terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

JÓ 16

Fonte: Imagesearchman

 JÓ 16

✝ Jó 16:1

"Porém Jó respondeu, dizendo:"

✝ Jó 16:2

"Ouvi muitas coisas como estas; todos vós sois consoladores miseráveis."

Esse versículo de Jó 16:2 faz parte da resposta de Jó aos seus amigos, que tentavam consolá-lo, mas, na verdade, acabavam trazendo mais sofrimento com suas palavras. Jó os chama de "consoladores miseráveis" porque, em vez de oferecerem empatia e verdadeiro conforto, eles o acusavam de ser culpado pelo próprio sofrimento.

Esse trecho nos ensina que nem toda palavra de "consolo" realmente ajuda. Às vezes, o melhor que podemos fazer por alguém que sofre não é julgar ou tentar explicar o motivo do sofrimento, mas simplesmente estar presente e demonstrar compaixão.

✝ Jó 16:3

"Por acaso terão fim as palavras de vento? Ou o que é que te provoca a responderes?"

Em Jó 16:3, Jó continua sua resposta aos amigos, questionando a utilidade das palavras deles. Ele chama seus discursos de "palavras de vento", ou seja, palavras vazias, sem propósito real. Jó também pergunta o que os leva a continuar falando daquela forma, como se suas acusações tivessem algum valor.

Esse versículo nos ensina a refletir sobre o peso e a intenção das nossas palavras. Falar sem empatia ou sem um propósito verdadeiro pode acabar sendo apenas "vento", algo que não ajuda, mas pode até piorar a situação.

✝ Jó 16:4

"Também eu poderia falar como vós, se vossa alma estivesse no lugar da minha alma; eu poderia amontoar palavras contra vós, e contra vós sacudir minha cabeça."

Em Jó 16:4, Jó destaca a falta de empatia de seus amigos. Ele diz que, se a situação fosse invertida—se eles estivessem sofrendo como ele—ele também poderia falar como eles, julgando e condenando, mas isso não seria correto.

Esse versículo nos ensina uma lição importante sobre empatia e compaixão. É fácil dar conselhos quando não estamos passando pela dor do outro, mas a verdadeira sabedoria está em se colocar no lugar do próximo antes de falar.

✝ Jó 16:5

"Porém eu vos confortaria com minha boca, e a consolação de meus lábios serviria para aliviar."

Em Jó 16:5, Jó contrasta sua atitude com a de seus amigos. Ele afirma que, se estivesse no lugar deles, ofereceria palavras de conforto e alívio, em vez de acusações. Diferente dos amigos que o julgavam, Jó mostra que o verdadeiro consolo vem de palavras que trazem esperança e não condenação.

Essa passagem nos ensina sobre a importância do verdadeiro consolo. Nossas palavras têm o poder de curar ou ferir, e devemos usá-las para edificar, apoiar e aliviar a dor dos que sofrem, em vez de julgá-los.

✝ Jó 16:6

"Ainda que eu fale, minha dor não cessa; e se eu me calar, em que me alivio?"

Em Jó 16:6, Jó expressa a profundidade de seu sofrimento. Ele diz que, mesmo falando, sua dor não diminui, e, se ficar em silêncio, também não encontra alívio. Isso mostra que ele se sente preso em um estado de dor intensa, onde nenhuma atitude parece trazer conforto.

Esse versículo nos ensina que, em momentos de sofrimento profundo, nem sempre há palavras ou ações que tragam alívio imediato. Às vezes, o que a pessoa mais precisa é compreensão, paciência e a presença de alguém que realmente se importe.

✝ Jó 16:7

"Na verdade agora ele me tornou exausto; tu assolaste toda a minha companhia."

Em Jó 16:7, Jó expressa seu sentimento de esgotamento, atribuindo sua exaustão ao que Deus permitiu em sua vida. Ele diz que foi completamente devastado e que toda a sua companhia—sua família, amigos e tudo o que tinha—foi destruída.

Esse versículo reflete a dor intensa da perda e do sofrimento, algo que muitas pessoas enfrentam em momentos difíceis. Jó se sente sozinho e arruinado, mas sua história nos ensina que, mesmo nos momentos de maior dor, Deus não nos abandona e tem um propósito maior para nossas vidas.

✝ Jó 16:8

"Testemunha disto é que já me enrugaste; e minha magreza já se levanta contra mim para em meu rosto dar testemunho contra mim ."

Em Jó 16:8, Jó descreve os efeitos físicos de seu sofrimento. Ele diz que seu corpo está tão debilitado—com rugas e magreza extrema—que sua própria aparência se tornou uma testemunha de sua dor. Seu estado físico reflete o sofrimento intenso que ele enfrenta.

Esse versículo nos ensina que o sofrimento não afeta apenas a alma, mas também o corpo. Em momentos de grande angústia, é comum que as dificuldades emocionais se manifestem fisicamente. Essa passagem nos lembra da importância de cuidarmos uns dos outros, oferecendo apoio tanto emocional quanto físico para quem está passando por tempos difíceis.

✝ Jó 16:9

"Sua ira me despedaça, e ele me odeia; range seus dentes contra mim; meu adversário aguça seus olhos contra mim."

