, Obadias, Mesulão, Talmom, Acube, eram porteiros que faziam guarda às entradas das portas."

✝ Neemias 12:26

"Estes foram nos dias de Joiaquim, filho de Jesua, filho de Jozadaque, como também nos dias do governador Neemias, e do sacerdote Esdras, o escriba."

26. E nos dias de Neemias, o governador. Cons. 12:47. Tem-se defendido que isto comprova que Neemias deveria ter morrido antes do livro ser terminado. "Mas em resposta podemos observar que a frase, em cada exemplo, foi usada junto com os dias de mais alguém, Joiaquim (v. 26), Zorobabel (v. 47). Portanto, pareceria natural a Neemias empregar uma frase semelhante com referência ao seu próprio tempo" (EJ. Young, Intro. to the O. T., pág. 378. Veja também Data e Autoria, acima). 

A Dedicação doa Muros de Jerusalém

✝ Neemias 12:27

"E na dedicação dos muros de Jerusalém buscaram aos Levitas de todos os lugares, para os trazerem a Jerusalém, a fim de fazerem a dedicação com alegrias, com ações de graças, e com cânticos, com címbalos, liras e harpas."

V. Dedicação dos Muros e Organização do Serviço no Templo. 12:27-47.

Para a dedicação dos muros da cidade, os levitas, especialmente os cantores, foram trazidos das aldeias vizinhas. Duas grandes procissões movimentaram-se do extremo sudoeste do muro, rodeando a cidade, uma dirigida por Esdras e outra seguida por Neemias. Encontrando-se no templo, ofereceram sacrifícios e alegraram-se grandemente. O serviço do templo foi então organizado e seus obreiros foram fielmente sustentados.

✝ Neemias 12:28

"E assim ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da planície ao redor de Jerusalém como das aldeias de Netofati;"

28, 29. Membros dos três grupos levíticos de cantores (11:17; 12:25a) receberam menção especial por causa da importância da música nesta grande ocasião (v. 27b). As aldeias de Netofate. Cerca de 24kms a sudoeste de Jerusalém (I Cr. 9: 16). 30. Purificaram-se os sacerdotes e os levitas. Com o oferecimento do sangue dos sacrifícios (II Cr. 29). 

✝ Neemias 12:29

"Como também da casa de Gilgal, e dos campos de Geba, e de Azmavete; porque os cantores haviam edificado para si aldeias ao redor de Jerusalém."

✝ Neemias 12:30

"E os sacerdotes e os levitas se purificaram, e depois purificaram ao povo, às portas, e ao muro."

✝ Neemias 12:31

"Então eu fiz subir aos príncipes de Judá sobre o muro, e ordenei dois coros grandes que foram em procissão: um à direita sobre o muro em direção à porta do Esterco."

31-37. Falando novamente na primeira pessoa, Neemias fala dos dou grandes coros que ele reuniu no extremo sudoeste do muro da cidade (presumivelmente na Porta do Vale) com o propósito de rodear a cidade e dar publicamente graças a Deus nesse dia de dedicação. O primeiro grupo era conduzido por Esdras e muda-se para o leste e então para o norte. Para ambos os grupos a ordem do desfile parece que consistiu primeiro dos cantores levitas "que dava graças" (v. 31), seguidos pelos príncipes (vs. 32, 33), os sacerdotes com trombetas (v. 35; cons. 41) e finalmente os levitas com instrumentos de cordas (v. 36). 

✝ Neemias 12:32

"E após eles ia Hosaías, e a metade dos príncipes de Judá,"

✝ Neemias 12:33

"E Azarias, Esdras, Mesulão,"

✝ Neemias 12:34

"Judá, Benjamim, Semaías, e Jeremias;"

✝ Neemias 12:35

"E dos filhos dos sacerdotes com trombetas, Zacarias filho de Jônatas, filho de Semaías, filho de Matanias, filho de Micaías, filho de Zacur, filho de Asafe;"

✝ Neemias 12:36

"E seus irmãos Semaías, e Azareel, Milalai, Gilalai, Maai, Natanael, Judá e Hanani, com os instrumentos musicais de Davi, homem de Deus; e o escriba Esdras ia diante deles."

