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quinta-feira, 29 de maio de 2025

Salmos 81

 

Fonte: Imagesearchman

🕊️ Salmos 81

"O Convite de Deus: Ouça, Obedeça e Viva Sua Plenitude"


Introdução

O Salmo 81 é um chamado poderos de Deus ao Seu povo. Nele, vemos um convite amoroso, mas também firme, para que Israel — e por extensão, todos nós — volte os ouvidos ao Senhor, celebre Suas bênçãos e viva na obediência à Sua Palavra.

O salmista começa exaltando um tempo de celebração, de festas sagradas, onde o povo é convidado a se alegrar e louvar a Deus. Mas, no decorrer do texto, o tom muda para uma exortação clara. Deus relembra tudo o que fez por seu povo, libertando-os da escravidão no Egito, sustentando-os no deserto e desejando abençoá-los com fartura.

Porém, há um problema: o povo se recusa a ouvir, preferindo seguir seus próprios caminhos. Ainda assim, Deus revela Seu coração amoroso, deixando claro que, se o povo O ouvisse e andasse em Seus caminhos, Ele supriria todas as suas necessidades, protegeria contra os inimigos e derramaria abundância sobre eles.

Este salmo é, portanto, um espelho para nós. Quantas vezes rejeitamos os conselhos de Deus e seguimos nossas vontades? E quantas bênçãos deixamos de viver por não dar ouvidos à Sua voz? O Salmo 81 nos convida a refletir, a retornar, a ouvir, e assim experimentar o cuidado, a proteção e a provisão que vêm diretamente das mãos do nosso Deus amoroso.

✝ Salmos 81:1

"Salmo de Asafe, para o regente, conforme “Gitite”: Cantai de alegria a Deus, que é nossa força; mostrai alegria ao Deus de Jacó."

O salmista Asafe começa este salmo com um chamado vibrante à adoração. Ele convoca o povo de Deus a cantar com alegria, exaltando ao Senhor, que é a nossa força e proteção. Este versículo nos lembra que o louvor não é apenas uma expressão musical, mas um ato espiritual de reconhecimento de quem Deus é: nosso sustentador, aquele que nos fortalece nas batalhas da vida. A menção de "Deus de Jacó" reforça a aliança, a fidelidade e o cuidado de Deus para com seu povo ao longo das gerações.

Cantar com alegria não é apenas um convite, mas uma arma espiritual poderosa. No meio das lutas, dificuldades e incertezas, o louvor tem o poder de mudar ambientes, renovar forças e trazer à memória tudo o que Deus já fez. Este versículo nos ensina que, independentemente das circunstâncias, existe um motivo constante para nos alegrarmos: Deus é a nossa força e nunca falha. Assim como Israel era chamado a celebrar, hoje somos nós chamados a erguer nossa voz em gratidão e adoração ao Deus que cuida de nós em todo tempo.

✝ Salmos 81:2

"Levantai uma canção, e dai-nos o tamborim; a agradável harpa com a lira."

O salmista continua incentivando o povo a uma adoração festiva e cheia de vida. Ele convoca os músicos, pede que tragam os instrumentos – o tamborim, a harpa e a lira – para juntos celebrarem ao Senhor. Isso mostra que Deus se agrada de uma adoração completa, alegre, com som, ritmo e harmonia. Não é uma adoração apática, fria ou silenciosa, mas algo vibrante, que envolve todo o ser, todo o povo e toda a comunidade reunida em louvor.

Esse versículo nos ensina que o louvor não é algo apenas interno, mas também externo e visível. Envolve expressões, sons, movimentos e até instrumentos musicais, mostrando que Deus é digno de uma celebração que envolve corpo, alma e espírito. Quando usamos nossa voz, nossas mãos e nossos talentos para adorar, demonstramos gratidão e reconhecemos o quanto Deus é digno de toda honra e glória. A adoração, aqui, não é apenas um ritual, mas uma festa espiritual que une o povo em torno da presença de Deus.

✝ Salmos 81:3

"Tocai trombeta na lua nova; e na lua cheia, no dia de nossa celebração."

Neste versículo, o salmista faz referência direta às festas sagradas de Israel, como a Festa da Lua Nova e a Festa dos Tabernáculos, que acontecia na lua cheia. O toque da trombeta (ou shofar) era um chamado solene, um som que reunia o povo para momentos especiais diante de Deus. Era tanto um convite à adoração quanto um lembrete das alianças, das bênçãos e dos feitos do Senhor na história do povo. Isso nos mostra que Deus deseja que marquemos momentos, datas e ciclos para lembrarmos da Sua fidelidade e da nossa aliança com Ele.

O toque da trombeta na lua nova e na lua cheia também simboliza a importância de não esquecermos quem Deus é, não apenas nas lutas, mas também nos tempos de celebração. Assim como o povo de Israel tinha festas regulares para lembrar-se de Deus, nós também somos chamados a criar momentos intencionais de louvor, gratidão e comunhão. Isso fortalece nossa fé, renova nossa esperança e mantém viva a chama da nossa dependência do Senhor, que é quem supre, protege e conduz nossos passos.

✝ Salmos 81:4

"Porque isto é um estatuto em Israel, e uma ordem do Deus de Jacó."

Aqui, o salmista deixa claro que o ato de celebrar, louvar e se reunir nas festas sagradas não era apenas uma tradição cultural, mas uma ordem direta de Deus. Era um estatuto, um mandamento estabelecido pelo próprio Senhor para o povo de Israel. Isso revela que Deus valoriza profundamente o louvor, a gratidão e os momentos de comunhão entre Seu povo e Ele. Quando obedecemos a esses princípios, não é apenas um gesto religioso, mas uma demonstração de fidelidade, reverência e amor ao Deus que cuida de nós.

Este versículo também nos lembra que adorar a Deus não deve ser algo opcional ou feito só quando sentimos vontade. É um princípio espiritual, uma disciplina de fé, uma ordenança que gera bênçãos e mantém nosso coração alinhado com o Senhor. Assim como Israel era chamado a obedecer esse estatuto, nós, como povo de Deus hoje, somos convidados a fazer do louvor, da adoração e da celebração uma prática constante em nossas vidas. Quando colocamos Deus no centro, reconhecendo-O como o Deus de Jacó — o Deus de aliança —, Ele se manifesta com poder, cuidado e provisão.