Em Jó 16:9, Jó expressa sua sensação de que Deus está contra ele. Ele descreve sua dor de maneira intensa, dizendo que a ira divina o despedaça e que Deus o odeia, como se estivesse sendo atacado. Jó sente que Deus está olhando para ele como um adversário, cheio de julgamento.

Esse versículo revela a profundidade do desespero de Jó, que, em meio ao sofrimento, interpreta sua dor como um sinal de rejeição divina. No entanto, sabemos que Deus não o odiava, mas permitiu sua provação com um propósito maior. Esse trecho nos ensina que, nos momentos de dor extrema, podemos não entender os planos de Deus, mas Ele continua no controle e nunca nos abandona.

✝ Jó 16:10

"Abrem sua boca contra mim; com desprezo esbofeteiam meu rosto, e todos se ajuntam contra mim."

Em Jó 16:10, Jó descreve como está sendo humilhado e atacado por aqueles ao seu redor. Ele diz que as pessoas abrem a boca contra ele, ou seja, falam palavras duras e acusatórias. Além disso, ele menciona que é esbofeteado com desprezo e que muitos se juntam contra ele, aumentando sua dor.

Esse versículo mostra o sentimento de abandono e injustiça que Jó enfrenta. Ele não apenas sofre fisicamente, mas também emocionalmente, sendo alvo de zombaria e rejeição. Isso nos ensina sobre a importância de não julgarmos quem está passando por sofrimento, mas, em vez disso, oferecer apoio e compaixão.

✝ Jó 16:11

"Deus me entregou ao perverso, e me fez cair nas mãos dos malignos."

Em Jó 16:11, Jó expressa sua sensação de abandono, dizendo que Deus o entregou ao perverso e o colocou nas mãos dos ímpios. Ele sente que está sendo injustamente castigado e entregue ao sofrimento sem defesa.

Esse versículo reflete o desespero profundo de Jó, que interpreta sua provação como um abandono divino. No entanto, sabemos pelo contexto do livro que Deus não o abandonou, mas permitiu a provação para um propósito maior. Esse trecho nos ensina que, mesmo quando tudo parece perdido, Deus ainda está no controle e tem um plano para nossa vida, mesmo que não o compreendamos no momento.

✝ Jó 16:12

"Tranquilo eu estava, porém ele me quebrantou; e pegou-me pelo pescoço, e me despedaçou; e fez de mim seu alvo de pontaria."

Em Jó 16:12, Jó descreve sua sensação de estar em paz antes de sua aflição, mas agora sente como se fosse quebrantado por Deus. Ele usa imagens fortes, dizendo que Deus o pegou pelo pescoço e o despedaçou, fazendo dele um alvo. Esse versículo expressa a intensa dor emocional e física que Jó sente, como se fosse o alvo de um ataque implacável.

Jó está profundamente angustiado, sentindo-se como se fosse a vítima de um ataque direto, e sua experiência de sofrimento parece ser esmagadora. Essa passagem nos ensina sobre o desespero que muitas vezes sentimos quando estamos no meio do sofrimento, mas também nos lembra de que, mesmo quando nos sentimos perdidos ou desamparados, a presença de Deus está conosco, mesmo que não compreendamos completamente Seus caminhos.

✝ Jó 16:13

"Seus flecheiros me cercaram-me, partiu meus rins, e não me poupou; meu fel derramou em terra."

O versículo de Jó 16:13 expressa a dor e o sofrimento intenso que Jó enfrenta. Ele usa uma linguagem poética e simbólica para descrever como se sente atacado e ferido, atribuindo sua aflição a Deus.

Jó, em sua angústia, sente-se como se fosse um alvo de flechas disparadas por Deus, simbolizando o sofrimento profundo e implacável que está passando. A menção aos rins e ao fel representa a intensidade da dor, tanto física quanto emocional. Ele se sente completamente exposto e sem misericórdia diante de suas provações.

Esse versículo reflete a sensação de abandono e desespero que Jó experimenta ao tentar entender o motivo de seu sofrimento, mesmo sendo um homem justo. Mais adiante no livro, ele descobrirá que há um propósito maior por trás de tudo.

✝ Jó 16:14

"Quebrantou-me de quebrantamento sobre quebrantamento; correu contra mim como um guerreiro."

Em Jó 16:14, Jó descreve o sofrimento de forma ainda mais intensa, dizendo que Deus o quebrantou repetidamente, como se cada dor fosse seguida por uma nova, sem fim. Ele sente como se estivesse sendo atacado por Deus com a força de um guerreiro, sendo derrubado continuamente. Essa metáfora sugere um sofrimento implacável, em que as provações se acumulam e ele se sente indefeso diante delas.

Esse versículo revela a sensação de ser derrotado pela dor e pela adversidade, sem descanso ou alívio. A repetição da palavra "quebrantamento" enfatiza a natureza avassaladora de sua experiência. Jó sente que está sendo esmagado por forças que ele não pode controlar ou escapar, como se estivesse sendo atacado em uma batalha sem possibilidade de vitória.

