sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

JÓ 12

Fonte: Imagesearchman

 

✝ Jó 12:1

"Porém Jó respondeu, dizendo:"

✝ Jó 12:2

"Verdadeiramente vós sois o povo; e convosco morrerá a sabedoria."

Jó 12

12:2b. Convosco morrerá a sabedoria. O sarcasmo de Jó sugere o quão intoleráveis ele considera as pretensões do trio que lhe canta a mesma melodia vazia. Suas palavras podiam continuar atormentando-o, mas ele não mais as aceitaria com seriedade como se fossem soluções possíveis ao quebra-cabeças dos seus sofrimentos. 

✝ Jó 12:3

"Também eu tenho entendimento como vós; e não sou inferior a vós; e quem há que não saiba coisas como essas?"

12:3b. Eu não vos sou inferior (cons. 13:2). A fórmula familiar que eles recitavam dificilmente justificava sua atitude de superioridade. 

✝ Jó 12:4

"Eu sou o motivo de riso de meus amigos, eu que invocava a Deus, e ele me respondia; o justo e íntegro serve de riso."

✝ Jó 12:5

"A desgraça é menosprezada na opinião de quem está tranquilo, que está pronto para os que tropeçam com os pés."

12:5a. No pensamento de quem está seguro há desprezo para o infortúnio. Em total exasperação Jó lastima toda situação. Por causa dos seus problemas, um homem de sabedoria divina é tratado como um simplório ou um criminoso com base em uma teoria que se contradiz por outro fato (igualmente desesperador), isto é, que os roubadores estão prosperando enquanto ele está reduzido a tal ridículo (12:4-6). 

✝ Jó 12:6

"As tendas dos ladrões têm descanso, e os que irritam a Deus estão seguros; os que trazem seu deus em suas mãos."

12:6c. Têm o punho por seu Deus. Antes, que trazem o seu deus na mão. Como Lameque (cons. Gn. 4:23, 24; Dn. 11:38) eles idolatram a arma que têm na mão. 

✝ Jó 12:7

"Verdadeiramente pergunta agora aos animais, que eles te ensinarão; e às aves dos céus, que elas te explicarão;"

12:7a. Pergunta agora às alimárias. A doutrina dos três amigos em relação à sabedoria majestosa de Deus é o senso comum; toda a criação a ensina. Em 12:11-25 Jó demonstra sua familiaridade com o conceito da regra divina, que seus amigos pensaram lhe ensinar. Sua explicação ultrapassa realmente à deles (cons. Sl. 107). Toda a glória e dignidade dos reinos terrestres do homem estão à mercê do poder soberano de Deus (Jó 12:23; cons. I Co. 1: 25). As forças elementares da natureza estão à sua disposição para subverter a terra (Jó 12:15; cons. Gn. 7). As mais altas autoridades civis e religiosas são impotentes contra ele (Jó 12:17-21, 24). O versículo 19 menciona sacerdotes e 'etanim (cons. ytnm ugarita, uma corporação religiosa). Jó se deleita especialmente em interpretar o texto: "Porventura não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?" (I Co. 1:20) e ninguém precisa ir longe para descobrir que certos homens sábios ele tinha particularmente em mente. 

✝ Jó 12:8

"Ou fala com a terra, que ela te ensinará; até os peixes do mar te contarão."

✝ Jó 12:9

"Quem entre todas estas coisas não entende que a mão do SENHOR faz isto?"

✝ Jó 12:10

"Em sua mão está a alma de tudo quanto vive, e o espírito de toda carne humana."

✝ Jó 12:11

"Por acaso o ouvido não distingue as palavras, e o paladar prova as comidas?"

✝ Jó 12:12

"Nos velhos está o conhecimento, e na longa idade o entendimento."

✝ Jó 12:13

"Com Deus está a sabedoria e a força; o conselho e o entendimento lhe pertencem."

✝ Jó 12:14

"Eis que o que ele derruba não pode ser reconstruído; e ninguém pode libertar o homem a quem ele aprisiona."

✝ Jó 12:15

"Eis que, quando ele detém as águas, elas se secam; quando ele as deixa sair, elas transtornam a terra."

✝ Jó 12:16

"Com ele está a força e a sabedoria; Seu é o que erra, e o que faz errar."

✝ Jó 12:17

"Ele leva os conselheiros despojados, e faz os juízes enlouquecerem."

✝ Jó 12:18

"Ele solta a atadura dos reis, e ata um cinto a seus lombos."

✝ Jó 12:19

"Ele leva os sacerdotes despojados, e transtorna os poderosos."

✝ Jó 12:20

"Ele tira a fala daqueles a quem os outros confiam, e tira o juízo dos anciãos."

✝ Jó 12:21

"Ele derrama menosprezo sobre os príncipes, e afrouxa o cinto dos fortes."

✝ Jó 12:22

"Ele revela as profundezas das trevas, e traz a sombra de morte à luz."

✝ Jó 12:23

"Ele multiplica as nações, e ele as destrói; ele dispersa as nações, e as reúne."

✝ Jó 12:24

"Ele tira o entendimento dos líderes do povo da terra, e os faz vaguear pelos desertos, sem caminho."

✝ Jó 12:25

"Nas trevas andam apalpando, sem terem luz; e os faz cambalear como a bêbados."

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quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

JÓ 11

Fonte: Imagesearchman

Jó 11

e) Primeiro Discurso de Zofar. 11:1-20.

Jó reagiu à concentração de Elifaz e Bildade no seu status judicial com protestos cada vez mais intensos de inocência. Estes por sua vez provocaram os amigos a uma aplicação ainda mais consistente de suas teorias, até que Zofar agora bruscamente condena a alegada iniqüidade de Jó (vs. 1-6). Ele suporta sua acusação apelando à infinidade de Deus (vs. 7-12), concluindo contudo com uma afirmação de prosperidade restaurada (vs. 13-20).

Zofar

✝ Jó 11:1

"Então Zofar, o naamita, respondeu, dizendo:"

1-6. Jó insistira que Deus o tinha afligido quando sabia ser ele justo (v. 4; com. 9:21; 10:7). Isto, destaca Zofar, contradiz a teoria tradicional, é irreligiosidade e não pode ser permitido que permaneça como a última palavra. 

✝ Jó 11:2

"Por acaso a multidão de palavras não seria respondida? E o homem falador teria razão?"

2b. Acaso tem razão o tagarela? As costumeiras cortesias introdutórias, inteiramente dispensadas por Bildade, são agora aviadas por Zofar com tanta pressa e falta de gosto que a acusação funde-se com a apologia. 

✝ Jó 11:3

"Por acaso tuas palavras tolas faria as pessoas se calarem? E zombarias tu, e ninguém te envergonharia?"

✝ Jó 11:4

"Pois disseste: Minha doutrina é pura, e eu sou limpo diante de teus olhos."

✝ Jó 11:5

"Mas na verdade, queria eu que Deus falasse, e abrisse seus lábios contra ti,"

5. Falasse Deus e abrisse os seus lábios contra ti. Jó parece irreprimível na controvérsia com seus companheiros; mas se ele tivesse a liberdade de conseguir a coisa que ele mais almeja, um debate franco com Deus (cons. 9:35), seria silenciado. 

✝ Jó 11:6

"E te fizesse saber os segredos da sabedoria, porque o verdadeiro conhecimento tem dois lados; por isso sabe tu que Deus tem te castigado menos que mereces por tua perversidade."

6b. Sabe, portanto, que Deus permite seja esquecida parte da tua iniqüidade. Mais literalmente, Deus é a causa do esquecimento de parte da tua iniqüidade. No seu zelo de contradizer a lamentação de Jó de que Deus esquadrinha e sem misericórdia destaca cada pecado seu (cons. 10:6,14), afligindo-o desproporcionalmente às suas iniqüidades, Zofar aventura-se a modificar a teoria dos outros dois amigos que é a da proporção direta – mas na direção oposta de Jó! Eis aqui o clímax da condenação no primeiro ciclo. Jó 11:6 é de vital importância; conclui a acusação mas também introduz a sabedoria insondável de Deus (cons. 5:9).

✝ Jó 11:7

"Podes tu compreender os mistérios de Deus? Chegarás tu à perfeição do Todo-Poderoso?"

7. Porventura ... penetrarás até à perfeição do Todo-poderoso. Através de sua sabedoria infinita Deus compreende e controla a criação em sua altura, profundidade, comprimento e largura (vs. 8,9). 

✝ Jó 11:8

"Sua sabedoria é mais alta que os céus; que poderás tu fazer? E mais profunda que o mundo dos mortos; o que podes tu saber?"

✝ Jó 11:9

"Sua medida é mais comprida que a terra, e mais larga que o mar."

✝ Jó 11:10

"Se ele passar, e prender, ou se ajuntar para o julgamento ,quem poderá o impedir?"

