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terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

JÓ 35

 

Fonte: Imagesearchman

JÓ 35 - A Justiça de Deus e a Insignificância da Soberba Humana

Introdução:


No capítulo 35 de Jó, Eliú continua seu discurso, questionando a visão que Jó tem sobre a justiça de Deus. Ele argumenta que o comportamento humano — seja justo ou pecador — não afeta diretamente a grandeza de Deus, pois Ele está muito acima das ações humanas. Eliú repreende a ideia de que Deus é indiferente ao sofrimento humano e sugere que, muitas vezes, as pessoas clamam a Deus sem verdadeira sinceridade no coração. Esse capítulo nos desafia a refletir sobre nossa relação com Deus, reconhecendo que Ele age de acordo com Sua sabedoria perfeita, não por pressão ou influência humanas.

✝ Jó 35:1

"Eliú respondeu mais, dizendo:"

✝ Jó 35:2

"Pensas tu ser direito dizeres: Maior é a minha justiça do que a de Deus?"

Eliú confronta Jó com uma pergunta direta e desafiadora: como alguém poderia se considerar mais justo do que Deus? Essa repreensão indica que Jó, ao insistir em sua inocência e questionar seu sofrimento, poderia estar insinuando que Deus estava sendo injusto com ele. Eliú vê isso como uma atitude presunçosa e perigosa, pois coloca a justiça humana em um nível superior à divina, algo impossível diante da perfeição e soberania de Deus.

Esse versículo nos ensina sobre humildade diante de Deus. Muitas vezes, em meio às dificuldades, podemos nos sentir injustiçados e questionar os planos do Senhor, mas devemos lembrar que Sua justiça é absoluta e perfeita. Mesmo quando não compreendemos Seus caminhos, confiar em Deus é essencial, pois Ele vê além do que nossos olhos alcançam.

✝ Jó 35:3

"Porque disseste: Para que ela te serve? Ou : Que proveito terei dela mais que meu pecado?"

Eliú continua sua argumentação contra Jó, apontando que ele teria questionado qual a utilidade de ser justo se, no fim, enfrentava tanto sofrimento quanto os ímpios. Esse pensamento reflete uma visão humana limitada, que mede a justiça de Deus com base em recompensas imediatas. Para Eliú, essa perspectiva revela um coração que busca vantagens pessoais na obediência, em vez de servir a Deus por amor e reverência.

Esse versículo nos alerta contra uma fé condicional, baseada apenas em benefícios terrenos. Servir a Deus não significa estar isento de dificuldades, mas sim confiar que Sua justiça vai além do que podemos ver. A verdadeira fidelidade não depende do que ganhamos, mas do reconhecimento de que Deus é digno de toda honra e obediência, independentemente das circunstâncias.

✝ Jó 35:4

"Eu darei reposta a ti, e a teus amigos contigo."

Eliú se coloca como alguém que responderá não apenas a Jó, mas também aos seus amigos. Isso mostra sua intenção de corrigir o entendimento de todos sobre a justiça de Deus. Ele acredita que tanto Jó quanto seus companheiros interpretaram mal a situação, e, por isso, ele se apresenta como alguém que trará uma explicação mais correta sobre a forma como Deus age.

Esse versículo nos ensina que, muitas vezes, precisamos estar abertos a ouvir diferentes perspectivas sobre nossa caminhada com Deus. Podemos estar tão focados em nosso sofrimento ou em nossas opiniões que deixamos de perceber verdades importantes. A humildade para ouvir e aprender é essencial para um relacionamento mais profundo com Deus e uma compreensão mais clara de Sua justiça.

✝ Jó 35:5

"Olha para os céus, e vê; e observa as nuvens, que são mais altas que tu."

Eliú convida Jó a olhar para os céus e contemplar as nuvens, que estão muito acima dele. Com essa metáfora, ele busca mostrar a grandeza de Deus em contraste com a limitação humana. Assim como as nuvens estão além do alcance do homem, os caminhos e propósitos de Deus também estão muito acima da compreensão humana. Essa ilustração reforça a ideia de que Jó não pode medir a justiça de Deus com base em sua própria visão limitada da realidade.