Para nós, essa passagem ensina sobre os momentos em que o sofrimento parece interminável e nos desafia a buscar forças em nossa fé, mesmo quando sentimos que estamos sendo "derrubados" repetidamente. A experiência de Jó mostra a honestidade de alguém que não tem medo de expressar a dor e a luta espiritual que muitas vezes acompanham o sofrimento humano.

✝ Jó 16:15

"Costurei saco sobre minha pele, e revolvi minha cabeça no pó.

Em Jó 16:15, Jó descreve o que fez como um sinal de seu luto e sofrimento profundo. O "saco" é uma referência ao saco de cinzas ou vestes de lamento, um símbolo de aflição e humildade na época. Ao revolver a cabeça no pó, ele está expressando um ato de arrependimento e desespero, simbolizando sua total rendição e humildade diante de sua dor. Essa atitude de Jó mostra a profundidade de sua angústia, pois ele se veste de lamento e se submete ao pó como um gesto de total submissão e humilhação.

Esse versículo enfatiza a prostração diante do sofrimento, onde Jó se coloca em uma posição de vulnerabilidade, afastando-se de qualquer tentativa de autopreservação ou orgulho. Ele se entrega completamente ao sofrimento, sem reservas.

Essa passagem nos ensina sobre os momentos em que a aflição nos leva a expressar nossa dor de maneira visível, seja por gestos simbólicos ou palavras, e nos lembra da importância de reconhecer nossa vulnerabilidade diante de Deus e do sofrimento, buscando nele a força para suportar os momentos difíceis.

✝ Jó 16:16

"Meu rosto está vermelho de choro, e minhas pálpebras estão escurecidas ao extremo;"

Em Jó 16:16, Jó descreve os efeitos visíveis do sofrimento intenso que está vivendo. Ele diz que seu rosto está vermelho de choro, o que indica que ele tem chorado de forma incontrolável e que sua dor é tão profunda que afeta sua aparência. As pálpebras escurecidas também são um sinal claro de que ele está emocionalmente exausto, com muito tempo de choro e sofrimento. A imagem de seus olhos alterados reflete o quanto a dor física e emocional o está consumindo.

Esse versículo revela a dimensão emocional e física do sofrimento de Jó, mostrando que ele não está apenas lidando com a dor interior, mas também com seus efeitos visíveis. A exaustão emocional é tão grande que afeta seu corpo e sua aparência, refletindo a intensidade de sua aflição. A imagem de Jó com o rosto marcado pelo choro nos ensina sobre os efeitos devastadores do sofrimento e como ele pode se manifestar de maneiras externas, mostrando o peso que a alma carrega.

✝ Jó 16:17

"Apesar de não haver injustiça em minhas mãos, e de minha oração ser pura."

Em Jó 16:17, Jó afirma que, apesar de todo o sofrimento que está enfrentando, ele não cometeu injustiça e sua oração é pura. Isso significa que ele se sente inocente, sem ter feito nada de errado que justificasse seu sofrimento. Jó se defende, alegando que está em uma posição de integridade, apesar das acusações e do sofrimento que está vivenciando. Ele reafirma que sua oração é sincera e sem maldade, como um apelo genuíno a Deus em busca de ajuda e compreensão.

Esse versículo nos ensina sobre a solidão que muitos podem sentir quando enfrentam sofrimento injusto, especialmente quando têm consciência de sua própria retidão. Jó expressa um sentimento de injustiça, pois ele não entende por que está sofrendo tanto se não fez nada para merecer isso. Essa passagem também nos lembra que, mesmo em momentos de angústia, devemos buscar a pureza de coração e oração sincera, confiando em Deus e em sua justiça, mesmo quando as circunstâncias parecem injustas.

✝ Jó 16:18

"Ó terra! Não cubras o meu sangue, e não haja lugar para meu clamor!"

Em Jó 16:18, Jó faz um apelo desesperado à terra, dizendo: "Ó terra, não cubras o meu sangue, e não haja lugar para meu clamor!" Ele expressa o desejo de que sua dor e seu sofrimento não sejam ignorados ou apagados, como se pedisse que a terra não escondesse sua angústia, mas que sua dor fosse ouvida e registrada. O sangue pode ser interpretado como um símbolo do sofrimento físico e emocional intenso, enquanto o clamor representa seu grito de ajuda e sua busca por justiça.

Esse versículo revela o sentimento de desespero de Jó, que deseja que sua dor tenha reconhecimento e que ninguém a minimize. Ele quer que seu sofrimento tenha significado e que seu clamor por justiça e compreensão seja ouvido. Ao clamar à terra, ele também expressa um desejo profundo de não ser esquecido ou negligenciado em meio à sua aflição.

Esse trecho nos ensina que, em momentos de grande sofrimento, muitas pessoas podem sentir que suas lutas são invisíveis ou ignoradas. Jó, ao fazer esse apelo, nos lembra da importância de não silenciar o sofrimento alheio e de garantir que a dor de alguém não seja desconsiderada.

✝ Jó 16:19

"Eis que mesmo agora minha testemunha está nos céus, e meu defensor nas alturas."

