sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

JÓ 6

 

Fonte: Imagesearchman

✝ Jó 6:1

"Mas Jó respondeu, dizendo:"

Jó 6

6:1-13. Como indica a forma do plural, neste capítulo dirige-se a todos os antigos. Pois todos eles concordavam com as opiniões de Elifaz, e com olhares e gestos sem dúvida expressaram seus "améns", os quais viriam,a ser vocalmente expressos em seus próprios discursos. 

✝ Jó 6:2

"Oh se pesassem justamente minha aflição, e meu tormento juntamente fosse posto em uma balança!"

2a. Oh! se a minha queixa de fato se pesasse. Jó ignora as insinuações de Elifaz quanto à causa de sua desolação, e defende a irritação expressa em seu lamento. Para Elifaz o lamento soara ominoso (5:2). Mas, diz Jó, se as palavras precipitadas (v. 6:3b) que subitamente brotaram de seus lábios, por causa da angústia, fossem pesadas, facilmente seriam ultrapassadas por suas calamidades, que eram mais pesadas do que a areia do mar. 

✝ Jó 6:3

"Pois na verdade seria mais pesada que a areia dos mares; por isso minhas palavras têm sido impulsivas."

✝ Jó 6:4

"Porque as flechas do Todo-Poderoso estão em mim, cujo veneno meu espírito bebe; e temores de Deus me atacam."

4. As flechas do Todo-poderoso . . . os terrores de Deus. Uma indiferença, um ressentimento quase taciturno, ficou aparente na lamentação de Jó, em sua relutância de mencionar Deus até mesmo como autor de seus sofrimentos. A vigorosa interpretação teísta de Elifaz operou pelo menos uma mudança sadia quanto a isto. Agora Jó expressa francamente seus sentimentos de que Deus o está tratando como a um inimigo, dispondo contra ele exércitos terroristas. 

✝ Jó 6:5

"Por acaso o asno selvagem zurra junto à erva, ou o boi berra junto a seu pasto?"

5. Defendendo mais seus lamentos, Jó observa que até os animais não se queixam sem motivos. E é natural que um homem rejeite alimento insípido e repugnante (vs. 6, 7). Então, recordando a descrição que Elifaz fez da morte dos frágeis mortais (4:19-21), Jó declara que a morte é precisamente o que ele anseia (vs. 8, 9).

✝ Jó 6:6

"Por acaso se come o insípido sem sal? Ou há gosto na clara do ovo?"

✝ Jó 6:7

"Minha alma se recusa tocar essas coisas ,que são para mim como comida detestável."

✝ Jó 6:8

"Ah se meu pedido fosse realizado, e se Deus me desse o que espero!"

✝ Jó 6:9

"Que Deus me destruísse; ele soltasse sua mão, e acabasse comigo!"

✝ Jó 6:10

"Isto ainda seria meu consolo, um alívio em meio ao tormento que não me poupa; pois eu não tenho escondido as palavras do Santo."

10b. Saltaria de contente, na minha dor que ele não poupa. Ainda que ele morresse da morte que Elifaz diz ser reservada aos incrédulos, seria bem-vinda. E nem seria, no seu caso, morte de incrédulo; pois, contrariando as insinuações de Elifaz, ele não era culpado de ter negado as palavras do Santo (v. 10c). 

✝ Jó 6:11

"Qual é minha força para que eu espere? E qual meu fim, para que eu prolongue minha vida?"

✝ Jó 6:12

"É, por acaso, a minha força a força de pedras? Minha carne é de bronze?"

✝ Jó 6:13

"Tenho eu como ajudar a mim mesmo, se todo auxílio me foi tirado?"

✝ Jó 6:14

"Ao aflito, seus amigos deviam ser misericordiosos, mesmo se ele tivesse abandonado o temor ao Todo-Poderoso."

14-30. Elifaz atacara os lamentos de Jó; agora Jó ataca a "consolação" de Elifaz. 

