segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

JÓ 15

Fonte: Imagesearchman

2) Segundo Ciclo de Debates. 15:1 - 21:34.

Jó 15

a) Segundo Discurso de Elifaz. 15:1-35. Como um ciclo de debates pode alienar amigos! O gentil Elifaz até se esquece das civilidades introdutórias. Tudo é novamente censuras e advertências. O filósofo expõe sua sensibilidade profissional à descortesia de Jó (cons. 12:2, 3, 7 e segs.; 13:1, 2, 5, 12), retornando à sua própria sabedoria relativa e à de Jó cada vez que introduz uma nova acusação (cons. v. 1 e segs., 7 e segs., 17 e segs.). 

Elifaz

✝ Jó 15:1

"Então Elifaz, o temanita, respondeu, dizendo:"

1-6. Ciência de vento (v. 2a). Literalmente. Cons, com o paralelo vento orientar (v. 2b), isto é, o violento e sufocante vento do deserto. As reivindicações de Jó quanto à sabedoria são desfiguradas por seus discursos bombásticos (v.3). Torna vão o temor de Deus, e diminuis a devoção a ele devida (v. 4). As explosões imprudentes de Jó são mais que imoderadas, pois depreciam o temor de Deus, e assim solapam a religião. A língua dos astutos (v. 5b). Possivelmente uma alusão à serpente "sagaz" (mesma palavra) de Gn. 3:1. A culpa de Jó explica suas palavras (v. 5) e suas palavras provam sua culpa (v. 6). 

✝ Jó 15:2

"Por acaso o sábio dará como resposta vão conhecimento, e encherá seu ventre de vento oriental?"

"Acaso o sábio responderá com palavras vazias e encherá o próprio ventre com vento leste?"

Essa passagem faz parte do discurso de Elifaz, um dos amigos de Jó, que o repreende, sugerindo que suas palavras são inúteis e sem sabedoria. O "vento oriental" na cultura hebraica era associado a algo destrutivo e estéril, simbolizando discursos vazios e sem fundamento. Em outras palavras, Elifaz acusa Jó de falar coisas sem valor e sem sabedoria verdadeira.

✝ Jó 15:3

"Repreenderá com palavras que nada servem, e com argumentos que de nada aproveitam?"

✝ Jó 15:4

"Porém tu destróis o temor, e menosprezas a oração diante de Deus."

✝ Jó 15:5

"Pois tua perversidade conduz tua boca, e tu escolheste a língua dos astutos."

"A tua maldade ensina a tua boca, e escolhes a linguagem dos astutos."

Aqui, Elifaz continua acusando Jó, sugerindo que suas palavras não são fruto da inocência, mas sim da maldade dentro dele. Ele insinua que Jó está usando um discurso enganoso e astuto, como se estivesse manipulando as palavras para se justificar.

✝ Jó 15:6

"Tua boca te condena, e não eu; e teus lábios dão testemunho contra ti."

✝ Jó 15:7

"Por acaso foste tu o primeiro ser humano a nascer? Ou foste gerado antes dos morros?"

"Acaso foste o primeiro homem a nascer? Ou foste formado antes dos montes?"

Aqui, Elifaz questiona Jó de maneira irônica, sugerindo que ele não tem autoridade ou sabedoria superior à dos antigos. Ele insinua que Jó age como se tivesse um conhecimento especial, mas na verdade não tem mais entendimento do que aqueles que vieram antes dele.

✝ Jó 15:8

"Ouviste tu o segredo de Deus? Reténs tu apenas contigo a sabedoria?"

✝ Jó 15:9

"O que tu sabes que nós não saibamos? O que tu entendes que não tenhamos entendido ?"

✝ Jó 15:10

"Entre nós também há os que tenham cabelos grisalhos, também há os que são muito mais idosos que teu pai."

✝ Jó 15:11

"Por acaso as consolações de Deus te são poucas? As mansas palavras voltadas a ti?"

"São para ti insignificantes as consolações de Deus e as palavras ditas com bondade?"

Aqui, Elifaz questiona Jó, sugerindo que ele está menosprezando o consolo e os ensinamentos de Deus. Ele insinua que Jó deveria aceitar a correção divina em vez de se queixar sobre seu sofrimento.