Em Jó 16:19, Jó expressa confiança de que, apesar de seu sofrimento, ele tem uma testemunha no céu e um defensor nas alturas, referindo-se a Deus. Ele acredita que, mesmo sem encontrar justiça na terra, Deus está ciente de sua situação e o defenderá. Isso reflete a fé de Jó de que, apesar de ser incompreendido e rejeitado pelos homens, Deus conhece sua inocência e sofrimento.

Este versículo nos ensina sobre a importância de manter a fé em tempos de injustiça e dor, lembrando que Deus é nossa testemunha e nosso defensor, mesmo quando não conseguimos ver ou entender como Ele agirá. Jó reconhece que, embora possa ser atacado por outros, Deus é aquele que tem a última palavra sobre sua vida e seu destino, oferecendo-lhe um refúgio e uma esperança que vai além das circunstâncias terrenas.

✝ Jó 16:20

"Meus amigos zombam de mim, mas meus olhos estão derramando para Deus."

Em Jó 16:20, Jó expressa sua dor ao ser zombado pelos amigos, mas, ao mesmo tempo, revela onde deposita sua esperança: seus olhos estão derramando para Deus. Ele está sofrendo a dor do desprezo e da zombaria, mas seu olhar e suas súplicas estão voltados para Deus, a única fonte de consolo e justiça. Apesar de ser ridicularizado e incompreendido pelos outros, Jó encontra refúgio em sua fé, buscando a Deus como sua única verdadeira ajuda.

Esse versículo nos ensina sobre a importância de direcionar nossa dor e sofrimento para Deus, mesmo quando somos desprezados ou mal interpretados pelos outros. Jó nos mostra que, mesmo em meio à zombaria e ao abandono, devemos confiar em Deus como nossa única fonte de alívio e justiça, sabendo que Ele nos vê e compreende nossa dor mais profunda.

✝ Jó 16:21

"Ah, se fosse possível defender a causa com Deus em favor do homem, como o filho do homem em favor de seu amigo!"

Em Jó 16:21, Jó expressa um profundo desejo por um mediador entre ele e Deus, alguém que possa defender sua causa e interceder em seu favor diante de Deus, assim como um amigo defende outro. A frase "como o filho do homem em favor de seu amigo" reflete a ideia de um intercessor humano que entenda tanto as necessidades do homem quanto a justiça divina, alguém capaz de falar em nome do ser humano com Deus.

Esse versículo revela o anseio de Jó por justiça e compreensão, pois ele se sente incapaz de justificar seu sofrimento ou sua situação diante de Deus. Ele busca, de maneira desesperada, alguém que possa mediá-lo e interceder por ele. Essa ideia de um mediador entre Deus e o homem é central também no cristianismo, onde Jesus Cristo é visto como o único verdadeiro mediador, aquele que intercede por nós diante de Deus.

O versículo destaca uma realidade humana comum: a necessidade de ter alguém que compreenda nossas dores e interceda por nós, especialmente em momentos de sofrimento e incerteza. Ele nos ensina sobre a importância de buscar ajuda e intercessão quando enfrentamos situações em que não sabemos como nos aproximar de Deus ou compreender o motivo de nosso sofrimento.

✝ Jó 16:22

"Pois poucos anos restam, e seguirei o caminho por onde não voltarei."

Em Jó 16:22, Jó expressa a sensação de que sua vida está chegando ao fim, dizendo que "poucos anos restam" para ele, e que ele seguirá um caminho de onde não voltará. Ele parece perceber que sua morte é iminente e que está prestes a entrar em um destino do qual não haverá retorno. Este versículo reflete um profundo senso de desespero e resignação diante de sua condição, como se a morte fosse a única saída para seu sofrimento contínuo e insuportável.

Esse versículo nos ensina sobre a fragilidade da vida humana e a incerteza do futuro, especialmente em momentos de grande dor. A sensação de que a morte está próxima pode gerar em muitos uma reflexão sobre o propósito da vida e do sofrimento. Jó, em sua aflição, sente que sua luta está chegando ao fim, e, como muitos em situações de angústia, ele vê a morte como um possível alívio.

No entanto, essa expressão também nos lembra que, mesmo diante da morte, há esperança e propósito, como o livro de Jó vai demonstrar em sua resolução final. Mesmo quando as circunstâncias parecem definitivas, a história de Jó nos ensina a manter a fé e a confiança em Deus, sabendo que, no fim, Ele tem o controle sobre a vida e a morte.

Bíblia de estudos

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

JÓ 15

Fonte: Imagesearchman

2) Segundo Ciclo de Debates. 15:1 - 21:34.

Jó 15

a) Segundo Discurso de Elifaz. 15:1-35. Como um ciclo de debates pode alienar amigos! O gentil Elifaz até se esquece das civilidades introdutórias. Tudo é novamente censuras e advertências. O filósofo expõe sua sensibilidade profissional à descortesia de Jó (cons. 12:2, 3, 7 e segs.; 13:1, 2, 5, 12), retornando à sua própria sabedoria relativa e à de Jó cada vez que introduz uma nova acusação (cons. v. 1 e segs., 7 e segs., 17 e segs.). 

