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| Fonte: Imagesearchman |
Provérbios 5 - A Sabedoria que Guarda do Caminho da Sedução
Introdução
O capítulo 5 de Provérbios traz uma exortação forte e direta sobre a importância de ouvir a sabedoria e se afastar dos caminhos da imoralidade. Salomão, como um pai que aconselha seu filho, alerta sobre os perigos da sedução e das escolhas que parecem doces no início, mas que levam à destruição e amargura no fim. Este texto não trata apenas de advertências contra a infidelidade, mas também revela princípios espirituais para todos que desejam viver em retidão diante de Deus.
Assim, Provérbios 5 nos mostra que a verdadeira liberdade não está em seguir os desejos momentâneos do coração, mas em manter os pés firmes na disciplina, no temor do Senhor e na fidelidade. É um convite à prudência, ao autocontrole e à obediência, lembrando-nos de que cada decisão tem consequências — e que somente a sabedoria vinda de Deus nos preserva da queda.
✝ Provérbios 5:1
"Filho meu, presta atenção à minha sabedoria, inclina teus ouvidos ao meu entendimento."
Neste versículo, Salomão fala como um pai amoroso que deseja proteger seu filho dos perigos da vida. Ele pede atenção, não apenas para ouvir com os ouvidos, mas para guardar no coração as palavras de sabedoria. O conselho aqui é claro: a verdadeira segurança vem de uma escuta atenta e de uma disposição para aprender, porque a sabedoria de Deus não é teórica, mas prática, sendo guia para decisões diárias.
A expressão “inclina teus ouvidos” mostra uma atitude de humildade e prontidão em aprender. Não basta ouvir superficialmente; é necessário inclinar-se, ou seja, colocar-se em posição de quem reconhece que precisa ser instruído. Isso nos ensina que, ao buscar a Palavra de Deus, devemos ter um coração ensinável, disposto a obedecer, porque é nesse espírito de submissão que a sabedoria produz frutos em nossa vida.
✝ Provérbios 5:2
"Para que guardes o bom-senso; e teus lábios conservem o conhecimento."
Aqui vemos o propósito da sabedoria: não é apenas ouvir, mas guardar o bom-senso no coração e praticá-lo no dia a dia. A ideia é que a sabedoria não seja passageira, mas algo cultivado e preservado, funcionando como um guia constante em meio às escolhas da vida. Esse “bom-senso” é a capacidade de discernir entre o certo e o errado, evitando armadilhas e más influências.
Além disso, Salomão destaca a importância dos lábios, ou seja, daquilo que falamos. Quando a sabedoria habita em nós, nossas palavras também refletem conhecimento e edificação, não engano ou destruição. Assim, o versículo mostra que a sabedoria não apenas molda nossos pensamentos, mas também transforma nossa fala, tornando-nos instrumentos de verdade e vida diante de Deus e dos homens.
✝ Provérbios 5:3
"Porque os lábios da mulher pervertida gotejam mel; e sua boca é mais suave que o azeite."
Salomão aqui descreve a sedução como algo doce e atraente à primeira vista. Os “lábios que gotejam mel” representam palavras envolventes, promessas agradáveis e uma aparência encantadora que parecem irresistíveis para quem não está atento. Assim, o texto nos alerta que o pecado, muitas vezes, se apresenta de forma atraente e sedutora, mas essa aparência inicial esconde consequências dolorosas.
A comparação com o azeite, símbolo de suavidade, mostra que a sedução se infiltra de maneira sutil e envolvente. Esse versículo é um chamado para estarmos vigilantes, pois nem tudo o que é agradável aos olhos e aos ouvidos vem de Deus. O inimigo usa o engano revestido de beleza para afastar os filhos de Deus do caminho da vida. Portanto, é preciso discernimento espiritual para não se deixar levar por aquilo que parece doce no início, mas que leva à amargura no fim.
✝ Provérbios 5:4
"Porém seu fim é mais amargo que o absinto; é afiado como a espada de dois fios."
Depois de mostrar a aparência doce da sedução, Salomão revela o resultado real: a amargura. O “absinto” era uma erva de sabor extremamente amargo, usada como símbolo de sofrimento e dor. Assim é o pecado: começa como algo prazeroso e encantador, mas termina trazendo vazio, arrependimento e destruição. Esse contraste nos ensina que não devemos avaliar as escolhas apenas pelo início, mas sempre pelo fim que produzem.