✝ Salmos 81:5

"Ele o pôs como testemunho em José, quando tinha saído contra a terra do Egito, onde ouvi numa língua que eu não entendia:"

Neste versículo, o salmista relembra um momento crucial da história do povo de Deus: a saída do Egito, onde eles viveram como escravos. Deus estabeleceu esses estatutos — como as festas e o louvor — como um testemunho perpétuo, especialmente para a descendência de José, que representa as tribos do norte de Israel. Este testemunho servia para que o povo jamais esquecesse quem os libertou da escravidão e quem continuaria sendo seu Deus e Protetor. A expressão "onde ouvi uma língua que eu não entendia" faz referência à opressão que sofreram em uma terra estrangeira, de cultura e idioma estranhos, reforçando o quanto foram dependentes do livramento de Deus.

Este versículo nos ensina que nossos atos de adoração e obediência são, também, memoriais vivos da fidelidade de Deus. Eles não apenas nos abençoam no presente, mas também transmitem às futuras gerações o testemunho do que Deus fez e continua fazendo. Assim como Deus libertou Israel do Egito, Ele continua hoje libertando vidas da escravidão do pecado, das opressões e das amarras que tentam nos afastar da Sua presença. Por isso, nossa adoração, nossos cultos e nossos momentos com Deus são mais do que rituais: são declarações vivas de que servimos a um Deus que liberta, transforma e conduz seu povo em vitória.

✝ Salmos 81:6

"Tirei seus ombros de debaixo da carga; suas mãos foram livrados dos cestos."

Neste versículo, Deus fala diretamente, relembrando Seu ato de libertação. Ele diz que retirou os ombros do Seu povo debaixo da carga pesada, livrando suas mãos dos cestos — uma clara referência ao trabalho forçado e à escravidão que os israelitas sofreram no Egito. Deus está trazendo à memória que foi Ele quem aliviou o fardo, quem quebrou as correntes e trouxe descanso ao Seu povo. Isso mostra o coração de Deus: Ele não deseja que Seu povo viva oprimido, sobrecarregado ou escravizado, mas sim livre, vivendo na Sua presença, debaixo do Seu cuidado.

Este versículo tem um eco muito atual para nossas vidas. Quantas vezes carregamos fardos pesados — de preocupações, ansiedades, dívidas, culpas ou situações que nos oprimem? Deus continua sendo o mesmo que deseja aliviar nossos ombros dessas cargas. Ele nos chama a confiar, a descansar nEle e a lançar sobre Ele nossas preocupações, pois Ele cuida de nós (1 Pedro 5:7). Assim como libertou Israel do peso físico da escravidão, Ele também quer nos libertar dos pesos emocionais, espirituais e até materiais que tentam nos prender. Deus é aquele que alivia, que rompe jugos e que fortalece aqueles que se achegam a Ele.

✝ Salmos 81:7

"Na angústia clamaste, e livrei-te dela; te respondi no esconderijo dos trovões; provei a ti nas águas de Meribá. (Selá)"

Deus relembra ao povo que, no momento de angústia, eles clamaram e Ele prontamente os livrou. A expressão “te respondi no esconderijo dos trovões” faz alusão à manifestação poderosa e sobrenatural de Deus, como no Monte Sinai, onde Ele se revelou entre trovões, nuvens e relâmpagos. Isso mostra que Deus não é um Deus distante; Ele ouve o clamor do Seu povo, responde com autoridade e poder, e intervém na história quando O buscamos de todo coração.

A segunda parte do versículo menciona que Deus os provou nas águas de Meribá, um episódio registrado em Êxodo 17, onde o povo, sedento e desconfiado, questionou se Deus realmente estava com eles. Ali, Deus testou sua fé e obediência. Isso nos ensina que, mesmo depois do livramento, Deus permite situações que revelam a condição do nosso coração — se confiamos nEle ou se facilmente nos deixamos levar pela dúvida e pela reclamação. O “Selá” no final convida à reflexão profunda: Deus ouve, Deus livra, Deus se manifesta… mas também prova nossa fé para fortalecer nosso relacionamento com Ele.

✝ Salmos 81:8

"Ouve -me , povo meu, e eu te darei testemunho; ó Israel, se tu me ouvisses!"

Neste versículo, Deus faz um apelo direto, quase um clamor, ao Seu povo: “Ouve-me, povo meu...”. É como se Deus estivesse dizendo: “Se ao menos vocês me ouvissem...”. Isso revela não só a autoridade de Deus, mas também Seu amor e Sua disposição em se comunicar com o Seu povo, em dar direção, proteção e testemunho de Sua fidelidade. Porém, há uma resistência da parte de Israel em ouvir e obedecer. Esse é um retrato claro do coração humano, que muitas vezes prefere seguir seus próprios caminhos, ignorando os conselhos e as advertências divinas.

Este versículo ecoa até os nossos dias. Deus continua falando, seja pela Sua Palavra, por meio do Espírito Santo, pelas circunstâncias ou até pelas pessoas ao nosso redor. Mas o grande desafio é: estamos ouvindo? O ouvir aqui não é apenas escutar, mas também dar atenção, obedecer, se submeter à vontade de Deus. O Senhor deseja abençoar, guiar e proteger, mas Ele condiciona isso à disposição do nosso coração em ouvir e obedecer. Este é um convite claro: se ouvirmos, viveremos experiências profundas e transformadoras com o nosso Deus.

✝ Salmos 81:9

"Não haverá entre ti deus estranho, e não te prostrarás a um deus estrangeiro."

Deus relembra ao povo que, no momento de angústia, eles clamaram e Ele prontamente os livrou. A expressão “te respondi no esconderijo dos trovões” faz alusão à manifestação poderosa e sobrenatural de Deus, como no Monte Sinai, onde Ele se revelou entre trovões, nuvens e relâmpagos. Isso mostra que Deus não é um Deus distante; Ele ouve o clamor do Seu povo, responde com autoridade e poder, e intervém na história quando O buscamos de todo coração.

A segunda parte do versículo menciona que Deus os provou nas águas de Meribá, um episódio registrado em Êxodo 17, onde o povo, sedento e desconfiado, questionou se Deus realmente estava com eles. Ali, Deus testou sua fé e obediência. Isso nos ensina que, mesmo depois do livramento, Deus permite situações que revelam a condição do nosso coração — se confiamos nEle ou se facilmente nos deixamos levar pela dúvida e pela reclamação. O “Selá” no final convida à reflexão profunda: Deus ouve, Deus livra, Deus se manifesta… mas também prova nossa fé para fortalecer nosso relacionamento com Ele.