10b. Quem o poderá impedir? Se Deus quer levar um homem a juízo, o homem não pode escapar. Zofar assim apóia a conclusão à que Jó já chegara devido à absoluta sabedoria de Deus, isto é, de que resistir a Ele é futilidade (cons. 9:12; 10:7b). Mas enquanto Jó já tinha apelado à onisciência divina vindicando sua inocência (10:7a), Zofar fá-lo para convencer Jó do pecado: (Ele) vê a iniqüidade (v. 11b). Tendo condenado Jó abertamente, e sendo ele mesmo ignorante de qualquer evidência direta para consubstanciar sua acusação, Zofar acha conveniente suplementar sua própria ignorância com a onisciência do Todo-poderoso. Ele teria feito melhor uso de sua excelente doutrina da incompreensibilidade de Deus, entretanto, se tivesse humildemente reconhecido as limitações de seu próprio conhecimento da providência divina e não tivesse a presunção de entender os sofrimentos de Jó até a perfeição. Esta verdade da sabedoria inescrutável de Deus, embora tristemente manipulada por Zofar, é a doutrina que deveria ter aquietado o espírito de Jó e silenciado suas queixas. Levando-a em conta com mais seriedade, Jó e também os seus amigos teriam reconhecido que os seus sofrimentos eram compatíveis com a piedade exemplar de um lado e o favor divino do outro. É especialmente pela proclamação de sua incompreensibilidade que o próprio Senhor mais tarde liberta Jó àe suas tentações. Assim o autor do livro emprega novamente uma velada antecipação. Em 11:12 ele usa outro artifício, favorito, concluindo um argumento com um provérbio. Ele cita a asnice dos homens estúpidos como um realce para a sabedoria divina que é infinita. 

✝ Jó 11:11

"Pois ele conhece as pessoas vãs, e vê a maldade; por acaso ele não a consideraria?"

✝ Jó 11:12

"O homem tolo se tornará entendido quando do asno selvagem nascer um humano."

✝ Jó 11:13

"Se tu preparares o teu coração, e estenderes a ele tuas mãos;"

13-20. Compare exortação semelhante de Elifaz (5:8 e segs.) e Bildade (8:57, 20-22). Contrariando a opinião pessimista de Jó (9:28 e 10:15), a busca do favor divino teria sucesso (v.15). Pelo menos seria precedida de completo arrependimento, abrangendo o coração, a mão e o lar (vs. 13,14; cons. Sl. 24:4). Apresentando esta condição Zofar consegue insinuar uma acusação no meio da consolação. A renovação do favor divino será acompanhada de restauração da prosperidade, na qual a presente angústia será esquecida como de águas que passaram (v. 16b). Também, contrariando os presságios de Jó de trevas sem alívio (10:21, 22), um novo despertar da esperança, segurança pacífica e honra, como as de antigamente, estão a sua espera (vs. 17-19). 

✝ Jó 11:14

"Se alguma maldade houver em tua mão, lança-a de ti, e não deixes a injustiça habitar em tuas tendas;"

✝ Jó 11:15

"Então levantarás teu rosto sem mácula; estarás firme, e não temerás;"

✝ Jó 11:16

"E esquecerás teu sofrimento, ou lembrarás dele como de águas que já passaram;"

✝ Jó 11:17

"E tua vida será mais clara que o meio-dia; ainda que haja trevas, tu serás como o amanhecer."

✝ Jó 11:18

"E serás confiante, porque haverá esperança; olharás em redor, e repousarás seguro."

✝ Jó 11:19

"E te deitarás, e ninguém te causará medo; e muitos suplicarão a ti."

✝ Jó 11:20

"Porém os olhos dos maus se enfraquecerão, e o refúgio deles perecerá; a esperança deles será a morte."

20a. Mas os olhos dos perversos desfalecerão. A crescente suspeita de Zofar em relação a Jó sugere a prudência de sua consolação sazonada e incrementada com admoestações. Ele conclui identificando a única esperança dos ímpios com a morte, em palavras que claramente lembram a descrição das perspectivas do próprio Jó. O padrão de Zofar de arrependimento e restauração tinha de ser posto em prática; mas de maneira que o surpreenderia. 

f) A Réplica de Jó a Zofar. 12:1- 14:22.

Completamente desdenhando a ignorância arrogante de seus conselheiros, Jó os sujeita à crítica devastadora (12:1 - 13:12). Declara sua retidão aos amigos (13:13-19), e apela mais uma vez diretamente a Deus (13:20 - 14:22). No meio desse apelo, uma nova esperança desponta na alma de Jó - a esperança da vida além do Sheol! Embora a melancolia obscureça as palavras finais de Jó, está claro que em sua resposta a Zofar, sua fé começa triunfantemente a subir, saindo do abismo do desespero.

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quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

JÓ 10

Fonte: Imagesearchman

✝ Jó 10:1

"Minha alma está cansada de minha vida. Darei liberdade à minha queixa sobre mim; falarei com amargura de minha alma."

Jó 10

10:1-22. Falarei com amargura da minha alma (v. 1b). Com a bravata do desespero Jó discute com o Juiz que o condena (v. 2). Ele apela a Deus contra Deus – à natureza do Deus que ele conhecia contra o Deus fantástico que contende contra ele. Em particular, Jó apela ao orgulho profissional de Deus como Juiz (vs. 3-7) e à sua condição de Criador (vs. 8-12). Está Deus sujeito às limitações humanas, sujeito portanto à má-interpretação dos fatos (v. 4) ou capaz de não alcançar o. culpado (vs. 5, 6)? Não. Ele tem as qualificações de ser o juiz de toda a terra; ele é onisciente e onipotente (v. 7). As tuas mãos me plasmaram (v. 8). Será que o Criador destrói a criatura com a qual despendeu tão maravilhosa perícia no processo da procriação e gestação (vs. 10, 11) e cuidado tão providencial (v. 12)? 

O "julgamento" imaginado de Deus termina quando a realidade da dor e da ignomínia reafirmam-se na consciência de Jó. O Deus fantástico prevaleceu, ao que parece, e Jó muda abruptamente do apelo à lamúria e ao lamento (vs. 13-22). Estas coisas ocultaste no teu coração (v. 13a). O secreto desígnio divino na anterior formação e educação da vida de Jó foi preparar uma presa para ser espreitado como um leão, sem misericórdia, implacavelmente (vs. 14 -16). O propósito secreto de Deus foi o tempo todo tornar essa vida miserável no final, testemunhando da sua culpa com uma interminável hoste de pragas (v. 17). Porque, pois me tiraste da madre? (v. 18a). A consideração do papel divirto na origem da sua vida leva ló de volta ao tema de suas queixas originais (cons. 3:11). Deixa-me (v. 20b). Excluído, como se julga ser, do amor de Deus, o mínimo que pode pedir, antes de escorregar para as trevas da morte, é que Deus simplesmente cesse de lhe prestar atenção por um momento. Não obstante, é ainda a Deus que Jó clama. 

✝ Jó 10:2

"Direi a Deus: Não me condenes; faz-me saber por que brigas comigo."

✝ Jó 10:3

"Parece -te bem que me oprimas, que rejeites o trabalho de tuas mãos, e favoreças o conselho dos perversos?"

✝ Jó 10:4

"Tens tu olhos de carne? Vês tu como o ser humano vê?"

✝ Jó 10:5

"São teus dias como os dias do ser humano, ou teus anos como os anos do homem,"

✝ Jó 10:6

"Para que investigues minha perversidade, e pesquises meu pecado?"

✝ Jó 10:7

"Tu sabes que eu não sou mau; todavia ninguém há que me livre de tua mão."

✝ Jó 10:8

"Tuas mãos me fizeram e me formaram por completo; porém agora tu me destróis."

✝ Jó 10:9

"Por favor, lembra-te que me preparaste como o barro; e me farás voltar ao pó da terra."

✝ Jó 10:10

"Por acaso não me derramaste como o leite, e como o queijo me coalhaste?"

✝ Jó 10:11

"De pele e carne tu me vestiste; e de ossos e nervos tu me teceste."

✝ Jó 10:12

"Vida e misericórdia me concedeste, e teu cuidado guardou meu espírito."

✝ Jó 10:13

"Porém estas coisas escondeste em teu coração; eu sei que isto esteve contigo:"

✝ Jó 10:14

"Se eu pecar, tu me observarás, e não absolverás minha culpa."

✝ Jó 10:15

"Se eu for perverso, ai de mim! Mesmo se eu for justo, não levantarei minha cabeça; estou farto de desonra, e de ver minha aflição."

✝ Jó 10:16

"Se minha cabeça se exaltar, tu me caças como um leão feroz, e voltas a fazer em coisas extraordinárias contra mim."

✝ Jó 10:17

"Renovas tuas testemunhas contra mim, e multiplicas tua ira sobre mim; combates vêm sucessivamente contra mim."

✝ Jó 10:18

"Por que me tiraste da madre? Bom seria se eu não tivesse respirado, e nenhum olho me visse!"

✝ Jó 10:19

"Teria sido como se nunca tivesse existido, e desde o ventre materno seria levado à sepultura."

✝ Jó 10:20

"Por acaso não são poucos os meus dias? Cessa pois e deixa-me, para que eu tenha um pouco de alívio,"

✝ Jó 10:21

"Antes que eu me vá para não voltar, à terra da escuridão e da sombra de morte;"

✝ Jó 10:22

"Terra escura ao extremo, tenebrosa, sombra de morte, sem ordem alguma, onde a luz é como a escuridão."

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terça-feira, 28 de janeiro de 2025

JÓ 9

Fonte: Imagesearchman

 Jó

✝ Jó 9:1

"Mas Jó respondeu, dizendo:"

Jó 9

9:1-24. Na verdade sei que é assim (v. 2a). Veja comentário sobre 8:3. O aspecto judicial da situação agora volta-se favorável a Jó. Deus se lhe apresenta como um juiz em ação. 