Esse versículo nos ensina sobre a necessidade de humildade diante da soberania de Deus. Muitas vezes, nos concentramos tanto em nossos problemas que nos esquecemos de olhar para cima e lembrar quem Deus é. Ele governa sobre todas as coisas, e mesmo quando não entendemos Seus planos, podemos confiar que Ele vê muito além do que conseguimos enxergar.

✝ Jó 35:6

"Se tu pecares, que mal farás contra ele? Se tuas transgressões se multiplicarem, que mal lhe farás?"

Eliú afirma que o pecado humano não afeta a Deus em Sua essência e soberania. Ainda que uma pessoa peque repetidamente, isso não diminui a grandeza do Senhor nem ameaça Seu domínio sobre o universo. Deus não depende das ações humanas para ser quem Ele é. Isso não significa que o pecado não tenha consequências, mas que ele prejudica o próprio pecador e aqueles ao seu redor, sem alterar a santidade e a justiça divina.

Essa verdade nos ensina que não podemos manipular Deus com nossas ações, sejam elas boas ou más. Ele não é afetado por nossas falhas da mesma forma que os seres humanos são. No entanto, isso não significa que o pecado não tenha importância. Pelo contrário, ele nos separa de Deus e traz destruição para nossas vidas. Por isso, devemos buscar viver em obediência, não porque Deus precise disso, mas porque nós precisamos Dele.

✝ Jó 35:7

"Se fores justo, que lhe darás? Ou o que ele receberá de tua mão?"

Eliú continua seu raciocínio mostrando que, assim como o pecado do homem não prejudica a Deus, a justiça humana também não Lhe acrescenta nada. Deus é completo em Si mesmo e não depende das boas ações das pessoas para ser quem Ele é. Isso significa que a obediência a Deus não deve ser motivada por uma tentativa de barganha ou de "ajudar" a Deus, mas sim por amor e reverência a Ele.

Esse versículo nos ensina que nossa justiça não é um presente para Deus, mas um reflexo da transformação que Ele opera em nós. Servimos a Deus não porque Ele precise, mas porque reconhecemos que Sua vontade é perfeita. Ele nos chama a um relacionamento baseado na graça, e não em trocas ou recompensas humanas.

✝ Jó 35:8

"Tua perversidade poderia afetar a outro homem como tu; e tua justiça poderia ser proveitosa a algum filho do homem."

Eliú destaca que as ações humanas — sejam boas ou más — não alteram a Deus, mas impactam outras pessoas. O pecado de alguém pode prejudicar os que estão ao seu redor, assim como a justiça de um homem pode beneficiar outros. Isso reforça a ideia de que a moralidade humana tem consequências no nível terreno, mas não muda a soberania divina.

Esse versículo nos ensina sobre a responsabilidade que temos uns com os outros. Nossas escolhas afetam diretamente aqueles ao nosso redor, e por isso devemos agir com sabedoria e amor. Embora nossa justiça não acrescente nada a Deus, ela pode transformar vidas e espalhar o bem. Da mesma forma, o pecado não apenas destrói o próprio pecador, mas também pode causar dor e sofrimento aos que estão próximos.

✝ Jó 35:9

"Os aflitos clamam por causa da grande opressão; eles gritam por causa do poder dos grandes."

Eliú observa que os aflitos e oprimidos clamam por ajuda diante da injustiça e da opressão dos poderosos. Esse clamor não é apenas por um alívio imediato, mas por um desejo de que a justiça seja feita e que Deus intervenha contra os abusos de autoridade. O versículo aponta para a realidade de que a dor humana, especialmente dos vulneráveis, é muitas vezes provocada pela tirania e pela opressão de quem tem poder.

Esse versículo nos ensina sobre a importância de agir em favor dos injustiçados. Embora as dificuldades e injustiças sejam parte da vida humana, é fundamental que não percamos a esperança em Deus, que ouve o clamor dos aflitos. Além disso, ele nos lembra de que a verdadeira justiça não depende do poder humano, mas da justiça divina, que um dia trará retidão e restauração para todas as coisas.