✝ Jó 15:12

"Por que o teu coração te arrebata, e por que centelham teus olhos,"

"Por que o teu coração te arrebata, e por que brilham os teus olhos?"

Aqui, Elifaz questiona Jó sobre suas emoções intensas. Ele sugere que Jó está sendo levado por suas próprias paixões e indignação, em vez de agir com humildade e sabedoria. O brilho nos olhos pode simbolizar raiva, orgulho ou rebeldia contra Deus.

✝ Jó 15:13

"Para que vires teu espírito contra Deus, e deixes sair tais palavras de tua boca?"

"Para que voltas contra Deus o teu espírito, e deixas sair tais palavras da tua boca?"

Aqui, Elifaz acusa Jó de se revoltar contra Deus, sugerindo que suas palavras demonstram rebeldia e falta de submissão à vontade divina. Ele insinua que Jó está permitindo que sua frustração o leve a falar de maneira imprópria sobre Deus.

✝ Jó 15:14

"O que é o homem, para que seja puro? E o nascido de mulher, para que seja justo?"

"Que é o homem, para que seja puro? E aquele que nasce de mulher, para que seja justo?"

Aqui, Elifaz enfatiza a fragilidade e a imperfeição humanas, argumentando que nenhum ser humano pode ser completamente puro ou justo diante de Deus. Ele sugere que Jó não deveria se considerar inocente, pois todos os seres humanos são falhos por natureza.

✝ Jó 15:15

"Eis que Deus não confia em seus santos, nem os céus são puros diante de seus olhos;"

"Eis que Deus não confia nem nos seus santos, e nem mesmo os céus são puros aos seus olhos."

Aqui, Elifaz afirma que, diante da santidade absoluta de Deus, nem mesmo os seres celestiais (anjos) ou os céus são totalmente puros. Ele usa esse argumento para reforçar sua ideia de que os humanos, sendo ainda mais imperfeitos, não podem alegar inocência perante Deus.

✝ Jó 15:16

"Quanto menos o homem, abominável e corrupto, que bebe a maldade como água?"

"Quanto menos o homem, que é abominável e corrupto, que bebe a maldade como água!"

Aqui, Elifaz reforça sua visão pessimista sobre a natureza humana, argumentando que, se nem os céus são puros diante de Deus, muito menos o homem, que é inclinado ao pecado. A expressão "bebe a maldade como água" sugere que o ser humano absorve o mal com facilidade, como algo natural para ele.

✝ Jó 15:17

"Escuta-me; eu te mostrarei; eu te contarei o que vi."

"Escuta-me, e eu te mostrarei; eu te contarei o que vi."

Aqui, Elifaz se apresenta como alguém experiente e sábio, pronto para ensinar Jó com base no que aprendeu e testemunhou. Ele sugere que sua visão sobre a justiça divina é fundamentada na tradição e na observação da realidade.

✝ Jó 15:18

"(O que os sábios contaram, o que não foi encoberto por seus pais,"

✝ Jó 15:19

"A somente os quais a terra foi dada, e estranho nenhum passou por meio deles):"

✝ Jó 15:20

"Todos os dias do perverso são sofrimento para si, o número de anos reservados ao opressor."

"Todos os dias do ímpio são sofrimento, e o número de seus anos está reservado para o opressor."

Aqui, Elifaz argumenta que a vida do ímpio é marcada por sofrimento constante, pois suas ações más e opressivas trazem consequências. Ele sugere que o destino do perverso é uma vida de dor, com seus anos destinados a viver sob o peso de suas próprias transgressões.

✝ Jó 15:21

"Ruídos de horrores estão em seus ouvidos; até na paz lhe sobrevém o assolador."

"Ruídos de terrores estão em seus ouvidos; até na paz, o destruidor o atormenta."

Aqui, Elifaz descreve a angústia contínua que acompanha o perverso. Mesmo nos momentos de aparente tranquilidade, ele é assaltado por medos e temores, simbolizando a inquietação e o tormento constantes que a maldade traz à vida de quem a pratica.

✝ Jó 15:22

"Ele não crê que voltará da escuridão; ao contrário, a espada o espera."

Ele não acredita que sairá das trevas; ao contrário, a espada o aguarda."