✝ Jó 9:2

"Na verdade sei que é assim; mas como pode o ser humano ser justo diante de Deus?"

2b. Como pode o homem ser justo para com Deus? Embora esta pergunta seja parecida na forma à revelação de Eh faz (4:17), seu significado é diferente. Jó não diz que o homem, sendo mortal decaído, não possa permanecer em sua própria integridade diante de Deus. Ele diz (conforme vemos no versículo seguinte) que seja qual for a justiça da causa de um homem, ele é demasiado insignificante e ignorante para defendê-la com sucesso no tribunal, diante da sabedoria e poder esmagadores de Deus. A idéia da transcendência divina levou Jó a perguntar por que Deus deveria se dar ao trabalho de afligir o homem tão frágil. Agora o mesmo pensamento provoca a pergunta: Por que deveria um homem tão frágil se incomodar em contender com Deus? Esta pergunta expõe a perda de Jó da percepção da benevolência divina. O Todo-poderoso parece-lhe opor-se como um adversário gigantesco. 

✝ Jó 9:3

"Ainda se quisesse disputar com ele, não conseguiria lhe responder uma coisa sequer em mil."

✝ Jó 9:4

"Ele é sábio de coração, e poderoso em forças. Quem se endureceu contra ele, e teve paz?"

✝ Jó 9:5

"Ele transporta as montanhas sem que o saibam; e as transtorna em seu furor."

✝ Jó 9:6

"Ele remove a terra de seu lugar, e faz suas colunas tremerem."

✝ Jó 9:7

"Ele dá ordem ao sol, e ele não brilha; e sela as estrelas."

✝ Jó 9:8

"Ele é o que sozinho estende os céus, e anda sobre as alturas do mar."

✝ Jó 9:9

"Ele é o que fez a Usra, o Órion, as Plêiades, e as constelações do sul.

✝ Jó 9:10

"Ele é o que faz coisas grandes e incompreensíveis, e inúmeras maravilhas."

10a. Quem faz grandes coisas, que se não podem esquadrinhar. Novamente Jó faz uma nova aplicação a uma citação de Elifaz (cons. 5:9) para responder a Bildade. Elifaz pronunciou estas palavras como base para Jó entregar sua causa a Deus (5:8) e as ilustrou com graciosas obras da providência (5:10-16). 

Jó as repete para mostrar como estas palavras são fúteis para apresentar o seu caso a Deus. Ele ilustra com os exemplos mais sinistros da onipotência absoluta do governo cósmico de Deus (vs. 5-13). Na ilustração final Jó adota novamente, ao que parece, a imagem retórica da mitologia usual, os auxiliadores do Egito (v. 13b), para descrever o governo divino sobre o mar (cons. 26:12). Nem a uma de mil coisas lhe poderá responder . . . ainda que eu fosse justo, não file responderia; antes ao meu Juiz pediria misericórdia (vs. 3b,15). Isto antecipa extraordinariamente a teofania subseqüente (38:3 e segs) e a resposta de Jó (40:3-5). Contudo essa prévia exposição está novamente velada com sutileza pelo equívoco. Pois a realidade que se comprovará ser o prelúdio da alegria reconquistada, parece aqui, a Jó, ser uma contingência melancólica. 

✝ Jó 9:11

"Eis que ele passa diante de mim, sem que eu não o veja; ele passará diante de mim, sem que eu saiba."

✝ Jó 9:12

"Eis que, quando ele toma, quem pode lhe impedir? Quem poderá lhe dizer: O que estás fazendo?"

✝ Jó 9:13

"Deus não reverterá sua ira, e debaixo dele se encurvam os assistentes de Raabe."

✝ Jó 9:14

"Como poderia eu lhe responder, e escolher minhas palavras contra ele?"

✝ Jó 9:15

"A ele, ainda que eu fosse justo, não lhe responderia; a meu juiz pediria misericórdia."

✝ Jó 9:16

"Ainda que eu lhe chamasse, e ele respondesse, mesmo assim não creria que ele tivesse dado ouvidos à minha voz."

✝ Jó 9:17

"Pois ele tem me quebrantado com tempestade, e multiplicado minhas feridas sem causa."

✝ Jó 9:18

"Ele não me permite respirar; em vez disso, me farta de amarguras."

✝ Jó 9:19

"Quanto às forças, eis que ele é forte; e quanto ao juízo, ele diria : Quem me convocará?"

✝ Jó 9:20

"Ainda que eu seja justo, minha boca me condenaria; se eu fosse inocente, então ela me declararia perverso."

✝ Jó 9:21

"Mesmo se eu for inocente, não estimo minha alma; desprezo minha vida."

21a. Eu sou integro. Esta seção termina com um crescendo de denúncias, as exclamações de Jó quase se transformando em um staccato incoerente. Em completo desespero de não conseguir estabelecer sua integridade diante do Deus irresistível, que parece determinado a quebrálo, despedaçando-o sem causa (v. 17b; cons. 2:3), Jó contudo afirma desafiadoramente sua honestidade. 

✝ Jó 9:22

"É tudo a mesma coisa; por isso digo: ele consome ao inocente e ao perverso."

22b. Tanto destrói ele o integro como o perverso. A afirmativa dos amigos de que só os perversos são carregados com dolência precisa de correção; Jó, contudo, fracassa em discernir o amor de Deus na morte do justo. 

✝ Jó 9:23

"Quando o açoite mata de repente, ele ri do desespero dos inocentes."

23b. Então se rirá do desespero do inocente, exatamente como, assentado inatacável nos céus, ele "ri-se" (Sl. 2:4, a mesma palavra) dos rebeldes que se enfurecem contra o seu trono. Os amigos condenaram Jó, afirmando que Deus devia ser justo – de acordo com o padrão deles. Jó, defendendo-se contra suas insinuações injustificadas, é levado a condenar Deus para que ele mesmo possa ser justificado (cons. 40:8). 

✝ Jó 9:24

"A terra está entregue nas mãos dos perversos. Ele cobre o rosto de seus juízes. Se não é ele, então quem é?"

✝ Jó 9:25

"Meus dias foram mais rápidos que um homem que corre; fugiram, e não viram o bem."

9:25 - 10:22. O sofredor lamenta suas mágoas, continuando a interpretá-las como prova de condenação divina. Ele não pode impedir seu anseio por um dia no tribunal, embora não tenha esperanças de receber tal privilégio. Portanto, ele discute veementemente com o Deus estranho, criação fantástica de suas dúvidas loucas. 

✝ Jó 9:26

"Passaram como barcos de papiro, como a águia que se lança à comida."

✝ Jó 9:27

"Se disser: Esquecerei minha queixa, mudarei o aspecto do meu rosto, e sorrirei,"

✝ Jó 9:28

"Ainda teria pavor de todas as minhas dores; pois sei que não me terás por inocente."

✝ Jó 9:29

"Se eu já estou condenado, então para que eu sofreria em vão?"

✝ Jó 9:30

"Ainda que me lave com água de neve, e limpe minhas mãos com sabão,"

✝ Jó 9:31

"Então me submergirias no fosso, e minhas próprias vestes me abominariam."

✝ Jó 9:32

"Pois ele não é homem como eu, para que eu lhe responda, e venhamos juntamente a juízo."

✝ Jó 9:33

"Não há entre nós árbitro que ponha sua mão sobre nós ambos,"

✝ Jó 9:34

"Tire de sobre mim sua vara, e seu terror não me espante."

✝ Jó 9:35

"Então eu falaria, e não teria medo dele. Pois não está sendo assim comigo."

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segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

JÓ 8

 

Fonte: Imagesearchman

Bildade

✝ Jó 8:1

"Então Bildade, o suíta, respondeu, dizendo:"

✝ Jó 8:2

"Até quando falarás tais coisas, e as palavras de tua boca serão como um vento impetuoso?"

2a. Até quando. Aqui não há nenhuma apreciação pelos meses de paciência; só indignação pelos poucos minutos de impaciência! 

✝ Jó 8:3

"Por acaso Deus perverteria o direito, ou o Todo-Poderoso perverteria a justiça?"

3a. Perverteria Deus o direito? É claro que Deus não era injusto com Jó. Mas por trás da pergunta retórica de Bildade jaz o julgamento: Jó colhia os frutos do pecado. Esse aspecto da justiça divina, embora sem dúvida envolvesse o lamento de Jó, não estivera antes de tudo em seus pensamentos. O patriarca contemplara seu destino mais pela perspectiva metafísica da transcendência divina e limitação humana. Focalizando a atenção sobre o aspecto judicial, os consoladores só conseguiram intensificar a tentação do seu amigo. A teodicéia de Jó era tão inadequada quanto a deles. A razão portanto lhe dizia que Deus devia estar profundamente aborrecido com ele. Mas sua consciência se recusava a reconhecer uma transgressão proporcional ao seu sofrimento. Onde então ficava a justiça? Onde estava o bom Deus que ele conhecia

✝ Jó 8:4

"Se teus filhos pecaram contra ele, ele também os entregou ao castigo por sua transgressão."

4b. Ele os lançou no poder de sua transgressão. Uma aplicação surpreendentemente impiedosa, mas inteiramente consistente com a tese do amigo! Embora a forma seja condicional, a intenção é declarada. 