✝ Salmos 81:10

"Eu sou o SENHOR teu Deus, que te fiz subir da terra do Egito; abre tua boca por completo, e eu a encherei."

Neste versículo, Deus reafirma Sua identidade e Seu poder: “Eu sou o SENHOR teu Deus, que te fiz subir da terra do Egito”. É um lembrete poderoso de quem Ele é e do que Ele já fez — o Deus que liberta, que salva e que transforma. A segunda parte do versículo traz uma promessa grandiosa e cheia de amor: “Abre tua boca por completo, e eu a encherei”. Isso fala de provisão abundante, de suprimento sem limites para aqueles que confiam e dependem totalmente do Senhor.

Deus está dizendo que, se abrirmos nossa boca — no sentido de expressar nossas necessidades, nossos clamores, nossa fé e dependência —, Ele é fiel para suprir, abençoar e derramar tudo o que precisamos. É um chamado à confiança sem reservas. Muitas vezes limitamos Deus com nossa incredulidade ou orações tímidas, mas Ele nos convida a confiar de forma plena, pois Seu desejo é nos encher com Sua presença, provisão, paz, direção e bênçãos. O Deus que tirou Israel do Egito continua sendo o mesmo que hoje quer nos surpreender com Seu cuidado e fidelidade.

✝ Salmos 81:11

"Mas meu povo não ouviu minha voz, e Israel não me quis."

Este versículo revela uma tristeza profunda no coração de Deus. Mesmo após tantos feitos maravilhosos — libertação, provisão e cuidado —, o povo escolheu não ouvir a voz de Deus e rejeitar Sua direção. A expressão “Israel não me quis” mostra que Deus respeita as escolhas humanas, mesmo quando elas conduzem ao sofrimento. Isso revela que Deus não força ninguém a amá-Lo ou a obedecê-Lo; Ele oferece Seu amor, Sua aliança e Suas promessas, mas deixa cada um decidir se deseja caminhar com Ele ou não.

Essa realidade se repete ainda hoje. Quantas vezes Deus fala, orienta, avisa... mas muitos preferem seguir seus próprios caminhos, ignorando os conselhos e os princípios da Sua Palavra. Esse versículo serve como um alerta e também como um espelho para refletirmos: tenho ouvido a voz de Deus? Tenho desejado Sua presença e Sua vontade acima de tudo? Deus deseja ser nosso Senhor, nosso guia e nosso sustento, mas cabe a nós escolher ouvir Sua voz e segui-Lo.

✝ Salmos 81:12

"Por isso eu os entreguei ao desejo de seus próprios corações, e andaram conforme seus próprios conselhos."

Este versículo traz uma das consequências mais sérias da desobediência e da rejeição à voz de Deus: quando o povo insiste em não ouvir, Deus os entrega aos desejos dos seus próprios corações. Isso significa que, se alguém insiste em seguir seus próprios caminhos, ignorando os princípios e os conselhos divinos, Deus permite que essa pessoa colha os frutos das suas próprias escolhas. Isso não é castigo, mas um ato de justiça e respeito à liberdade que Ele nos dá.

Andar segundo os próprios conselhos é viver guiado pela própria vontade, pela carne, pela lógica humana e pelos desejos momentâneos, sem considerar a vontade de Deus. E, quase sempre, isso resulta em sofrimento, frustração e vazio espiritual. Este versículo nos alerta de forma muito clara: ou escolhemos ser guiados por Deus, ou seremos conduzidos pelos enganos do nosso próprio coração. O caminho da obediência sempre será o caminho da vida, da paz e da bênção. O caminho da autonomia longe de Deus, cedo ou tarde, leva à dor e à destruição.

✝ Salmos 81:13

"Ah, se meu povo me ouvisse, se Israel andasse em meus caminhos!"

Neste versículo, Deus expressa um desejo profundo e quase um lamento: “Ah, se meu povo me ouvisse...”. É um clamor que revela a tristeza divina diante da resistência humana, mas também a esperança inabalável de que o povo ainda pode escolher voltar-se para Ele. Deus deseja ardentemente que Israel ande em Seus caminhos, que viva segundo Seus preceitos, e que experimente a plenitude da vida que só Ele pode oferecer.

Esse versículo nos convida a refletir sobre a importância de estarmos atentos à voz de Deus e de buscarmos andar em Seus caminhos todos os dias. É um convite para abandonar os caminhos tortuosos e abraçar a direção do Senhor, que é vida, paz e prosperidade verdadeira. Mesmo quando nos afastamos, Deus permanece com braços abertos, esperando que voltemos para Ele. O coração de Deus está sempre pronto para perdoar, restaurar e guiar, desde que decidamos ouvi-Lo e segui-Lo.

✝ Salmos 81:14

"Em pouco tempo eu derrotaria seus inimigos, e viraria minha mão contra seus adversários."

Deus revela aqui o quanto a obediência gera proteção, livramento e vitória. Ele declara que, se o povo andasse em Seus caminhos, em pouco tempo derrotaria seus inimigos e estenderia Sua mão poderosa contra os adversários. Isso mostra que a batalha não seria do povo, mas do próprio Deus. Quando há obediência e aliança com o Senhor, Ele mesmo se levanta para lutar as guerras do Seu povo, trazendo livramento, justiça e paz.

Essa promessa também vale para nós hoje. Muitas das lutas que enfrentamos seriam rapidamente resolvidas se colocássemos Deus no centro, se andássemos em Seus princípios e ouvíssemos Sua voz. Obediência gera intervenção divina. Quando confiamos, obedecemos e nos posicionamos segundo a vontade de Deus, Ele entra com providência, desfaz embaraços, quebra cadeias, derrota inimigos visíveis e invisíveis e nos conduz em segurança. O que Deus quer dizer é: “Se você me ouvir, eu luto por você!”

✝ Salmos 81:15

"Os que odeiam ao SENHOR, a ele se submeteriam, e o tempo da punição deles seria eterno."