A imagem da “espada de dois fios” reforça o perigo. Ela corta profundamente e em ambas as direções, representando as consequências inevitáveis do pecado, tanto externas (na reputação, na família, nos relacionamentos) quanto internas (na consciência, na alma e na comunhão com Deus). O alerta é claro: aquilo que parece doce na entrada pode se transformar em uma ferida mortal no coração. Por isso, a sabedoria de Deus é o antídoto contra os enganos que parecem inofensivos, mas carregam morte em seu desfecho.
✝ Provérbios 5:5
"Os pés dela descem à morte; seus passos pegam o mundo dos mortos."
Salomão mostra aqui o caminho final da sedução: ele leva inevitavelmente à morte. A mulher pervertida é uma figura do pecado que, disfarçado de prazer, conduz a pessoa para longe da vida e da presença de Deus. “Descer à morte” significa perder o rumo da verdadeira vida, cair em destruição espiritual e se afastar da comunhão com o Senhor. Esse é o destino de quem escolhe seguir os desejos momentâneos sem considerar as consequências eternas.
A expressão “seus passos pegam o mundo dos mortos” reforça que não se trata apenas de um tropeço passageiro, mas de um caminho contínuo que prende a alma. É como se cada escolha errada fosse mais um passo em direção à escravidão e ao afastamento de Deus. Essa imagem nos lembra que o pecado nunca é neutro: ou nos aproxima do Senhor, ou nos arrasta para a morte. A sabedoria nos convida, portanto, a manter os pés firmes na luz, longe das trilhas que conduzem à perdição.
✝ Provérbios 5:6
"Para que não ponderes a vereda da vida, os percursos delas são errantes, e tu não os conhecerás."
Este versículo mostra que o objetivo da sedução é desviar a pessoa da “vereda da vida”, ou seja, do caminho correto diante de Deus. O pecado confunde a mente e o coração, a ponto de a pessoa perder a capacidade de discernir o que é certo. Quando alguém se entrega a esses enganos, deixa de refletir sobre as consequências e vive guiado apenas pelo impulso do momento. A sabedoria, por outro lado, nos chama a ponderar, refletir e escolher com consciência.
Os “percursos errantes” da mulher pervertida simbolizam caminhos instáveis, sem direção, que não conduzem à vida plena. É como andar em um labirinto de ilusões, onde cada passo parece promissor, mas leva ainda mais ao vazio. A advertência de Salomão é clara: quem segue tais caminhos acaba perdido, sem perceber que está se afastando de Deus. Esse alerta nos convida a buscar diariamente a Palavra, porque somente nela encontramos firmeza e clareza para não nos perdermos em veredas de morte.
✝ Provérbios 5:7
"E agora, filhos, escutai-me; e não vos desvieis das palavras de minha boca."
Neste ponto, Salomão reforça o chamado à atenção, usando um tom paternal e coletivo: “filhos”. Isso mostra que seu conselho não era apenas para um indivíduo, mas para todos que desejam andar no temor do Senhor. Ele destaca que ouvir é mais do que captar sons — é obedecer e aplicar no coração. A sabedoria aqui exige perseverança, pois não basta escutar uma vez; é preciso permanecer firme, sem se desviar das orientações.
O alerta de não se desviar das palavras da boca de Salomão tem um valor espiritual ainda maior: aponta para a necessidade de guardar fielmente a Palavra de Deus. O inimigo sempre tentará lançar distrações e atalhos que parecem mais fáceis ou prazerosos, mas somente quem permanece firme na instrução do Senhor alcança vida e proteção. Esse versículo nos lembra que a obediência contínua é a chave para não cair nas armadilhas do pecado.
✝ Provérbios 5:8
"Mantenha teu caminho longe dela; e não te aproximes da porta da casa dela."
Aqui, Salomão não fala apenas em resistir à tentação, mas em manter distância dela. A sabedoria de Deus nos ensina que não devemos brincar com o perigo, mas evitá-lo desde o princípio. “Manter o caminho longe” significa escolher rotas seguras, evitar ambientes, conversas e situações que possam abrir brecha para a queda. O pecado se fortalece quando alimentamos a curiosidade e nos aproximamos daquilo que sabemos ser nocivo.