Aqui, Elifaz fala sobre o destino do perverso, sugerindo que ele vive sem esperança de escapar da condenação. A "escuridão" simboliza o desespero e o sofrimento, enquanto a "espada" representa o castigo iminente e inevitável que o aguarda devido às suas ações.

✝ Jó 15:23

"Anda vagueando por comida, onde quer que ela esteja. Ele sabe que o dia das trevas está prestes a acontecer."

"Anda vagueando em busca de comida, onde quer que a encontre; sabe que o dia das trevas está prestes a vir."

Aqui, Elifaz descreve a angústia e a insegurança do ímpio, que vive de maneira errante e desesperada, sempre buscando algo para satisfazer suas necessidades, mas com a consciência de que o juízo e o sofrimento estão próximos. Ele está ciente de que o castigo está prestes a acontecer, mas não pode evitar a sensação de iminente destruição.

✝ Jó 15:24

"Angústia e aflição o assombram, e prevalecem contra ele como um rei preparado para a batalha;"

"Angústia e aflição o assombram, e prevalecem contra ele como um rei preparado para a batalha."

Aqui, Elifaz descreve a situação do ímpio como sendo esmagada por angústia e aflição, comparando esses sentimentos a um inimigo poderoso, como um rei pronto para a batalha. Isso simboliza a derrota inevitável e a opressão que o ímpio enfrenta, que não pode escapar do sofrimento que o aguarda.

✝ Jó 15:25

"Porque ele estendeu sua mão contra Deus, e se embraveceu contra o Todo-Poderoso,"

✝ Jó 15:26

"Corre contra ele com dureza de pescoço, e como seus escudos grossos e levantados."

"Corre contra ele com dureza de pescoço, e como se fosse com seus escudos grossos e levantados."

Aqui, Elifaz descreve a atitude obstinada e teimosa do ímpio, que, em sua rebeldia, enfrenta a adversidade com uma postura rígida e resistente, como alguém que desafia a destruição com escudos elevados. A "dureza de pescoço" simboliza teimosia e resistência à correção divina, enquanto os "escudos grossos" representam uma tentativa de se proteger de maneira fútil contra o juízo divino.

✝ Jó 15:27

"Porque cobriu seu rosto com sua gordura, e engordou as laterais de seu corpo."

"Porque cobriu o seu rosto com a sua gordura, e engordou as suas coxas."

Aqui, Elifaz usa uma metáfora para descrever o ímpio, sugerindo que ele se tornou arrogante e imune à humildade, vivendo de maneira excessiva e orgulhosa. A "gordura" simboliza uma condição de prosperidade superficial ou autossuficiência, onde o ímpio se considera seguro e protegido, sem perceber que sua arrogância e excesso não o livrarão do juízo divino.

✝ Jó 15:28

"E habitou em cidades desoladas, em casas desabitadas; que estavam prestes a desmoronar."

"Ele habita em cidades desoladas, em casas desabitadas, que estão prestes a desmoronar."

Aqui, Elifaz descreve a situação do ímpio como uma vida de instabilidade e desolação. As "cidades desoladas" e as "casas desabitadas" representam um ambiente de destruição iminente e falta de segurança. Isso simboliza a fragilidade do ímpio, que vive em um estado de decadência moral e espiritual, prestes a ser destruído.

✝ Jó 15:29

"Ele não enriquecerá, nem seu patrimônio subsistirá, nem suas riquezas se estenderão pela terra."

"Ele não enriquecerá, nem seu patrimônio subsistirá, nem suas riquezas se estenderão pela terra."

Aqui, Elifaz afirma que, apesar dos esforços do ímpio, ele não conseguirá acumular riquezas duradouras. Seu patrimônio será destruído, e suas riquezas não se espalharão nem perdurarão, refletindo a futilidade e a insegurança da vida dos ímpios diante da justiça divina.

✝ Jó 15:30

"Não escapará das trevas; a chama secará seus ramos, e ao sopro de sua boca desparecerá."

"Não escapará das trevas; o fogo secará seus ramos, e ao sopro de sua boca desaparecerá."