Este versículo mostra uma realidade espiritual muito forte: aqueles que se levantam contra Deus, cedo ou tarde, se dobram diante dEle. Mesmo os que O rejeitam, os que O odeiam ou resistem à Sua vontade, acabam reconhecendo Sua soberania e se submetendo, seja voluntariamente pelo arrependimento, seja forçados pelas circunstâncias e pela manifestação do Seu juízo. A parte final do versículo — “o tempo da punição deles seria eterno” — deixa claro que a consequência da rebeldia persistente contra Deus não é passageira, mas pode ter efeitos eternos para aqueles que escolhem permanecer longe Dele.

Esse texto traz tanto um alerta quanto um consolo. Alerta para aqueles que insistem em viver longe de Deus, rejeitando Seus caminhos, pois estão caminhando para um juízo certo e inescapável. E consolo para aqueles que são fiéis, pois mostra que Deus vê, sabe e, no tempo certo, faz justiça. Ninguém zomba de Deus sem consequência. Por isso, o chamado permanece firme: escolham hoje ouvir a voz de Deus, andar nos Seus caminhos e viver debaixo da Sua proteção e bênção.

✝ Salmos 81:16

"E ele sustentaria Israel com a abundância de trigo; e eu te fartaria com o mel da rocha."

Este versículo fecha o Salmo com uma promessa extraordinária e cheia de amor. Deus declara que, se Seu povo O ouvisse e andasse em Seus caminhos, Ele os sustentaria com a abundância de trigo, representando provisão, fartura e prosperidade. Além disso, diz: “eu te fartaria com o mel da rocha”, uma expressão poética e poderosa que transmite a ideia de provisão sobrenatural, onde parece não haver recurso. O mel, vindo da rocha, simboliza algo doce, agradável e abundante surgindo de onde seria improvável.

Deus está mostrando que Sua bênção não tem limites. Ele supre não apenas o necessário, mas também concede o melhor, o agradável, o abundante e até o inesperado. Quando há obediência, há provisão que surpreende, há milagres e há fartura. Essa é uma promessa que ecoa até hoje: quando confiamos no Senhor, Ele nos sustenta, nos fortalece e nos surpreende, trazendo bênçãos até de onde jamais imaginaríamos. Basta ouvir Sua voz, andar nos Seus caminhos e confiar.


Resumo do Salmos 81


O Salmo 81, escrito por Asafe, é um convite à celebração e à adoração ao Deus que liberta e provê. Nos primeiros versículos (1-4), o salmista convoca o povo a louvar com alegria, com instrumentos e com festa, em memória dos feitos de Deus. Ele lembra que essa adoração não é apenas espontânea, mas também um mandamento do próprio Deus, como parte da aliança feita com Israel.

Nos versículos seguintes (5-7), Deus recorda a libertação do Egito, mostrando Seu cuidado e Sua resposta ao clamor do povo na aflição. Ele relembra que tirou o fardo de sobre eles, respondeu no meio dos trovões e os testou nas águas de Meribá, momentos que representam tanto livramento quanto correção.

A partir do versículo 8, Deus faz um apelo cheio de amor, mas também de tristeza: “Se meu povo me ouvisse...”. Ele exorta o povo a não ter outros deuses, a não se prostrar diante de falsos ídolos e a confiar plenamente nEle. O Senhor expressa que, se houvesse obediência, Ele rapidamente derrotaria os inimigos e supriria o povo com fartura, tanto física quanto espiritual.

O Salmo termina (v. 16) com uma promessa maravilhosa: provisão abundante — trigo e mel da rocha —, representando cuidado, bênção e milagres sobrenaturais. Porém, essa promessa está condicionada à obediência e ao desejo do povo de ouvir e seguir a voz de Deus.


Referências



Referência da Bíblia impressa: SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL. Bíblia Sagrada: Almeida Revista e Corrigida. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009. Salmos 81.

Referência de Bíblia online: BIBLE GATEWAY. Bíblia Sagrada Online. Disponível em: https://www.biblegateway.com/. Acesso em: 29 maio 2025. Salmos 81.

Referência de comentário bíblico: STOTT, John. A mensagem dos Salmos: ecoando a música do coração de Deus. São Paulo: ABU Editora, 2002. Salmos 81

Referência de dicionário ou enciclopédia bíblica: CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo. Volume 3: Salmos a Malaquias. São Paulo: Hagnos, 2002. Comentário sobre Salmos 81.

Bíblia de estudos

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terça-feira, 13 de maio de 2025

Salmos 65

 

Fonte: Imagesearchman

SALMOS 65 - "O Deus que Ouve e Fartamente Supre"


Introdução


O Salmo 65 é uma celebração poderosa da bondade de Deus em ouvir as orações e suprir abundantemente a criação. Davi, em um tom de gratidão e reverência, reconhece que todo louvor pertence ao Senhor, que responde às súplicas do Seu povo e se mostra fiel tanto no espiritual quanto no material. Este salmo nos leva a contemplar um Deus que não está distante, mas que age na história, perdoa os pecados, cuida da terra, envia chuvas, faz os campos florescerem e coroa o ano com bênçãos.

Nesta leitura, somos convidados a renovar a confiança em um Deus que não apenas escuta, mas responde, transforma e sustenta. Ele é digno de louvor, não apenas pelo que faz, mas por quem Ele é: soberano, justo e generoso. Que ao meditar neste salmo, seu coração se encha de esperança e gratidão.

✝ Salmos 65:1

"Salmo e cântico de Davi, para o regente: A ti, Deus, pertence a tranquilidade e o louvor em Sião; e a ti será pago o voto."

Davi inicia este salmo com uma declaração de entrega e reverência: a Deus pertence o louvor e a tranquilidade. Em outras palavras, o descanso da alma e a adoração sincera são dons que encontram seu verdadeiro lugar em Deus. Sião, a cidade santa, simboliza não apenas Jerusalém, mas também o centro da adoração do povo de Israel. Ali, os fiéis se reuniam para prestar culto, oferecer sacrifícios e pagar os votos feitos ao Senhor. O versículo mostra que Deus não apenas merece louvor, mas que é o destino natural de toda paz interior.