✝ Jó 8:5

"Se tu buscares a Deus com empenho, e pedires misericórdia ao Todo-Poderoso;"

5a. Se tu buscares a Deus. Uma vez que as aflições de Jó não se comprovaram ser fatais, como as de seus filhos, ele podia alimentar esperanças de que ele não era, como aqueles, um réprobo e que o seu arrependimento seria seguido de uma restauração de bênçãos além de sua antiga prosperidade (v. 7; cons. 42:12). 

✝ Jó 8:6

"Se fores puro e correto, certamente logo ele se levantará em teu favor, e restaurará a morada de tua justiça."

✝ Jó 8:7

"Ainda que teu princípio seja pequeno, o teu fim será muito grandioso."

✝ Jó 8:8

"Pois pergunta agora à geração passada, e considera o que seus pais descobriram."

8. Pergunta agora a gerações passadas. Cônscio das limitações do indivíduo mortal (v. 9), Bildade apoiada a autoridade das observações pessoais sobre o conhecimento tradicional (vs. 8, 10). Entre Bildade e Elifaz não há diferença essencial. Ambos edificam sobre areia – sobre especulações extraídas da subjetividade de sua própria consciência e da relatividade do mundo mutante – e não sobre a revelação firme do Criador onisciente. Bildade reproduz a sabedoria proverbial dos pais, apoiada em símiles extraídos principalmente da vegetação luxuriante do pântano e do jardim (vs. 11-19). 

✝ Jó 8:9

"Pois nós somos de ontem e nada sabemos, pois nossos dias sobre a terra são como a sombra."

✝ Jó 8:10

"Por acaso eles não te ensinarão, e te dirão, e falarão palavras de seu coração?"

✝ Jó 8:11

"Pode o papiro crescer sem lodo? Ou pode o junco ficar maior sem água?"

✝ Jó 8:12

"Estando ele ainda verde, sem ter sido cortado, ainda assim se seca antes de toda erva."

✝ Jó 8:13

"Assim são os caminhos de todos os que esquecem de Deus; e a esperança do corrupto perecerá;"

13a. São assim as veredas de todos quantos se esquecem de Deus. Todos os símiles ensinam uma lição: a felicidade dos maus é frágil, perecível. Se as aparências parecem às vezes contradizer a teoria tradicional de que o sofrimento é o salário do pecado, nunca o faz por muito tempo. Mas por que Bildade permute que uma advertência destinada aos ímpios domine o seu conselho a Jó? 

✝ Jó 8:14

"Sua esperança será frustrada, e sua confiança será como a teia de aranha."

✝ Jó 8:15

"Ele se apoiará em sua casa, mas ela não ficará firme; ele se apegará a ela, mas ela não ficará de pé."

✝ Jó 8:16

"Ele está bem regado diante do sol, e seus ramos brotam por cima de sua horta;"

✝ Jó 8:17

"Suas raízes se entrelaçam junto à fonte, olhando para o pedregal."

✝ Jó 8:18

"Se lhe arrancarem de seu lugar, este o negará, dizendo : Nunca te vi."

✝ Jó 8:19

"Eis que este é o prazer de seu caminho; e do solo outros brotarão."

✝ Jó 8:20

"Eis que Deus não rejeita ao íntegro, nem segura pela mão aos malfeitores."

20-22. A peroração aplica a doutrina de Bildade ao integro e aos malfeitores (v. 20). O orador oferece algum encorajamento a Jó, mas é breve e perfunctório (vs. 21, 22). Embora o sofredor se encaixe aqui na categoria do "íntegro", não pode deixar de considerar o Se anterior de Bildade (v. 6). 

d) A Resposta de Jó a Bildade. 9:1 - 10:22.

Seguindo o padrão geral de sua resposta anterior, Jó se dirige primeiramente aos seus amigos (9:1-24) e depois mais ou menos diretamente a Deus (9: 25 - 10:22). Ele começa sua refutação a Bildade endossando sarcasticamente o tema inicial (e fundamental) do seu amigo (9:2; cons. 8:3) e conclui com veemente contradição da conclusão de Bildade e sua alegação (dominante) (9:22-24; cons. 8:20-22). Depois Jó retoma seu lamento dirigido a Deus, assumindo a temerária oposição à qual o conselho dos seus amigos o açulou. Neste discurso ele mergulha nas mais negras profundezas de sua imaginária alienação de Deus. Embora, em sua agitação, comece blasfemando, ele não se afasta de Deus amaldiçoando-O, mas luta em oração. Pois Satanás não pode arrancá-lo da mão do seu Pai.

✝ Jó 8:21

"Ainda ele encherá tua boca de riso, e teus lábios de júbilo."

✝ Jó 8:22

"Os que te odeiam se vestirão de vergonha, e nunca mais haverá tenda de perversos."

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sábado, 25 de janeiro de 2025

JÓ 7

 

Fonte: Imagesearchman

✝ Jó 7:1

"Por acaso o ser humano não tem um trabalho duro sobre a terra, e não são seus dias como os dias de um assalariado?"

Jó 7

7:1-21. No meio de suas réplicas Jó repetidamente volta-se dos seus amigos e dirige-se a Deus. A estrutura dos discursos individuais do patriarca reflete assim o curso geral de sua luta íntima que, desapontado com os amigos terrenos, sente-se competido a voltar-se novamente para o seu Amigo celestial e divino Redentor em busca de compreensão. 

✝ Jó 7:2

"Como o servo suspira pela sombra, e como o assalariado espera por seu pagamento,"

✝ Jó 7:3

"Assim também me deram por herança meses inúteis, e me prepararam noites de sofrimento."

✝ Jó 7:4

"Quando eu me deito, pergunto: Quando me levantarei? Mas a noite se prolonga, e me canso de me virar na cama até o amanhecer."

✝ Jó 7:5

"Minha carne está coberta de vermes e de crostas de pó; meu pele está rachada e horrível."

✝ Jó 7:6

"Meus dias são mais rápidos que a lançadeira do tecelão, e perecem sem esperança."

✝ Jó 7:7

"Lembra-te que minha vida é um sopro; meus olhos não voltarão a ver o bem."

✝ Jó 7:8

"Os olhos dos que me veem não me verão mais; teus olhos estarão sobre mim, porém deixarei de existir."

✝ Jó 7:9

"A nuvem se esvaece, e passa; assim também quem desce ao mundo dos mortos nunca voltará a subir."

✝ Jó 7:10

"Nunca mais voltará à sua casa, nem seu lugar o conhecerá."

✝ Jó 7:11

"Por isso eu não calarei minha boca; falarei na angústia do meu espírito, e me queixarei na amargura de minha alma."

✝ Jó 7:12

"Por acaso sou eu o mar, ou um monstro marinho, para que me ponhas guarda?"

✝ Jó 7:13

"Quando eu digo: Minha cama me consolará; meu leito aliviará minhas queixa,"

✝ Jó 7:14

"Então tu me espantas com sonhos, e me assombras com visões."

✝ Jó 7:15

"Por isso minha alma preferia a asfixia e a morte, mais que meus ossos."

✝ Jó 7:16

"Odeio a minha vida ; não viverei para sempre; deixa-me, pois que meus dias são inúteis."

✝ Jó 7:17

"O que é o ser humano, para que tanto o estimes, e ponhas sobre ele teu coração,"

17a. Que é o homem. Uma torção irônica do Sl. 8:4 (cons. Sal. 144:3). O contraste entre a transcendência divina e a limitação humana foi explorada para desprezar o significado da ação humana. 

✝ Jó 7:18

"E o visites a cada manhã, e a cada momento o proves?"

✝ Jó 7:19

"Até quando não me deixarás, nem me liberarás até que eu engula minha saliva?"

✝ Jó 7:20

"Se pequei, o eu que te fiz, ó Guarda dos homens? Por que me fizeste de alvo de dardos, para que eu seja pesado para mim mesmo?"

20a. Se pequei, que mal te fiz a ti. Na realidade, é claro que a transcendência de Deus engrandece a seriedade do pecado; ela é o fundamento do significado da experiência humana e de tudo o que existe. Além do mais, esta luta de Jó era particularmente significativa porque fora transformada em precedente para a própria verdade da autoridade transcendente e controle divino sobre a história. Na tentação de Jó a estabilidade do universo fora atacada – como os "filhos de Deus" deviam ter dito a Jó – pelo verdadeiro "dragão" (cons. Ap. 20:2), do qual o monstro marinho da mitologia era a versão paganizada. Os anjos viram o mundo tremendo em cada tremor do espírito de Jó. Pois se o poder redentor de Deus não pudesse preservar Jó no temor de Deus, não apenas Jó mas o mundo se perderia no caos satânico. 

✝ Jó 7:21

"E por que não perdoas minha transgressão, e tiras minha maldade? Porque agora dormirei no pó, e me buscarás de manhã, mas não existirei mais ."

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

JÓ 6

 

Fonte: Imagesearchman

✝ Jó 6:1

"Mas Jó respondeu, dizendo:"

Jó 6

6:1-13. Como indica a forma do plural, neste capítulo dirige-se a todos os antigos. Pois todos eles concordavam com as opiniões de Elifaz, e com olhares e gestos sem dúvida expressaram seus "améns", os quais viriam,a ser vocalmente expressos em seus próprios discursos. 