Aqui, Elifaz descreve o destino do ímpio como sendo inevitavelmente consumido pela destruição. As "trevas" representam o sofrimento e o juízo divino, enquanto o "fogo" simboliza a destruição iminente. A ideia é que, por mais que o ímpio tente se sustentar, ele não poderá escapar do castigo de Deus, que o consumirá rapidamente, como se fosse apagado pelo sopro da boca divina.

✝ Jó 15:31

"Não confie ele na ilusão para ser enganado; pois a sua recompensa será nada."

"Não confie na ilusão, enganando-se, pois a sua recompensa será nada."

Aqui, Elifaz alerta o ímpio para não se deixar enganar por falsas esperanças ou ilusões. Ele destaca que, embora o ímpio possa se iludir com promessas vazias de sucesso ou prosperidade, no final, seu destino será de total frustração, sem recompensa ou benefício duradouro.

✝ Jó 15:32

"Não sendo ainda seu tempo, ela se cumprirá; e seu ramo não florescerá."

"Ainda que não tenha chegado o seu tempo, ela se cumprirá; e seu ramo não florescerá."

Aqui, Elifaz fala sobre a inevitabilidade do destino do ímpio. Mesmo que o castigo ou a destruição não tenha chegado no momento presente, ele afirma que ela acontecerá no tempo certo. O "ramo não florescerá" sugere que qualquer esperança de prosperidade ou sucesso do ímpio será frustrada, pois não haverá crescimento nem frutos para ele.

✝ Jó 15:33

"Sacudirá suas uvas antes de amadurecerem como a vide, e derramará sua flor como a oliveira."

"Sacudirá suas uvas antes de amadurecerem, como a videira, e derramará sua flor como a oliveira."

Aqui, Elifaz usa metáforas agrícolas para descrever o destino do ímpio. A imagem das uvas sendo sacudidas antes de amadurecerem e da flor da oliveira sendo derramada simboliza a frustração e a perda precoce. O ímpio, em vez de ver o fruto de seus esforços prosperar, verá suas ambições e seus esforços destruídos antes de terem a chance de amadurecer e se concretizar.

✝ Jó 15:34

"Pois a ajuntamento dos hipócritas será estéril, e fogo consumirá as tendas do suborno."

"Pois o ajuntamento dos hipócritas será estéril, e o fogo consumirá as tendas do suborno."

Aqui, Elifaz descreve o destino dos hipócritas e dos corruptos. Ele afirma que aqueles que se associam ao mal, ao engano e ao suborno não terão frutos ou resultados duradouros ("será estéril"), e suas práticas serão consumidas e destruídas, como se o "fogo" as queimasse. O "ajuntamento dos hipócritas" sugere uma união corrupta que, no fim, será destruída pela justiça divina.

✝ Jó 15:35

"Eles concebem a maldade, e dão à luz a perversidade; e o ventre deles prepara enganos."

"Eles concebem a maldade e dão à luz a perversidade; e o ventre deles prepara enganos."

Aqui, Elifaz descreve a natureza dos ímpios, dizendo que eles não apenas cometem o mal, mas o geram e o nutrem, como se fossem pais de perversidade e engano. A metáfora de "conceber" e "dar à luz" sugere que as ações maliciosas e os enganos são frutos de suas intenções e pensamentos corruptos, preparados em seus corações e mentes.

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domingo, 2 de fevereiro de 2025

JÓ 14

 

Fonte: Imagesearchman

✝ Jó 14:1

"O homem, nascido de mulher, é curto de dias, e farto de inquietação;"

✝ Jó 14:2

"Ele sai como uma flor, e é cortado; foge como a sombra, e não permanece."

✝ Jó 14:3

"Contudo sobre este abres teus olhos, e me trazes a juízo contigo."

✝ Jó 14:4

"Quem tirará algo puro do imundo? Ninguém."

✝ Jó 14:5

"Visto que seus dias já estão determinados, e contigo está o número de seus meses, tu lhe puseste limites, dos quais ele não passará."

✝ Jó 14:6

"Desvia-te dele, para que ele tenha repouso; até que, como o empregado, complete seu dia."

6. Desvia dele os teus olhares, para que tenha repouso, até que, como o jornaleiro, tenha prazer no seu dia. Embora este 1anlento esteja expresso em tenros da fragilidade de todos os mortais, é, não obstante, pessoal (cons. 14:3b). Que o trabalho e a tristeza comuns à humanidade bastem a Jó (cons. 7:1 e segs.; Gn. 3:17-19). 