Além disso, a expressão “a ti será pago o voto” revela uma dimensão de compromisso e fidelidade. Não se trata de um louvor vazio ou apenas emocional, mas de uma resposta prática à graça de Deus — uma vida de obediência e reconhecimento. Davi está dizendo que o povo se compromete não apenas a louvar com palavras, mas a cumprir o que prometeu diante de Deus. É um convite para que hoje também vivamos uma fé que não seja apenas declarada com a boca, mas confirmada com atitudes e devoção constante.

✝ Salmos 65:2

"Tu, que ouves as orações; toda carne virá a ti."

Neste versículo, Davi declara uma verdade poderosa e reconfortante: Deus ouve as orações. Ele não é um ser distante, inacessível ou indiferente às necessidades humanas. Pelo contrário, o Senhor se revela como alguém atento às súplicas, compassivo e pronto para responder. Isso fortalece a fé e alimenta a esperança de que, mesmo em tempos difíceis, não estamos falando ao vento. Deus está ouvindo. E ouvir, nesse contexto, vai além de escutar — implica em agir, em se envolver.

A segunda parte do versículo — “toda carne virá a ti” — aponta para algo grandioso: a universalidade da busca por Deus. Toda carne, ou seja, todos os seres humanos, são convidados a se achegar ao Senhor. Essa expressão revela que a necessidade de Deus é comum a toda humanidade. Davi antecipa aqui um movimento de fé que vai além de Israel, uma visão profética de que toda⁷s as nações um dia buscarão o Deus verdadeiro. O versículo nos ensina que a oração é o caminho de aproximação entre o homem e Deus, e que o Senhor é acessível a todos os que o buscam com sinceridade.

✝ Salmos 65:3

"Perversidades têm me dominado, porém tu tiras a culpa de nossas transgressões."

Davi reconhece uma realidade profunda da condição humana: somos frequentemente dominados por nossas próprias perversidades, por tendências pecaminosas que nos afastam de Deus. Ele não tenta esconder sua fraqueza nem justificar seus erros. Pelo contrário, ele confessa que o pecado o domina. Esse ato de humildade revela um coração sensível e consciente da sua necessidade de misericórdia. É um lembrete de que até mesmo os mais íntimos com Deus enfrentam lutas internas e quedas espirituais.

Mas a segunda parte do versículo traz a esperança: "porém tu tiras a culpa de nossas transgressões." Aqui está a beleza do perdão divino. Deus não apenas ouve as orações, como vimos antes, mas Ele age para libertar e purificar. Ele remove a culpa, restaura o relacionamento e oferece uma nova chance. A palavra "tirar a culpa" carrega a ideia de expiação, de limpar o que está sujo, de aliviar o coração oprimido pelo pecado. Esse versículo nos aponta diretamente para a graça: embora sejamos falhos, Deus é fiel em nos perdoar. Isso nos leva à adoração com mais sinceridade e ao compromisso com uma vida transformada.

✝ Salmos 65:4

"Bem-aventurado é aquele a quem tu escolhes, e o fazes aproximar, para que habite em teus cômodos; seremos fartos do bem de tua casa, na santidade de teu templo."

Neste verso, Davi celebra o privilégio de ser escolhido por Deus e de poder habitar na Sua presença. Ele declara que bem-aventurado, ou seja, verdadeiramente feliz e abençoado, é aquele a quem Deus atrai para perto de Si. Não se trata de mérito humano, mas de um chamado divino — é Deus quem escolhe e aproxima. Essa proximidade com o Senhor não é apenas um encontro momentâneo, mas um convite para habitar nos cômodos de Deus, viver em comunhão contínua com Ele, desfrutar da intimidade com o Pai.

A segunda parte do versículo revela o resultado dessa comunhão: “seremos fartos do bem de tua casa, na santidade de teu templo.” Isso aponta para uma abundância que vai além do material — é fartura espiritual, alegria, paz, direção e santidade. Estar na casa de Deus é estar num lugar de plenitude, onde a alma encontra o que realmente precisa. O templo representa a presença santa do Senhor, e o salmista nos mostra que é nesse ambiente de santidade que somos verdadeiramente saciados. É uma promessa de sustento e renovação para todos que se aproximam com fé e reverência.

✝ Salmos 65:5

"Tu nos responderá de forma justa por meio de coisas temíveis. O Deus de nossa salvação é a confiança de todos os limites da terra, e dos lugares mais distantes do mar."

Neste versículo, Davi reconhece que Deus responde ao Seu povo com justiça — e, às vezes, essa resposta se manifesta através de coisas temíveis, ou seja, ações poderosas, impressionantes e até assustadoras aos olhos humanos. O termo “temíveis” não está relacionado ao medo destrutivo, mas ao temor reverente diante da grandeza e do poder de Deus. Ele age de forma reta, e Suas intervenções no mundo — seja em juízo ou em salvação — sempre demonstram Sua justiça perfeita. Isso nos lembra que nem sempre entenderemos os caminhos de Deus, mas podemos confiar neles, porque Ele nunca erra.

Na segunda parte, Davi amplia a visão: Deus é a confiança de todos os limites da terra e dos mares distantes. Ele não é um Deus tribal ou limitado a Israel — Ele é o Senhor de toda a criação. Pessoas de todos os cantos da terra e dos oceanos podem colocar Nele sua esperança. Essa declaração é quase profética, antecipando a abrangência do evangelho e a salvação disponível para todos os povos. É uma afirmação poderosa de que a soberania e a salvação de Deus se estendem até os lugares mais remotos, alcançando aqueles que O buscam, mesmo onde a presença d’Ele ainda não foi proclamada com clareza.

✝ Salmos 65:6

"Ele é o que firma os montes com sua força, revestido de poder."

Neste versículo, Davi exalta a grandiosidade de Deus como Criador e Sustentador da natureza. Ele declara que é o Senhor quem firma os montes, ou seja, quem dá estabilidade às maiores e mais imponentes estruturas da terra. Os montes, símbolos de força, permanência e majestade, só permanecem de pé porque Deus os sustenta com Sua força. Isso nos lembra que tudo o que parece inabalável aos olhos humanos só é assim porque Deus o mantém.

Ao dizer que Deus está revestido de poder, Davi aponta para uma característica constante do Senhor: Ele é coberto, cercado e vestido de autoridade divina. Não se trata apenas de poder físico ou força bruta, mas de um poder soberano, absoluto e perfeito. Este versículo nos chama a confiar em Deus não apenas como Salvador, mas também como o Deus poderoso que sustenta todas as coisas. Quando olhamos para os montes, somos convidados a lembrar que Aquele que os firma também é capaz de nos sustentar, nos fortalecer e nos manter de pé, mesmo diante das maiores dificuldades.

