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Fonte: Imagesearchman |
✝ Jó 6:1
"Mas Jó respondeu, dizendo:"
Jó 6
6:1-13. Como indica a forma do plural, neste capítulo dirige-se a todos os antigos. Pois todos eles concordavam com as opiniões de Elifaz, e com olhares e gestos sem dúvida expressaram seus "améns", os quais viriam,a ser vocalmente expressos em seus próprios discursos.
✝ Jó 6:2
"Oh se pesassem justamente minha aflição, e meu tormento juntamente fosse posto em uma balança!"
2a. Oh! se a minha queixa de fato se pesasse. Jó ignora as insinuações de Elifaz quanto à causa de sua desolação, e defende a irritação expressa em seu lamento. Para Elifaz o lamento soara ominoso (5:2). Mas, diz Jó, se as palavras precipitadas (v. 6:3b) que subitamente brotaram de seus lábios, por causa da angústia, fossem pesadas, facilmente seriam ultrapassadas por suas calamidades, que eram mais pesadas do que a areia do mar.
✝ Jó 6:3
"Pois na verdade seria mais pesada que a areia dos mares; por isso minhas palavras têm sido impulsivas."
✝ Jó 6:4
"Porque as flechas do Todo-Poderoso estão em mim, cujo veneno meu espírito bebe; e temores de Deus me atacam."
4. As flechas do Todo-poderoso . . . os terrores de Deus. Uma indiferença, um ressentimento quase taciturno, ficou aparente na lamentação de Jó, em sua relutância de mencionar Deus até mesmo como autor de seus sofrimentos. A vigorosa interpretação teísta de Elifaz operou pelo menos uma mudança sadia quanto a isto. Agora Jó expressa francamente seus sentimentos de que Deus o está tratando como a um inimigo, dispondo contra ele exércitos terroristas.
✝ Jó 6:5
"Por acaso o asno selvagem zurra junto à erva, ou o boi berra junto a seu pasto?"
5. Defendendo mais seus lamentos, Jó observa que até os animais não se queixam sem motivos. E é natural que um homem rejeite alimento insípido e repugnante (vs. 6, 7). Então, recordando a descrição que Elifaz fez da morte dos frágeis mortais (4:19-21), Jó declara que a morte é precisamente o que ele anseia (vs. 8, 9).
✝ Jó 6:6
"Por acaso se come o insípido sem sal? Ou há gosto na clara do ovo?"
✝ Jó 6:7
"Minha alma se recusa tocar essas coisas ,que são para mim como comida detestável."
✝ Jó 6:8
"Ah se meu pedido fosse realizado, e se Deus me desse o que espero!"
✝ Jó 6:9
"Que Deus me destruísse; ele soltasse sua mão, e acabasse comigo!"
✝ Jó 6:10
"Isto ainda seria meu consolo, um alívio em meio ao tormento que não me poupa; pois eu não tenho escondido as palavras do Santo."
10b. Saltaria de contente, na minha dor que ele não poupa. Ainda que ele morresse da morte que Elifaz diz ser reservada aos incrédulos, seria bem-vinda. E nem seria, no seu caso, morte de incrédulo; pois, contrariando as insinuações de Elifaz, ele não era culpado de ter negado as palavras do Santo (v. 10c).
✝ Jó 6:11
"Qual é minha força para que eu espere? E qual meu fim, para que eu prolongue minha vida?"
✝ Jó 6:12
"É, por acaso, a minha força a força de pedras? Minha carne é de bronze?"
✝ Jó 6:13
"Tenho eu como ajudar a mim mesmo, se todo auxílio me foi tirado?"
✝ Jó 6:14
"Ao aflito, seus amigos deviam ser misericordiosos, mesmo se ele tivesse abandonado o temor ao Todo-Poderoso."
14-30. Elifaz atacara os lamentos de Jó; agora Jó ataca a "consolação" de Elifaz.
✝ Jó 6:15
"Meus irmãos foram traiçoeiros comigo, como ribeiro, como correntes de águas que transbordam,"
15a. Meus irmãos aleivosamente me trataram. Ele não implorara favores, tais como um grande resgate (vs. 22, 23) – só a piedade que um homem espera naturalmente dos amigos. Contudo fora amargamente desapontado com os seus "consoladores" tal como uma sedenta caravana no deserto quando alcança um wadi – um curso de água rápido e escuro – mas não encontra nem sequer um filete entre as rochas (vs. 15-21).
✝ Jó 6:16
"Que estão escurecidas pelo gelo, e nelas se esconde a neve;"
✝ Jó 6:17
"Que no tempo do calor se secam e, ao se aquecerem, desaparecem de seu lugar;"
✝ Jó 6:18
"Os cursos de seus caminhos se desviam; vão se minguando, e perecem."
✝ Jó 6:19
"As caravanas de Temã as veem; os viajantes de Sabá esperam por elas."
✝ Jó 6:20
"Foram envergonhados por aquilo em que confiavam; e ao chegarem ali, ficaram desapontados."
✝ Jó 6:21
"Agora, vós vos tornastes semelhantes a elas; pois vistes o terror, e temestes."
21b. Vedes os meus males e vos espantais ... e especularíeis com o vosso amigo (v. 27b). Seu procedimento desapiedado, diz Jó, foi ditado pelo temor de que males como os seus pudessem sobrevir-lhes. Se eles simpatizassem com ele, Deus poderia interpretar mal sua preocupação como crítica à Sua providência, e poderia castigá-los da mesma forma. Para comprar o favor divino, eles insinuavam que Jó devia ter pecado em proporção aos seus sofrimentos. Como evidência eles apontavam para o aspecto rebelde de seu lamento. Mas suas palavras desesperadas pronunciadas sob extrema provocação não consistiam como provas de sua atitude e conduta normais (v. 26).
✝ Jó 6:22
"Por acaso eu disse: Trazei-me algo ? Ou: Dai presente a mim de vossa riqueza?"
✝ Jó 6:23
"Ou: Livrai-me da mão do opressor? Ou: Resgatai-me das mãos dos violentos?"
✝ Jó 6:24
"Ensinai-me, e eu me calarei; e fazei-me entender em que errei."
✝ Jó 6:25
"Como são fortes as palavras de boa razão! Mas o que vossa repreensão reprova?"
✝ Jó 6:26
"Pretendeis repreender palavras, sendo que os argumentos do desesperado são como o vento?"
✝ Jó 6:27
"De fato vós lançaríeis sortes sobre o órfão, e venderíeis vosso amigo."
✝ Jó 6:28
"Agora, pois, disponde-vos a olhar para mim; e vede se eu minto diante de vós."
✝ Jó 6:29
"Mudai de opinião, pois, e não haja perversidade; mudai de opinião, pois minha justiça continua."
29a. Tornai a julgar, vos peço. Isto é, "Parem de incorrer em petição de princípio teológico, considerando que tenho culpa, pois sou inocente" (v. 30).
✝ Jó 6:30
"Há perversidade em minha língua? Não poderia meu paladar discernir as coisas más?"
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