✝ Jó 14:7

"Porque há ainda alguma esperança para a árvore que, se cortada, ainda se renove, e seus renovos não cessem."

✝ Jó 14:8

"Ainda que sua raiz se envelheça na terra, e seu tronco morra no solo,"

✝ Jó 14:9

"Ao cheiro das águas ela brotará, e dará ramos como uma planta nova."

✝ Jó 14:10

"Porém o homem morre, e se abate; depois de expirar, onde ele está?"

✝ Jó 14:11

"As águas se vão do lago, e o rio se esgota, e se seca."

✝ Jó 14:12

"Assim o homem se deita, e não se levanta; até que não haja mais céus, eles não despertarão, nem se erguerão de seu sono."

12b. Enquanto existirem os céus não acordará. Uma vez prostrado na morte, o homem, como uma árvore abatida (14:7-9), não tem perspectiva de levantar-se novamente sobre a terra (14:10-12). (Quanto à eternidade dos céus, cons. Sl. 72:5, 7, 17; 89:29, 36, 37; Jr. 31:35, 36). Jó não espera aniquilação, mas ele se desespera por qualquer coisa além da morte, exceto a existência no Sheol, que não é vida real. 

✝ Jó 14:13

"Queria eu me esconder no mundo dos mortos, e me ocultar até que tua ira se afastasse, e me pusesses um limite de tempo ,e te lembrasses de mim!"

13. Retrocedendo de tal desalento, ele exclama: Oxalá me encobrisses na sepultura . . . e depois te lembrasses de mim! Se este anseio pudesse se realizar; se o Sheol só fosse uma habitação temporária e, realmente, um lugar de alívio da atual inexplicável hostilidade de Deus (v. 13); se além do Sheol houvesse uma ressurreição (v.14c) brotando de uma renovada compaixão no Criador (v. 15) – um futuro tão bendito transfiguraria a presente guerra (v. 14b)! O conceito da ressurreição não fornece a chave para se abrir o mistério do atual sofrimento de Jó, mas oferece uma estrutura para a esperança. O anseio de Jó mais tarde se transforma em convicção (19:25 e segs.), e essa esperança é gloriosa. Esta esperança final de redenção não é, contudo, o tema central do Livro de Jó. O livro realmente nos desafia a suportarmos tudo com esperança. Mas ele nos coloca diante de uma experiência ainda mais profunda. Ele faz principalmente uma convocação eterna para a alegre consagração, haja o que houver, ao Senhor da aliança. 

✝ Jó 14:14

"Se o homem morrer, voltará a viver? Todos os dias de meu combate esperarei, até que venha minha dispensa."

✝ Jó 14:15

"Tu me chamarás, e eu te responderei; e te afeiçoarás à obra de tuas mãos."

✝ Jó 14:16

"Pois então tu contarias meus passos, e não ficarias vigiando meu pecado."

16a. E até contarias os meus passos (ASV). A curva do estado principal de Jó através do decorrer do grande debate está representado por meio de um gráfico em escala reduzida nas respostas individuais como esta, onde o clímax não se encontra no final mas é seguido por um decrescendo emocional. A chama da esperança do patriarca se extinguiu, embora apenas por um momento, por causa de Seus amargos pensamentos sobre a severidade impiedosa de Deus, o qual como um sovina dá caça a cada pecado de Jó para castigá-lo (14:16,17). Assim destróis a esperança do homem (14:19c). Através da aflição incessante, isto é, da mesma forma como os objetos mais duros sofrem o desgaste da natureza. 

✝ Jó 14:17

"Minha transgressão estaria selada numa bolsa, e tu encobririas minhas perversidades."

✝ Jó 14:18

"E assim como a montanha cai e é destruída, e a rocha muda de seu lugar,"

✝ Jó 14:19

"E a água desgasta as pedras, e as enxurradas levam o pó da terra, assim também tu fazes perecer a esperança do homem."

✝ Jó 14:20

"Sempre prevaleces contra ele, e ele passa; tu mudas o aspecto de seu rosto, e o despedes."