✝ Salmos 65:7

"Ele é o que amansa o ruído dos mares, o ruído de suas ondas, e o tumulto dos povos."

Davi compara o poder de Deus sobre a natureza com Seu domínio sobre as nações. Ele começa mostrando que Deus é quem acalma o barulho dos mares e das suas ondas, ou seja, que Ele tem autoridade até mesmo sobre as forças mais indomáveis da criação. O mar, muitas vezes, simboliza o caos, o imprevisível e o incontrolável. Mas diante do Criador, até o oceano se aquieta. Isso demonstra que não existe tumulto ou força natural que Deus não possa conter.

O versículo continua: “e o tumulto dos povos.” Aqui, Davi amplia a aplicação: assim como Deus amansa as ondas, Ele também pode acalmar as confusões e os conflitos humanos. O "tumulto dos povos" representa as guerras, rebeliões, injustiças, medos coletivos e o caos social. Essa parte do salmo é um lembrete poderoso de que o Senhor reina sobre as nações, que Ele tem a capacidade de trazer paz onde há desordem, tanto no mundo externo quanto no nosso coração. Em tempos de instabilidade, essa é uma verdade que traz descanso: o mesmo Deus que silencia o mar, também pode silenciar as tempestades dentro de nós.

✝ Salmos 65:8

"Até os que habitam nos lugares mais distantes temem teus sinais; tu fazes alegres o nascer e o pôr do sol."

Davi nos mostra neste versículo que a presença e os sinais de Deus não estão limitados a um povo ou lugar. Até os que vivem nos lugares mais distantes da terra — povos desconhecidos, em regiões remotas — temem os sinais do Senhor. Esse "temor" não significa medo paralisante, mas um reconhecimento reverente da grandeza de Deus. Os sinais divinos — como relâmpagos, chuvas, colheitas ou até juízos — são percebidos por toda a humanidade, e produzem admiração, respeito e espanto.

Na segunda parte, Davi enche o versículo de poesia e beleza ao dizer: "tu fazes alegres o nascer e o pôr do sol." O início e o fim de cada dia são apresentados como momentos marcados pela alegria que Deus proporciona. O sol nascendo e se pondo são como obras de arte diárias que testemunham o cuidado, a fidelidade e a beleza do Criador. Mesmo quem nunca ouviu falar de Deus de maneira direta, pode sentir Seu toque na criação. Este versículo nos lembra que a glória de Deus é visível desde o leste até o oeste, e que Sua bondade se renova a cada manhã e encerra o dia com paz.

✝ Salmos 65:9

"Tu visitas a terra, e a regas; tu a enriqueces; o rio de Deus está cheio de águas; tu preparas a terra ,e lhes dá trigo."

Davi reconhece o Senhor como o grande Provedor e Agricultor da criação. Ele começa declarando que Deus visita a terra — ou seja, Ele não está ausente, mas presente, ativo, cuidando de tudo. Ao regar a terra, Ele supre uma das maiores necessidades do solo para produzir frutos. A água é símbolo de vida, renovação e abundância, e Deus a fornece com generosidade, enriquecendo a terra. Nada na natureza é fruto do acaso; tudo depende da bondade de Deus.

Quando Davi menciona que "o rio de Deus está cheio de águas", ele está falando da fonte inesgotável da provisão divina. Esse rio representa a abundância celestial que transborda sobre a terra, alimentando as plantações, sustentando o ciclo da vida e garantindo o alimento do povo. Deus prepara a terra — Ele cuida dos detalhes, trabalha antes mesmo que o homem plante — e então dá o trigo, o alimento essencial. Esse versículo é um lembrete poderoso de que todo sustento vem de Deus, e que até os processos naturais são manifestações do Seu cuidado contínuo. A gratidão é a resposta natural a um Deus que provê com tamanha fidelidade.

✝ Salmos 65:10

"Enche seus regos de águas ,fazendo-as descer em suas margens; com muita chuva a amoleces, e abençoas o que dela brota."

Davi segue descrevendo poeticamente como Deus age com precisão e carinho sobre a terra. Os regos de águas são os canais abertos no solo para irrigação. Aqui, vemos que Deus enche esses regos, cuidando para que a água chegue exatamente onde é necessária. Isso mostra não só a generosidade divina, mas também Sua organização e intencionalidade: Ele não derrama bênçãos aleatórias, mas as distribui com sabedoria.

A imagem da chuva que amolece o solo nos fala de preparação — o coração endurecido, assim como a terra seca, precisa ser suavizado para receber a semente. Deus, então, abençoa o que brota: Ele não só prepara, mas também faz crescer. É uma poderosa metáfora da ação de Deus em nossas vidas — Ele nos rega com Sua Palavra, amolece nosso coração, planta verdades eternas e faz com que frutos de justiça, fé e amor floresçam. Esse versículo nos ensina que a bênção de Deus não é apenas uma ação pontual, mas um processo contínuo de cuidado e crescimento.

✝ Salmos 65:11

"Coroas o ano com tua bondade; e teus caminhos transbordam fartura."

Davi declara que Deus coroa o ano com Sua bondade — uma imagem linda e simbólica. Coroar o ano significa envolvê-lo completamente com graça, do início ao fim. Mesmo que existam dificuldades ou períodos secos, o salmista nos lembra que a mão de Deus está sobre todo o ciclo da vida, e que Sua bondade é a marca final do ano. Isso nos convida a olhar para cada estação com olhos de fé, sabendo que, no fim, o que prevalece é o cuidado e o favor divino.

A segunda parte é uma promessa encorajadora: “teus caminhos transbordam fartura.” Onde Deus passa, há abundância — não só de recursos materiais, mas também de paz, alegria, direção e presença. Os caminhos do Senhor são fontes inesgotáveis de provisão e plenitude. Essa fartura não depende das circunstâncias humanas, mas da fidelidade divina. Por isso, mesmo em tempos difíceis, podemos confiar que os caminhos de Deus conduzem a um destino de bênção.

✝ Salmos 65:12

"Eles são derramados sobre os pastos do deserto; e os morros se revestem de alegria."