A expressão “não te aproximes da porta da casa dela” mostra que a tentação sempre convida a dar o primeiro passo em direção ao erro. Mas quem teme ao Senhor sabe que até mesmo se aproximar já é arriscado. Esse versículo nos lembra que a prudência é um ato de fé: escolher se afastar não é covardia, mas sabedoria. O segredo para vencer não está em medir forças com o pecado, mas em permanecer distante dele, guardando o coração no caminho de Deus.
✝ Provérbios 5:9
"Para que não dês tua honra a outros, nem teus anos de vida aos cruéis."
Salomão mostra que ceder à sedução não afeta apenas o íntimo da pessoa, mas compromete sua honra. A honra aqui representa a dignidade, a reputação e o valor que Deus concede a quem anda em retidão. Quando alguém se entrega ao pecado, perde o respeito, a confiança e até mesmo a influência diante dos outros. É como entregar algo precioso nas mãos de quem não valoriza, desperdiçando aquilo que deveria ser preservado com zelo.
Além disso, ele alerta sobre os “anos de vida” que acabam sendo entregues aos cruéis. Isso pode simbolizar tanto o desgaste físico e emocional causado pelo pecado, quanto a escravidão a situações e pessoas que exploram a fraqueza do indivíduo. O que parecia prazer momentâneo se transforma em perda de tempo, energia e propósito. Esse versículo nos lembra que a fidelidade a Deus não apenas protege nossa alma, mas também preserva nossa honra, nosso tempo e nossa história de vida.
✝ Provérbios 5:10
"Para que estranhos não se fartem de teu poder, e teus trabalhos não sejam aproveitados em casa alheia;"
Aqui, Salomão mostra que o pecado não apenas rouba a honra e o tempo, mas também consome os frutos do trabalho. Aquilo que a pessoa construiu com esforço pode acabar sendo desfrutado por outros, que não tiveram nenhuma parte em sua dedicação. É como se o inimigo usurpasse os resultados do suor e da luta, deixando o pecador com vazio e arrependimento. Esse é um alerta sobre como a infidelidade e a imprudência abrem portas para perdas que vão além do espiritual e atingem também o material.
A expressão “estranhos se fartarem” reforça a ideia de desperdício: tudo o que poderia trazer alegria e realização dentro do lar acaba se tornando motivo de vergonha fora dele. O pecado, que parecia trazer satisfação, acaba entregando conquistas valiosas nas mãos erradas. Esse versículo nos ensina que viver em fidelidade não é apenas questão de espiritualidade, mas também de proteção do que Deus nos dá — família, trabalho, tempo e recursos. Somente no temor do Senhor conseguimos preservar o fruto do nosso esforço.
✝ Provérbios 5:11
"E gemas em teu fim, quando tua carne e teu corpo estiverem consumidos."
Neste versículo, Salomão descreve o resultado inevitável da vida entregue à sedução e ao pecado: o gemido no fim. A imagem é de alguém que, ao final de sua jornada, percebe o desperdício dos anos e sente o peso das consequências físicas, emocionais e espirituais. O pecado, que parecia prazeroso no início, se transforma em dor e arrependimento tardio. Esse gemido não é apenas de tristeza, mas de alguém que reconhece que poderia ter seguido o caminho da sabedoria e escolheu o oposto.
A expressão “quando tua carne e teu corpo estiverem consumidos” mostra que o pecado não atinge apenas a alma, mas também desgasta o corpo. Isso pode ser entendido tanto no sentido literal — doenças, vícios e esgotamento — quanto no sentido figurado, representando a destruição da vitalidade e da paz interior. É um alerta de que toda decisão tem consequências, e viver longe da instrução de Deus resulta em dor acumulada. Somente o temor do Senhor preserva nossa vida de chegar a esse estado de desespero final.
✝ Provérbios 5:12
"E digas: Como eu odiei a correção, e meu coração desprezou a repreensão?"
Aqui vemos a voz do arrependimento tardio. A pessoa que rejeitou a sabedoria reconhece, no fim, que desprezou os conselhos que poderiam ter evitado sua queda. O verbo “odiei” mostra uma atitude de resistência contra a disciplina, como se os alertas fossem incômodos em vez de bênção. Isso nos lembra que a correção é uma expressão de amor de Deus, mas muitos preferem ignorá-la, só percebendo seu valor quando já estão sofrendo as consequências.