✝ Jó 6:15

"Meus irmãos foram traiçoeiros comigo, como ribeiro, como correntes de águas que transbordam,"

15a. Meus irmãos aleivosamente me trataram. Ele não implorara favores, tais como um grande resgate (vs. 22, 23) – só a piedade que um homem espera naturalmente dos amigos. Contudo fora amargamente desapontado com os seus "consoladores" tal como uma sedenta caravana no deserto quando alcança um wadi – um curso de água rápido e escuro – mas não encontra nem sequer um filete entre as rochas (vs. 15-21). 

✝ Jó 6:16

"Que estão escurecidas pelo gelo, e nelas se esconde a neve;"

✝ Jó 6:17

"Que no tempo do calor se secam e, ao se aquecerem, desaparecem de seu lugar;"

✝ Jó 6:18

"Os cursos de seus caminhos se desviam; vão se minguando, e perecem."

✝ Jó 6:19

"As caravanas de Temã as veem; os viajantes de Sabá esperam por elas."

✝ Jó 6:20

"Foram envergonhados por aquilo em que confiavam; e ao chegarem ali, ficaram desapontados."

✝ Jó 6:21

"Agora, vós vos tornastes semelhantes a elas; pois vistes o terror, e temestes."

21b. Vedes os meus males e vos espantais ... e especularíeis com o vosso amigo (v. 27b). Seu procedimento desapiedado, diz Jó, foi ditado pelo temor de que males como os seus pudessem sobrevir-lhes. Se eles simpatizassem com ele, Deus poderia interpretar mal sua preocupação como crítica à Sua providência, e poderia castigá-los da mesma forma. Para comprar o favor divino, eles insinuavam que Jó devia ter pecado em proporção aos seus sofrimentos. Como evidência eles apontavam para o aspecto rebelde de seu lamento. Mas suas palavras desesperadas pronunciadas sob extrema provocação não consistiam como provas de sua atitude e conduta normais (v. 26). 

✝ Jó 6:22

"Por acaso eu disse: Trazei-me algo ? Ou: Dai presente a mim de vossa riqueza?"

✝ Jó 6:23

"Ou: Livrai-me da mão do opressor? Ou: Resgatai-me das mãos dos violentos?"

✝ Jó 6:24

"Ensinai-me, e eu me calarei; e fazei-me entender em que errei."

✝ Jó 6:25

"Como são fortes as palavras de boa razão! Mas o que vossa repreensão reprova?"

✝ Jó 6:26

"Pretendeis repreender palavras, sendo que os argumentos do desesperado são como o vento?"

✝ Jó 6:27

"De fato vós lançaríeis sortes sobre o órfão, e venderíeis vosso amigo."

✝ Jó 6:28

"Agora, pois, disponde-vos a olhar para mim; e vede se eu minto diante de vós."

✝ Jó 6:29

"Mudai de opinião, pois, e não haja perversidade; mudai de opinião, pois minha justiça continua."

29a. Tornai a julgar, vos peço. Isto é, "Parem de incorrer em petição de princípio teológico, considerando que tenho culpa, pois sou inocente" (v. 30). 

✝ Jó 6:30

"Há perversidade em minha língua? Não poderia meu paladar discernir as coisas más?"

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quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

JÓ 5

 

Fonte: Imagesearchman

✝ Jó 5:1

"Clama agora! Haverá alguém que te responda? E a qual dos santos te voltarás?"

Jó 5

5:1-7. Se Elifaz aplicasse a si mesmo a mensagem da sabedoria transcendente do Senhor e da falta humana disso, recebida na visão noturna, ele não teria se apresentado como voluntário para tão dogmáticas explicações do procedimento divino com Jó. Porque a aflição não vem do pó . . . mas o homem nasce para o enfado (vs, 6a, 7a; cons. 4:8). Embora servo de Deus, ele insiste, Jó continua sendo um mortal decaído. Seus problemas, portanto, não brotam da terra como colheita mágica que jamais foi semeada; do os frutos espinhosos dos seus pecados. Portanto, nem os homens nem os anjos podem ouvir com simpatia o seu lamento (v. 1). 