Neste verso, Davi continua exaltando o derramamento da bênção de Deus sobre a criação. A expressão “eles são derramados” refere-se à fartura mencionada no versículo anterior — os frutos do cuidado divino, como a chuva, o alimento, e a abundância espiritual. Essa fartura alcança até os pastos do deserto, lugares que normalmente simbolizam aridez, escassez e abandono. Ou seja, até os desertos florescem quando tocados pela bondade de Deus. Isso nos mostra que nenhum lugar está fora do alcance da provisão divina — mesmo o mais seco dos terrenos pode se tornar fértil quando Deus decide abençoar.

Na segunda parte, lemos que “os morros se revestem de alegria”. A natureza inteira responde com júbilo à ação de Deus. Os montes, elevados e silenciosos, tornam-se expressão visível da alegria e da vida que fluem do Criador. Essa imagem poética aponta para uma verdade espiritual profunda: quando Deus age, até o ambiente muda; tristeza dá lugar à alegria, e o seco se transforma em fértil. É um convite para confiarmos que, mesmo nas áreas desertas da nossa vida, Deus pode derramar o Seu favor e renovar todas as coisas.

✝ Salmos 65:13

"Os campos se revestem de rebanhos, e os vales são cobertos de trigo; e por isso se alegram e cantam."

Davi encerra este salmo com uma poderosa imagem de plenitude: os campos cheios de rebanhos e os vales cobertos de trigo simbolizam o resultado visível da bênção de Deus. A terra está frutífera, o sustento é abundante, e tudo ao redor exala vida e provisão. Isso mostra que, quando Deus age, não há apenas o suficiente — há fartura, há beleza, e há ordem. Cada espaço é preenchido com aquilo que representa cuidado e nutrição, tanto para os animais como para os seres humanos.

A resposta natural da criação diante dessa abundância é a alegria e o cântico. Davi personifica os campos e vales como se tivessem voz — eles se alegram e cantam, porque reconhecem a generosidade do Criador. Esse cântico é o louvor que brota quando se contempla a fidelidade de Deus. Assim também deve ser em nossas vidas: quando reconhecemos tudo o que Deus tem feito — mesmo nos detalhes mais simples — nossa resposta deve ser de gratidão, alegria e adoração. O Salmo 65 termina com a natureza em festa, e nos convida a unir nossa voz a esse louvor, reconhecendo que tudo vem de Deus.


Resumo do Salmos 65


O Salmo 65 é um cântico de louvor escrito por Davi, que exalta o cuidado, a provisão e o poder de Deus tanto na esfera espiritual quanto na criação. Ele começa reconhecendo que o louvor pertence ao Senhor em Sião, e que Ele é digno de receber votos e orações, pois ouve o clamor de toda a humanidade.

Davi reconhece que, embora os pecados sejam muitos, é Deus quem perdoa e purifica. Bem-aventurado é aquele a quem o Senhor escolhe e aproxima de Si, permitindo que habite em Sua presença e desfrute da Sua santidade. O salmo declara que Deus responde com justiça e realiza obras tremendas, sendo a esperança de todos, até dos confins da terra e dos mares distantes.

O salmista também louva o Senhor por Seu domínio sobre a natureza: Ele firma os montes com força, acalma o barulho dos mares e o tumulto das nações. Seus sinais despertam temor até nos lugares mais remotos, e o nascer e o pôr do sol se tornam momentos de alegria.


Referências


Referência da Bíblia em Almeida Revista e Atualizada (ARA):

BÍBLIA. Português. Almeida Revista e Atualizada. 2. ed. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. Salmo 65.

Referência da Bíblia de Estudo NVI (Nova Versão Internacional):

BÍBLIA. Português. Nova Versão Internacional. Bíblia de Estudo NVI. São Paulo: Editora Vida, 2003. Salmo 65.

Comentário bíblico: STAMPS, Donald C. (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal. Tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Corrigida. Rio de Janeiro: CPAD, 1995. Comentário sobre Salmo 65.

Obra teológica de apoio: BOICE, James Montgomery. Salmos: volume 2 (Salmos 42–106). São Paulo: Cultura Cristã, 2006. Comentário sobre Salmo 65.

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sexta-feira, 28 de março de 2025

Salmos 23

Fonte: Imagesearchman

Salmos 23 – A Confiança Inabalável no Cuidado de Deus

Introdução

O Salmo 23 é um dos textos mais conhecidos e amados da Bíblia. Escrito por Davi, este salmo expressa uma profunda confiança em Deus como um Pastor amoroso que guia, protege e provê para Suas ovelhas. Em apenas seis versículos, ele transmite uma mensagem poderosa de descanso, segurança e esperança, independentemente das circunstâncias.

Davi, que passou parte da vida como pastor antes de se tornar rei, usa essa experiência para ilustrar o relacionamento entre Deus e Seu povo. Assim como um bom pastor cuida de seu rebanho, Deus cuida de cada um de nós, oferecendo provisão, direção e proteção. Este salmo não apenas conforta em tempos de aflição, mas também fortalece a fé e lembra que, com o Senhor ao nosso lado, nada nos faltará.

✝ Salmos 23:1

"Salmo de Davi: O SENHOR é meu pastor, nada me faltará."

Davi inicia este salmo com uma declaração poderosa: "O Senhor é meu pastor, nada me faltará." Essa afirmação não é apenas uma metáfora bonita, mas uma verdade profunda sobre o cuidado divino. Como um pastor cuida, guia e protege suas ovelhas, Deus faz o mesmo por aqueles que O seguem. A palavra "meu" destaca um relacionamento íntimo e pessoal com Deus, mostrando que Ele não é apenas um pastor distante, mas alguém que conhece e supre cada necessidade de Seus filhos.

A segunda parte do versículo traz uma promessa de provisão e segurança. "Nada me faltará" não significa que nunca enfrentaremos dificuldades, mas que Deus sempre suprirá o que realmente precisamos, seja força, paz, direção ou sustento. Esse versículo nos convida a confiar plenamente no Senhor, sabendo que Ele cuida de nós em todas as áreas da vida.

✝ Salmos 23:2

"Ele me faz deitar em pastos verdes, e me leva a águas quietas."