20a. Tu prevaleces para sempre contra ele. A hostilidade divina culmina no golpe de morte, excluindo o homem do convívio com este mundo, até mesmo do conhecimento de sua posteridade (14:21), isolando-o consigo mesmo na morte, para a infinita e enfadonha dor da decomposição e da melancólica nova da alma (14:22). 

✝ Jó 14:21

"Se seus filhos vierem a ter honra, ele não saberá; se forem humilhados, ele não perceberá."

✝ Jó 14:22

"Ele apenas sente as dores em sua própria carne, e lamenta por sua própria alma."

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sábado, 1 de fevereiro de 2025

JÓ 13

 

Fonte: Imagesearchman

✝ Jó 13:1

"Eis que meus olhos têm visto tudo isto ; meus ouvidos o ouviram, e entenderam."

✝ Jó 13:2

"Assim como vós o sabeis, eu também o sei; não sou inferior a vós."

✝ Jó 13:3

"Mas eu falarei com o Todo-Poderoso, e quero me defender para com Deus."

Jó 13

13:3a. Falarei ao Todo-poderoso (cons. 5:8). Desgosto crescente para com os ajudadores humanos incita Jó a novamente arrazoar com Deus, mas primeiro ele apresenta uma censura mordaz ao conselho legal auto-nomeado para defender a causa divina (13:4-12). 

✝ Jó 13:4

"Pois na verdade vós sois inventores de mentiras; todos vós sois médicos inúteis."

✝ Jó 13:5

"Bom seria se vos calásseis por completo, pois seria sabedoria de vossa parte."

5b. Isso seria a vossa sabedoria. Se eles jamais tivessem quebrado o seu silêncio de sete dias, não teriam exposto sua estupidez (cons. Pv. 17:28). 

✝ Jó 13:6

"Ouvi agora meu argumento, e prestai atenção aos argumentos de meus lábios."

✝ Jó 13:7

"Por acaso falareis perversidade por Deus, e por ele falareis engano?"

✝ Jó 13:8

"Fareis acepção de sua pessoa? Brigareis em defesa de Deus?"

8. Sereis parciais por ele? Contendereis a favor de Deus? Eles desgraçaram sua dignidade através da servilidade. Pior ainda, adularam a Deus às expensas da verdade: besuntais (lit.) a verdade com mentiras (13: 4; cons. v. 7). Veja acusação semelhante em 6:21, 27. 

✝ Jó 13:9

"Seria bom para vós se ele vos investigasse? Enganareis a ele como se engana a algum homem?"

✝ Jó 13:10

"Certamente ele vos repreenderá, se em oculto fizerdes acepção de pessoas."

10a. Acerbamente vos repreenderá é a predição exata de Jó (cons. 42:7 e segs.). Embora a confiança de Jó na justiça divina esteja obscurecida, em seus momentos de maior desespero, quando atribui absoluto capricho ao Todo-poderoso, ele ainda não a perdeu de todo. 

✝ Jó 13:11

"Por acaso a majestade dele não vos espantará? E o temor dele não cairá sobre sobre vós?"

✝ Jó 13:12

"Vossos conceitos são provérbios de cinzas; vossas defesas são como defesas de lama."

12. As vossas máximas são como provérbios de cinza, os vossos baluartes ... de barro. As máximas graves com as quais falsamente condenam a Jó a fim de justificarem a Deus são tão vulneráveis sob o martelo da verdade como o barro sob um martelo de ferro. A defesa que fazem de Deus era uma ofensa a Deus. Eles igualavam um certo procedimento providencial, falsamente considerado como invariável, com a justiça divina. Na verdade, eles estabeleciam um princípio abstrato como absoluto e portanto Deus lhe ficava subordinado. Ser-vosia bom, se ele vos esquadrinhas? (13:9a). Zofar tentou convencer Jó de sua suposta culpa arrastando-o para o tribunal da onisciência de Deus. O patriarca o faz lembrar e aos seus colegas promotores que, no processo de condená-lo, eles também estavam diante desse Juiz; e sob tal esquadrinhamento seus motivos ímpios e falsas acusações não podiam escapar à revelação. 

✝ Jó 13:13

"Calai-vos diante de mim, e eu falarei; e venha sobre mim o que vier."