✝ Jó 5:2

"Pois a ira acaba com o louco, e o zelo mata o tolo."

2a. O zelo do tolo o mata. Exibir ressentimento para com a providência divina é mais do que fútil; é um convite a aflição que leva para a morte. 

✝ Jó 5:3

"Eu vi ao louco lançar raízes, porém logo amaldiçoei sua habitação."

3a. Bem vi eu o louco. Novamente a autoridade de Elifaz vem da experiência. Seu esboço descuidado da maldição sobre a casa, campo e filhos do louco intratável (vs. 3-5), reminiscências das recentes perdas de Jó, talvez fizesse Jó pensar que Elifaz o considerava tal como aquele louco. 

✝ Jó 5:4

"Seus filhos estarão longe da salvação; na porta são despedaçados, e não há quem os livre."

✝ Jó 5:5

"O faminto devora sua colheita, e a tira até dentre os espinhos; e o assaltante traga sua riqueza."

✝ Jó 5:6

"Porque a aflição não procede do pó da terra, nem a opressão brota do chão."

✝ Jó 5:7

"Mas o ser humano nasce para a opressão, assim como as faíscas das brasas se levantam a voar."

✝ Jó 5:8

"Porém eu buscaria a Deus, e a ele confiaria minha causa;"

8-27. Elifaz insiste com a vítima murmuradora a que se submeta confiantemente a Deus. O conceito central de sua exortação é a beatitude do homem castigado (v. 17). Ele descreve a bondade dos maravilhosos caminhos de Deus (vs. 8-16), profetiza sobre a felicidade que se segue após o arrependimento (vs. 18-26) e acrescenta uma garantia confiante à sabedoria que oferece (v. 27). 

✝ Jó 5:9

"Pois ele é o que faz coisas grandiosas e incompreensíveis, e inúmeras maravilhas."

✝ Jó 5:10

"Ele é o que dá a chuva sobre a face da terra, e envia águas sobre os campos."

✝ Jó 5:11

"Ele põe os humildes em lugares altos, para que os sofredores sejam postos em segurança."

✝ Jó 5:12

"Ele frustra os planos dos astutos, para que suas mãos nada consigam executar."

✝ Jó 5:13

"Ele prende aos sábios em sua própria astúcia; para que o conselho dos perversos seja derrubado."

✝ Jó 5:14

"De dia eles se encontram com as trevas, e ao meio-dia andam apalpando como de noite."

✝ Jó 5:15

"Porém livra ao necessitado da espada de suas bocas, e da mão do violento."

✝ Jó 5:16

"Pois ele é esperança para o necessitado, e a injustiça tapa sua boca."

✝ Jó 5:17

"Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus corrige; portanto não rejeites o castigo do Todo-Poderoso."

17. Bem-aventurado é o homem a quem Deus disciplina. Elifaz reconhece a diferença que há entre a disciplina e o castigo, e ele aprecia os benefícios finais da paternal disciplina divina. Contudo, sua opinião sobre a relação entre o pecado e o sofrimento não deixa lugar para outros propósitos, tais como a provação e o testemunho, que existem no sofrimento dos justos. (Para maiores comentários sobre este tema, veja 33:31-33). 

✝ Jó 5:18

"Pois ele faz a chaga, mas também põe o curativo; ele fere, mas suas mãos curam."

18-26. Restauração das lavouras e dos rebanhos, descendência multiplicada (v. 25) e vida longa (v. 26) – esta será finalmente a feliz porção de Jó. Elifaz acerta mais do que percebe, também, ao prever o livramento do açoite da língua (v. 21a), conforme o leitor, cônscio das calúnias de Satanás e do mau juízo dos amigos, já sabe. A perícia do autor está evidente nesta antecipação precoce do resultado final, apresentado como está, na forma de um prognóstico baseado em um mal-entendido tão profundo. Pois Elifaz está errado em presumir que a prosperidade renovada sempre se segue ao arrependimento. O sofrimento não é enviado em proporção exata ao pecado nesta vida, e nem a prosperidade é coisa garantida na proporção da piedade. Tudo depende da boa vontade de Deus. 

b) A Resposta de Jó a Elifaz. 6:1 - 7:21.