Neste versículo, Davi continua a ilustrar o cuidado de Deus com uma imagem de descanso e provisão. "Ele me faz deitar em pastos verdes" sugere abundância e segurança. As ovelhas só deitam quando estão saciadas e se sentem seguras. Isso mostra que Deus não apenas nos alimenta espiritualmente, mas também nos dá paz e confiança para descansar em Sua presença, sem medo das incertezas da vida.

"E me leva a águas quietas" revela o desejo de Deus de nos conduzir a um lugar de renovação e tranquilidade. Diferente das águas turbulentas que assustam as ovelhas, as águas tranquilas representam a paz que vem dEle. Mesmo em meio aos desafios, Deus nos guia para momentos de refrigério, onde podemos ser restaurados e fortalecidos para seguir em frente. Esse versículo nos lembra que, ao confiarmos em Deus, encontramos descanso verdadeiro para nossa alma.

✝ Salmos 23:3

"Ele restaura minha alma, e me guia pelos caminhos da justiça por seu nome."

Davi declara que "Ele restaura minha alma", mostrando que Deus não apenas nos sustenta fisicamente, mas também nos renova espiritualmente. Muitas vezes, a vida nos esgota, trazendo cansaço, tristeza e ansiedade. No entanto, Deus é aquele que traz restauração, renovando nossas forças e nos dando um novo ânimo para continuar. Sua presença nos cura das feridas da alma e nos enche de paz.

Além de restaurar, Deus "nos guia pelos caminhos da justiça". Ele nos conduz àquilo que é correto, nos ensina a viver de acordo com Sua vontade e nos afasta dos caminhos do erro. Tudo isso Ele faz "por Seu nome", ou seja, para revelar Sua glória e fidelidade. Nossa jornada com Deus não é apenas sobre receber Suas bênçãos, mas também sobre refletir Seu caráter em nossa vida. Assim, ao seguirmos Sua orientação, demonstramos ao mundo quem Ele é.

✝ Salmos 23:4

"Ainda que eu venha a andar pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; tua vara e teu cajado me consolam."

Este versículo traz uma das declarações mais poderosas de confiança em Deus. "Ainda que eu venha a andar pelo vale da sombra da morte" nos lembra que todos enfrentamos momentos difíceis, de dor, incerteza e até perigo. O "vale da sombra da morte" simboliza tempos sombrios e assustadores da vida, mas Davi afirma que mesmo ali, não há motivo para temer.

A razão dessa confiança é clara: "porque Tu estás comigo." A presença de Deus é o que traz segurança, não a ausência de dificuldades. Ele não nos abandona nos momentos mais difíceis, mas caminha ao nosso lado, trazendo conforto e força.

Por fim, "Tua vara e Teu cajado me consolam" fazem referência às ferramentas do pastor para guiar e proteger suas ovelhas. A vara servia para defesa contra predadores, enquanto o cajado ajudava a conduzir e corrigir. Isso mostra que Deus nos protege do mal e nos direciona no caminho certo, trazendo não apenas segurança, mas também consolo e paz.

✝ Salmos 23:5

"Tu preparas uma mesa diante de mim à vista de meus adversários; unges a minha cabeça com azeite, meu cálice transborda."

Este versículo revela a bondade e o cuidado de Deus mesmo em meio às adversidades. "Tu preparas uma mesa diante de mim à vista de meus adversários" mostra que, mesmo diante de desafios e oposições, Deus nos honra e nos sustenta. A imagem de uma mesa farta simboliza provisão, comunhão e vitória, demonstrando que, apesar das circunstâncias, Deus cuida dos Seus filhos e os abençoa na presença daqueles que se opõem a eles.

"Unges a minha cabeça com azeite, meu cálice transborda" reforça essa ideia de bênção e favor divino. A unção com azeite era um sinal de consagração, proteção e alegria. Deus não apenas nos unge, mas faz com que nosso cálice transborde, simbolizando uma abundância que vai além do suficiente. Isso nos lembra que, em Deus, não apenas temos o que precisamos, mas recebemos de forma transbordante Seu amor, paz e provisão.

✝ Salmos 23:6

"Certamente o bem e a bondade me seguirão todos os dias de minha vida; e habitarei na casa do SENHOR por muitos e muitos dias."

Davi encerra o Salmo 23 com uma declaração de confiança e esperança no futuro. "Certamente o bem e a bondade me seguirão todos os dias de minha vida" mostra que aqueles que caminham com Deus não precisam temer o amanhã. A bondade e a misericórdia divina não são passageiras, mas nos acompanham continuamente, independentemente das circunstâncias.

"E habitarei na casa do SENHOR por muitos e muitos dias" revela o desejo de Davi de estar sempre na presença de Deus. Isso não se refere apenas a um templo físico, mas a um relacionamento profundo e eterno com o Senhor. Essa promessa aponta para a vida eterna, onde estaremos para sempre com Deus, desfrutando de Sua paz e amor. Esse versículo nos ensina que, ao confiarmos no Senhor, encontramos segurança, direção e um destino final glorioso junto a Ele.

Resumo do Salmos 23

O Salmo 23 é uma poderosa declaração de confiança no cuidado e provisão de Deus. Escrito por Davi, ele compara o Senhor a um pastor amoroso que guia, protege e supre todas as necessidades de Suas ovelhas.

O salmo começa afirmando que, com Deus como pastor, nada faltará (v.1). Ele nos conduz a lugares de descanso e restauração, garantindo paz e renovação espiritual (v.2-3). Mesmo nos momentos mais sombrios e perigosos, Sua presença nos dá segurança, pois Ele nos protege e nos direciona (v.4). Além disso, Deus nos honra e nos abençoa abundantemente, mesmo diante dos desafios e inimigos (v.5). O salmo termina com uma certeza inabalável de que a bondade e a misericórdia de Deus nos acompanharão por toda a vida e que estaremos em Sua presença para sempre (v.6).

Essa passagem nos ensina que confiar em Deus nos dá paz, segurança e esperança, independentemente das circunstâncias.

Referências:

BÍBLIA SAGRADA. Salmos 23. In: Bíblia Sagrada. Edição corrigida e revisada. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2011.

ALMEIDA, João Ferreira de. Salmos 23. In: Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Vida, 1993.

HOUAISS, Antônio (Org.). Salmos 23. In: Dicionário Houaiss da Bíblia. 2. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.

LIMA, Valdir. Salmos 23:1-6: Reflexões sobre o cuidado de Deus. 2. ed. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2015.

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