✝ Jó 6:2

"Oh se pesassem justamente minha aflição, e meu tormento juntamente fosse posto em uma balança!"

2a. Oh! se a minha queixa de fato se pesasse. Jó ignora as insinuações de Elifaz quanto à causa de sua desolação, e defende a irritação expressa em seu lamento. Para Elifaz o lamento soara ominoso (5:2). Mas, diz Jó, se as palavras precipitadas (v. 6:3b) que subitamente brotaram de seus lábios, por causa da angústia, fossem pesadas, facilmente seriam ultrapassadas por suas calamidades, que eram mais pesadas do que a areia do mar. 

✝ Jó 6:3

"Pois na verdade seria mais pesada que a areia dos mares; por isso minhas palavras têm sido impulsivas."

✝ Jó 6:4

"Porque as flechas do Todo-Poderoso estão em mim, cujo veneno meu espírito bebe; e temores de Deus me atacam."

4. As flechas do Todo-poderoso . . . os terrores de Deus. Uma indiferença, um ressentimento quase taciturno, ficou aparente na lamentação de Jó, em sua relutância de mencionar Deus até mesmo como autor de seus sofrimentos. A vigorosa interpretação teísta de Elifaz operou pelo menos uma mudança sadia quanto a isto. Agora Jó expressa francamente seus sentimentos de que Deus o está tratando como a um inimigo, dispondo contra ele exércitos terroristas. 

✝ Jó 6:5

"Por acaso o asno selvagem zurra junto à erva, ou o boi berra junto a seu pasto?"

5. Defendendo mais seus lamentos, Jó observa que até os animais não se queixam sem motivos. E é natural que um homem rejeite alimento insípido e repugnante (vs. 6, 7). Então, recordando a descrição que Elifaz fez da morte dos frágeis mortais (4:19-21), Jó declara que a morte é precisamente o que ele anseia (vs. 8, 9).

✝ Jó 6:6

"Por acaso se come o insípido sem sal? Ou há gosto na clara do ovo?"

✝ Jó 6:7

"Minha alma se recusa tocar essas coisas ,que são para mim como comida detestável."

✝ Jó 6:8

"Ah se meu pedido fosse realizado, e se Deus me desse o que espero!"

✝ Jó 6:9

"Que Deus me destruísse; ele soltasse sua mão, e acabasse comigo!"

✝ Jó 6:10

"Isto ainda seria meu consolo, um alívio em meio ao tormento que não me poupa; pois eu não tenho escondido as palavras do Santo."

10b. Saltaria de contente, na minha dor que ele não poupa. Ainda que ele morresse da morte que Elifaz diz ser reservada aos incrédulos, seria bem-vinda. E nem seria, no seu caso, morte de incrédulo; pois, contrariando as insinuações de Elifaz, ele não era culpado de ter negado as palavras do Santo (v. 10c). 

✝ Jó 6:11

"Qual é minha força para que eu espere? E qual meu fim, para que eu prolongue minha vida?"

✝ Jó 6:12

"É, por acaso, a minha força a força de pedras? Minha carne é de bronze?"

✝ Jó 6:13

"Tenho eu como ajudar a mim mesmo, se todo auxílio me foi tirado?"

✝ Jó 6:14

"Ao aflito, seus amigos deviam ser misericordiosos, mesmo se ele tivesse abandonado o temor ao Todo-Poderoso."

14-30. Elifaz atacara os lamentos de Jó; agora Jó ataca a "consolação" de Elifaz. 

✝ Jó 6:15

"Meus irmãos foram traiçoeiros comigo, como ribeiro, como correntes de águas que transbordam,"

15a. Meus irmãos aleivosamente me trataram. Ele não implorara favores, tais como um grande resgate (vs. 22, 23) – só a piedade que um homem espera naturalmente dos amigos. Contudo fora amargamente desapontado com os seus "consoladores" tal como uma sedenta caravana no deserto quando alcança um wadi – um curso de água rápido e escuro – mas não encontra nem sequer um filete entre as rochas (vs. 15-21). 

✝ Jó 6:16

"Que estão escurecidas pelo gelo, e nelas se esconde a neve;"

✝ Jó 6:17

"Que no tempo do calor se secam e, ao se aquecerem, desaparecem de seu lugar;"

✝ Jó 6:18

"Os cursos de seus caminhos se desviam; vão se minguando, e perecem."

✝ Jó 6:19

"As caravanas de Temã as veem; os viajantes de Sabá esperam por elas."

✝ Jó 6:20

"Foram envergonhados por aquilo em que confiavam; e ao chegarem ali, ficaram desapontados."

✝ Jó 6:21

"Agora, vós vos tornastes semelhantes a elas; pois vistes o terror, e temestes."

21b. Vedes os meus males e vos espantais ... e especularíeis com o vosso amigo (v. 27b). Seu procedimento desapiedado, diz Jó, foi ditado pelo temor de que males como os seus pudessem sobrevir-lhes. Se eles simpatizassem com ele, Deus poderia interpretar mal sua preocupação como crítica à Sua providência, e poderia castigá-los da mesma forma. Para comprar o favor divino, eles insinuavam que Jó devia ter pecado em proporção aos seus sofrimentos. Como evidência eles apontavam para o aspecto rebelde de seu lamento. Mas suas palavras desesperadas pronunciadas sob extrema provocação não consistiam como provas de sua atitude e conduta normais (v. 26). 

✝ Jó 6:22

"Por acaso eu disse: Trazei-me algo ? Ou: Dai presente a mim de vossa riqueza?"

✝ Jó 6:23

"Ou: Livrai-me da mão do opressor? Ou: Resgatai-me das mãos dos violentos?"

✝ Jó 6:24

"Ensinai-me, e eu me calarei; e fazei-me entender em que errei."

✝ Jó 6:25

"Como são fortes as palavras de boa razão! Mas o que vossa repreensão reprova?"

✝ Jó 6:26

"Pretendeis repreender palavras, sendo que os argumentos do desesperado são como o vento?"

✝ Jó 6:27

"De fato vós lançaríeis sortes sobre o órfão, e venderíeis vosso amigo."

✝ Jó 6:28

"Agora, pois, disponde-vos a olhar para mim; e vede se eu minto diante de vós."

✝ Jó 6:29

"Mudai de opinião, pois, e não haja perversidade; mudai de opinião, pois minha justiça continua."

29a. Tornai a julgar, vos peço. Isto é, "Parem de incorrer em petição de princípio teológico, considerando que tenho culpa, pois sou inocente" (v. 30). 

✝ Jó 6:30

"Há perversidade em minha língua? Não poderia meu paladar discernir as coisas más?"

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quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

JÓ 5

 

Fonte: Imagesearchman

✝ Jó 5:1

"Clama agora! Haverá alguém que te responda? E a qual dos santos te voltarás?"

Jó 5

5:1-7. Se Elifaz aplicasse a si mesmo a mensagem da sabedoria transcendente do Senhor e da falta humana disso, recebida na visão noturna, ele não teria se apresentado como voluntário para tão dogmáticas explicações do procedimento divino com Jó. Porque a aflição não vem do pó . . . mas o homem nasce para o enfado (vs, 6a, 7a; cons. 4:8). Embora servo de Deus, ele insiste, Jó continua sendo um mortal decaído. Seus problemas, portanto, não brotam da terra como colheita mágica que jamais foi semeada; do os frutos espinhosos dos seus pecados. Portanto, nem os homens nem os anjos podem ouvir com simpatia o seu lamento (v. 1). 

✝ Jó 5:2

"Pois a ira acaba com o louco, e o zelo mata o tolo."

2a. O zelo do tolo o mata. Exibir ressentimento para com a providência divina é mais do que fútil; é um convite a aflição que leva para a morte. 

✝ Jó 5:3

"Eu vi ao louco lançar raízes, porém logo amaldiçoei sua habitação."

3a. Bem vi eu o louco. Novamente a autoridade de Elifaz vem da experiência. Seu esboço descuidado da maldição sobre a casa, campo e filhos do louco intratável (vs. 3-5), reminiscências das recentes perdas de Jó, talvez fizesse Jó pensar que Elifaz o considerava tal como aquele louco. 

✝ Jó 5:4

"Seus filhos estarão longe da salvação; na porta são despedaçados, e não há quem os livre."

✝ Jó 5:5

"O faminto devora sua colheita, e a tira até dentre os espinhos; e o assaltante traga sua riqueza."

✝ Jó 5:6

"Porque a aflição não procede do pó da terra, nem a opressão brota do chão."

✝ Jó 5:7

"Mas o ser humano nasce para a opressão, assim como as faíscas das brasas se levantam a voar."

✝ Jó 5:8

"Porém eu buscaria a Deus, e a ele confiaria minha causa;"

8-27. Elifaz insiste com a vítima murmuradora a que se submeta confiantemente a Deus. O conceito central de sua exortação é a beatitude do homem castigado (v. 17). Ele descreve a bondade dos maravilhosos caminhos de Deus (vs. 8-16), profetiza sobre a felicidade que se segue após o arrependimento (vs. 18-26) e acrescenta uma garantia confiante à sabedoria que oferece (v. 27). 

✝ Jó 5:9

"Pois ele é o que faz coisas grandiosas e incompreensíveis, e inúmeras maravilhas."

✝ Jó 5:10

"Ele é o que dá a chuva sobre a face da terra, e envia águas sobre os campos."