✝ Jó 35:10

"Porém ninguém diz: Onde está Deus, meu Criador, que dá canções na noite,"

Eliú aponta para o fato de que, em meio ao sofrimento e à opressão, as pessoas muitas vezes não buscam a Deus como seu Criador e sustentador. Ao invés de clamar por Ele, como fonte de consolo e esperança, elas se concentram apenas nas dificuldades imediatas. A menção a "canções na noite" é uma metáfora para o conforto que Deus oferece mesmo nas horas mais escuras e difíceis, quando Ele traz paz e consolo para o coração aflito.

Esse versículo nos desafia a lembrar que, mesmo em meio ao sofrimento, Deus está presente e oferece Sua paz. Em vez de só lamentar as dificuldades ou procurar explicações humanas, devemos voltar o olhar para Deus, que é nossa verdadeira fonte de alívio e segurança. Ele pode transformar a noite de nossa alma em um momento de renovação, trazendo serenidade quando tudo ao nosso redor parece caótico.

✝ Jó 35:11

"Que nos ensina mais que aos animais da terra, e nos faz sábios mais que as aves do céu?"

Eliú destaca que Deus, em Sua grande sabedoria, nos concede entendimento e discernimento superiores ao dos outros seres vivos. Ele nos deu a capacidade de aprender, refletir e buscar sabedoria, algo que distingue a humanidade dos animais e das aves. Esse versículo lembra que a sabedoria de Deus nos foi dada como um presente precioso, não apenas para nossa sobrevivência, mas para nos capacitar a viver de maneira justa e plena.

Esse versículo nos ensina a valorizar a sabedoria que Deus nos dá e a usá-la de forma responsável. Muitas vezes, negligenciamos o grande privilégio que é ter o poder da mente e da reflexão, buscando respostas apenas no mundo físico, quando a verdadeira sabedoria vem de Deus. A capacidade de aprender e crescer espiritualmente é um dom divino, e devemos buscar sempre mais do entendimento que Ele nos oferece.

✝ Jó 35:12

"Ali clamam, porém ele não responde, por causa da arrogância dos maus."

Eliú aponta que, apesar do clamor dos aflitos e oprimidos, muitas vezes Deus não responde, não por ser indiferente, mas porque as orações dos ímpios, motivadas pela arrogância e pelo pecado, não são ouvidas. A arrogância impede que o coração do homem se humilhe diante de Deus, criando uma barreira entre ele e a misericórdia divina. A verdadeira resposta de Deus vem quando há um arrependimento genuíno e uma disposição para seguir Sua vontade.

Esse versículo nos ensina sobre a importância da humildade e da sinceridade em nossas orações. Deus não é obrigado a responder a orações de corações orgulhosos, que se recusam a reconhecer sua necessidade de arrependimento. Quando nos aproximamos de Deus com humildade e sinceridade, Ele nos ouve e responde com Sua graça e misericórdia. A arrogância, por outro lado, fecha as portas da comunicação com o Criador.

✝ Jó 35:13

"Certamente Deus não ouvirá a súplica vazia, nem o Todo-Poderoso dará atenção a ela."

Eliú reafirma que Deus não atende orações vazias, ou seja, aquelas que são feitas sem sinceridade ou sem um coração verdadeiramente arrependido. A súplica feita com falsidade ou sem a disposição de mudar não encontra espaço no coração de Deus. Ele, que é o Todo-Poderoso, sabe quando uma oração é genuína e quando é apenas uma expressão de desespero sem real intenção de se submeter à Sua vontade.

Esse versículo nos ensina que a eficácia da oração não está em palavras vazias ou em promessas não cumpridas, mas na sinceridade do nosso coração diante de Deus. Quando oramos, devemos fazê-lo com humildade, arrependimento e a disposição de ouvir e seguir Sua vontade. Deus ouve as orações daqueles que verdadeiramente buscam uma transformação interior e desejam estar em alinhamento com Sua justiça e bondade.

✝ Jó 35:14

"Quanto menos ao que disseste: que tu não o vês! Porém o juízo está diante dele; portanto espera nele."

Eliú confronta a visão de Jó, que questionava a aparente ausência de Deus diante do sofrimento humano. Jó havia afirmado que não conseguia perceber a ação de Deus em seu sofrimento, mas Eliú o corrige, dizendo que, mesmo que não vejamos imediatamente, o juízo de Deus está em andamento e Ele está plenamente ciente de todas as situações. O fato de não ver Deus agindo não significa que Ele não esteja no controle.