Elifaz

✝ Jó 15:1

"Então Elifaz, o temanita, respondeu, dizendo:"

1-6. Ciência de vento (v. 2a). Literalmente. Cons, com o paralelo vento orientar (v. 2b), isto é, o violento e sufocante vento do deserto. As reivindicações de Jó quanto à sabedoria são desfiguradas por seus discursos bombásticos (v.3). Torna vão o temor de Deus, e diminuis a devoção a ele devida (v. 4). As explosões imprudentes de Jó são mais que imoderadas, pois depreciam o temor de Deus, e assim solapam a religião. A língua dos astutos (v. 5b). Possivelmente uma alusão à serpente "sagaz" (mesma palavra) de Gn. 3:1. A culpa de Jó explica suas palavras (v. 5) e suas palavras provam sua culpa (v. 6). 

✝ Jó 15:2

"Por acaso o sábio dará como resposta vão conhecimento, e encherá seu ventre de vento oriental?"

"Acaso o sábio responderá com palavras vazias e encherá o próprio ventre com vento leste?"

Essa passagem faz parte do discurso de Elifaz, um dos amigos de Jó, que o repreende, sugerindo que suas palavras são inúteis e sem sabedoria. O "vento oriental" na cultura hebraica era associado a algo destrutivo e estéril, simbolizando discursos vazios e sem fundamento. Em outras palavras, Elifaz acusa Jó de falar coisas sem valor e sem sabedoria verdadeira.

✝ Jó 15:3

"Repreenderá com palavras que nada servem, e com argumentos que de nada aproveitam?"

✝ Jó 15:4

"Porém tu destróis o temor, e menosprezas a oração diante de Deus."

✝ Jó 15:5

"Pois tua perversidade conduz tua boca, e tu escolheste a língua dos astutos."

"A tua maldade ensina a tua boca, e escolhes a linguagem dos astutos."

Aqui, Elifaz continua acusando Jó, sugerindo que suas palavras não são fruto da inocência, mas sim da maldade dentro dele. Ele insinua que Jó está usando um discurso enganoso e astuto, como se estivesse manipulando as palavras para se justificar.

✝ Jó 15:6

"Tua boca te condena, e não eu; e teus lábios dão testemunho contra ti."

✝ Jó 15:7

"Por acaso foste tu o primeiro ser humano a nascer? Ou foste gerado antes dos morros?"

"Acaso foste o primeiro homem a nascer? Ou foste formado antes dos montes?"

Aqui, Elifaz questiona Jó de maneira irônica, sugerindo que ele não tem autoridade ou sabedoria superior à dos antigos. Ele insinua que Jó age como se tivesse um conhecimento especial, mas na verdade não tem mais entendimento do que aqueles que vieram antes dele.

✝ Jó 15:8

"Ouviste tu o segredo de Deus? Reténs tu apenas contigo a sabedoria?"

✝ Jó 15:9

"O que tu sabes que nós não saibamos? O que tu entendes que não tenhamos entendido ?"

✝ Jó 15:10

"Entre nós também há os que tenham cabelos grisalhos, também há os que são muito mais idosos que teu pai."

✝ Jó 15:11

"Por acaso as consolações de Deus te são poucas? As mansas palavras voltadas a ti?"

"São para ti insignificantes as consolações de Deus e as palavras ditas com bondade?"

Aqui, Elifaz questiona Jó, sugerindo que ele está menosprezando o consolo e os ensinamentos de Deus. Ele insinua que Jó deveria aceitar a correção divina em vez de se queixar sobre seu sofrimento.

✝ Jó 15:12

"Por que o teu coração te arrebata, e por que centelham teus olhos,"

"Por que o teu coração te arrebata, e por que brilham os teus olhos?"

Aqui, Elifaz questiona Jó sobre suas emoções intensas. Ele sugere que Jó está sendo levado por suas próprias paixões e indignação, em vez de agir com humildade e sabedoria. O brilho nos olhos pode simbolizar raiva, orgulho ou rebeldia contra Deus.

✝ Jó 15:13

"Para que vires teu espírito contra Deus, e deixes sair tais palavras de tua boca?"

"Para que voltas contra Deus o teu espírito, e deixas sair tais palavras da tua boca?"

Aqui, Elifaz acusa Jó de se revoltar contra Deus, sugerindo que suas palavras demonstram rebeldia e falta de submissão à vontade divina. Ele insinua que Jó está permitindo que sua frustração o leve a falar de maneira imprópria sobre Deus.

✝ Jó 15:14

"O que é o homem, para que seja puro? E o nascido de mulher, para que seja justo?"

"Que é o homem, para que seja puro? E aquele que nasce de mulher, para que seja justo?"

Aqui, Elifaz enfatiza a fragilidade e a imperfeição humanas, argumentando que nenhum ser humano pode ser completamente puro ou justo diante de Deus. Ele sugere que Jó não deveria se considerar inocente, pois todos os seres humanos são falhos por natureza.

✝ Jó 15:15

"Eis que Deus não confia em seus santos, nem os céus são puros diante de seus olhos;"

"Eis que Deus não confia nem nos seus santos, e nem mesmo os céus são puros aos seus olhos."

Aqui, Elifaz afirma que, diante da santidade absoluta de Deus, nem mesmo os seres celestiais (anjos) ou os céus são totalmente puros. Ele usa esse argumento para reforçar sua ideia de que os humanos, sendo ainda mais imperfeitos, não podem alegar inocência perante Deus.