✝ Jó 5:11

"Ele põe os humildes em lugares altos, para que os sofredores sejam postos em segurança."

✝ Jó 5:12

"Ele frustra os planos dos astutos, para que suas mãos nada consigam executar."

✝ Jó 5:13

"Ele prende aos sábios em sua própria astúcia; para que o conselho dos perversos seja derrubado."

✝ Jó 5:14

"De dia eles se encontram com as trevas, e ao meio-dia andam apalpando como de noite."

✝ Jó 5:15

"Porém livra ao necessitado da espada de suas bocas, e da mão do violento."

✝ Jó 5:16

"Pois ele é esperança para o necessitado, e a injustiça tapa sua boca."

✝ Jó 5:17

"Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus corrige; portanto não rejeites o castigo do Todo-Poderoso."

17. Bem-aventurado é o homem a quem Deus disciplina. Elifaz reconhece a diferença que há entre a disciplina e o castigo, e ele aprecia os benefícios finais da paternal disciplina divina. Contudo, sua opinião sobre a relação entre o pecado e o sofrimento não deixa lugar para outros propósitos, tais como a provação e o testemunho, que existem no sofrimento dos justos. (Para maiores comentários sobre este tema, veja 33:31-33). 

✝ Jó 5:18

"Pois ele faz a chaga, mas também põe o curativo; ele fere, mas suas mãos curam."

18-26. Restauração das lavouras e dos rebanhos, descendência multiplicada (v. 25) e vida longa (v. 26) – esta será finalmente a feliz porção de Jó. Elifaz acerta mais do que percebe, também, ao prever o livramento do açoite da língua (v. 21a), conforme o leitor, cônscio das calúnias de Satanás e do mau juízo dos amigos, já sabe. A perícia do autor está evidente nesta antecipação precoce do resultado final, apresentado como está, na forma de um prognóstico baseado em um mal-entendido tão profundo. Pois Elifaz está errado em presumir que a prosperidade renovada sempre se segue ao arrependimento. O sofrimento não é enviado em proporção exata ao pecado nesta vida, e nem a prosperidade é coisa garantida na proporção da piedade. Tudo depende da boa vontade de Deus. 

b) A Resposta de Jó a Elifaz. 6:1 - 7:21.

A presença dos filósofos fez Jó especular sobre o seu destino e isto o levou a duvidar da sabedoria divina (cap. 3). Os pronunciamentos de Elifaz relativos ao relacionamento entre o pecado e o sofrimento introduziu um tema que levaria Jó a duvidar da justiça de Deus; pois Jó sabia que seus próprios sofrimentos extraordinários não podiam ser levados em conta de pecados extraordinários. Nesta primeira réplica, contudo, o patriarca não se ocupa de discussões teológicas sobre a justiça de Deus, mas expressa novamente seu tumulto interior, conseqüência de seus sentimentos de alienação do Deus que o afligia. Essa foi a tendência oculta da lamentação original de Jó, e os esforços de Elifaz somente agravaram-na. A presente preleção é uma continuação da lamentação com certos aspectos novos. Começando pela defensiva, Jó justifica sua explosão original (6:1-13). Então, tomando a ofensiva, ele reprova seus amigos por sua atitude impiedosa (6:14 30). Finalmente, afastando-se dos seus amigos e dirigindo-se a Deus, ele renova o seu lamento (7:121). 

✝ Jó 5:19

"Em seis angústias ele te livrará, e em sete o mal não te tocará."

✝ Jó 5:20

"Na fome ele te livrará da morte, e na guerra livrará do poder da espada."

✝ Jó 5:21

"Do açoite da língua estarás encoberto; e não temerás a destruição quando ela vier."

✝ Jó 5:22

"Tu rirás da destruição e da fome, e não temerás os animais da terra."

✝ Jó 5:23

"Pois até com as pedras do campo terás teu pacto, e os animais do campo serão pacíficos contigo."

✝ Jó 5:24

"E saberás que há paz em tua tenda; e visitarás tua habitação, e não falharás."

✝ Jó 5:25

"Também saberás que tua semente se multiplicará, e teus descendentes serão como a erva da terra."

✝ Jó 5:26

"Na velhice virás à sepultura, como o amontoado de trigo que se recolhe a seu tempo."

✝ Jó 5:27

"Eis que é isto o que temos constatado, e assim é; ouve-o, e pensa nisso tu para teu bem ."

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quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

JÓ 4

Fonte: Imagesearchman

Elifaz

✝ Jó 4:1

"Então Elifaz o temanita respondeu, dizendo:"

III. Juízo : O Caminho da Sabedoria Obscurecido e Iluminado. 4:1 - 41:34.

A. O Veredito dos Homens. 4:1-37:24.

Considerando que o diálogo de Jó com seus amigos relacionava-se mais com a lamentação de Jó do que diretamente com suas calamidades, a missão dos amigos assume mais os ares de um julgamento do que de consolo pastoral e continua assim progressivamente em cada sucessivo ciclo de discursos. (Em relação à estrutura cíclica do diálogo, veja o Esboço acima.) Os amigos assentaram-se como em um conselho de anciãos para julgarem o ofensor clamoroso. A avaliação da culpa de Jó envolve discussão dos aspectos mais amplos do problema da teodicéia, mas sempre com o caso particular de Jó e a condenação à vista. Portanto, para Jó o debate não consiste em um estudo imparcial e acadêmico do sofrimento em geral, mas uma nova e dolorosa fase dos seus sofrimentos. Os amigos são enganados por seu apego à tradicional teoria, ajudando e favorecendo a Satanás em sua hostilidade contra Deus, e obscurecendo o caminho da sabedoria para Jó, o servo de Deus. Mas o debate serve para silenciar esta sabedoria do mundo e assim prepara o caminho para a apresentação da via de acesso da aliança para a sabedoria, que são apresentados nos discursos de Eliú e o Senhor. Novamente, no apelo que Jó faz dos vereditos humanos ao supremo tribunal, expresso em seu apaixonado anseio de expor o seu caso diante do Senhor, o debate busca a manifestação visível de Deus.

✝ Jó 4:2

"Se tentarmos falar contigo, ficarás incomodado? Mas quem poderia deter as palavras?"

2-11. Quem, todavia, poderá conter as palavras? (v. 2b). Durante sete dias os sábios ficaram observando as calamidades na vida de Jó sem oferecer unta palavra de consolo. Quando Jó se queixou, entretanto, os confortadores não puderam abster-se de reprová-lo. Assim, através de todo o decorrer do debate, seus olhos estiveram fixos no temporário escorregão de Jó para a impaciência, enquanto sua anterior exibição prolongada de paciência desapareceu por completo de sua perspectiva. Reprovaram a Jó como se ele tivesse entregado os pontos ao primeiro sabor da adversidade: Sendo tu atingido, te perturbas (v. 5b). 

Segundo eu tenho visto (v. 8a; cons. 5:3). A autoridade da teoria de Elifaz está na experiência. Ele esposa o ponto de vista tradicional dos sábios orientais porque é o que tem observado na vida. Por exemplo, suas estatísticas mostram que calamidade extrema segue-se à perversidade extrema (vs. 8-11). Só os pecadores arrogantes que passam a vida semeando o mal, colhem a morte entre as calamidades. Perecem como a erva ressequida pelo sopro quente do vento do desejo (v. 9) ou como uma ninhada de leões ferozes dispersos por um golpe súbito (vs. 10,11). Sua observação também confirma o inverso: Acaso já pereceu algum inocente? (v. 7a). Embora os justos experimentem certa medida de sofrimento, jornais são destruídos por meio da aflição. Com estas observações Elifaz deduz sua lei do pecado e sofrimento, e ele presume que essa lei deve governar universalmente a história humana. Infelizmente, u método de Elifaz de arquitetar a doutrina da providência é falível. Pois a verdadeira teologia descansa sobre a autoridade da revelação divina, não sobre limitadas observações humanas e especulações falíveis. Infelizmente também, conforme Jó destaca mais tarde, até as observações e estatísticas de Elifaz são inexatas (cons. 21: 17 e segs.). 

Doutrina vil só pode oferecer conforto vão. Porventura não é o teu temor de Deus aquilo em que confias, e a tua esperança a retidão dos teus olhos? (4: 6). Elifaz não duvida da justiça essencial de Jó. Portanto, esperando arrancá-lo de seu abatimento, ele lhe assegura que por causa de sua piedade, ele não perecerá. Mas esta avaliação favorável de alguém que foi humilhado é inconsistente com a teoria do próprio Elifaz. Para ser consistente ele deveria considerar Jó como o mais desprezível filho de Belial. Pois a agonia do patriarca é tão grande que ele cobiça apaixonadamente a morte da qual Elifaz, declarando ser a pior calamidade que pudesse sobrevir aos incrédulos, diz que ele está imune. Mais tarde, quando Elifaz já elaborou sua posição mais consistentemente, ele acusa Jó de hipocrisia e criminalidade. No seu primeiro discurso, contudo, desprezando a severidade excepcional dos sofrimentos de Jó, ele o classifica entre os pecadores generalizadamente moderados, homens justos moderadamente sofredores e apenas fica perplexo diante de suas lamúrias não imoderadas. 