O lamento “meu coração desprezou a repreensão” revela que o problema não estava apenas nos ouvidos que não ouviram, mas no coração que não quis obedecer. É um alerta de que ouvir conselhos não basta; é necessário recebê-los com humildade e permitir que transformem nossa vida. Esse versículo nos ensina que o arrependimento não precisa ser tardio: se ouvirmos e aceitarmos hoje a correção de Deus, podemos evitar a dor de amanhã e desfrutar do caminho da vida.
✝ Provérbios 5:13
"E não escutei a voz de meus ensinadores, nem ouvi a meus mestres."
Neste versículo, o arrependimento ganha ainda mais clareza. A pessoa reconhece que teve mestres e instrutores, mas escolheu ignorá-los. Isso mostra que Deus sempre coloca pessoas em nosso caminho para nos orientar — pais, líderes espirituais, professores da fé —, mas cabe a cada um decidir se dará ouvidos ou não. O lamento aqui é de alguém que percebe tarde demais o valor daquilo que rejeitou.
A repetição “não escutei... nem ouvi” enfatiza a negligência e a dureza de coração. Não se trata de falta de oportunidades, mas de desobediência voluntária. Esse versículo nos alerta para que valorizemos hoje as instruções de Deus transmitidas por aqueles que Ele coloca em nossas vidas. Ignorar a voz da sabedoria traz consequências amargas; mas ouvir e obedecer aos ensinamentos nos livra da dor e nos aproxima da vida abundante que o Senhor deseja nos dar.
✝ Provérbios 5:14
"Quase me achei em todo mal, no meio da congregação e do ajuntamento."
Aqui, Salomão mostra o perigo da negligência: a pessoa percebe que esteve à beira da destruição, mesmo cercada de outros e de instruções corretas. O “quase” revela que o pecado muitas vezes se aproxima sorrateiro, sem que percebamos, e pode nos levar a escândalos ou vergonha pública. Estar “no meio da congregação e do ajuntamento” mostra que o erro não acontece isoladamente; a reprovação ou as consequências podem afetar a comunidade e trazer humilhação diante de todos.
O versículo também nos alerta que a proximidade do mal pode ser invisível quando ignoramos a sabedoria. É um chamado à vigilância constante e à prática diária do discernimento. Mesmo em ambientes que deveriam nos proteger, a decisão de desviar-se da instrução de Deus pode quase nos levar à ruína. A prudência e o temor do Senhor nos mantém firmes, evitando que a vida se enrede em caminhos de vergonha e destruição.
✝ Provérbios 5:15
"Bebe água de tua própria cisterna, e das correntes de teu próprio poço."
Neste versículo, Salomão muda o foco do alerta para o pecado e passa a ensinar sobre fidelidade e contentamento. A metáfora da água representa prazer, alegria e satisfação. “Bebendo da própria cisterna” significa valorizar o relacionamento que Deus nos deu, especialmente o casamento, desfrutando da intimidade, do amor e da dedicação mútua. A ideia é clara: não buscar fora aquilo que nos foi dado para viver em plenitude em casa.
Essa instrução também revela um princípio espiritual: a fidelidade protege e preserva a vida, enquanto a busca por prazeres ilícitos leva à destruição. O versículo convida à gratidão e ao cuidado com o que é nosso, lembrando que o amor e o compromisso verdadeiros se manifestam em desfrutar plenamente do que Deus confiou a nós. É uma chamada à preservação do lar, da honra e da alegria nos relacionamentos corretos.
✝ Provérbios 5:16
"Derramar-se-iam por fora tuas fontes, e pelas ruas os ribeiros de águas?"
Salomão aqui reforça a metáfora da fidelidade usando imagens vívidas. As “fontes” e “ribeiros de águas” simbolizam prazer, intimidade e vida compartilhada no relacionamento conjugal. Derramar essas águas “por fora” significa desperdiçar bênçãos e alegrias em lugares e pessoas que não deveriam recebê-las — ou seja, buscar fora aquilo que deve ser exclusivo do casamento. Esse versículo mostra que a deslealdade não é apenas moralmente errada, mas também um desperdício do que Deus nos confiou.
A pergunta retórica desafia o leitor a refletir sobre suas escolhas: será que vale a pena dispersar algo precioso que deveria ser preservado e apreciado em sua própria casa? É um chamado à prudência, à lealdade e à valorização do que é dado por Deus, lembrando que a verdadeira alegria e satisfação vêm de manter a fidelidade e honrar os vínculos que Ele estabeleceu.