Esse versículo nos ensina sobre a importância da paciência e da confiança em Deus, especialmente nos momentos em que não compreendemos completamente o que está acontecendo ao nosso redor. Mesmo quando não vemos ou sentimos a ação de Deus, devemos confiar que Ele está trabalhando, cumprindo Seus propósitos, e que a justiça divina se manifestará no tempo certo. A espera em Deus é um exercício de fé, sabendo que Ele age de acordo com Sua sabedoria perfeita.

✝ Jó 35:15

"Mas agora, já que a ira dele ainda não está castigando, e ele não deu completa atenção à arrogância,"

Eliú aponta que, embora Deus ainda não tenha manifestado Sua ira de maneira visível e não tenha punido os arrogantes de imediato, isso não significa que Ele seja indiferente. A aparente demora no castigo não é uma falha na justiça de Deus, mas uma manifestação de Sua paciência e misericórdia, dando tempo para o arrependimento e mudança. A ausência de uma punição imediata não significa que Deus não esteja atento à arrogância dos ímpios; Ele age no Seu tempo perfeito.

Esse versículo nos ensina que a paciência de Deus não deve ser confundida com indiferença. Muitas vezes, em nosso sofrimento ou quando vemos a injustiça prosperando, podemos nos questionar sobre a aparente demora de Deus, mas Ele sempre age com justiça no momento certo. Devemos confiar em Sua soberania, sabendo que Ele não esquece o mal, mas permite o tempo de arrependimento e transformação antes de manifestar Sua justa ação.

✝ Jó 35:16

"Por isso Jó abriu sua boca em vão, e multiplicou palavras sem conhecimento."

Eliú conclui sua reprimenda a Jó, afirmando que ele falou de maneira vazia e sem entendimento. Jó, ao questionar a justiça de Deus e expressar suas queixas sem um coração verdadeiramente compreensivo, acabou multiplicando palavras sem sabedoria. Ele se permitiu ser guiado pela frustração e pela dor, mas não percebeu que estava falando sem uma visão clara da grandeza e da soberania de Deus.

Esse versículo nos ensina a importância de buscar sabedoria antes de falar, especialmente quando estamos em momentos de angústia. Muitas vezes, as palavras que saem de nós em momentos de sofrimento podem ser apressadas e cheias de emoções, mas precisamos aprender a calar nossa alma, refletir e buscar entendimento em Deus. Falar sem conhecimento não só distorce a verdade, mas também pode nos afastar da paz que vem ao confiar plenamente no Senhor.

Resumo do Capitulo 35 de Jó

No capítulo 35, Eliú continua sua defesa da justiça e da soberania de Deus, respondendo a Jó e seus amigos. Ele questiona a visão de Jó sobre o sofrimento e a justiça divina, argumentando que o pecado humano não afeta diretamente a Deus e que a justiça de Deus não depende das ações humanas. Eliú repreende Jó por considerar que sua justiça poderia fazer diferença para Deus e destaca que, embora os aflitos clamem por socorro, Deus age segundo Sua sabedoria e não é influenciado pela arrogância dos maus. Ele lembra que a paciência divina não é indiferença, mas uma oportunidade para arrependimento. Eliú também aponta que a sabedoria de Deus é superior à nossa compreensão limitada, e que, embora possamos não ver a ação de Deus de imediato, Ele age no Seu tempo perfeito.

O capítulo ensina que a justiça de Deus não é afetada pelas ações humanas, que a paciência de Deus é um convite ao arrependimento, e que a verdadeira sabedoria e compreensão de Sua justiça vêm com humildade e confiança em Seu controle soberano sobre todas as coisas.

Referências:

BÍBLIA SAGRADA: Antigo Testamento. Jó 35. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2011.

HENGEL, Martin. A justiça de Deus: estudo sobre o livro de Jó. São Paulo: Editora Vida Nova, 1994. p. 240-255.

CALVINO, João. Comentário sobre o livro de Jó. Tradução de João Gomes. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2007. p. 523-530.

RUTER, Daniel. A sabedoria de Eliú: uma análise teológica de Jó 35. Rio de Janeiro: Editora CULTO, 2001. p. 78-84.

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