A presença dos filósofos fez Jó especular sobre o seu destino e isto o levou a duvidar da sabedoria divina (cap. 3). Os pronunciamentos de Elifaz relativos ao relacionamento entre o pecado e o sofrimento introduziu um tema que levaria Jó a duvidar da justiça de Deus; pois Jó sabia que seus próprios sofrimentos extraordinários não podiam ser levados em conta de pecados extraordinários. Nesta primeira réplica, contudo, o patriarca não se ocupa de discussões teológicas sobre a justiça de Deus, mas expressa novamente seu tumulto interior, conseqüência de seus sentimentos de alienação do Deus que o afligia. Essa foi a tendência oculta da lamentação original de Jó, e os esforços de Elifaz somente agravaram-na. A presente preleção é uma continuação da lamentação com certos aspectos novos. Começando pela defensiva, Jó justifica sua explosão original (6:1-13). Então, tomando a ofensiva, ele reprova seus amigos por sua atitude impiedosa (6:14 30). Finalmente, afastando-se dos seus amigos e dirigindo-se a Deus, ele renova o seu lamento (7:121). 

✝ Jó 5:19

"Em seis angústias ele te livrará, e em sete o mal não te tocará."

✝ Jó 5:20

"Na fome ele te livrará da morte, e na guerra livrará do poder da espada."

✝ Jó 5:21

"Do açoite da língua estarás encoberto; e não temerás a destruição quando ela vier."

✝ Jó 5:22

"Tu rirás da destruição e da fome, e não temerás os animais da terra."

✝ Jó 5:23

"Pois até com as pedras do campo terás teu pacto, e os animais do campo serão pacíficos contigo."

✝ Jó 5:24

"E saberás que há paz em tua tenda; e visitarás tua habitação, e não falharás."

✝ Jó 5:25

"Também saberás que tua semente se multiplicará, e teus descendentes serão como a erva da terra."

✝ Jó 5:26

"Na velhice virás à sepultura, como o amontoado de trigo que se recolhe a seu tempo."

✝ Jó 5:27

"Eis que é isto o que temos constatado, e assim é; ouve-o, e pensa nisso tu para teu bem ."

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quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

JÓ 4

Fonte: Imagesearchman

Elifaz

✝ Jó 4:1

"Então Elifaz o temanita respondeu, dizendo:"

III. Juízo : O Caminho da Sabedoria Obscurecido e Iluminado. 4:1 - 41:34.

A. O Veredito dos Homens. 4:1-37:24.

Considerando que o diálogo de Jó com seus amigos relacionava-se mais com a lamentação de Jó do que diretamente com suas calamidades, a missão dos amigos assume mais os ares de um julgamento do que de consolo pastoral e continua assim progressivamente em cada sucessivo ciclo de discursos. (Em relação à estrutura cíclica do diálogo, veja o Esboço acima.) Os amigos assentaram-se como em um conselho de anciãos para julgarem o ofensor clamoroso. A avaliação da culpa de Jó envolve discussão dos aspectos mais amplos do problema da teodicéia, mas sempre com o caso particular de Jó e a condenação à vista. Portanto, para Jó o debate não consiste em um estudo imparcial e acadêmico do sofrimento em geral, mas uma nova e dolorosa fase dos seus sofrimentos. Os amigos são enganados por seu apego à tradicional teoria, ajudando e favorecendo a Satanás em sua hostilidade contra Deus, e obscurecendo o caminho da sabedoria para Jó, o servo de Deus. Mas o debate serve para silenciar esta sabedoria do mundo e assim prepara o caminho para a apresentação da via de acesso da aliança para a sabedoria, que são apresentados nos discursos de Eliú e o Senhor. Novamente, no apelo que Jó faz dos vereditos humanos ao supremo tribunal, expresso em seu apaixonado anseio de expor o seu caso diante do Senhor, o debate busca a manifestação visível de Deus.