✝ Provérbios 5:17
"Sejam somente para ti, e não para os estranhos contigo."
Neste versículo, Salomão enfatiza a exclusividade e a fidelidade no casamento. Tudo aquilo que é dado a nós — amor, intimidade e prazer — deve ser desfrutado de forma exclusiva dentro do relacionamento sagrado que Deus estabeleceu. Compartilhar com “estranhos” significa trair a confiança, desperdiçar bênçãos e colocar em risco a própria honra e a paz familiar.
A instrução é clara: a verdadeira alegria está em preservar e valorizar o que Deus nos confiou. O versículo nos ensina que fidelidade não é apenas uma obrigação moral, mas uma expressão de sabedoria e prudência. Honrar o relacionamento e manter tudo “somente para ti” protege a vida, a reputação e a bênção que vêm de Deus, mostrando que a fidelidade gera segurança, prazer duradouro e paz no coração.
✝ Provérbios 5:18
"Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher de tua juventude."
Aqui, Salomão muda o enfoque do aviso para o convite à alegria e à celebração da fidelidade. O “manancial” simboliza a vida, o amor e a intimidade dentro do casamento. Ele nos incentiva a ver o relacionamento como uma bênção de Deus, algo a ser apreciado, cuidado e celebrado com gratidão. A alegria não vem da busca por prazer fora de casa, mas do prazer compartilhado e cultivado com quem Deus nos deu.
A referência à “mulher de tua juventude” lembra que a fidelidade deve ser constante, desde o início do relacionamento até o fim. Esse versículo mostra que a verdadeira felicidade está em valorizar e se alegrar com aquilo que é nosso, preservando a intimidade e a dedicação mútuas. É uma expressão de sabedoria: a fidelidade gera alegria, proteção e bênçãos duradouras, enquanto a infidelidade traz destruição.
✝ Provérbios 5:19
"Seja ela uma cerva amorosa e gazela graciosa; que os seios dela te fartem em todo tempo; e anda pelo caminho do amor dela continuamente."
Neste versículo, Salomão celebra a beleza, o prazer e a intimidade do casamento. A metáfora da cerva e da gazela transmite delicadeza, ternura e encantamento, mostrando que a relação conjugal deve ser vivida com afeto e apreciação mútua. Ele incentiva a cultivar o amor continuamente, valorizando a parceria e a intimidade que Deus deu ao casal.
Além disso, “anda pelo caminho do amor dela continuamente” reforça a ideia de fidelidade e dedicação diária. A alegria conjugal não é momentânea, mas fruto de cuidado constante, respeito e admiração pelo outro. Este versículo nos ensina que o prazer verdadeiro e duradouro vem de viver em harmonia, preservando a intimidade, a fidelidade e a dedicação dentro do relacionamento abençoado por Deus.
✝ Provérbios 5:20
"E por que tu, filho meu, andarias perdido pela estranha, e abraçarias o peito da mulher alheia?"
Salomão retoma o tom de advertência, questionando a lógica de se entregar à tentação. Ele mostra que buscar prazer fora do casamento é andar perdido, ou seja, caminhar sem direção, arriscando a própria honra, alegria e bênçãos. O “peito da mulher alheia” simboliza a intimidade e o vínculo que deveriam ser exclusivos de outro relacionamento, lembrando que transgredir gera consequências dolorosas e arrependimento.
O versículo nos convida à reflexão: por que trocar o que é seguro, bendito e abençoado por algo que só traz destruição? É um chamado à prudência e ao discernimento, mostrando que o pecado pode parecer atraente, mas leva à ruína. A sabedoria de Deus sempre aponta para o caminho da preservação, fidelidade e alegria duradoura dentro dos relacionamentos corretos.
✝ Provérbios 5:21
"Pois os caminhos do homem estão perante os olhos do SENHOR; e ele pondera todos os seus percursos."
Neste versículo, Salomão nos lembra que nada passa despercebido aos olhos de Deus. Cada escolha, cada passo e cada decisão estão diante do Senhor, que observa e avalia todos os nossos caminhos. Isso nos mostra que o pecado e a tentação não ficam ocultos; Deus vê a intenção do coração e as consequências de nossas ações.