Jó levantou uma questão sobre a sabedoria da providência divina. Elifaz se opõe com o argumento de que os homens decaídos, piedosos ou incrédulos, estão carentes de sabedoria e justiça e, portanto, incompetentes para criticar a Providência (4:12-21). Eles são, além disso, alvos justos de todos os infortúnios que sobrevêm aos mortais (5:1-7).

✝ Jó 4:3

"Eis que tu ensinavas a muitos, e fortalecias as mãos fracas;"

✝ Jó 4:4

"Tuas palavras levantavam aos que tropeçavam, e fortificavas os joelhos que desfaleciam."

✝ Jó 4:5

"Mas agora isso que aconteceu contigo, tu te cansas; e quando isso te tocou, te perturbas."

✝ Jó 4:6

"Por acaso não era o teu temor a Deus a tua confiança, e a integridade dos teus caminhos tua esperança?"

✝ Jó 4:7

"Lembra-te agora, qual foi o inocente que pereceu? E onde os corretos foram destruídos?"

✝ Jó 4:8

"Como eu tenho visto, os que lavram injustiça e semeiam opressão colhem o mesmo."

✝ Jó 4:9

"Com o sopro de Deus eles perecem, e pelo vento de sua ira são consumidos."

✝ Jó 4:10

"O rugido do leão, a voz do leão feroz, e os dentes dos leões jovens são quebrantados."

✝ Jó 4:11

"O leão velho perece por falta de presa, e os filhotes da leoa se dispersam."

✝ Jó 4:12

"Uma palavra me foi dita em segredo, e meu ouvidos escutaram um sussurro dela."

12. Uma palavra se me disse em segredo; e os meus ouvidos perceberam um sussurro dela. Como fonte suplementar de seus conhecimentos, Elifaz refere-se impressionantemente a uma revelação especial que lhe foi concedida em uma visão noturna (v. 15) de arrepiar os cabelos. Sua narrativa da misteriosa aparição e voz (vs. 15, 16) serve para o revestir de um manto profético. (Com referência a semelhantes aspectos de teofanias testemunhadas por Abraão, Moisés e Elias, veja Gn. 15:12; Nm. 12:8; I Reis 19:12). O conteúdo da alegada revelação está em Jó 4:17-21, seria porventura o mortal justo diante de Deus? 

✝ Jó 4:13

"Em imaginações de visões noturnas, quando o sono profundo cai sobre os homens,"

✝ Jó 4:14

"Espanto e tremor vieram sobre mim, que espantou todos os meus ossos."

✝ Jó 4:15

"Então um vento passou por diante de mim, que fez arrepiar os pelos de minha carne."

✝ Jó 4:16

"Ele parou, mas não reconheci sua feição; uma figura estava diante de meus olhos, e ouvi uma voz quieta, que dizia :"

✝ Jó 4:17

"Seria o ser humano mais justo que Deus? Seria o homem mais puro que seu Criador?"

17. Seria a o homem puro diante do seu Criador? A tradução da E.R.C. também é gramaticalmente possível e fornece uma réplica adequada para o desafio feito ao governo de Deus implícito na lamentação de Jó. Se, comparando-se com a sabedoria divina, até a sabedoria dos anjos é imperfeita (v. 18), certamente os homens que vivem e morrem e não atingem a sabedoria (v. 21b) não estão qualificados para se assentarem e julgarem os caminhos de Deus. Analisando a inferioridade do homem diante dos anjos, em termos de sua mortalidade, Elifaz faz eco ao veredito divino contra o corpo do homem que é pó (v. 19; cons. Gn. 3:19). 

Em comparação com a vida angélica, a vida humana, como a traça (Jó 4:19, 20), é transitória. A morte do homem é como o colapso de uma tenda quando suas cordas são desatadas (v. 21).

✝ Jó 4:18

"Visto que ele não confia em seus servos, e considera seus anjos como loucos,"

✝ Jó 4:19

"Quanto mais naqueles que habitam em casas de lodo, cujo fundamento está no pó, e são esmagáveis como a traça!"

✝ Jó 4:20

"Desde a manhã até a tarde são despedaçados, e perecem sempre, sem que ninguém perceba."

✝ Jó 4:21

"Por acaso sua excelência não se perde com eles mesmos? Eles morrem sem sabedoria."

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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

JÓ 3

 

Fonte: Imagesearchman

O Discurso de Jó

✝ Jó 3:1

"Depois disto Jó abriu sua boca, e amaldiçoou seu dia."

Jó 3

B. A Impaciência de Jó. 3:1-26.

Entre as alturas da serenidade espiritual do prólogo e do epílogo, estende-se o abismo da agonia espiritual de Jó. A descida e a subida do abismo ficam marcadas por mudanças súbitas e dramáticas de temperamento espiritual. Estas foram descritas em breves passagens transicionais (isto é, caps. 3; 42:1-6). O primeiro delas descreve o mergulho assustadoramente abrupto da paciência às profundezas do abatimento.

✝ Jó 3:2

"Pois Jó respondeu, e disse:"

✝ Jó 3:3

"Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse: Um homem foi concebido."

3-10. A inevitável presente miséria de Jó obstrui as lembranças dos felizes anos passados quando ele lamenta o fato de ter nascido. Que o Todo-Poderoso não o faça se lembrar do dia em que nasceu (v. 4), mas que reclamem-no as trevas e a sombra de morte (v. 5a). Se a noite de sua conceição pudesse ser apagada do calendário do tempo (v. 6), ou o monstro marinho (v. 8b, ASV, leviatã, símbolo mitológico do inimigo da ordem cósmica) pudesse engoli-lo no caos. 

✝ Jó 3:4

"Torne-se aquele dia em trevas; Deus não lhe dê atenção desde acima, nem claridade brilhe sobre ele."

✝ Jó 3:5

"Reivindiquem-no para si trevas e sombra de morte; nuvens habitem sobre ele; a escuridão do dia o espante."

✝ Jó 3:6

"Tome a escuridão aquela noite; não seja contada entre os dias do ano, nem faça parte do número dos meses."

✝ Jó 3:7

"Ah se aquela noite fosse solitária, e música de alegria não viesse a ela!"

✝ Jó 3:8

"Amaldiçoem-na os que amaldiçoam o dia, os que se preparam para levantar seu pranto."

✝ Jó 3:9

"Escureçam-se as estrelas de sua manhã; espere a luz, e não venha, e as pálpebras não vejam o amanhecer;"

✝ Jó 3:10

"Pois não fechou as portas do ventre onde eu estava, nem escondeu de meus olhos o sofrimento."

✝ Jó 3:11

"Por que eu não morri desde a madre, ou perdi a vida ao sair do ventre?"

11-19. Por que? Imprecação explosiva produz lamentação de autopiedade. Por que, já que fora concebido e nascera, não ficara entre os abortos ou natimortos (vs. 11, 16)? Até o confinamento da negra sepultura – ainda não iluminada pela glória da ressurreição de Cristo – parecia muito melhor do que a sua existência. Ali Jó, um pária e um provérbio entre os homens desprezíveis e loucos, participaria da sorte comum dos reis e príncipes (vs, 14, 15); ali todos aqueles que são afligidos pelos "maus" e pelos senhores encontram alívio das perturbações humanas (vs. 17-19). 

✝ Jó 3:12

"Por que joelhos me receberam? E por que seios me amamentaram?"

✝ Jó 3:13

"Pois agora eu jazeria e repousaria; dormiria, e então haveria repouso para mim;"

✝ Jó 3:14

"Com os reis e os conselheiros da terra, que edificavam para si os desertos;"

✝ Jó 3:15

"Ou com os príncipes que tinham ouro, que enchiam suas casas de prata."

✝ Jó 3:16

"Ou por que não fui como um aborto oculto, como as crianças que nunca viram a luz?"

✝ Jó 3:17

"Ali os maus deixam de perturbar, e ali repousam os cansados de forças."

✝ Jó 3:18

"Ali os prisioneiros juntamente repousam; e não ouvem a voz do opressor."

✝ Jó 3:19

"Ali estão o pequeno e o grande; e o servo livre está de seu senhor."

✝ Jó 3:20

"Por que se dá luz ao sofredor, e vida aos amargos de alma,"

20-26. Por que, não tendo nascido morto, mas tendo sido bem recebido e nutrido (v.12), sua vida miserável teve de continuar? Quando a lamentação se aproxima do fim, Jó finalmente anuncia seu problema básico : Por que Deus concedeu a luz da vida ao homem cujo caminho é oculto, e a quem Deus cercou de todos os lados (v. 23; cons, v. 20). A palavra que Satanás usou para descrever Jó como "cercado com sebe" por todos os lados com o favor de Deus (1:10), agora Jó usa referindo-se a alguém que está "tolhido" por Deus através de trevas e desfavores. 

✝ Jó 3:21

"Que esperam a morte, e ela não chega, e que a buscam mais que tesouros;"

✝ Jó 3:22

"Que saltam de alegram e ficam contentes quando acham a sepultura?"

✝ Jó 3:23

"E também ao homem cujo caminho é oculto, e a quem Deus o encobriu?"

✝ Jó 3:24

"Pois antes do meu pão vem meu suspiro; e meus gemidos correm como águas."

✝ Jó 3:25

"Pois aquilo eu temia tanto veio a mim, e aquilo que tinha medo me aconteceu."

✝ Jó 3:26

"Não tenho tido descanso, nem tranquilidade, nem repouso; mas perturbação veio sobre mim."