✝ Jó 4:2

"Se tentarmos falar contigo, ficarás incomodado? Mas quem poderia deter as palavras?"

2-11. Quem, todavia, poderá conter as palavras? (v. 2b). Durante sete dias os sábios ficaram observando as calamidades na vida de Jó sem oferecer unta palavra de consolo. Quando Jó se queixou, entretanto, os confortadores não puderam abster-se de reprová-lo. Assim, através de todo o decorrer do debate, seus olhos estiveram fixos no temporário escorregão de Jó para a impaciência, enquanto sua anterior exibição prolongada de paciência desapareceu por completo de sua perspectiva. Reprovaram a Jó como se ele tivesse entregado os pontos ao primeiro sabor da adversidade: Sendo tu atingido, te perturbas (v. 5b). 

Segundo eu tenho visto (v. 8a; cons. 5:3). A autoridade da teoria de Elifaz está na experiência. Ele esposa o ponto de vista tradicional dos sábios orientais porque é o que tem observado na vida. Por exemplo, suas estatísticas mostram que calamidade extrema segue-se à perversidade extrema (vs. 8-11). Só os pecadores arrogantes que passam a vida semeando o mal, colhem a morte entre as calamidades. Perecem como a erva ressequida pelo sopro quente do vento do desejo (v. 9) ou como uma ninhada de leões ferozes dispersos por um golpe súbito (vs. 10,11). Sua observação também confirma o inverso: Acaso já pereceu algum inocente? (v. 7a). Embora os justos experimentem certa medida de sofrimento, jornais são destruídos por meio da aflição. Com estas observações Elifaz deduz sua lei do pecado e sofrimento, e ele presume que essa lei deve governar universalmente a história humana. Infelizmente, u método de Elifaz de arquitetar a doutrina da providência é falível. Pois a verdadeira teologia descansa sobre a autoridade da revelação divina, não sobre limitadas observações humanas e especulações falíveis. Infelizmente também, conforme Jó destaca mais tarde, até as observações e estatísticas de Elifaz são inexatas (cons. 21: 17 e segs.). 

Doutrina vil só pode oferecer conforto vão. Porventura não é o teu temor de Deus aquilo em que confias, e a tua esperança a retidão dos teus olhos? (4: 6). Elifaz não duvida da justiça essencial de Jó. Portanto, esperando arrancá-lo de seu abatimento, ele lhe assegura que por causa de sua piedade, ele não perecerá. Mas esta avaliação favorável de alguém que foi humilhado é inconsistente com a teoria do próprio Elifaz. Para ser consistente ele deveria considerar Jó como o mais desprezível filho de Belial. Pois a agonia do patriarca é tão grande que ele cobiça apaixonadamente a morte da qual Elifaz, declarando ser a pior calamidade que pudesse sobrevir aos incrédulos, diz que ele está imune. Mais tarde, quando Elifaz já elaborou sua posição mais consistentemente, ele acusa Jó de hipocrisia e criminalidade. No seu primeiro discurso, contudo, desprezando a severidade excepcional dos sofrimentos de Jó, ele o classifica entre os pecadores generalizadamente moderados, homens justos moderadamente sofredores e apenas fica perplexo diante de suas lamúrias não imoderadas. 

Jó levantou uma questão sobre a sabedoria da providência divina. Elifaz se opõe com o argumento de que os homens decaídos, piedosos ou incrédulos, estão carentes de sabedoria e justiça e, portanto, incompetentes para criticar a Providência (4:12-21). Eles são, além disso, alvos justos de todos os infortúnios que sobrevêm aos mortais (5:1-7).