13:13-19. Agora, no processo de voltar dos homens para Deus, Jó suscita coragem para enfrentar seu Juiz. 

✝ Jó 13:14

"Por que tiraria eu minha carne com meus dentes, e poria minha alma em minha mão?"

✝ Jó 13:15

"Eis que, ainda que ele me mate, nele esperarei; porém defenderei meus caminhos diante dele."

15. Eis que me matará, já não tenho esperança: contudo defenderei o meu procedimento. Esta tradução segue o texto hebraico e encaixa-se bem no contexto, melhor que a familiar tradução da AV – contudo confiarei nele. Esta última depende da sugestão marginal do texto massorético que diz lô ("por ele") em lugar de lö ("não"). O verbo na cláusula discutida significa "aguardar em paciente e ansiosa expectativa" (cons. 6:11;14:14). Jó não tinha nada mais a esperar, pois achava que Deus logo acabaria com a sua vida – talvez antes ainda por causa do pedido atrevido que ia fazer. Não obstante ele tinha de declarar sua inocência. 

✝ Jó 13:16

"Ele mesmo será minha salvação; pois o hipócrita não virá perante ele."

16a. Também isto será a minha salvação. O temerário desejo de comparecer diante de Deus é por si mesmo um sinal de veredito. favorável; pois a presença divina é o lugar mais evitado por alguém cujo coração o condena como hipócrita

✝ Jó 13:17

"Ouvi com atenção minhas palavras, e com vossos ouvidos minha declaração."

✝ Jó 13:18

"Eis que já tenho preparado minha causa; sei que serei considerado justo."

✝ Jó 13:19

"Quem é o que brigará comigo? Pois então eu me calaria e morreria."

19. Quem há que possa contender comigo? Neste caso eu me calaria, e renderia o espírito. Um desafio triunfante, mas impróprio se Jó considerasse Deus igual aos homens. Se ele pudesse ser desacreditado com sucesso, se ele fosse comprovado ímpio na realidade - e não apenas de acordo com aparências e teorias -morreria mudo. Mas isso, ele sabe, é impossível: Estou certo de que serei justificado (v. 18b). 

✝ Jó 13:20

"Somente duas coisas não faças comigo; então eu não me esconderei de teu rosto:"

20b. Então me não esconderei do teu rosto. Se lhe concedessem um julgamento justo, Jó não fugiria de Deus, como Adão, coberto de vergonha. Se apenas Deus desistisse por um momento de oprimi-lo e se abstivesse de acabrunhá-lo com sua terrível majestade (13:21; cons. 9:34, 35), Jó apareceria diante dEle como réu ou como queixoso (v. 22). Se Jó pudesse com sucesso defender sua integridade, seria evidente (de acordo com seu conceito inadequado do sofrimento humano) que Deus estivera em falta ao afligi-lo tão severamente. Ou, se Jó conseguisse convencer Deus desse erro, teria primeiro de demonstrar sua própria integridade. Imaginando-se confrontado com o seu atormentador no cobiçado julgamento, o sofredor agora exige uma explicação da hostilidade divina (13:23, 24). Mas a cena judicial rapidamente desaparece e a oratória do tribunal se transforma na costumeira lamentação final (13:25 e segs.). E me atribuis as culpas da minha mocidade (13:26b). 

✝ Jó 13:21

"Afasta tua mão de sobre mim, e teu terror não me espante."

✝ Jó 13:22

"Chama, e eu responderei; ou eu falarei, e tu me responde."

✝ Jó 13:23

"Quantas culpas e pecados eu tenho? Faze-me saber minha transgressão e meu pecado."

✝ Jó 13:24

"Por que escondes teu rosto, e me consideras teu inimigo?"

✝ Jó 13:25

"Por acaso quebrarás a folha arrebatada pelo vento ? E perseguirás a palha seca?"

✝ Jó 13:26

"Por que escreves contra mim amarguras, e me fazes herdar as transgressões de minha juventude?"

✝ Jó 13:27

"Também pões meus pés no tronco, e observas todos os meus caminhos. Tu pões limites às solas dos meus pés."

✝ Jó 13:28

"Eu me consumo como a podridão, como uma roupa que a traça rói."

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Provérbios 17

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