✝ Jó 15:16

"Quanto menos o homem, abominável e corrupto, que bebe a maldade como água?"

"Quanto menos o homem, que é abominável e corrupto, que bebe a maldade como água!"

Aqui, Elifaz reforça sua visão pessimista sobre a natureza humana, argumentando que, se nem os céus são puros diante de Deus, muito menos o homem, que é inclinado ao pecado. A expressão "bebe a maldade como água" sugere que o ser humano absorve o mal com facilidade, como algo natural para ele.

✝ Jó 15:17

"Escuta-me; eu te mostrarei; eu te contarei o que vi."

"Escuta-me, e eu te mostrarei; eu te contarei o que vi."

Aqui, Elifaz se apresenta como alguém experiente e sábio, pronto para ensinar Jó com base no que aprendeu e testemunhou. Ele sugere que sua visão sobre a justiça divina é fundamentada na tradição e na observação da realidade.

✝ Jó 15:18

"(O que os sábios contaram, o que não foi encoberto por seus pais,"

✝ Jó 15:19

"A somente os quais a terra foi dada, e estranho nenhum passou por meio deles):"

✝ Jó 15:20

"Todos os dias do perverso são sofrimento para si, o número de anos reservados ao opressor."

"Todos os dias do ímpio são sofrimento, e o número de seus anos está reservado para o opressor."

Aqui, Elifaz argumenta que a vida do ímpio é marcada por sofrimento constante, pois suas ações más e opressivas trazem consequências. Ele sugere que o destino do perverso é uma vida de dor, com seus anos destinados a viver sob o peso de suas próprias transgressões.

✝ Jó 15:21

"Ruídos de horrores estão em seus ouvidos; até na paz lhe sobrevém o assolador."

"Ruídos de terrores estão em seus ouvidos; até na paz, o destruidor o atormenta."

Aqui, Elifaz descreve a angústia contínua que acompanha o perverso. Mesmo nos momentos de aparente tranquilidade, ele é assaltado por medos e temores, simbolizando a inquietação e o tormento constantes que a maldade traz à vida de quem a pratica.

✝ Jó 15:22

"Ele não crê que voltará da escuridão; ao contrário, a espada o espera."

Ele não acredita que sairá das trevas; ao contrário, a espada o aguarda."

Aqui, Elifaz fala sobre o destino do perverso, sugerindo que ele vive sem esperança de escapar da condenação. A "escuridão" simboliza o desespero e o sofrimento, enquanto a "espada" representa o castigo iminente e inevitável que o aguarda devido às suas ações.

✝ Jó 15:23

"Anda vagueando por comida, onde quer que ela esteja. Ele sabe que o dia das trevas está prestes a acontecer."

"Anda vagueando em busca de comida, onde quer que a encontre; sabe que o dia das trevas está prestes a vir."

Aqui, Elifaz descreve a angústia e a insegurança do ímpio, que vive de maneira errante e desesperada, sempre buscando algo para satisfazer suas necessidades, mas com a consciência de que o juízo e o sofrimento estão próximos. Ele está ciente de que o castigo está prestes a acontecer, mas não pode evitar a sensação de iminente destruição.

✝ Jó 15:24

"Angústia e aflição o assombram, e prevalecem contra ele como um rei preparado para a batalha;"

"Angústia e aflição o assombram, e prevalecem contra ele como um rei preparado para a batalha."

Aqui, Elifaz descreve a situação do ímpio como sendo esmagada por angústia e aflição, comparando esses sentimentos a um inimigo poderoso, como um rei pronto para a batalha. Isso simboliza a derrota inevitável e a opressão que o ímpio enfrenta, que não pode escapar do sofrimento que o aguarda.

✝ Jó 15:25

"Porque ele estendeu sua mão contra Deus, e se embraveceu contra o Todo-Poderoso,"

✝ Jó 15:26

"Corre contra ele com dureza de pescoço, e como seus escudos grossos e levantados."

"Corre contra ele com dureza de pescoço, e como se fosse com seus escudos grossos e levantados."

Aqui, Elifaz descreve a atitude obstinada e teimosa do ímpio, que, em sua rebeldia, enfrenta a adversidade com uma postura rígida e resistente, como alguém que desafia a destruição com escudos elevados. A "dureza de pescoço" simboliza teimosia e resistência à correção divina, enquanto os "escudos grossos" representam uma tentativa de se proteger de maneira fútil contra o juízo divino.

✝ Jó 15:27

"Porque cobriu seu rosto com sua gordura, e engordou as laterais de seu corpo."

"Porque cobriu o seu rosto com a sua gordura, e engordou as suas coxas."

Aqui, Elifaz usa uma metáfora para descrever o ímpio, sugerindo que ele se tornou arrogante e imune à humildade, vivendo de maneira excessiva e orgulhosa. A "gordura" simboliza uma condição de prosperidade superficial ou autossuficiência, onde o ímpio se considera seguro e protegido, sem perceber que sua arrogância e excesso não o livrarão do juízo divino.

✝ Jó 15:28

"E habitou em cidades desoladas, em casas desabitadas; que estavam prestes a desmoronar."