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segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

JÓ 2

 

Fonte: Imagesearchman

A Segunda Provação de Jó

✝ Jó 2:1

"E veio outro dia em que os filhos de Deus vieram para se apresentarem diante do SENHOR, e e Satanás também veio entre eles para se apresentar diante do SENHOR."

Jó 2

3) A Persistência de Satanás. 2:1-6.

1-3. Convocado novamente diante do trono da corte celestial para prestar contas, Satanás não apresenta relatório voluntário de sua tentação a Jó. Deus, contudo, para glorificar o Seu nome, declara abertamente a integridade comprovada e verdadeira do Seu servo. Sem causa (v. 3c). Esta é a mesma palavra hebraica que Satanás usou ("debalde") em sua pergunta (1:9). Deus faz eco ao termo para se opor à insinuação de Satanás. Agora era óbvio que Jó servia a Deus sem interesse e, portanto, Satanás o acusava sem causa. 

✝ Jó 2:2

"Então o SENHOR disse a Satanás: De onde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR, e dizendo: De rodear a terra, e de passear por ela."

✝ Jó 2:3

"E o SENHOR disse a Satanás: Tendes visto meu servo Jó? Pois ninguém há semelhante a ele na terra, homem íntegro e correto, temente a Deus e que se afasta do mal; e que ainda mantém sua integridade, mesmo depois de teres me incitado contra ele, para o arruinar sem causa."

✝ Jó 2:4

"Então Satanás respondeu ao SENHOR, dizendo: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem, dará por sua vida."

4-6. Pele por pele (v. 4b). Uma paródia cínica do reverente louvor com o qual Jó reagiu à sua desolação (1:21). Satanás insinua que mesmo a doxologia de Jó, brotada na angústia da aflição, era a reação calculada de um hábil regateador. Embora desapontado por Deus não lhe ter permitido ficar com nada, Jó escondeu sua amargura pelas perdas, sem profana solicitude por seu bem-estar físico: tudo quanto o homem tem dará por sua vida (v. 4b). Satanás dá a entender que Jó, através de sua doxologia apenas fingiu amor a Deus como gratificação exorbitante mas necessária para garantir sua saúde. Toca-lhe nos ossos e na carne (v. 5b). Se Deus consentir que Satanás toque não simplesmente nas posses de Jó, mas também em sua pessoa, de modo que não reste nenhuma vantagem para "o acordo religioso", Jó devolverá maldição por maldição. Assim novamente Satanás continua a partir da depreciação da piedade passada de Jó até uma predição de que ele se comprovará profano. Assim novamente Deus permite que o mistério da aflição venha tragar o seu servo. 

✝ Jó 2:5

"Mas estende agora tua mão, e toca em seus ossos e sua carne, e verás se ele não te amaldiçoa em tua face."

✝ Jó 2:6

"E o SENHOR disse a Satanás: Eis que ele está em tua mão; mas preserva sua vida."

✝ Jó 2:7

"Então Satanás saiu de diante do SENHOR, e feriu a Jó de chagas malignas desde a planta de seus pés até a topo de sua cabeça."

4) A Paciência de Jó. 2:7-10.

7,8. Tumores malignos (v. 7b). Opiniões médicas modernas não são unânimes no diagnóstico da doença de Jó, mas de acordo com a prognose dos dias de Jó, era aparentemente incurável. Os horríveis sintomas incluíam erupções inflamadas acompanhadas de intenso prurido (2:7,8), feridas contaminadas por bichos (7:5), erosão óssea (30:17), escurecimento e descamação da pele (30: 30) e terríveis pesadelos noturnos (7:14), embora alguns desses sintomas possam ser atribuídos à prolongada duração que se seguiu à instalação da doença. Todo o corpo de Jó, ao que parece, foi rapidamente tomado pelos sintomas repugnantes e dolorosos. Embora Satanás fosse obrigado a poupar a vida de sua vítima, o sofredor provavelmente pensava que sua morte era iminente. Em cinza (v. 8b). A doença incurável foi tal que reduziu este antigo príncipe dos patriarcas orientais, respeitado acima de qualquer outro, a um pária da sociedade humana. Antes considerado o sal da terra, foi agora expulso dela como se fosse refugo. Sua habitação foi o isolamento completo daquilo que provavelmente era o monturo da cidade. 

✝ Jó 2:8

"E Jó tomou um caco para se raspar com ele, e ficou sentado no meio da cinza."

✝ Jó 2:9

"Então sua mulher lhe disse: Ainda manténs a tua integridade? Amaldiçoa a Deus, e morre."

9,10. A narrativa nos faz pensar na tentação do Éden (Gn. 3). A esposa de Jó desempenhava um papel notavelmente semelhante ao de Eva. Ambas sucumbiram ao tentador e se tomaram seu instrumento para ruína do marido. Satanás poupou a esposa de Jó – como poupara os quatro mensageiros – para usá-la mais tarde em sua guerra contra a alma de Jó. Amaldiçoa a Deus, e morre (v.9b). A blasfema apostasia na qual insistia que o sofredor incorresse era precisamente o que Satanás profetizara de Jó. Seu maligno conselho conduziu esta fase do tormento de Jó para o mais alto grau de intensidade e provocou sua segunda reação decisiva. Como qualquer doida (v. 10a). A caridosa reserva da resposta de Jó testifica tão convincentemente quanto suas doxologias da genuinidade de sua piedade. Ele não chamou sua esposa de doida, mas acusou-a de estar falando, no seu frenético desespero, como alguém em cuja companhia ela não costumava andar. A loucura do seu comportamento realça mais a sabedoria da piedosa paciência de Jó. Na Bíblia, "sabedoria" é uma virtude religiosa, e a "loucura" à qual Jó se refere não é ausência de acuidade intelectual mas grosseira anarquia e impiedade (cons. Sal. 14:1). Não receberíamos também o mal? (10b). O verbo significa receber com mansidão, com paciência. É usado em um antigo provérbio cananita: "Se as formigas são magoadas, elas não se submetem (passivamente) mas mordem a mão do homem que as feriu" (Cartas de Amarna, 252:18). Em tudo isso não pecou Jó com os seus lábios (v. 10c). Ele não amaldiçoou a Deus, como Satanás profetizara confiantemente. Certamente não há aqui nenhuma sugestão velada de que Jó tenha amaldiçoado a Deus em seu coração. A sabedoria de Jó comprovou-se perfeita; ele servia a Deus verdadeiramente, sem pretensão à alguma coisa, pelo próprio Deus. 

Satanás seduziu Adão quando ainda Adão se encontrava na integridade de sua justiça após a criação. Por causa disso Satanás achava que poderia passar uma rasteira nos depravados filhos de Adão segundo a sua vontade e que poderia espezinhá-los. Mas aqui se encontra a grande maravilha da graça redentora: o pecador Jó permanece triunfante, onde o justo Adão caiu tragicamente! Assim, para confusão de Satanás e conforto dos santos, o Senhor deu prova inequívoca de que uma justiça mais duradoura do que a de Adão estava sendo providenciada através do segundo Adão. Este triunfo da paciência de Jó sobre a malícia do Adversário forneceu um selo, especialmente para os séculos que precederam a Encarnação, da promessa de Deus de que Ele concederia aos fiéis o dom da salvação eterna através do Cristo que viria.

✝ Jó 2:10

"Porém ele lhe disse: Tu falas como uma tola. Receberíamos o bem de Deus, e o mal não receberíamos? Em tudo isto Jó não pecou com seus lábios."

Os Amigos de Jó

✝ Jó 2:11

"Quando três amigos de Jó, Elifaz temanita, Bildade suíta, e Zofar naamita, ouviram todo este mal que lhe tinha vindo sobre ele, vieram cada um de seu lugar; porque haviam combinado de juntamente virem para se condoerem dele, e o consolarem."

II. Lamentação. O Caminho da Sabedoria Perdido. 2:11 - 3:26 A. A Vinda dos Homens Sábios. 2:11-13.

A prova da sabedoria de Jó não terminara ainda. Uma nova fase desta sabedoria começa agora com a agravação do estado de Jó mediante tormento espiritual. Embora Satanás não apareça novamente, ele continua presente sutilmente usando os bem-intencionados confortadores de Jó como cúmplices involuntários, com sucesso mais aparente do que seus esforços até este ponto.

✝ Jó 2:12

"Eles, quando levantaram seus olhos de longe, não o reconheceram; e choraram em alta voz; e cada um deles rasgou sua capa, e espalharam pó ao ar sobre suas cabeças."

12,13. Embora os amigos estivessem cônscios das calamidades de ló, não estavam preparados para o que encontraram. Seu silêncio atordoado de uma semana de duração foi como o luto por um morto (cons. Gn. 50:10; I Sm. 31:13). Sinceros em sua simpatia, sua presença muda, evidentemente pouco conforto fornecia. A julgar de sua subseqüente interpretação da miséria de Jó, sua missão de consolo teria falhado antes, se tivessem falado. Contudo, parece lamentável que o prolongado silêncio precisasse ser quebrado pelo grito do atormentado sofredor e não por uma palavra de consolo de um amigo. 

✝ Jó 2:13

"Assim se sentaram com ele na terra durante sete dias e sete noites, e nenhum lhe falava palavra alguma, pois viam que a dor era muito grande."

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