✝ Neemias 12:37

"Indo assim para a porta da Fonte, e em frente deles, subiram pelas escadarias da cidade de Davi, pela subida do muro, desde acima da casa de Davi até a porta das Águas ao oriente."

✝ Neemias 12:38

"E o segundo coro ia do lado oposto, e eu atrás dele; e a metade do povo ia sobre o muro, desde a torre dos Fornos até a muralha larga;"

38-43. O segundo grupo dirigia-se para o norte e então para o leste até a área do templo, seguido de Neemias. As diversas portas seguem a mesma ordem apresentada no capítulo 3, com exceção da Porta de Efraim e da Porta da Guarda, que não foram mencionadas naquele capítulo (possivelmente porque não foram anteriormente destruídas e não precisaram ser reconstruídas). Contudo, em 3:25 menciona-se "o pátio do cárcere", provavelmente na extremidade sudeste da área do templo. Os dois grupos parece que se encontraram na praça diante da Porta das Águas (v. 37; cons. 8:1) e dali entraram no templo para oferecerem seus sacrifícios. (v. 43). Com referência à tremenda alegria desta ocasião, cons. II Cr. 20:27; Ed. 3:13; 6:22. 

✝ Neemias 12:39

"E desde a porta de Efraim até a porta Velha, e à porta do Peixe, e a torre de Hananeel, e a torre dos Cem, até a porta das Ovelhas; e pararam na porta da Prisão."

✝ Neemias 12:40

"Então ambos os coros pararam na casa de Deus; como também eu, e a metade dos oficiais comigo;"

✝ Neemias 12:41

"E os sacerdotes, Eliaquim, Maaseias, Miniamim, Micaías, Elioenai, Zacarias, e Hananias, com trombetas;"

✝ Neemias 12:42

"Como também Maaseias, Semaías, Eleazar, e Uzi, Joanã, Malquias, Elão, e Ezer. E os cantores cantavam alto, juntamente com o supervisor Jezraías."

✝ Neemias 12:43

"E sacrificaram naquele dia grandes sacrifícios, e alegraram-se; porque Deus os tinha alegrado muito; alegraram-se também a mulheres e as crianças; e o júbilo de Jerusalém foi ouvido até de longe."

✝ Neemias 12:44

"Também naquele dia foram postos homens sobre as câmaras para os tesouros, as ofertas alçadas, as primícias, e os dízimos, para juntarem nelas, dos campos das cidades, as porções da lei para os sacerdotes e os levitas; porque Judá estava alegre por causa dos sacerdotes e dos levitas que estavam servindo ali."

44-47. Ainda no mesmo dia. Esta frase (cons. 13:1) refere-se não somente ao dia da dedicação, mas possivelmente também à toda subseqüente administração de Neemias, que se caracterizou pelos movimentos da reforma (Keil, op. cit., pág. 152). Isto poderia ajudai a explicar a frase, "antes disto", em 13:4. Dos tesouros. As diversas ofertas relacionadas a seguir. Dos dízimos. Um décimo das colheitas da nação ia para o sustento dos levitas. Os levitas ministravam. Um verbo técnico no hebraico (Dt. 10:8). O mandado de Davi e de seu filho Salomão (v. 45). Cons. II Cr. 8:14. E os levitas (consagravam) as (coisas) destinadas aos filhos de Arão. O povo dava dízimos aos levitas, os quais por sua vez davam os dízimos desses dízimos aos sacerdotes (Ne. 10:38; cons. Nm. 18:25-32). 

✝ Neemias 12:45

"E faziam a guarda de seu Deus, e a guarda da purificação, como também os cantores e os porteiros, conforme o mandamento de Davi e de seu filho Salomão."

✝ Neemias 12:46

"Porque nos dias de Davi e de Asafe, desde a antiguidade, havia chefes dos cantores, e cânticos de louvor e de ações de graças a Deus."

✝ Neemias 12:47

"E todo Israel nos dias de Zorobabel, e nos dias de Neemias, dava as porções dos cantores e dos porteiros, cada uma em seu dia; e consagravam porções aos levitas, e os levitas as consagravam aos filhos de Arão."

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