"Ele habita em cidades desoladas, em casas desabitadas, que estão prestes a desmoronar."

Aqui, Elifaz descreve a situação do ímpio como uma vida de instabilidade e desolação. As "cidades desoladas" e as "casas desabitadas" representam um ambiente de destruição iminente e falta de segurança. Isso simboliza a fragilidade do ímpio, que vive em um estado de decadência moral e espiritual, prestes a ser destruído.

✝ Jó 15:29

"Ele não enriquecerá, nem seu patrimônio subsistirá, nem suas riquezas se estenderão pela terra."

"Ele não enriquecerá, nem seu patrimônio subsistirá, nem suas riquezas se estenderão pela terra."

Aqui, Elifaz afirma que, apesar dos esforços do ímpio, ele não conseguirá acumular riquezas duradouras. Seu patrimônio será destruído, e suas riquezas não se espalharão nem perdurarão, refletindo a futilidade e a insegurança da vida dos ímpios diante da justiça divina.

✝ Jó 15:30

"Não escapará das trevas; a chama secará seus ramos, e ao sopro de sua boca desparecerá."

"Não escapará das trevas; o fogo secará seus ramos, e ao sopro de sua boca desaparecerá."

Aqui, Elifaz descreve o destino do ímpio como sendo inevitavelmente consumido pela destruição. As "trevas" representam o sofrimento e o juízo divino, enquanto o "fogo" simboliza a destruição iminente. A ideia é que, por mais que o ímpio tente se sustentar, ele não poderá escapar do castigo de Deus, que o consumirá rapidamente, como se fosse apagado pelo sopro da boca divina.

✝ Jó 15:31

"Não confie ele na ilusão para ser enganado; pois a sua recompensa será nada."

"Não confie na ilusão, enganando-se, pois a sua recompensa será nada."

Aqui, Elifaz alerta o ímpio para não se deixar enganar por falsas esperanças ou ilusões. Ele destaca que, embora o ímpio possa se iludir com promessas vazias de sucesso ou prosperidade, no final, seu destino será de total frustração, sem recompensa ou benefício duradouro.

✝ Jó 15:32

"Não sendo ainda seu tempo, ela se cumprirá; e seu ramo não florescerá."

"Ainda que não tenha chegado o seu tempo, ela se cumprirá; e seu ramo não florescerá."

Aqui, Elifaz fala sobre a inevitabilidade do destino do ímpio. Mesmo que o castigo ou a destruição não tenha chegado no momento presente, ele afirma que ela acontecerá no tempo certo. O "ramo não florescerá" sugere que qualquer esperança de prosperidade ou sucesso do ímpio será frustrada, pois não haverá crescimento nem frutos para ele.

✝ Jó 15:33

"Sacudirá suas uvas antes de amadurecerem como a vide, e derramará sua flor como a oliveira."

"Sacudirá suas uvas antes de amadurecerem, como a videira, e derramará sua flor como a oliveira."

Aqui, Elifaz usa metáforas agrícolas para descrever o destino do ímpio. A imagem das uvas sendo sacudidas antes de amadurecerem e da flor da oliveira sendo derramada simboliza a frustração e a perda precoce. O ímpio, em vez de ver o fruto de seus esforços prosperar, verá suas ambições e seus esforços destruídos antes de terem a chance de amadurecer e se concretizar.

✝ Jó 15:34

"Pois a ajuntamento dos hipócritas será estéril, e fogo consumirá as tendas do suborno."

"Pois o ajuntamento dos hipócritas será estéril, e o fogo consumirá as tendas do suborno."

Aqui, Elifaz descreve o destino dos hipócritas e dos corruptos. Ele afirma que aqueles que se associam ao mal, ao engano e ao suborno não terão frutos ou resultados duradouros ("será estéril"), e suas práticas serão consumidas e destruídas, como se o "fogo" as queimasse. O "ajuntamento dos hipócritas" sugere uma união corrupta que, no fim, será destruída pela justiça divina.

✝ Jó 15:35

"Eles concebem a maldade, e dão à luz a perversidade; e o ventre deles prepara enganos."

"Eles concebem a maldade e dão à luz a perversidade; e o ventre deles prepara enganos."

Aqui, Elifaz descreve a natureza dos ímpios, dizendo que eles não apenas cometem o mal, mas o geram e o nutrem, como se fossem pais de perversidade e engano. A metáfora de "conceber" e "dar à luz" sugere que as ações maliciosas e os enganos são frutos de suas intenções e pensamentos corruptos, preparados em seus corações e mentes.

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domingo, 2 de fevereiro de 2025

JÓ 14

 

Fonte: Imagesearchman

✝ Jó 14:1

"O homem, nascido de mulher, é curto de dias, e farto de inquietação;"

✝ Jó 14:2

"Ele sai como uma flor, e é cortado; foge como a sombra, e não permanece."

✝ Jó 14:3

"Contudo sobre este abres teus olhos, e me trazes a juízo contigo."

✝ Jó 14:4

"Quem tirará algo puro do imundo? Ninguém."

✝ Jó 14:5

"Visto que seus dias já estão determinados, e contigo está o número de seus meses, tu lhe puseste limites, dos quais ele não passará."