A mensagem é clara: viver com consciência da presença de Deus nos torna prudentes e responsáveis. Saber que Ele pondera todos os percursos nos incentiva a buscar a retidão, a fidelidade e a sabedoria em cada decisão. O temor do Senhor funciona como um guia seguro, mantendo-nos afastados do erro e protegendo-nos das armadilhas que poderiam levar à destruição.
✝ Provérbios 5:22
"O perverso será preso pelas suas próprias perversidades; e será detido pelas cordas de seu próprio pecado."
Salomão encerra a sequência de advertências mostrando que o pecado não apenas leva à ruína, mas aprisiona quem o pratica. As “cordas do próprio pecado” representam a consequência inevitável das escolhas erradas: aquilo que parecia prazeroso e inofensivo acaba se tornando uma armadilha, prendendo a pessoa e trazendo sofrimento. Não há escapatória para quem se entrega ao erro; os frutos do pecado se voltam contra o próprio pecador.
O versículo nos ensina que cada ação tem consequência. O perverso não precisa de inimigos externos, pois suas próprias más escolhas o limitam, o ferem e o condenam. Este é um chamado à sabedoria e à obediência: viver em retidão e fidelidade não só agrada a Deus, mas também protege nossa liberdade, honra e bem-estar, evitando que nossas próprias ações nos aprisionem.
✝ Provérbios 5:23
"Ele morrerá pela falta de correção; e andará sem rumo pela grandeza de sua loucura."
Neste versículo final do capítulo, Salomão mostra a consequência extrema de rejeitar a sabedoria e a correção. “Morrerá pela falta de correção” significa que quem despreza os conselhos de Deus e ignora a disciplina inevitavelmente sofrerá destruição, seja espiritual, emocional ou física. A vida sem a orientação da sabedoria se torna sem direção, marcada pela confusão e pelo erro constante.
A expressão “andar sem rumo pela grandeza de sua loucura” reforça que o pecado e a imprudência cegam a pessoa, fazendo-a acreditar que está no caminho certo, quando na verdade está perdida. Este versículo nos ensina a importância de ouvir a Palavra, aceitar correção e viver com discernimento, lembrando que a sabedoria de Deus não é apenas orientação, mas proteção e vida abundante.
Resumo do Provérbios 5
O capítulo 5 de Provérbios inicia com um chamado à atenção e à obediência: Salomão, como pai sábio, exorta seus filhos a ouvir e guardar a sabedoria para que o bom-senso e o conhecimento orientem suas palavras e ações. Ele alerta contra os encantos da sedução, mostrando que o pecado muitas vezes se apresenta doce e atraente, mas leva à destruição, amargura e arrependimento tardio. A advertência evidencia que a desobediência à correção e aos ensinamentos de Deus gera consequências inevitáveis, aprisionando o perverso em suas próprias escolhas e conduzindo-o ao sofrimento e à perda de honra, tempo e recursos.
O capítulo também destaca o valor da fidelidade e da alegria no casamento. Salomão usa a metáfora da água para ilustrar que o prazer e a intimidade devem ser preservados dentro do relacionamento abençoado por Deus. Apreciar a própria esposa ou marido, mantendo a exclusividade e a dedicação, protege a honra, o tempo e os frutos do esforço de cada um, além de gerar alegria e satisfação duradouras. A sabedoria aqui é prática: evitar a tentação, permanecer fiel e desfrutar do que Deus confiou são caminhos que trazem vida plena e bênçãos contínuas.
Por fim, o capítulo reforça que Deus observa todos os caminhos do homem e que cada escolha tem consequências. Quem rejeita a disciplina e a correção anda sem rumo, preso pelos próprios pecados, e caminha para a destruição. Assim, Provérbios 5 nos ensina que a vida sábia é aquela que valoriza a instrução divina, evita os caminhos do pecado e cultiva fidelidade, gratidão e alegria no que Deus nos deu. Ouvir, aplicar e permanecer no caminho da sabedoria é o segredo para uma vida protegida, próspera e abençoada.
Referências
BÍBLIA. Almeida, Revista e Corrigida (ARC). Provérbios 5. Sociedade Bíblica do Brasil, 1995.
BÍBLIA. Nova Versão Internacional (NVI). Provérbios 5. Sociedade Bíblica Internacional, 2000.
BÍBLIA. Almeida Revista e Atualizada (ARA). Provérbios 5. Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.
BÍBLIA. Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH). Provérbios 5. Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.
Bíblia de estudos
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