✝ Jó 4:3

"Eis que tu ensinavas a muitos, e fortalecias as mãos fracas;"

✝ Jó 4:4

"Tuas palavras levantavam aos que tropeçavam, e fortificavas os joelhos que desfaleciam."

✝ Jó 4:5

"Mas agora isso que aconteceu contigo, tu te cansas; e quando isso te tocou, te perturbas."

✝ Jó 4:6

"Por acaso não era o teu temor a Deus a tua confiança, e a integridade dos teus caminhos tua esperança?"

✝ Jó 4:7

"Lembra-te agora, qual foi o inocente que pereceu? E onde os corretos foram destruídos?"

✝ Jó 4:8

"Como eu tenho visto, os que lavram injustiça e semeiam opressão colhem o mesmo."

✝ Jó 4:9

"Com o sopro de Deus eles perecem, e pelo vento de sua ira são consumidos."

✝ Jó 4:10

"O rugido do leão, a voz do leão feroz, e os dentes dos leões jovens são quebrantados."

✝ Jó 4:11

"O leão velho perece por falta de presa, e os filhotes da leoa se dispersam."

✝ Jó 4:12

"Uma palavra me foi dita em segredo, e meu ouvidos escutaram um sussurro dela."

12. Uma palavra se me disse em segredo; e os meus ouvidos perceberam um sussurro dela. Como fonte suplementar de seus conhecimentos, Elifaz refere-se impressionantemente a uma revelação especial que lhe foi concedida em uma visão noturna (v. 15) de arrepiar os cabelos. Sua narrativa da misteriosa aparição e voz (vs. 15, 16) serve para o revestir de um manto profético. (Com referência a semelhantes aspectos de teofanias testemunhadas por Abraão, Moisés e Elias, veja Gn. 15:12; Nm. 12:8; I Reis 19:12). O conteúdo da alegada revelação está em Jó 4:17-21, seria porventura o mortal justo diante de Deus? 

✝ Jó 4:13

"Em imaginações de visões noturnas, quando o sono profundo cai sobre os homens,"

✝ Jó 4:14

"Espanto e tremor vieram sobre mim, que espantou todos os meus ossos."

✝ Jó 4:15

"Então um vento passou por diante de mim, que fez arrepiar os pelos de minha carne."

✝ Jó 4:16

"Ele parou, mas não reconheci sua feição; uma figura estava diante de meus olhos, e ouvi uma voz quieta, que dizia :"

✝ Jó 4:17

"Seria o ser humano mais justo que Deus? Seria o homem mais puro que seu Criador?"

17. Seria a o homem puro diante do seu Criador? A tradução da E.R.C. também é gramaticalmente possível e fornece uma réplica adequada para o desafio feito ao governo de Deus implícito na lamentação de Jó. Se, comparando-se com a sabedoria divina, até a sabedoria dos anjos é imperfeita (v. 18), certamente os homens que vivem e morrem e não atingem a sabedoria (v. 21b) não estão qualificados para se assentarem e julgarem os caminhos de Deus. Analisando a inferioridade do homem diante dos anjos, em termos de sua mortalidade, Elifaz faz eco ao veredito divino contra o corpo do homem que é pó (v. 19; cons. Gn. 3:19). 

Em comparação com a vida angélica, a vida humana, como a traça (Jó 4:19, 20), é transitória. A morte do homem é como o colapso de uma tenda quando suas cordas são desatadas (v. 21).

✝ Jó 4:18

"Visto que ele não confia em seus servos, e considera seus anjos como loucos,"

✝ Jó 4:19

"Quanto mais naqueles que habitam em casas de lodo, cujo fundamento está no pó, e são esmagáveis como a traça!"

✝ Jó 4:20

"Desde a manhã até a tarde são despedaçados, e perecem sempre, sem que ninguém perceba."

✝ Jó 4:21

"Por acaso sua excelência não se perde com eles mesmos? Eles morrem sem sabedoria."

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