✝ Jó 14:6

"Desvia-te dele, para que ele tenha repouso; até que, como o empregado, complete seu dia."

6. Desvia dele os teus olhares, para que tenha repouso, até que, como o jornaleiro, tenha prazer no seu dia. Embora este 1anlento esteja expresso em tenros da fragilidade de todos os mortais, é, não obstante, pessoal (cons. 14:3b). Que o trabalho e a tristeza comuns à humanidade bastem a Jó (cons. 7:1 e segs.; Gn. 3:17-19). 

✝ Jó 14:7

"Porque há ainda alguma esperança para a árvore que, se cortada, ainda se renove, e seus renovos não cessem."

✝ Jó 14:8

"Ainda que sua raiz se envelheça na terra, e seu tronco morra no solo,"

✝ Jó 14:9

"Ao cheiro das águas ela brotará, e dará ramos como uma planta nova."

✝ Jó 14:10

"Porém o homem morre, e se abate; depois de expirar, onde ele está?"

✝ Jó 14:11

"As águas se vão do lago, e o rio se esgota, e se seca."

✝ Jó 14:12

"Assim o homem se deita, e não se levanta; até que não haja mais céus, eles não despertarão, nem se erguerão de seu sono."

12b. Enquanto existirem os céus não acordará. Uma vez prostrado na morte, o homem, como uma árvore abatida (14:7-9), não tem perspectiva de levantar-se novamente sobre a terra (14:10-12). (Quanto à eternidade dos céus, cons. Sl. 72:5, 7, 17; 89:29, 36, 37; Jr. 31:35, 36). Jó não espera aniquilação, mas ele se desespera por qualquer coisa além da morte, exceto a existência no Sheol, que não é vida real. 

✝ Jó 14:13

"Queria eu me esconder no mundo dos mortos, e me ocultar até que tua ira se afastasse, e me pusesses um limite de tempo ,e te lembrasses de mim!"

13. Retrocedendo de tal desalento, ele exclama: Oxalá me encobrisses na sepultura . . . e depois te lembrasses de mim! Se este anseio pudesse se realizar; se o Sheol só fosse uma habitação temporária e, realmente, um lugar de alívio da atual inexplicável hostilidade de Deus (v. 13); se além do Sheol houvesse uma ressurreição (v.14c) brotando de uma renovada compaixão no Criador (v. 15) – um futuro tão bendito transfiguraria a presente guerra (v. 14b)! O conceito da ressurreição não fornece a chave para se abrir o mistério do atual sofrimento de Jó, mas oferece uma estrutura para a esperança. O anseio de Jó mais tarde se transforma em convicção (19:25 e segs.), e essa esperança é gloriosa. Esta esperança final de redenção não é, contudo, o tema central do Livro de Jó. O livro realmente nos desafia a suportarmos tudo com esperança. Mas ele nos coloca diante de uma experiência ainda mais profunda. Ele faz principalmente uma convocação eterna para a alegre consagração, haja o que houver, ao Senhor da aliança. 

✝ Jó 14:14

"Se o homem morrer, voltará a viver? Todos os dias de meu combate esperarei, até que venha minha dispensa."

✝ Jó 14:15

"Tu me chamarás, e eu te responderei; e te afeiçoarás à obra de tuas mãos."

✝ Jó 14:16

"Pois então tu contarias meus passos, e não ficarias vigiando meu pecado."

16a. E até contarias os meus passos (ASV). A curva do estado principal de Jó através do decorrer do grande debate está representado por meio de um gráfico em escala reduzida nas respostas individuais como esta, onde o clímax não se encontra no final mas é seguido por um decrescendo emocional. A chama da esperança do patriarca se extinguiu, embora apenas por um momento, por causa de Seus amargos pensamentos sobre a severidade impiedosa de Deus, o qual como um sovina dá caça a cada pecado de Jó para castigá-lo (14:16,17). Assim destróis a esperança do homem (14:19c). Através da aflição incessante, isto é, da mesma forma como os objetos mais duros sofrem o desgaste da natureza. 

✝ Jó 14:17

"Minha transgressão estaria selada numa bolsa, e tu encobririas minhas perversidades."

✝ Jó 14:18

"E assim como a montanha cai e é destruída, e a rocha muda de seu lugar,"

✝ Jó 14:19

"E a água desgasta as pedras, e as enxurradas levam o pó da terra, assim também tu fazes perecer a esperança do homem."

✝ Jó 14:20

"Sempre prevaleces contra ele, e ele passa; tu mudas o aspecto de seu rosto, e o despedes."

20a. Tu prevaleces para sempre contra ele. A hostilidade divina culmina no golpe de morte, excluindo o homem do convívio com este mundo, até mesmo do conhecimento de sua posteridade (14:21), isolando-o consigo mesmo na morte, para a infinita e enfadonha dor da decomposição e da melancólica nova da alma (14:22). 

✝ Jó 14:21

"Se seus filhos vierem a ter honra, ele não saberá; se forem humilhados, ele não perceberá."

✝ Jó 14:22

"Ele apenas sente as dores em sua própria carne, e lamenta por sua própria alma."

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